Friends

Capítulo 14

POV Isadora
Hoje era o dia da apresentação do trabalho de literatura, encenaríamos uma cena da obra de Shakespeare, Romeu e Julieta. Dudu, se empenhou bastante nesse trabalho. Seríamos a segunda dupla á se apresentar e eu já estava bem nervosa.

A primeira dupla se apresentou, a cena deles não era muito longa então foi rápido. Chegou a nossa vez e nervosa, fui a frente do quadro negro e Dudu veio junto. Respirei fundo e o professor começou.

- Romeu e Julieta, cena cinco do ato um - estava sentado nos olhando - Luz, câmera, ação! - sorriu.
- Se minha mão profana o relicário em remissão aceito a penitência - Dudu me olhou - Meus lábios, peregrinos e solitários, demonstraram, com sóbria reverência.
- Ofendeis vossa mão, bom peregrino, que se mostrou devota e reverente. - o olhei, sorrindo - Nas mãos dos santos pega o paladino. Esse é o beijo mais santo e conveniente. - pausei, me virando para olhá-lo - Romeu, Romeu. Por que és tu Romeu? Renega teu pai, despoja-te do nome. Então se não quiseres diga ao menos que é amor.
- Então fica quietinha: eis o devoto. Em tua boca me limpo dos pecados. - sorriu encantador.
- Que passaram assim para os meus lábios - toquei minha boca.
- Pecados meus. Oh, quero os retornados, devolva-me-os.
- Beijai os tais sábios - sorrimos.
- Valeu, valeu - o professor falou cortando o clima - Vocês foram ótimos!

Agradecemos e sentamos em nossos lugares. O professor deu continuação às apresentações e por fim deu por encerrada a aula.

- Estamos de parabéns - Dudu falou me fazendo sorrir e eu sai da sala.
- Isadoraaaa! - Carol me gritou - Voltei com o Miguel! - disse ao chegar perto de mim.
- Que bom amiga! Vocês se gostam, é bom que estejam juntos.
- Sim sim - suspirou - Dudu estava te procurando, quer te entregar algo mas não disse o que era.
- Me procurando? Acabei de falar com ele - estranhei - Tem certeza? - ela assentiu - Vou procurá-lo.

O que será que ele quer comigo? Dentre os lugares nos quais ele podia estar, pensei no jardim que ficava aos fundos do colégio, era nosso lugar preferido. Fui para lá e o vi de longe, sentado em um banco. Segui até ele e me sentei ao seu lado.

- Oi, Carol me disse que estava me procurando - o olhei e ele assentiu - O que quer comigo?
- Espera - pegou sua mochila e tirou um envelope de lá, me entregando - José mandou para você e me pediu pra entregar.
- Mas... O que é isso? - perguntei estranhando - rasguei o envelope e tirei uma carta de lá - Uma carta? - Dudu assentiu e ia se levantar, mas eu o impedi - Fica, não quero que você vá embora por causa da carta.

A abri, e na frente dela estava escrito "José para Isadora", olhei para Dudu e comecei a ler em voz alta:

" Isadora meu amor,
O certo seria eu dizer isso pessoalmente, olhando nos seus olhos. Mas, com o acidente do meu pai, eu viajei ás pressas e não tive tempo de me despedir de você. Estou te escrevendo para te dizer que infelizmente eu não vou mais voltar para São Paulo, pelo menos não por um longo período. Busquei minhas coisas em casa e estou morando com meus pais aqui em Manaus, local onde meu pai estava quando sofreu o acidente. Eu amo você, demais! Nunca duvide disso, porém não poderia largar meu pai assim nesse momento.  Acredito que um relacionamento a distância não daria certo, portanto estou te deixando livre para que você possa dar um novo rumo na sua vida. Juro que não queria isso, mas não tenho escolha.
                      Amo muito você,
                                                   José ❤️."

- Não acredito! Você está solteira - sorriu abertamente - Não namora mais o José.
- Pois é - sorri, de leve - Está muito feliz, né? - sorri ao vê-lo reprimir um sorriso.

Digamos que eu não estava me sentindo mal com o término, muito pelo contrário, estava muito bem.

POV Yago
Meus pais tinham ido viajar e eu estava no tédio. Chamei a Karen para vim aqui e logo ela chegou. Estávamos na sala já fazia um tempinho, assistindo filme e eu perguntei.

- Tá com fome?
- Não, mas queria comer um brigadeiro..
- Então vamos fazer um brigadeiro para mocinha - fomos para a cozinha e fizemos o brigadeiro em meio à risadas e brincadeiras.
- Humm, que beijo doce - eu disse após beijá-la, depois dela ter colocado uma colher de brigadeiro na boca.
- Bobo - sorriu e comeu mais.
- Você se sujou - eu disse
- Aonde? - disse tentando limpar
- Deixa que eu limpo - passei a língua em sua boca e depois a beijei, deixando a panela de lado.
O beijo foi se intensificando e eu já a apertava em torno demais contra meu corpo. A coloquei em cima da bancada e fiquei no meio de suas pernas.

- Yago, seus pais..
- Eles tão viajando, saíram hoje cedo - voltei a beija-la. Ela enlaçou suas pernas em minha cintura, enquanto segurava meu cabelo.
- E os empregados? - disse se separando de novo.
- Foram dispensados - sorri
- Sozinhos?
- Sozinhos - sorri malicioso.

A beijei novamente e peguei-a no colo a levando para o quarto, fazendo ela dar um leve gritinho.

- A gente vai cair - riu, enquanto subia a escada
- Não vou deixar você cair - chegamos em frente ao quarto.
- Me coloca no chão!
- Pronto - a prensei contra a porta do quarto que ainda estava fechada.
- Eu te amo - passou o braço em volta do meu pescoço.
- Também te amo - a beijei e abri a porta do quarto devagar.

Entramos no quarto aos beijos e fechei a porta atrás de mim com o pé. A levei até a cama e me deitei por cima dela com cuidado, sem colocar o peso. Passava a mão por todo seu corpo e tentava desabotoar sua calça. Ela tirou minha camisa e eu a dela, revelando seu sutiã. Desci os beijos por seu pescoço, beijando cada ponto. Pressionei nossas intimidades a fazendo suspirar. Desci os beijos para seu colo, passando a mão para trás para retirar seu sutiã.

- Te amo - disse a ela, olhando em seus olhos.

Voltei a beijá-la, soltando seu sutiã e em seguida, beijei deus seios, a fazendo gemer. Depois, desci os beijos pela sua barriga e parei em cima da sua calça, a desabotoando e tirando-a em seguida. Retirei a minha também e voltei a lhe beijar. Retirei sua calcinha e ela minha cueca. Comecei a pressionar nossas intimidades, e ela me faz parar por um minuto.

- Yago, espera.
- O quê? Por favor, não me faça parar agora - beijei seu pescoço.
- Não quero que você pare.
- Então?
- A camisinha.
- Tinha esquecido - peguei a mesma no criado mudo que ficava ao lado da cama

Me protegi e a penetrei devagar, nós fazemos gemer. Aos poucos, os movimentos foram ficando cada vez mais fortes e chegamos ao ápice.
Deitei ao seu lado e a trouxe para deitar em meu peito, enquanto nossas respirações se normalizavam. Puxei um lençol e nos cobri.

- Você era virgem - eu disse, suspirando.
- Sim - abaixou a cabeça
- Eu achei que naquele dia... com o Thiago... - suspirei
- Não aconteceu nada. Eu sempre quis que fosse com você. Não consegui fazer nada com ele nem aquele dia, nem em nenhum outro.
- Eu amo você - lhe dei um selinho
- Eu também.
- Você tava preparada? Quer dizer... eu te pressionei a fazer isso?
- Não, amor. Eu estava preparada. Você foi perfeito - me beijou.

Passamos o resto do dia assim, trocando carinhos.