Porque tem vodka no meu suco?

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Acordou com Sophia socando a porta e pedindo para que abrisse, levantou da cama num susto e correu para destrancar a porta.

- O que aconteceu? - perguntou esperando pelo pior

- Nada, só estava preocupada com você. - Carolina resmungou e voltou para a cama - Que horas chegou em casa ontem?

- Eu não sei - murmurou baixinho - Acho que umas 4hrs, por ai.

- Pelo visto a noite foi boa - Sophia a encarava com um sorriso safado nos lábios e fez Carolina rir.

- Não vou mentir, foi boa sim - se espreguiçou esticando os membros na cama - Acho até que hoje vai ter um repeteco.

- Não sei não, Cissa não esta nada contente. - Carolina encarou a irmã e foi correndo para o banheiro lavar o rosto - Vamos, ela está lá em baixo te esperando para tomarmos café da manhã.

Desceram as escadas correndo ignorando o aviso de Cissa para parar de correr, foram em direção a varanda onde Ryan já se encontrava encaixando um pedaço de bolo na boca. Cissa apareceu logo atrás e elas se sentaram na mesa.
Comeram em silêncio, mas a mente de Carolina estava barulhenta de tantos pensamentos mirabolantes, se pegou sorrindo sozinha por diversas vezes.

- Pela quantidade de suspiros que você está dando, creio eu que tenha se divertido muito noite passada - disse Cissa quebrando o silêncio. Carolina sorriu.

- Quer dizer que não esta chateada comigo?

- Fui eu quem te deixei sair, por qual motivo estaria chateada? - Carolina lançou um olhar furioso em direção a irmã que começou a rir assim como Ryan.

- Não te disse que ela ia ficar cheia de medo?

- Novata - debochou Sophia.

Terminaram de tomar o café e Carolina voltou para o quarto, fechou as cortinas e deitou na cama procurando pelo sono. Rolou de um lado pra outro e nada. Levantou, tomou um banho e foi em direção a sala de música. Sentou-se de frente ao piano, inalou o cheiro da madeira bem polida e começou a tocar. Começou com Minute Waltz de Chopin, passou para Triumphal March Aid de Guiseppe Verdi, apertava cada tecla com firmeza, não precisava nem mais olhar o teclado. Fechava os olhos e sentia a música que exalava do instrumento. Tocava piano raramente em casa, normalmente tocava somente nas aulas que tinha antes da escola, mas quando tocava em casa era sinal de felicidade e que queria que todos soubessem do quanto estava feliz. Quando começou a tocar Marcha Turca de Mozart, Ryan adentrou a sala segurando o celular de Carolina em uma das mãos, imediatamente parou do tocar e fitou o irmão.

- Toma, não para de tocar - Ryan esticou o braço e Carolina agradeceu enquanto pegava o celular.

No visor constavam nove chamadas não atendidas, e quando o celular voltou a vibrar atendeu rapidamente.

- Bom dia - a voz grave dele ressoou do fone do celular - Te liguei em hora inapropriada?

- Tudo bem, é que eu estava tocando e meu celular estava longe.

- Tocando o que?

- Marcha Turca de Mozart, no piano.

- Você é das clássicas, não é? - Carolina afirmou enquanto ria.

- Podemos nos ver hoje?

- Hoje? - relutou por alguns instantes - Eu acho que dá sim, mas só tenho que chegar cedo pois amanhã eu tenho aula. - Billie riu.

- Tudo bem, eu te levo em casa. Podemos nos encontrar as sete? - Carolina concordou e desligaram o telefone.

Ryan olhava para a irmã com um sorriso brincalhão.

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