Como Se Seus Olhos Fossem Capazes de Sorrir

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Gente linda, mil perdões pela demora. Eu estava escrevendo essa capitulo há tanto tempo, mas não sabia como o terminar. Queria que os sentimento estivessem bem expressos, bem claros, então o receio de não conseguir os passar pro papel me atormentou muito. Quando eu escrevo meu coração vibra a cada palavra. Talvez eu pudesse escrever bem mais, o problema é que eu não sei como transformar esse sentimento forte que habita em mim em palavras. ♥

Se vocês gostarem do capitulo, por favor, deixem seu voto. Não sabem o quanto eu fico feliz quando alguém curte o que eu escrevo, é mega importante e fora que da um gás total!

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Enquanto ela se arruma para ir para o Colégio, Billie pensava em diversas formas de fazê-la ficar. Seu corpo já sentia falta do dela, isso porque estava a menos de um metro de distância. Imagina, então, quando estivesse já na escola, bem mais longe dele?

Não quis pensar, deixou a mente em branco e não pensou em mais nada. Tinha que evitar a ansiedade, ignorar e aproveitar o presente, sem pensar no futuro. Ou aproveitar o presente e pensar que em um futuro próximo a teria de volta ali, dentro dos seus abraços.

Ela veste a saia e a cabeça volta a raciocinar, as engrenagens voltam ao trabalho dando asas a imaginação dele, que já começa a pensar em como tirar aquela peça quando ela voltar para ele.

Ela já nem foi e ele queria que ela voltasse. Mal saíram de debaixo dos lençóis e Billie já queria voltar para lá. Não sentia fome, apenas a necessidade de se enroscar no corpo dela e deixar os fios louros voarem pelo seu rosto. Só queria mais cinco minutos com o nariz enfiado no meio do seu pescoço.

Ela penteia o cabelo e ele só olha, olha de ladinho para não parecer um maluco. Quando ela se arruma parece um espetáculo, capta toda a atenção dele o jeito que passa o batom claro e fica retocando os cantos com a ponta do dedo, o lábios tentadores. Ela vira o foco da visão dele, deixando o resto todo embaçado. Para que enxergar tudo sendo que apenas ela importa no momento?

A chama para a mesa e despeja chocolate quente na caneca dela e café na sua. A assiste morder o pão e ri sozinho por ela não ter percebido que o queijo era de soja. Mal bebeu o chocolate e já lambia a tampa de um Danone.

A olhava como quem pede com os olhos, em silêncio, para que ficasse. Que desmarcasse os compromissos e que optasse por se perder debaixo dos lençóis com ele mais uma vez. Noite passada não tinha sido suficiente, tinha tanta coisa que ele ainda queria falar, saber dela, tanto ele queria, mais uma vez ao menos, enroscar seus dedos no emaranhado do cabelo dela.

- Tem certeza de que tem que ir? - perguntou como quem não quer nada. Aprendeu há muito tempo ir pelas beiradas, que de pouco em pouco conquistava o meio, mas naquele momento não foi bem assim.

- Desculpa, B. - sorriu sem graça, sem ter motivo de verdade para sorrir. - Eu tenho que ir. - mas bem que queria ficar.

Derrotado, talvez um pouco decepcionado, aceitou a decisão dela, e não muito contente a levou para longe dele, mas não a deixou sair do carro até borrar o batom todinho dos lábios dela. Esperou ela entrar na escola, vai que desistisse e resolvesse voltar com ele? Tudo era possível. Mas a volta para casa foi solitária, apenas ele e o The Smiths tocando no rádio There Is A Light That Never Goes Out, uma de suas favoritas.

Take me out tonight

( me leve para sair essa noite)

Take me anywhere, I don't care, I don't care, I don't care

( me leve para qualquer lugar, eu não ligo)

And in the darkened underpass I thought

( em uma passagem subterrânea desconhecida, eu pensei)

O Futuro de Nós DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora