Agora Eu Posso Odiar Ele

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Olá, meus amores! Capítulo novinho e nem os fiz esperar demais!

Um beijo e boa quarta-feira ♥

Comentem, votem e sejamos todos felizes!

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Que merda eu estou fazendo com a minha vida?

Acordei no dia seguinte com uma dor de cabeça infernal, o cabelo com cheiro de vômito e com as olheiras maiores do que as do dia anterior. Tony acordou ao meu lado com uma carranca que não saia do rosto nem a base de beijo ou carinho. Levantou da cama e caminhou até o banheiro sem dizer uma palavra, só saiu do quarto quando ambos estávamos prontos para correr.

Demos diversas voltas ao redor do lado que tem perto da minha casa, a cada volta o silêncio ficava mais assustador e mais receosa eu ficava. Tony não havia me dado bom dia e nem ao menos trocado qualquer palavra. Não reclamou por eu estar respirando pelo nariz, e nem por eu estar com os braços muito baixos enquanto corria. Quando eu fazia as pausas parar respirar ele parava junto, ficava me encarando de longe com uma expressão de preocupação estampadissima no rosto, mas quando eu retribuía seu olhar ele desviava e voltava a correr.

Depois de duas horas voltamos para o café da manhã, a casa já estava toda acordada e meus pais e irmãos ainda estavam chateados comigo por conta do último dia. Eu estava pouco me importando, pois meu problema maior era descobrir o que estava deixando Tony tão puto da vida. Assim que acabamos o café da manhã ele seguiu sério para o quarto, comeu em silêncio como se estivesse sozinho na mesa e nem pediu licença para se retirar. Eu o segui com o coração na mão, uma dor excepcional na cabeça e uma coragem que, honestamente, não me pertencia no momento. Antes que ele fechasse a porta eu arrumei um jeito de entrar e trancar a porta. Ele ficou me encarando de longe, tentando me decifrar, creio eu. Queria entender o que esses homens tinham na cabeça por achar que é tão fácil assim me decifrar, não é como se eu fosse um livro em língua estrangeira. Eu sou um ser humano, um ser pensante e pecador como qualquer outro, não há o que ser enxergado em mim, além dessa confusão toda. Eu sou a adolescente que comete os erros mais estúpidos por assim ser mais fácil de seguir o caminho da vida, nem preciso me decifrar para entender que essa sou eu ultimamente.

– O que aconteceu ontem à noite, porque honestamente eu não lembro muita coisa depois que eu cheguei em casa.

– Eu vou te perguntar somente uma vez: você usou alguma coisa além de maconha? – estava impaciente. Eu confirmei com a cabeça, lembrava perfeitamente do ato cometido por mim que me levou a fazer coisas das quais me arrependo. – Era apenas isso o que eu queria saber. – entrou no banheiro e fechou a porta atrás de si, só que dessa vez ele não bobeou e trancou também.

Sem ter mais o que dizer, e sem entender, de verdade, a chateação que aflige Tony caminhei para o meu quarto, onde me arrumei para enfrentar o novo dia que estava por vir.

Os resultados do dia anterior não tinham sido bons, meus atos impensáveis só me meteram em mais encrenca do que o de costume. Só que desça vez eu sabia dos riscos, sabia das possibilidades, mas mesmo assim fui burra o suficiente para cometê-los.

– Também não vai falar comigo? – perguntei quando entrei no seu carro. Ele estava esperando por mim a mais de dez minutos para irmos para a empresa. – É mais fácil dizer que esta puto comigo.

– Você não vai mais sair sozinha, ok? – me sentenciou. – Parece que você não pensa nos riscos que podem te acontecer. E se alguém te faz uma maldade?

O Futuro de Nós DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora