Dias perfeitos!

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Dormimos desse jeito mesmo, saciados e suados.

Acordei com os primeiros raios de sol. Levantei de fininho e fui tomar uma ducha no banheiro do corredor. Tentei fazer o mínimo de barulho e obtive sucesso, pois quando saí, Raul ainda dormia, como um anjo, iluminado pela luz que entrava invadia o quarto, fazendo sua pele brilhar. Encostei-me no batente da porta e observei-o respirar. Meu Deus estou perdidamente apaixonada por este homem!

Resolvi não acordá-lo, afinal, dormir até mais tarde em um domingo é um privilégio. Sentei-me confortavelmente no sofá da sala, com os calcanhares sobre minhas coxas, apoiei a cabeça no encosto do sofá e deixei que todas as últimas semanas viessem à memória.

Não sei quanto tempo passou até que senti a presença dele. Raul toucou meus ombros por trás do sofá e me deu um beijo na testa.

- Bom dia Princesa! Por que não me acordou?

- Achei que você merecia um descanso a mais!

Ele escorregou pelo encosto do sofá e me caiu no meu colo.

- Hum, que colo gostoso!

- Seu bobo! Levanta daí porque você é pesado. – Ri com sua brincadeira.

- Levanto, mas só depois que ganhar um cafuné e um beijo gostoso.

Abaixei meu rosto para encontrar o dele, enquanto Raul segurava minha nuca, acariciando e me causando arrepios. Acariciei seus cabelos com ternura, exteriorizando todo o sentimento que estou nutrindo por ele. Aprofundamos o beijo e senti meu coração bater mais rápido e ainda mais forte, se é que isso é possível.

- Raul, minhas pernas estão adormecendo! – Gemi em protesto.

- Tudo bem, vou levantar porque já ganhei meu beijo e o cafuné. Vou tomar um banho e depois vamos sair e aproveitar o domingo juntos, ok?

- Legal! Vou me trocar então.

Enquanto Raul estava no banho, passou pela minha cabeça ir até lá e seduzi-lo para um banho a dois, mas a ideia de passar o dia com ele me fez repensar isso e ir direto me arrumar.

Coloquei um short jeans e uma camiseta azul de seda, soltinha e de alças finas. Calcei uma sapatilha, prendi o cabelo em um rabo de cavalo e me maquiei de leve. Lembrei que tinha na bolsa o par de brincos que Raul me deu no restaurante e eu ainda não havia usado. Combinou perfeitamente com a minha roupa e acho que ele vai ficar feliz em me ver usando-os. Passei meu perfume e fiquei na sala esperando.

Senti o perfume maravilhoso resplandecendo pelo apartamento depois que ele saiu do banho. Meu pelos se arrepiaram e meu cérebro já fez as devidas conexões, avisando meu clitóris que o macho alfa estava por perto. Soltei uma risada tímida ao perceber as reações do meu corpo.

Alguns minutos depois, Raul apareceu na sala, usando uma bermuda cáqui e uma camiseta preta colada no corpo. Minha Nossa Senhorinha, que visão! Não me canso nunca de olhar.

- Já tomou café Princesa?

- Não, fiquei pensando na vida e esqueci preparar um café para nós dois.

- Bom, ainda bem. Vou te levar em um lugar que, com certeza, você vai adorar.

- Jura? Onde?

- Uma casa de campo que serve um café colonial espetacular. Vamos logo porque quero ainda fazer muitas coisas com você hoje.

-Uau! Tudo bem então, estou pronta.

Foi uma pequena viagem de 30 minutos até a região metropolitana da cidade. Pegamos uma estradinha de paralelepípedos e chegamos a um casarão antigo, com uma área imensa, muito florida. Foi um bálsamo para meus olhos.

Amor TardioOnde histórias criam vida. Descubra agora