Boa noite, Frei Lourenço.

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- Como assim ela passou por uma desgraça? - Billie preocupado procurava pela chave do carro - Eu to indo pra ai e você me explica tudo. - desligou o telefone com Sophia, pegou a chave que estava em cima do sofá e seguiu em direção a garagem.

Tentava dirigir com calma, mas uma parte dele estava nervoso. Apertava o volante com força e pressionava a buzina por qualquer motivo. Pela segunda vez ele atravessou os grandes portões do condomínio, deu a volta no grande lago e por fim estacionou em frente à porta de vidro. Trancou e carro e respirou fundo, o coração palpitava de nervoso e insegurança. Subiu os degraus que dava acesso à varanda e tocou a campainha. Sentiu um calor tomar conta da face.

Em instantes notou uma silhueta feminina abrindo a porta,pensou que era Carolina, mas quando a porta se abriu por completo viu que não era ela. Era os menos cabelos louros, os olhos azuis, as maçãs delineadas idênticas, o mesmo nariz, parecia com Carolina, mas não era ela, era sua mãe.

- Bom dia, sou Margot, mãe da Carolina - aceitou a mão que estava sendo estendida a sua frente e a apertou com delicadeza.

- Billie. - disse rapidamente.

Ele entrou no hall e logo apareceram Ryan e Sophia que o cumprimentaram, seguiram em direção a sala, em seguida Cissa entrou trazendo uma bandeja com limonada suíça.

- Aninha disse que você gosta, por isso eu fiz. - deu um sorriso meigo e sentou-se ao seu lado com a mão desocupada apoiada no colo.

- Falando em Aninha, onde é que ela está? - Estava ansioso para vê-la, cada segundo que passava era uma tortura.

- Ryan - Margot chamou – Pode, por gentileza, ver se sua irmã já está pronta? - concordou com a cabeça e sumiu no corredor.

- Ela esta irritadíssima, Billie, se eu fosse você tomava cuidado. – alertou Sophia. – Aquela lá ta cuspindo fogo.

- Semana retrasada ela jogou um garfo em mim. – ele lembrava rindo. – Só porque peguei engarrafamento e me atrasei para encontrar com ela. – Todos riram na sala.

- Semana passada ela jogou coisas em todo mundo. – Sophia e Margot riam alto tentando tapar o som com a mão. Cissa as olhava em um sinal de advertência.

- A menina estava em um período tenso, não zombem dela. – levantou-se e levou a bandeja para a cozinha.

- Período tenso, como assim? – Billie indagou curioso.

- Menstruada, aquela lá de TPM parece o cão! – Sophia e sua mãe voltaram a rir.

Carolina entrou na sala vestindo shorts jeans e uma blusa de seda azul clarinho, esbanjando um sorriso de alegria por vê-lo. Billie apressou o passo na direção e a abraçou, beijou o topo da cabeça e penteou com as mãos os fios louros. Encarou o rosto de Carolina tentando decifrar o motivo de tantos cortes superficiais.

- O que aconteceu, Carol? – a encarava sério. O sorriso no rosto dela sumira, andou até o sofá e sentou-se ao lado de Sophia o chamando para sentar junto.

- Eu cai da escada. – respondeu. Margot e Sophia se entreolhavam, Ryan fitou o chão e rapidamente saiu do cômodo.

- Caiu da escada e cortou o rosto dessa forma? – olhou ela por inteiro – E pelo visto os braços também. – elevou um braço e analisou todos os pequenos cortes ainda pouco vermelhos.

- Eu estava subindo com as luzes apagadas, pisei em falso e senti uma pontada de dor no pé lesionado, então perdi o equilíbrio e rolei escada abaixo. Bati no aparador próximo a porta e os cristais da minha mãe caíram e se quebraram no impacto com o meu corpo.

O Futuro de Nós DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora