Ri de Nervoso

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BILLIE AQUI! Ele pediu e eu não tive como recusar, espero que gostem! Boa leitura!

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Creio que estava pirando. Conhecia a pessoa não mais do que um mês. Um mês e algumas semanas, talvez? Duas semanas? Um mês e duas semanas e já estava na merda por ela. Posso contar nos dedos às vezes que saímos para um encontro, também uso os dedos para contar às vezes que transamos. Mas era certo que eu precisaria de várias mãos para contar às vezes em que ela me deixou sem fôlego, ou às vezes que me fez sorrir, até mesmo às vezes que senti sua falta. Hoje mesmo já senti mais de vinte. Acordei com um buraco no peito chamando por ela. Estou completamente, loucamente, perdidamente e fodidamente apaixonado por ela, e isso é algo irrevogável. Já está cravado na minha pele, não sai mais, já tentei. E não foi uma vez, não, foram várias. Carol grudou na mina alma, tão forte como uma essência, se não for mais. Ela era sol nos dias nublados, nos dias de chuva como esse.

Eu sentado na sala da casa dela esperava por Geronimo voltar. Depois que sai do quarto dela, com a cara mais limpa possível, ou de pau, disse que tínhamos conversado e que agora ela estava bem, mas a verdade o leitor já sabe, conversa mesmo não teve, o que rolou lá foi muita putaria, e devo confessar que foi das boas.

- Aceita um chá? - Geronimo me ofereceu. - Eu ia esperar por Ornella, mas com essa chuva eles não devem chegar tão cedo.

- Aceito. - respondi com um sorriso amigável. Eu não sou um homem que gosta de chá, meu forte mesmo é café. Café eu amo de paixão, não consigo suportar o dia sem ele.

Quando desci Geronimo e eu iniciamos uma conversa. De inicio pensei que seria sobre a empresa, já que não tivemos oportunidade durante a semana para dialogar, porém o assunto foi diferente, o assunto foi meu relacionamento com Carolina.

Para começar eu nem sei se posso chamar isso de um relacionamento, a gente mais briga e fode do que conversa, sai, anda de mãos dadas, essas coisas que casais fazem.

Nós sempre tivemos que fazer tudo por de baixo dos panos, até mesmo quando eu não sabia da idade, ou de quem ela era filha, fazíamos desse jeito, escondendo tudo. Bom, na verdade eu no inicio não escondia, mas ela já.

Explicar como as coisas aconteceram para Geronimo foi fácil, em nenhum momento ele me encarou com algum olhar de desapontamento ou indignação, pelo contrário, riu muito quando eu contei como descobri a idade dela e aparentou ficar bem triste quando contei que brigamos no meu primeiro dia na empresa.

- O destino às vezes nos faz infeliz em suas escolhas. - Geronimo me confortou. - Mas não significa que você não poderá fazer nada para o mudá-lo.

- Você acha que o John aceitaria nós dois juntos?

- Com toda certeza que não, meu filho. - mudou-se da poltrona para o assento ao meu lado. - John é um homem difícil, desde pequeno sempre foi. E ele tem uma fissura por Carolina, sempre quis que ela fosse à melhor. No inicio pensei que era algo bom, pois estaria incentivando ela a aprender coisas novas, mas com o tempo eu vi que ele espelhava nela tudo aquilo que não pôde fazer. Isso me deixou, e deixa muito triste, pois nunca pensei que erraria como pai, e hoje vendo as atitudes do meu filho com meus netos, vejo que sim.

Pensando por alto eu não consigo imaginar que o pensamento de Geronimo é certo. John é difícil, não coloca a vontade da filha a frente de nada, é sempre a decisão dele e ponto, mas vejo isso apenas como um pai fazendo o que é melhor para sua filha. E outra, eles são ricos, por qual motivo John não teria feito as coisas que quis? Geronimo não parece ser o tipo de pai que exige, ele parece o tipo de pai que ama acima de tudo, assim como o meu um dia foi.

O Futuro de Nós DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora