Capítulo 08

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P.O.V Luíza Santos

Finalmente cheguei em casa, coloquei minha mala no meu quarto e depois desço para ver minha mãe.

– Luíza me conta tudo, como foi á aula? Diz-me na classe você é a melhor aluna? Os professores já te  elogiaram? - minha mãe pergunta entusiasmada.

– Sim mãe - comento mentindo, melhor da classe mais ou menos, pois quem é melhor mesmo é a Carla e Paulo, penso.

– Fico tão orgulhosa, melhor filha que alguém poderia ter, minhas amigas dizem que morre de inveja minha e ainda me perguntou qual foi o segredo para educar tão bem minha filha. - ela ri, e apenas assento triste ao saber que eu sou uma pessoa horrível - Que foi filha?

  – Nada mãe, e cadê pai?

 – Ele foi no mercado daqui á pouco está aqui.

  – Eu vou para o meu quarto, estudar - falo subindo.

Meus pais eles são digamos legais, o problema não é meu pai é a minha mãe, pois tudo tem que ser do jeito dela, ela quer manipular a minha vida, ela já manipulou a da minha irmã mais velha, minha mãe sempre fica me comparando com ela que conseguiu bolsa para estudar fora, mas na verdade eu nem gosto tanto da minha irmã, pois acho ela igualzinha a minha mãe, a minha família toda gosta de manipular e são muito interesseiros.

Meu pai tem problema no coração e não pode receber notícias chocantes, pois ele pode ter até um infarto, diz minha mãe.

P.O.V Adrian Freitas

 Fico sentado no sofá de casa, quando ouço minha mãe me gritar no maior escândalo.

– Me ajuda aqui na lanchonete, pois seu pai saiu, para resolver alguns problemas e a lanchonete está lotada.

– Mãe eu tenho cara de garçom?

– Não, mas...

– Então resolvido – falo voltando  a olhar para meu celular.

– E chegou cedo, como que foi com seus colegas?

  – Ah nada de interessante, mas por quê estou de contando isso? 

– Por que gosto de saber com quem meu filho anda e que lugares ele frequenta.

– Ai mãe vai trabalhar que tu ganha mais.

– Como você fala comigo, sou sua mãe, tenha mais respeito comigo.

– Também te amo – digo entrando no meu quarto.

Eu não gosto de descontar nos meus pais, mas sinto raiva quando olho para eles, eu podia nascer rico, pois as maiorias dos meus amigos são, e não gosto que ninguém saiba que sou pobre, se não fosse o dinheiro da minha tia eu nem estaria estudando naquele colégio, minha mãe tem uma lanchonete mixuruca que não sustenta nem a casa e para piorar meu pai ainda é viciado nesses jogos que ele só sabe perder e vive bebendo e sempre anda bêbado nas ruas parecendo um mendigo fazendo maior escândalo, como não ter vergonha disso?

P.O.V Marie Benson

– Margarida meu pai está em casa? - Margarida é tipo uma mãe para mim, cuidou de mim deste pequena, ela é empregada da casa e a minha "babá"

 – Não ele viajou nesta semana para Londres a negócio, voltará quarta-feira se não me engano.

 – E ele nem foi despedir de mim.

– Sinto muito querida, mas ele mandou dizer que mandou abraços e qualquer hora liga para você.

– Mas até agora ele nem me ligou, eu nem sei porque eu ainda tenho esperança dele um dia me notar.

– A esperança é a última que morre.

  – É, mas a minha já está morrendo... vou para casa da Paola, volta para o jantar. - pego minha bolsa e entro no carro e o motorista me leva até lá.

Paola é bolsista e é minha melhor amiga desde o ano passado, quando entramos naquela escola, ela é tipo uma irmã para mim. Chego na casa dela ela logo abre a porta.

 – Amiga ai que bom que você veio. - Paola disse me abraçando.

  – Eu vou passar o dia com você.

 – Podemos ir no shopping. - ela sugere

  – Ótima ideia, pelo menos distraio um pouco, mas antes de fazer compras eu preciso ir urgente de um spa, pois ficar na escola a semana inteirinha ninguém merece, eu tenho que me renovar, preciso de uma massagem e tudo, pacote completo para nós duas, deixa que eu pago tudo - falo saindo de lá.

 – Por isso que te amo amiga - ela disse e saímos.

  P.O.V Scott Mendes

Chego em casa, e coloco minha mochila na sala, vejo o Patrick, mas ele gosta que o chama de Senhor Lopes, ele é o mordomo da minha casa. Senhor Lopes é um homem muito sério, e sempre fala e age educadamente, até já acostumei. 

– Senhor Lopes meu pai já chegou? - pergunto para ele.

– Sim senhor Scott, ele está no seu escritório, mas saiba que ele não gosta de ser incomodado, quando esta trabalhando, e tem um cliente com ele. - ele disse.

   – Meu pai odeia receber cliente no sábado. - falo e vou correndo para o escritório.

Eu sei que é feio, mas quero descobrir a coisa urgente para meu pai receber cliente no sábado. A porta está fechada, fico na porta tentando escutar alguma coisa da conversa deles.

  – E então está tudo certo? Vamos fazer isso o mais rápido possível. - ouço meu pai dizer.

 – Não se preocupe Sebastian, está tudo indo de acordo com nosso plano.

  – Leonardo,  você só precisa acelera esses documentos.

   – Acelera? Não dá, vai ficar muito suspeito o nosso cliente vai perceber que estamos passando a perna nele, tudo ao seu tempo Sebastian, se alguma coisa dar errado podemos falir, e até ser preso por estar roubando um dos nossos clientes, e é por isso que tem que sair tudo perfeito, agora preciso ir. Não posso dar muito mole, eu falei para Stella que já tinha chegado de viagem, então nós vemos segunda...

  – Senhor Scott seus pais não te ensinaram a ter educação? - o mordomo pergunta me cutucando.

 – Me ensinaram muito bem, mas agora fale baixo preciso de escutar.

  – Escutar o quê? - meu pai pergunta abrindo a porta e meu coração acelera. - Então Scott vai me dizer o que está fazendo aqui?

– Estou na minha casa uai, por quê? Agora é proibido ficar andando na sua própria casa?

– Scott Mendes, para de pancar de engraçadinho, pois isso não funciona comigo, o que escutou? - ele pergunta com sua voz fria de sempre - O que escutou? - ele aumenta sua voz pegando no meu braço e apertando.

 Nunca o vi tão nervoso como estou vendo agora.

– Largue ele Sebastian, está machucando - minha mãe disse, vindo na minha direção.

Ele me olhou furiosamente, ainda apertando o meu braço com uma força que doía bastante, gritei.

– Não escutei nada pai - falo gritando e suando mais ainda.

– Eu sei que está mentindo, Scott melhor você me contar a verdade, o que escutou realmente?

– Pai eu não escutei nada eu juro,  pois você logo abriu a porta, por quê? O que estavam falando de tão importante a ponto de ficar daquele jeito? - pergunto o encarando com raiva, e ele logo fica em silêncio.

– Pronto gente, resolvido. Ele não menti assim Sebastian, e eu acho que o seu cliente já está querendo ir embora, e você filho acho que tem muitas coisas para fazer, né? - minha mãe fala e eu saio de lá.

Aquele homem disse um nome familiar... Stella? Será que é a mãe da Melissa? Só um jeito de descobrir.

ligo para Melissa imediatamente e deu caixa postal, ligo mais uma vez e ela atende, falo para ela vim aqui na minha casa e fico lá fora á esperando.



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