Em um milhão de pedaços.

66 9 0
                                    

Boa tarde, pessoal! Capítulo fresquinho para vocês! Obrigada por ler esse livro doidinho, doidinho. Um grande beijo e um excelente final de semana!


***************************************

Na manhã seguinte acordou decidida de que faria a diferença em sua vida, não só pensando no melhor para ela e sim para todos. Não queria mais ser desastrosa em suas decisões, pretendia ser o mais clara possível e analisar cada movimento antes de realizá-lo. A alta hospitalar veio junto com o café da manhã e após um bom banho vestiu suas roupas e com um sorriso largo saiu do hospital acompanhado por Tony e Margot.

Entrou no carro dando graças a deus por finalmente estar podendo ir para casa. Foram poucos dias, mas a saudade que tinha de estar em sua própria cama a consumia por dentro. Foi liberada sob a condição de tomar os devidos remédios nos horários certos além de não poder misturar qualquer substância com as medicações. Estava extremamente proibida de beber, fazer uso de qualquer droga e de sair de casa, o ultimo fora imposto por Margot que zelava pela vida da filha.

Quando a porta se abriu seus familiares estavam ao pé da escada para recebê-la, alguns não haviam voltado para Itália e preferiram ficar até que Carolina voltasse para casa. Assim eles logo trataram de dar continuidade a festa de aniversário que fora interrompida abruptamente.

Carolina abraçou os irmãos matando a saudade que sentia deles, procurou com os olhos por seu pai e Cissa, mas não os encontrou. Sentia uma grande vontade de confrontar o pai assim como sentia uma imensa vontade de ganhar colo de Cissa. Ao indagar sobre o pai a mãe respondeu com a expressão desapontada de que estava trancado no quarto, John não agüentará olhar no rosto da filha e por isso preferiu trancafiar-se. Cissa andava sumida, poucos a tinham visto, inclusive seus irmãos que não desgrudavam dela.

Na parte exterior da casa estavam alguns balões cheios e um bolo simples coberto por geléia de morango, Carolina aproximou-se da mesa salivando com a gostosura. Logo ao lado tinha outra mesa repleta de quitutes e sanduíches que davam ao ar um cheiro salgado.

Alimentou-se matando a saudade que tinha da comida de casa. Nada no mundo deveria ser comparada a comida do hospital sem sal, sem alho, cebola e azeite. Comeu até empanturrar-se e somente ai saiu de perto da mesa e procurou um lugar para sentar próximo de suas primas.

Sophia logo se aproximou com Tree ao seu lado e um alarme dentro da cabeça de Carolina havia começado a soar. Como contar a todos que estava esperando um bebê? Afinal, queria com toda a certeza levar à gravidez a diante?

Antes de Sophia sentar-se ao seu lado Margot estendeu as mãos à filha mais nova e a carregou até próximo da escada que dava acesso a casa.

– Aqui o que me pediu. – entregou um envelope simples na mão da filha que nem precisou ler para saber sobre o que se tratava.

– Obrigada, mãe. – abraçou a mãe e sentiu-se chorosa por ter o feito, logo em seguida desculpou-se pelas más atitudes que haviam tomado.

– Nada mais disso importa, filha. Eu que peço desculpas pela forma com a qual eu a tratei. Eu mais do que ninguém sei o que é perder quem nós amamos. – Carolina entristeceu-se com o olhar vazio que sua mãe carregava. – Eu só espero que você faça o que é certo para você! – beijou a filha na testa antes de deixá-la a sós.

Carolina encurtará o caminho das lágrimas antes mesmo que pendessem dos olhos. Observou todos alegres a sua volta e deu um largo sorriso quando avistou Josh e Júlia chegando juntos. Abraçou os amigos que ainda pareciam intimidados um pela presença do outro e começou a puxar assuntos paralelos que sabia que os ajudariam a quebrar o gelo. Contou seus casos de quando estudavam juntas e do pensamento de Júlia sobre Carolina ser lésbica.

O Futuro de Nós DoisOnde histórias criam vida. Descubra agora