Sete.

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A menina que veio com a gente, Jaqueline. Mas a bicha ta chamando ela de Queline, então é Queline ne?!

Parei na porta e ela entrou, fiquei encostada na parede mexendo no telefone esperando ela sair.

- Uma mulher linda dessa e sozinha - olhei pra cima, paralisei...encontrei meu marido.
- Não po, To esperando a minha amiga. - a Queline saiu do banheiro, olhou pra minha cara e depois pra cara do bofe.
- Eai Marcelinho - sorriu pra ele
- Fala ai Keke, nem sabia que tu tava aqui. - deixei eles conversando e entrei.

Fiz meu precioso xixi, lavei as mãos e sai do banheiro. Ele ja não estava mais ali, voltamos pro nosso lugar. A resenha ja estava começando a encher.

- Ela engravidou e o filho não é SÓ meu - cheguei cantando
- É Cadin de um, é Cadin de outro pq todo mundo te comeu - Bruna cantou
- Toma toma safadinha, muito bom socar nessa buceta apertadinha - Guto completou e a gente começou a dançar.

Paty chegou com três lanças, me deu um e deu o resto pras meninas. Quem não tinha, a gente rolava sem miséria. A nossa noite foi SÓ farra, até snap a bicha do Guto gravou. Claro com muita moderação, não podia aparecer a cara dos bofes.

Deus me livre acontecer alguma coisa e aparecer a nossa cara no meio. De vez em quando eu olhava pro bofe do banheiro e ele estava me encarando com maior carinha de ruim. Gosto muito de um doidinho e ele me parece ser bem colorido, aí meu Deus.

- Da onde tu conhece o Marcelinho? - Queline perguntou
- De lugar nenhum, ele que veio de graça pra cima de mim - respondi.
- Ele é safadinho, dizem que fode pra caralho. - Olhei pra cara dele e mordi os lábios. Me deu mais tesão ainda.

Caralho, não acredito que tô no carro com um bonde de homem. Indo pro baile do pistão, ai meu Deus. Quantas saudades desse baile, vinha a beça na minha infância.

Os bofes tudo doidão, SÓ faltou a Paty aqui. O bofe grudou ela la, que ela nem se despediu da gente, muito cachorra. Chegamos na rua do baile, o menino que tava dirigindo parou o carro e nós descemos.

Fomos zuando pra caralho, paramos embaixo de uma barraquinha e os bofes liberaram uma barraca pra nós.

- Tudo liberado pras minhas fiéis, fechamento puro. - disse um deles
- Qual foi ratinho, tá doidão no bagulho ai. - o menino disse rindo e agarrou ele pelo pescoço.

Esse ratinho feinho, feinho. Eu preferi ficar na beats da azul mesmo, comecei a me remexer.

- Um alô pra tropa do TZ, é nós fiel. - o bofe levantou o fuzil e riu pra cara do dj.
- Esse é presepero em - falei pro Guto
- Demais, você não tem noção. Parece um sapo, mas se sente o galã. - o vinhado fez cara de nojo. Olhei pra trás e o sonho da noite tava ali, paradinho. Joguei meu cabelo e voltei a dançar.

TIETA 👑 FINALIZADA!!!Onde histórias criam vida. Descubra agora