Ta Gostoso Assim

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- Finalmente! - disse Billie enquanto abria a porta e puxava Carolina para um beijo. Analisou os cortes no rosto dela que agora estavam bem leves, quase que imperceptíveis. Segurou o queixo dela e ficou a admirando com um sorriso bobo no rosto.

- Minha mãe me fez esperar ela, estava a caminho de um almoço de algum treco de filantropia, e fez questão de me trazer aqui. - abraçou Billie, encaixou o rosto na curva de seu ombro e respirou o cheiro dele. Só ali ela se sentia segura nos últimos dias.

Desde o incidente não tinha visto mais o pai, nem ao menos recebido uma ligação dele. Esperou por um pedido de desculpas que ela aceitaria de bom grado, mas ele nem tentou contato. Sentia falta do pai, mesmo ele sendo mal humorado e estando irritado a maior parte do dia, quando a noite chegava era com ele que ela gostava de tocar piano antes de dormir.

- Vai ver ela quer saber onde eu moro. - Billie fechou a porta notando a feição de Carolina. - Esta tudo bem? - indagou preocupado.

- Estou sim - fingiu um sorriso - Agora me diz, por que pediu pra eu vir com uma roupa que pudesse sujar?

- Hoje vai ser um dia de mudança! Vou pintar a casa. - Billie brandiu enquanto pegava o catálogo de cores em cima da mesa. - Carolina riu animada.

- Ok, e porque pediu para eu trazer roupa de sair? - colocou a mochila em cima do sofá e prendeu o cabelo em um rabo de cavalo dando um sorriso pretensioso.

- Mais tarde a gente sai pra jantar. - respondeu prestando atenção as tonalidades de azul.

Carolina o observava prestar atenção às diversas cores a sua frente. Aproximou-se e o abraçou por trás, depositou um beijo na nuca dele.

- Qual o motivo de querer mudar, B?

- Você. - Billie se virou e a enlaçou pela cintura. - Eu não quero mais ter que pensar nela - fez cara de nojo ao pronunciar nela. - Então eu tenho que mudar tudo o que me lembra da maldita. - Carolina riu com a cara que Billie fez.

- E o que tem eu nisso?

- Tem você em tudo! Você me salvou de uma tristeza profunda e não sabe o quão grato eu sou por isso. - beijou-lhe os lábios. - Por isso vamos pintar a parede do quarto de azul. - disse a encarando nos olhos. - Toda vez que eu entrar naquele quarto só vou lembrar-me de você e do quanto me faz feliz.

Aos poucos ele estava sendo capaz de se apaixonar de novo, capaz de gostar de alguém a ponto de se entregar por completo. Observava o rosto vermelho e tímido dela, os olhos azuis belos como o céu, profundos como o oceano. Estar perto dela era uma emoção de fazer o batimento acelerar, o coração explodir, a cabeça girar. Ela era tudo e muito mais pra ele, era ela quem um dia o salvou de si mesmo.

- Você não acha azul uma cor deprimente? - perguntou Carolina rindo sem graça.

- Sério? - Billie riu também sem graça. - Eu tento te fazer uma surpresa agradável e você me diz isso?

- Não me leva a mal, B. - ria alto. - Mas é que há estudos que comprovam que essa cor é depressiva, só isso.

- Bom, mas agora eu vou fazer um estudo e comprovar que azul é a cor mais alegre. - deu um tapa com a mão espalmada na bunda dela. - Agora vamos lá na loja comprar a tinta. Quero um azul bonitão.

Carolina o puxou e o beijou levemente, o ritmo foi aumentando gradativamente. Suas mãos percorriam toda a extensão das costas dele e seus lábios rastejavam em direção ao pescoço. Passou a língua quente por cima do nódulo da orelha dele e o ouviu arfar, desceu até o ombro intercalando entre beijos e mordidas.

O Futuro de Nós DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora