☆Sociedade Porcelana - Livro 1☆
"Pareciam bonecos em uma estante. Seus rostos, tão lindos, não tinham emoção alguma. Suas peles, tão brancas e sem marcas, pareciam porcelana. Seus olhos, tão multicoloridos, pareciam pingos de cor em uma tela vazia...
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#8 Em Fantasia!!!!!!!!!!! Vocês querem me matar do coração!!!!!!! ♡♡♡♡♡♡
Eu estava tão triste pelo capítulo que havia acabado de postar, aí vejo isso, e meu dia vira o melhor de todos!!!! Sério, eu gritei no meio da sala!!!!!!
Em agradecimento por tudo, tudo, tudo o que vocês fizeram por Porcelana e por mim, decidi fazer uma surpresa. Já que melhoraram meu dia, eu quero tentar alegrar um pouco mais o de vocês!!!
Já chega de mistério!!!! Vem aí...
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☆Por: Daniel☆
Eu era um triste garoto, que não se conformava com a falta de atenção por parte do pai. Ele, como o louco que era, havia me obrigado a ir até a Sociedade para escolher uma esposa, algo que causara-me revolta. Só porque encontrara uma "namorada" por ali, depois que minha suposta mãe fugiu (com razão, mas eu, como pobre coitado, negava o fato de todas as maneiras, desejando ardentemente que ela se importasse o bastante para me levar junto), o homem achava que aquele era o melhor para mim.
Acredito que esta triste história causará comoção suficiente, pensei.
×××
Observar Bianca, em um dia chuvoso e escuro, não era tão difícil. Pelo menos não tanto quanto ter que seguí-la pelo jardim, como na semana anterior, apenas para vê-la regar as flores.
Já me arrependia do que teria de fazer. Mas era necessário.
Assim que ela se virou, continuei parado, vendo-a arregalar os olhos e quase gritar.
- Meu Deus, Daniel! Que espécie de fantasma das sombras você é?! - perguntou, assustada.
Isso me fez rir. Sempre fazia.
Bia, naquele dia, estava como de costume: jeans escuros, blusa clara e um avental rendado por cima. Na Sociedade Porcelana, eles faziam questão de que até mesmo os funcionários aparentassem estar bem (outra grande mentira). Seus cabelos loiros estavam amarrados em um coque, sendo a única coisa que a diferenciava de uma Branca de Neve real.
- Nenhum, Bianca. Não sou. Mas as vezes gostaria de ser, só para poder observá-la melhor - pisquei, enquanto ela corava intensamente.
Bia balançou a cabeça.
- Italiano idiota. - murmurou, fazendo-me rir mais.
Nós havíamos mantido contato ultimamente. Quer dizer, eu havia mantido contato com ela, toda as vezes em que "fugia de meu pai". "Para assumir a empresa, você precisa estar casado. E casado com uma linda mulher da Sociedade", eu ouvira um Frequentador falar para seu filho certa vez. Hum, interessante... pensei, adotando aquelas regras e olhando para a linda mulher da Sociedade que estava em minha frente. Era uma boa desculpa, aquela.
- Sabe, Bia, você provavelmente vai me matar depois disso... mas enfim... - falei, aproximando-me um pouco. Preciso ser convincente.
Ela franziu as sobrancelhas, confusa.
- Depois disso o quê?
Como resposta, apenas a beijei.
O beijo deve ter durado uns 10 segundos, no máximo. Mas, naquele pequeno intervalo de tempo, acabei esquecendo meu propósito ali.
Seus lábios cheios e rubros preencheram-me por completo, e seu hálito quente pairou por minha boca, assim que arquejou, chocada. Percebi que ela mesma correspondera um pouco, sem entender o que estava acontecendo.
Então, o paraíso acabou, e eu fiquei com uma bela marca disto.
Sua mão chegou a estalar em meu rosto, fazendo-me cambalear. Apesar de ser bem mais alto que ela, a garota havia acertado em cheio.
- Seu tarado!!! - gritou, ignorando possíveis presenças por ali. Sorte que estávamos na cozinha, onde apenas funcionários (e um bom penetra) entravam - idiota, idiota, idiota!!!
Ela começou a bater em mim, fazendo-me recuar. Eu não sou pago para isso!
- Você sabe que se Datha vir, estou frita!!! - gritou - Você é mesmo um...
- Idiota? - respondi, segurando o riso de nervosismo. Seus tapas não doíam de verdade, e seu rosto estava pegando fogo. Tive vontade de acalmá-la, mas não pude, sendo a fonte de sua ira - Você já disse isso. E a Datha não está aqui, ou está?
Ela parou brevemente, mas logo depois me empurrou.
- Você não sabe disso!!! - gritou, correndo para longe logo em seguida.
- Ei! Bianca! - chamei, mas ela não retornou.
Ocorrera exatamente o que eu esperava. Biancaneve não se entregaria fácil.
Mais uma dificuldade para mim, pensei.
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☆Por: Bianca☆
Idiota, idiota, idiota!!! E se tivermos sido pegos?! Trouxa!!!
Eu queria gritar tudo aquilo na cara de Daniel, mas não era possível. Por isso, apenas corri, para algum refúgio temporário.
Infelizmente, havia um pequeno problema: meus lábios insistiam em curvar-se levemente para cima, com a lembrança da boca de Dani contra a minha.
Pare de sorrir, Bianca!!! Pare, tola!!!
Mas não adiantava. Continuei sorrindo, secretamente, por muito mais tempo do que levei para chegar ao quarto de Alessa.
