Capítulo 40 - Penúltimo

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POV Lucas
Hoje era o dia. O dia que eu perderia o amor da minha vida. Ia acontecer o casamento entre a Isabela e aquele babaca do namorado dela. Durante toda a semana ela me ligou, mas eu não atendi nenhuma ligação. Eu queria e deveria ficar longe para não fazer nenhuma besteira, como impedir o casamento que ela tanto quer.
Combinei com a minha mãe e ela iria ficar com as crianças durante a semana e o casamento. Depois que eles embarcassem para lua de mel, eu os buscaria. Não queria ver a cena dos dois juntos.
Não contei para ninguém aonde ficaria e era o melhor assim, não queria que sentissem pena de um sentimento que acabou não dando certo. Fui para a nossa casa de campo e fiquei deitado pensando em tudo o que tinha acontecido. Além de tentar me distrair para não pensar que agora minha mulher estaria subindo no altar com outro cara. Tentava a todo custo me distrair e quando consegui, acabei voltando à realidade quando a porta do quarto abriu.

- Isa? - a olhei surpreso - O que está fazendo aqui?
- Desculpa, te assustar - ela disse fechando a porta do quarto.
- A essa hora você deveria estar - olhei a hora no celular - a caminho da sua lua de mel.

Ela abaixou a cabeça e deu um sorriso quando levantou a mão esquerda mostrando que não havia nenhum sinal de aliança ali.

- Você não casou? - disse sem esconder a felicidade.
- Não - ela disse e foi se aproximando de mim, até sentar na beirada da cama - Eu terminei com ele faz uma semana, procurei você para te contar, mas não achei. Então, deduzi que estaria aqui. Você sempre vinha aqui para pensar. Eu não me casei com ele para poder voltar para você. Eu só quero você, Lucas.
- Você não se casou com ele, mas também não é mais casada comigo. Não sei se quero me casar outra vez com você.
- Acha mesmo que eu ia assinar aquele divórcio? - se aproximou mais de mim, ficando a poucos centímetros de distância.
- Você não assinou??
- Óbvio que não. Eles já estão em mil pedaços, em algum lixão pela cidade. - riu - se você quiser vai ter que fazer outros e eu não pretendo assinar. Não quero ficar longe de você mais.
- Então acho que não devo fazer outros - dei um sorriso de canto.
- Me perdoa? - suspirou abaixando a cabeça - Eu fui uma idiota. Não tem ideia de como me arrependo de te ter feito sofrer.
- Também te fiz sentir mal, muitas vezes - eu disse acariciando seu rosto.
- Mas em nenhum momento você foi tão idiota quanto eu - Mas além de tudo isso, eu preciso te perguntar uma coisa.
- O que?
- Por que mentiu para mim?
- Aí não - suspirei, me afastando - Chega, eu já disse que te trai, nosso casamento acabou e pronto. Chega desse assunto.
- Não to me referindo a traição em sim. Quero saber porque você disse que me traiu, quando não era verdade.
- Da onde você tirou isso?
- Eu escutei uma conversa sua com o Pedro... Nós podíamos ter sido muito felizes. Por que mentiu?
- Eu tava cansado de você nunca querer me ouvir e ficar desconfiando de mim. Isso desgastou nosso casamento.
- Agora eu acredito.
- Agora pode ser tarde demais - eu disse.
- Nunca é tarde demais quando se tem sentimentos - ela disse, colocando os braços em volta do meu pescoço - Eu te amo, Lucas. Por favor, me perdoa.
- Por que será que eu nunca resisto a você hein? - eu disse e sorrimos. Nos beijamos calmamente, relembrando todo o tempo que ficou perdido.

Depois de uma reconciliação calorosa, digamos assim, voltamos para a casa. A nossa casa, da onde eu nunca deveria ter saído.

- Papai!!!! - Luísa pulou no meu colo - Que saudade!!!
- Eu também estava, princesa - a abracei - Cadê seu irmão?
- Está dormindo lá no quarto. Ele só dorme papai - disse brava - Queria brincar com ele.
- Ele ainda é pequeno, filha. Quando crescer, vocês vão poder brincar.
- Incrível a capacidade de eu ficar invisível quando você está aqui - Isa disse
- Mamãe!! - ela a abraçou - Não fica com ciúme. É que eu te vejo todo dia, o papai não. Aí eu tenho saudade dele.
- Então eu tenho uma notícia maravilhosa para te dar, meu anjo - eu disse
- O que?
- Papai vai voltar a morar com vocês.
- Sério??? Como uma família de verdade?
- Sim, minha linda - Isa disse
- Aaaaah, eu não acredito! - ela ajoelhou no chão e juntou as mãos - Obrigada Deusinho, por realizar meu pedido - ficamos emocionados e ela nos abraçou - Amo vocês!
- Desculpa interromper - Claudia chegou - Mas Luísa, por que você pegou roupa do seu irmão para colocar na Luly? A coitada tava ficando sufocada.

- Sério??? Como uma família de verdade? - Sim, minha linda - Isa disse - Aaaaah, eu não acredito! - ela ajoelhou no chão e juntou as mãos - Obrigada Deusinho, por realizar meu pedido - ficamos emocionados e ela nos abraçou - Amo vocês! - Desculpa ...

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- Porque ela é meu bebê, ué. Igual meu irmão é o bebê da minha mãe. - ela disse com naturalidade nos fazendo rir.

Definitivamente, aquele era o meu lugar. Com a minha família.

POV Carol
Eu já estava na reta final da gravidez. Havíamos comprado tudo para a chegada do nosso filho. Seria um menino e se chamaria Rafael. Como estava no fim e minha barriga pesava demais, o médico recomendou repouso absoluto e Miguel seguia isso à risca. Porém eu não aguentava mais ficar em casa.

- Amor, eu quero sair! Não aguento mais ficar em casa ! - reclamei para ele que estava assistindo um jogo de futebol na TV.
- Você tem que repousar. Não ouviu o que o médico disse? E além do mais, você mesmo disse que sua barriga pesa muito.
- Vamos de carro então. Só para mim ver como está a cidade.
- Não. Imagina se você entra em trabalho de parto no meio da rua?
- Não vai nascer agora. Não estou sentindo nada, quando for a hora eu te aviso.
- Meu amor...
- Por favor, Miguel - implorei
- Ta bom. Nós vamos. Mas não vamos sair do carro, ok?
- Aí tá bom!! Vou trocar de blusa e já venho.

Depois que troquei de roupa rapidinho antes que ele desista de me levar, voltei para sala e ele já estava arrumado.

- Vamos?
- Sim, não vamos demorar
- Tá bom - revirei os olhos.

Saímos de casa e fomos até o centro da cidade. Tudo estava lindo. Já era fim de novembro estava tudo enfeitado pro Natal. De repente, senti o banco molhado. Assustei- me e chamei Miguel.

- Miguel...
- O que foi amor? - disse prestando atenção no trânsito enquanto colocava a mão na minha coxa. Até que ele sentiu sua mão molhar e me olhou assustado.
- Minha bolsa... estourou
- O que ? - ele disse incrédulo
- O bebê vai nascer!

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