Não Seja Dramática

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É perfeito do jeito que é, mesmo estando torto, mesmo tropeçando durante o percurso. Para mim ta bom assim. Mas do que maravilhoso é acordar feliz, mesmo com o despertador irritante tocando e me dando conta de que já é segunda e de que, infelizmente, o domingo passou rápido demais.

Meu corpo esta dolorido e quando me lembro das peripécias da noite passado entendo o porquê de doer toda vez que piso, dói até quando a água quente atinge o meu corpo, e por mais que doa não consigo tirar o sorriso do rosto.

- B, vamos? Vou me atrasar, odeio me atrasar. – tento o acordar, mas ele ta com um sono tão pesado que nem sei se é válido ficar o cutucando a cada cinco minutos, até que tenho uma boa idéia e vou em direção a cozinha e só volto quando consigo fazer o tão querido café dele.

Cissa já tinha me ensinado uma vez, fora que já a vi fazer café diversas vezes para o café da manhã, mas o chato é que eu não conseguia me lembrar quanto de pó eu tinha que colocar para tanto de água. Procurei por uma panela que tivesse o mesmo formato do que a Cissa usava, mas não encontrei e esquentei numa leiteira mesma. A panela que a Cissa usa a gente coloca a água e o pó dentro, mas acho que isso é mania de Italiano.

(*cafeteira italiana, gente ♥)

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(*cafeteira italiana, gente ♥)

O cheiro dissolveu pela casa toda, e quando entrei no quarto Billie já não estava mais na cama, entrei no banheiro e lá estava o homem alto lavando o rosto, a cara amassada e emburrada. É possível isso, meu Deus?

- Eu fiz café. – sorri o entregando a caneca. B me deu um beijo na testa e sem esboçar nenhuma reação caminhou de volta ao quarto e puxou duas peças do armário. – Não é um bom dia?

- Eu estou com uma dor de cabeça dos infernos, Carol. – falou com a voz arrastada, típico de quem fica com ressaca.

- Ninguém mandou vocês três beberem duas garrafas de tequila noite passada. Sophia ta até agora com o Tree no hospital.

- Caralho, é mesmo né? Ele esta melhor?

- Tomando insulina, coisa que eu acho que você também tinha que fazer. – o observei me olhar espantado. – Mas por enquanto vamos focar na hora, porque eu to atrasada. Bebe teu café e vamos!

- Eu não! Essa porra ta ruim à beça! Quanto de pó você colocou aqui?

- Eu coloquei sete, ué? Você não toma café forte?

- Forte, Carolina, mas essa porra aqui nem o capeta toma!

B corria com o carro como se não houvesse amanhã, meus dedos estavam cravados no banco de tanto medo que eu sentia toda vez que ele cortava um carro. Tudo bem que estava atrasada, mas não era para tanto. Antes de chegar a minha escola ele parou em uma cafeteria e voltou com uma sacola de viagem para mim e com um expresso para ele fazendo questão de deixar bem claro que aquele era um café gostoso.

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