Sexo É Como Um Show

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ATUALIZADO!!!

NÃO SE ESQUEÇAM DO LIKE BOLADÃO. BJO

CAROL AQUI!

É um pouco estranha a maneira como me sinto. Esses surtos de raiva um dia ainda vão me deixar maluca, se é que já não estou.

Essa semana eu tive plena certeza do quão dependente dele estou. Desde sábado, quando o deixei para trás, o vazio tomou conta de mim, o mesmo vazio que em mim habitava até o momento em que ele havia me beijado poucas horas antes.

Eu tinha que mudar isso, não poderia mais permitir que esse surto de sentimentos controlassem o meu humor, não mais.

Foi por isso que aceitei voltar ao psicólogo e retomar com o uso dos antidepressivos. Por um tempo optei em fazer pausa nos remédios, e até deu certo, mas me encontro em um momento na vida em que ando muito desestabilizada. Pode parecer tolo, mas conforme o ano se iniciou eu fui acumulando diversas tristezas e decepções.

Perdi pessoas queridas, fui humilhada pelo meu pai, o homem que mais amo no mundo, me apaixonei e tive o coração quebrado, isso tudo mais o caso de depressão não faziam um bom time.

As pessoas de fora não entendem como me sinto. Nunca vão, a não ser que um dia passem pelo mesmo que eu.

Há manhãs que levantar da cama é extremamente doloroso. Visto uma roupa limpa e passada, coloco um sorriso amplo no rosto, mas por dentro estou completamente bagunçada.

Por que eu escondo? Pois assim é mais fácil. É bem mais fácil fingir que não sente nada do que ter de ouvir seus pais dizendo que é frescura, ou de ter de ouvir alguns colegas de turma te diminuindo por ter uma doença crônica. É melhor fingir do que ter vários pares de olhos em sua direção sentindo pena enquanto você tem uma crise. Ou de ouvir coisas do tipo: não a levem a sério, é maluca!

Passei por poucos psicólogos, todos tinham disponibilidade para me ajudar no meu problema, mas a questão era que não estava pronta. Abrir meu coração e divulgar para um estranho os pensamentos e sentimentos que me cercavam era muito difícil. Eu não cooperava com as consultas e por isso decidi parar com elas.

Eu me dava melhor em casa, com meus irmãos e Cissa.

Quando eu tinha uma crise muito complicada eram eles que me acudiam e que ficavam do meu lado zelando por minha sanidade. Eram eles que evitavam que eu pusesse meus planos em jogo.

Com o Billie sentia que era diferente, não somente em relação a depressão, até porque isso é algo novo para ele, mas digo isso em relação a tudo. Ele me entende, entende o meu jeito de ser e me aceita assim. Ele me orienta sobre a vida, minhas atitudes e isso é algo bom, pois mesmo vendo meus defeitos ele não foge, ele continua do meu lado. Bom, na verdade ele fugiu uma vez, mas sou capaz de entender o motivo e perdoá-lo também.

Eu me machuquei no passado, me machuco no presente e com toda certeza do mundo vou me machucar no futuro. A dor faz parte de quem eu sou há muito tempo, sempre esteve lá eu que demorei muito para percebê-la.

Billie se machucou apenas uma vez no passado e essa dor o atormenta até hoje, e mesmo alguns dias sendo difíceis ele levanta da cama e segue sua vida. Ele é forte, só não sabe disso, mas eu sei e prometo que vou todos os dias tentar abrir os olhos dele para que enxergue a fortaleza que habita seu interior.

Ao contrário dele eu não tenha essa força, por muitas vezes sucumbi ao desespero da alma de acabar com a dor. Eu me entrego muito rápido, enquanto ele se abala, mas permanece de pé.

É por isso que me sinto estranha enquanto ele dirige para a minha casa. Meu pai chegou cedo de viajem e ligou no telefone dele, como estávamos juntos mentiu dizendo que tínhamos nos encontrado no shopping e que aproveitaria para me levar pra casa, onde meu pai o esperava para fazer um convite.

O Futuro de Nós DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora