O Futuro de Nós Dois

Desde quando você tem mãe?

Desculpa a demora com a postagem, pessoal! Vou tentar dar uma acelerada! Mega beijos!!!

Como pode tudo mudar a sua volta, bem debaixo do nosso nariz e não notarmos as diferenças que nos rodeiam? Tudo mudando, evoluindo, e a pessoa a beira a mar da própria historia, como se fosse um naufrago esperando por uma onda que o ajudasse a chegar perto de um bote, para assim poder lutar de forma digna por sua vida.

Esse caso não é de vida ou morte, mas é de vida ou vida. Duas opções: ou vive direito do jeito que foi ensinado a viver, ou vive das coisas erradas que escolheu para sua vida. Preferiu então fazer do jeito certo, escalar até o mais alto arranha céu e analisar lá de cima todo o ocorrido, tudo o que mudou. Desentranhar cada fragmento de suas ações, rever seus passos, ideias e objetivos. O que ele queria para a vida a partir de agora? Queria continuar como Diretor de Arte? Gostaria de mais tempo livre ou simplesmente preferiria juntar-se com seus amigos e curti mais as noites agitadas da cidade? Tinha 25 anos, tão novo, já divorciado e com o coração em frangalhos por uma paixão que o domou por inteiro.

Era assim que queria estar aos 25 anos? Foi isso o que sonhou para a sua vida pessoal? Se lembra bem que queria estar ainda casado, talvez já planejando o quarto do bebê e escolhendo nomes, queria aumentar a família o quanto mais cedo possível, lembrou-se vasculhando os sonhos que teve ao lado de Ammy, mas que nunca seriam realizados.

Não sabia se ainda guardava rancor nem se a dor ainda existia, passou tempo demais sendo anestesiado por outra pessoa que não conseguia mais deixar as cicatrizes do passado arder em sua pele.

Entretanto o passado e o futuro batiam de frente, união forças e formavam em sua cabeça uma terceira guerra mundial plantando várias dúvidas em seu consciente sobre o que almejar para a sua vida. Qual rumo seguir?

Não sabia do que vinha depois, apenas que o agora exigia certa atenção dele, suplicava para que ele largasse tudo e focasse somente no próximo trajeto a ser seguido.

Se sentia falta dela? A todo o instante. Estar longe de quem se gosta dói demais na alma, mas foi preciso pedir espaço para organizar seus pensamentos e tomar uma direção em sua vida e seguir atrás do que é importante, sua felicidade.

Billie estava preso em uma teia junto com diversas outras adversidades, foi um longo período onde sentiu ser exigido de várias formas, doou-se sem receber muito em troca. Queria o mesmo fluxo, igual quantidade de atenção, carinho, respeito. Não se importava em soar egoísta, talvez fosse e não se importava com a minimalista imperfeição. Tinha que se precaver, guardar bem seu coração.

Primeiramente não foi como o imaginado, Carolina se afastou demais, o expulsou até da sua lista do cotidiano, não o procurou nem para uma troca de palavras, e decidiu fazer o mesmo, era o melhor. Na sua cabeça eles continuariam se vendo, conversando, mas não com tanta intensidade como estava sendo nas últimas semanas. Seria como uma dieta onde só de pode comer uma fatia do bolo.

Vivia do que Sophia o contava por alto, se controlava ao máximo para não pedir por mais explicações, pois sabia que não tinha esse direito. Se queria saber mais a respeito de Carolina devia ir diretamente a ela e conversar com ela. Mas bem que se aproveitava das novidades que Sophia contava, das fotos que mostrava ao lado da irmã para ilustrar alguma cena das duas.

Teve o vídeo da formatura da Carol, ela subindo mais devagar do que o normal as escadas por conta do pé machucado, o cansaço visível em seu rosto antes mesmo de iniciar o discurso e o sorriso falso, aquele sorriso que ele conhecia muito bem.

- Como ela esta? - não conseguiu aguentar. Estavam em um restaurante junto com Tree almoçando, era uma segunda feira e não aguentava mais de saudade dela, não sabia por mais quanto tempo aguentaria ficar afastado.