Capítulo 95 - Penúltimo

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Aiii meninas é com muita emoção mas também um pouco de tristeza que venho cm o penúltimo capítulo de quando se ama. Eu só tenho que agradecer a vocês que me leram desde do começo dela e as que chegaram com ela em andamento. Muito obrigada por me permitirem brincar com vocês nesse mundo tão divertido que é das fanfics. Amo vocês demais, muito obrigada. E agora vamos com o capítulo, que está enormeeee e cheio de acontecimentos hehe bjssssss

E ao anoitecer...

Victória estava em casa com a babá e as crianças, Heriberto havia precisado voltar ao hospital, depois da tarde que tiveram de amor. Mas no meio da noite Miguel ficou mal, o menino teve febre e chorava muito. Victória então depois de ter medicado seu filho junto a sua babá, e ainda assim não ter visto melhora, optou levá-lo ao hospital para ser examinado pelo pediatra. E assim,  sem conseguir entrar em contato com Heriberto  que ainda trabalhava, ela deixou Mariano aos cuidados da babá, e se dirigiu ao hospital com Miguel.

E uma hora depois .


Miguel tinha sido examinado, e o que o menino tinha era apenas uma dor de ouvido que teria que ser cuidada.

E sobre a caminha que Miguel foi examinado, Victoria vestia a blusa no filho sozinha na sala do médico. Ela enquanto o arrumava para deixar o hospital, sorria mais aliviada de saber que ele não tinha nada mais do que uma dor de ouvido acompanhada de uma febre, mas que logo seu bebê ficaria bem .  E assim de costa para porta, ela não viu que Heriberto havia entrado na sala .

A noite estava sendo corrida, e Heriberto só pôde ficar livre aquele momento, e então foi que ele soube que Victoria e seu filho estavam no hospital .

E assim preocupado ele entrou, falando.

- Heriberto : O que houve meu amor, o que houve com nosso filho?

Victória tinha acabado de agasalhar Miguel, e se virou com ele nos braços ao ouvir Heriberto.

E assim, com um suspiro de alívio seguido de um leve sorriso para tranquilizar Heriberto, ela disse.


- Victoria : Dor de ouvido meu amor, Miguel não dormia com dor, e teve febre. Então não pude ficar com ele em casa dessa maneira.

Heriberto suspirou olhando Miguel nos braços de Víctoria. Crianças sempre tinham esses males constantes .E assim, ele pegou Miguel nos braços, e depois de um selinho dado em Victoria ele disse, a olhando.

- Heriberto : Fez bem meu amor , fez bem traze-lo. Mas veio sozinha, e a essa hora? Poderia ter me ligado minha vida, iria até nossa casa imediatamente.

Victoria pegou a bolsa do bebê, na mesa do médico. E disse, olhando seus dois amores.

- Victoria : Eu liguei, mas não consegui falar com você Heriberto. E vim sozinha, não quis incomodar nosso motorista, e a nossa babá teve que ficar com Mariano.

- Heriberto : É claro, entendo.

Heriberto assentiu, aninhando o filho nos braços, que quase dormia deitado nos braços dele.  E Heriberto tocou a cabecinha dele e disse,  olhando pra Victoria.

- Heriberto : Ele ainda não me parece bem Victoria . Irei voltar com vocês dois, só me esperem 15 minutos hum .

Heriberto entregou Miguel para Victoria. Ela o pegou e deitou ele da maneira que estava no colo do pai, e respondeu Heriberto.


- Victoria : Sim meu amor, mas sei que agora ele irá melhorar. Mas Não precisa  que deixe seu trabalho, eu posso ir embora sozinha com nosso filho.


Heriberto depositou um beijo na testa de Victoria, e logo em seguida nos cabelos de Miguel, e depois olhando os dois ele disse certo.


- Heriberto : Já disse que vou com vocês minha vida, já ia pra casa da mesma forma, só vou mais cedo do que pensei.

Victoria então assentiu dizendo.

- Victoria : Então está bem meu amor, eu o esperarei no carro .

- Heriberto : Prometo não me demorar minha vida .

Victória sorriu e Heriberto beijou ela e saiu da sala. E assim, ela também deixou a sala do médico, para ir até o estacionamento do hospital, aguardar Heriberto nele.


Já no estacionamento do grande hospital. Victoria arrumava Miguel na cadeirinha, deixando ele já dormindo calmo no banco de trás do seu carro. Ela prendeu seu filho devidamente na cadeirinha de bebê, e fechou a porta deixando ele dormindo. 

Estava uma noite fria, e Victória estava toda de preto, de calça, com um longo casaco de couro, saltos, e com os cabelos soltos. E do lado de fora ao lado do carro, Víctoria cruzou os braços a espera de Heriberto . O vento frio batia leve no rosto dela, era madrugada e por isso o estacionamento estava vazio, sem pessoas apenas com carros  estacionados. Victoria então, andou um pouco, mas então abriu a porta do passageiro, e entrou pelo frio.


E assim, já dentro do carro ela cruzou os braços novamente, olhando para frente, da onde Heriberto iria aparecer. Ela já estava impaciente com a espera.


E assim, ela procurou seu celular sobre o painel do carro e o pegou para ligar para ele . O celular só chamou, e Victoria desligou. Logo ela olhou para trás, e sorriu para Miguel que dormia profundamente, ela só torcia que quando chegassem em casa, ele voltasse a dormir como estava calmo e sem dor. E assim, olhando seu bebê, Víctoria se distraiu, até que ela ouviu batidas eu um lado do vidro do seu carro, com dois toques rápidos.

Victoria automaticamente virou o rosto para o lado que ouviu as batidas, e  quando ela olhou para o lado que estava sentada, ela viu um homem, que se afastava do vidro para ela vê-lo melhor .

E Victoria respirou fundo, intrigada sem saber de quem se tratava. Até que o olhando claramente, já mais longe de sua porta, ela achou que via uma assombração! Sua cor se perdeu, seu coração disparou tanto como se tivesse corrido uma maratona e não houve um só pelo do corpo de Victoria que não ficou arrepiado com a imagem do homem que ela via.

Victoria ofegou, sua boca se abriu como se quisesse dizer algo, mas nada saiu dela, enquanto seus olhos cristalizava em lágrimas.  O homem que ela via, ela conhecia muito bem, e tinha voltado a ver e parecia que ele seguia tendo o mesmo efeito sobre ela, e sobre todo seu corpo. Silvério Padilha outra vez estava tão perto dela, perto demais e de novo. O  pesadelo de Victoria, o causador de todas suas desgraças, estava diante dela outra vez.  Foi Silvério que encadeou todo sofrimento de Victoria,  quando ela ainda era uma menina, ele que começou a destruir de dentro para fora, a marcando. E aquelas marcas, só de olha-lo, Victoria entendia pela reação de seu corpo que elas ainda existiam, o medo ainda estava junto com todos os outros sentimentos, que aquele homem terrível tinha despertado nela a mais de vinte anos atrás .


E passados apenas alguns segundos, com a respiração irregular, e trêmula ainda  assustada enquanto tremia, Victoria viu que Silvério já estava próximo a porta dela outra vez e  a mão dele sem duvidar,  foi pronta para abrir a porta.

Victoria então, piscou e rapidamente ela travou as portas enquanto sem perceber, sem controlar suas lágrimas, elas começaram a descer.

Silvério então, bateu com as mãos abertas na janela do carro, e Victoria gritou alto assustada, dando um salto do seu banco.  Ele baixou a cabeça, e os olhos deles se encontraram.  Silvério então deu um largo sorriso, e Victoria  abalada apenas pulou para o banco do motorista de costa, se arrastando, sem tirar os olhos da janela do seu carro.  Apressada, ela só queria deixar aquele lugar o mais rápido possível.

Silvério então notou o que ela pretendia, e deu a volta. E logo ele bateu no capô do carro dela com a mão. E disse alto, assombrando Victoria como antes fazia, como na casa de Bernarda ele voltou a fazer apenas com sua presença repentina, como agora.

- Silvério : Sai desse carro passarinha, vamos conversar.

Ele sorriu de lado mostrando seus dentes amarelos. Silvério estava velho de cabelos cinzas abaixo da orelha, e mais gordo do que Victoria lembrava, seus ombros eram largos, mostrando fortes. Ele era apenas um velho asqueroso, mas que a aterrorizava como nenhuma outra pessoa mais fazia isso.

E nervosa, ao ver com mais exatidão seu ex padrasto, Victoria rodou a chave do carro e ligou ele, acendendo assim os faróis.  Silvério olhou logo para eles, sabendo que ela iria sair com o carro, e sem dúvida ele também sabia que ela poderia passar por cima dele na manobra.


E puxando o freio de mão, Víctoria disse sem piscar entre lágrimas .


- Victoria: Não, não, você na minha vida de novo não! Não seu desgraçado!  

O carro fez barulho, e Silvério saiu da frente dele. Victoria então, cantou pneu, acelerando o carro, e logo virou ele, sem olhar dos lados, nem para trás desesperada  no intuito de sair dali. E assim ela bateu seu carro de frente com outro que saia de uma vaga .



O choque dos carros, casou um barulho enorme naquele estacionamento . E com o impacto o aberg de Victoria ativou, e seu rosto e corpo sem o cinto foi amparado por ele, enquanto Miguel estava atrás,  seguro pela cadeirinha, mas já chorava alto assustado.

Victoria perdida no tempo, afastou o rosto do aberg do carro, tornando do susto. Ela estava toda nervosa, olhava de todos os lados ainda tremendo, ela não sabia o que fazer, apenas ouvia Miguel chorar e chorava junto, sem ter forças, equilíbrio emocional para sair do seu lugar e ir até ele.  Ela o ouvia, mas sua mente estava aérea. E então, de repente ela viu Heriberto ao lado de sua porta, ele batia no vidro, desesperado. Já havia minutos que ela havia batido o carro, e ainda assim ela  não descia dele. Heriberto havia acabado de chegar e entendido o que tinha acontecido, ao falar com o motorista que era um médico também do hospital que ela havia batido no carro dele. O carro de Victoria estava virado no meio do caminho, era claro que ela tinha feito alguma manobra proibida no estacionamento, e batido ele, e pelos estilhaços que ele viu ao chão e o aberg dela ativado, ele sabia que não tinha sido uma batida tão simples assim.

E tudo isso, deixava Heriberto nervoso, tinha ela e Miguel no carro e ele não conseguia entrar nele e nem tira-los de dentro do veículo. E por isso, Heriberto seguia chamando Victoria, Pedindo para que ela abrisse o carro de uma vez.  Mas ele não entendia que o  corpo dela não estava sendo capaz de obedecer nem ao menos os comandos dela. Tinha sido muito rápido, Silvério, e logo depois a batida repentina, Victoria era uma pilha de nervos abalados, estava choque e longe da razão.


E assim, ainda sem desistir, Heriberto ao lado de outro médico que estava no carro que Victoria bateu, tentavam trazer ela pra terra para que ela saísse do veículo.E foi então que aqueles minutos que estavam parecendo séculos, trazia a realidade depois do choque em Victoria.

E assim, dentro do carro, ela sussurrou olhando bem Miguel.


- Víctoria: Filho, meu filho, Miguel.



Foi então que ela saiu da onde estava e foi para trás em uma manobra rápida, e tirou Miguel da cadeirinha, e logo abriu a porta e saltou do carro, com o filho nos braços enquanto tremia.

Quando Heriberto teve ela fora do carro. Ele agarrou os dois aflito, nada ele entendia daquilo, apenas agradecia por vê-los fora do veículo são e salvos!


Victoria agarrou Heriberto abalada, com o filho no meio deles, ela queria amparo, queria proteção. Heriberto então tirou Miguel dos braços dela, Victoria estava mal ele via, e não era fisicamente, e enquanto ele passava os olhos em Miguel, Victoria varreu os olhos nos quatros cantos daquele estacionamento, e não tinha nenhuma sombra de Silvério nele.

Heriberto depois de olhar Miguel, ele entregou rapidamente o bebê para o médico que entrou correndo , dentro do hospital com ele.  Já que como médicos, nem Victoria deixaria o hospital sem ter certeza que nada haviam acontecido com eles.


E assim sozinhos, Heriberto tocou no rosto de Victoria, que chorava muito e sem controle novamente. Ela não estava entendendo nada, e se sentia uma louca por ter feito o que fez.  Seu bonito rosto estava banhado de lágrimas, e Heriberto limpou elas com seus dedos .

E ele então perguntou de uma vez,  preocupado. 


-Heriberto: O que houve Victoria, porque bateu o carro? Por que ia sem mim? Por que está desse modo? Por favor meu amor , preciso que me explique o que houve aqui.

Victoria fechou os olhos, dando um longo suspiro. E quando ela fez, imagens de Silvério na sua janela apareceu. E então ela se  afastou de Heriberto . E olhando ao redor ela disse.


- Víctoria : Tinha alguém aqui Heriberto, antes de chegarem, antes que eu batesse o carro, antes de tudo isso, tinha alguém aqui .

Victoria levou uma mão na boca trêmula, e Heriberto se juntou a ela outra vez apreensivo e perguntou .

- Heriberto : Quem meu amor? Quem ?

Victoria ergueu a cabeça e piscou os olhos .  Ela estava lá chorando como uma louca, dando o que falar para todos no hospital quando soubessem. E tudo porque ainda ela era totalmente vulnerável aquela parte escura do seu passado e talvez a mais dolorosa . 

E assim, ela disse depois de um suspiro pesado em pensar Miguel.

- Victoria : Vamos ver Miguel, Heriberto quero saber se nosso filho está bem. Eu, eu quase ocasionei uma desgraça, eu podia ter machucado meu filho! Meu Deus, meu bebê, vamos vê -lo.


Heriberto respirou fundo, Victoria seguia abalada. E dessa forma não seria fácil conversarem. E então, ele a respondeu.


- Heriberto : Sim nós vamos vê-lo, ele nesse momento está sendo examinado e você também vai.


E assim ele a agarrou pela cintura e a levou para dentro do hospital . Enquanto Heriberto tinha ela nos seus braços, ele já pensava em acalma-la da única forma naquele momento exigia, com calmantes.

E no fim das contas, a noite ia ser mais longa que ele imaginou.

E momentos depois, Victoria estava em um consultório sozinha. Ela estava sentada, em uma cadeira na frente da mesa de um médico. Sobre a mesa tinha um copo plástico com água, Victoria tinha tomado dois calmantes fortes para estar agora como ela estava, bem e calma . E assim, de cabeça baixa, ela mexia nos dedos a espera de Heriberto .

Victoria repassava os momentos atrás na mente, com total lucidez, e se punia. Se punia por tantos motivos, mas o maior era por ter deixado se abalar tanto outra vez pela presença de Silvério na sua vida, que ela não tinha se colocado apenas em risco mas também tinha colocado Miguel. Ela só conseguia pensar que se ele tivesse sofrido algo ela nunca se perdoaria.

E com esse pensar, Victoria começava determinar que não iria permitir mais que a presença de seu ex padrasto pedófilo a colocasse como estava  outra vez de um jeito lamentável, e digna de pena . Ela não podia mais viver a mercê daquele medo.


E assim, Victoria ouviu a porta se abrir que interrompeu seus pensamentos. E ela rapidamente olhou pra porta, e se levantou vendo Heriberto sem Miguel.

E assim, ela perguntou aflita.

- Víctoria : Onde está nosso filho Heriberto? Diga que ele está bem .


Heriberto lentamente encostou a porta , e disse calmo.

- Heriberto : Ele está com uma enfermeira de minha confiança Victoria, e não se preocupe nosso filho está bem. Mas antes de irmos, quero conversar contigo agora que já está mais calma.

Victoria então, voltou para sua cadeira e sentou de lado. Ela baixou a cabeça e pois as mãos nos seu cabelos soltando um largo suspiro. Heriberto sentou na frente dela em outra cadeira. E a vendo naquele modo ele pediu.


- Heriberto : Por favor Víctoria me conte o que houve. Já passamos por muitas coisas para que não me diga o que realmente houve naquele estacionamento.


Victoria com as mãos na cabeça, levou seus dedos entre seus cabelos para trás, e depois olhou nos olhos de Heriberto .


E  calada, ela ficou o olhando enquanto pensava . Como ela diria que tinha visto outra vez seu padrasto? E outra vez vê -lo, lhe ocasionou um turbilhão de sentimentos e temores como se ela ainda fosse uma menina? Como antes, Victoria ao ver Silvério Padilha, tinha perdido o chão, suas forças e ela seguia se punindo por isso. Silvério trazia as piores lembranças nela, lhe deixava menina outra vez, a menina inocente e fraca que foi . A lembrança daquele trauma, vivido por Victoria, não atingia a rainha da moda, atingia a menina que teve a infância marcada por abusos sexuais, que teve a alma ferida por aquela agressão, que consequentemente a tirou de sua mãe por desespero e a jogou no mundo.


E enquanto Victoria seguia sem dizer nada apenas olhando Heriberto. Ele olhou o relógio que trazia no pulso, marcava 3:30 da manhã e eles permaneciam ali. E assim, depois de um longo suspiro ele voltou outra vez pedir.

- Heriberto : Victoria, vai me contar o que aconteceu? O que houve minha vida ? Quem você viu?


Victória respirou fundo, ao ouvi-lo, ela sabia que tinha que falar mas talvez aonde estavam não era o momento. Ainda que ela sabia que  Heriberto precisava de uma explicação. E então por fim ela disse, com vestígios novamente de lágrimas nos olhos.


- Victoria : Eu vou dizer Heriberto, mas não aqui, eu quero ir pra casa. E em nossa casa poderemos conversar.

Heriberto respirou profundamente outra vez, ele passou as mãos nos cabelos. Ele estava agoniado, sentia que não podia esperar nem mais um minuto respostas do que fez Victoria agir daquela forma  no estacionamento do hospital . E então não contente querendo saber a verdade naquele mesmo momento, ele disse para convencê-la falar de uma vez.



- Heriberto: Seja o que for que fez você dirigir daquela forma Victoria em um estacionamento e com Miguel presente, eu tentarei entender , porque tenho certeza que tem uma explicação, ainda mais porque chorava meu amor. Me diga por Deus, a tempos não te via assim .

Victoria então suspirou fundo, estava certa que Heriberto não a levaria para casa sem antes ela dizer o que ele queria saber. E assim ela o olhou e disse de uma vez. 

- Victoria : Eu vi ele Heriberto, eu vi ele outra vez. Eu vi meu padrasto no estacionamento.


Heriberto se surpreendeu em ouvir Victoria. Em nenhum momento ele achou que era isso, que era ele o causador do desequilíbrio que Victoria mostrou todo aquele momento, mas analisando agora os fatos tudo fazia sentido, por ele já ter tido ela nos seus braços da mesma forma quando isso tinha acontecido antes de estarem ali .


E assim, pensando calado, e melhor Heriberto lembrou que Silvério Padilha estava preso.  Como ela tinha visto ele ? Ele não podia estar livre, e pelo estado que Victoria tinha ficado não podia também ser uma confusão , mesmo que no fundo Heriberto desejava que fosse isso, ao invés de ter sua Victoria como estava.

E assim Víctoria começou a falar, ela contou voltando se abalar o que tinha acontecido. E Heriberto logo depois,  a tirou do hospital, para levar pra casa junto com seu filho. Victória precisava agora de sua total atenção e compreensão, mas na casa deles.


E mais tarde. Já de manhã.

Heriberto em pé no meio do quarto olhava Victoria dormir de lado. Foi difícil quando chegaram deixá-la tranquila outra vez, Victoria só pensava na volta de seu padrasto. E ao invés das lágrimas, ela já tinha muito desprezo e ódio em saber que ele poderia estar livre .

E Heriberto enquanto ela dormia, só pensava agora, na lógica dele estar livre e o pior no hospital . Teria ele sido capaz de segui- lá?

Heriberto passou a mão na cabeça, preocupado com aquela nova  situação entre eles. Tinha muitas coisas para serem esclarecidas. Se Silvério estava livre da prisão, o que ele queria com Victoria?  Sem precisar de respostas, Heriberto tinha certeza que era nada de bom.   Afinal o que podia vim de bom, em um homem como ele? E Heriberto nada contente queria respostas, e teria que busca-las logo . E por isso, ele já tinha feito uma ligação para o presídio, e esperava respostas para saber se realmente Silvério estava livre, e se estava livre ele duvidava se a lei havia permitido.


E assim, Victoria se moveu na cama assustada. E abriu os olhos . E Heriberto disse, por vê -lá se sentar.


- Heriberto : Estou aqui Victoria, estou aqui meu amor.

Ele então sentou ao lado dela na cama, e a trouxe nos seus braços.

E assim, ela disse séria depois ter pegado no sono com sua decisão na mente.

- Victoria : Eu vou comprar uma arma Heriberto, eu vou comprar uma arma para próxima vez que eu ver ele, eu mata-lo.


Victoria então se afastou dos braços de Heriberto,  depois de suas palavras. Ela estava completamente determinada em fazer o que dizia. E Heriberto via  nos olhos secos mais vermelho dela, essa determinação. E assim ele temeu por ela.

Victoria apenas estava certa que aquele medo que ela sentia de Silvério não podia seguir, aquela dor não podia mais ser sentida por ela outra vez. Ela já não era a menina indefesa, ela era agora uma mulher madura que podia se defender. E Victoria queria se defender dele, ao invés de correr, de fugir de Silvério, ela queria se defender, pois a menina que ele fez de sua adolescência um inferno já não existia mais!

Heriberto então, passou a mão nos cabelos. Não sabia mais onde aquilo poderia parar, mas ele sabia que se Silvério estava atrás de Victoria ele iria protege-la com todo seu ser. E assim, ele disse certo.

- Heriberto : Uma arma Victoria? Você não precisa de uma arma se tem a mim. Você tem a mim lembra? Eu sou seu marido, eu irei te proteger desse homem, ele não vai chegar perto de você mais, eu prometo!

Victoria olhou dentro dos olhos de Heriberto, ainda determinada. E então ela disse.

- Victoria :  Essa luta é minha Heriberto, é meu passado outra vez, é o que restou dele. E tenho que parar de fugir!

Heriberto então pegou nos ombros de Victoria, irritado. Parecia que mais uma vez ela queria ele longe dos seus problemas, mais uma vez algo do passado dela estava sendo discutido. Mas dessa vez como antes, ele não iria ficar de fora e muito menos deixa-la só. E assim, ele disse sério.



- Heriberto : Chega Victoria, não fale mais nada . Não vamos começar com isso outra vez. Eu sou seu marido já disse, estou aqui por você e com você . Pare, que não deixarei que volte a fazer isso outra vez, não irá me deixar de fora de mais esse problema, seja o que for que esse maldito homem quer, eu estarei aqui para te proteger!


Victoria piscou com os olhos choroosos, e disse com o coração batendo forte no peito com as palavras de Heriberto.

- Victoria : Eu achei que estávamos bem Heriberto . Eu achei que tudo já tinha passado.


Heriberto desceu as mãos nos braços de Víctoria, deslizando ela de cima abaixo em uma carícia. E com a testa na testa dela, ele disse para conforta-la.

- Heriberto : E estamos bem minha vida, estamos bem e tudo vai continuar bem. Não tenha medo, estamos felizes e vamos continuar assim.


Heriberto então beijou Victoria, e ela retribuiu com amor o beijo, se sentindo amada e protegida nos braços dele.   



E assim dois dias se passaram.

Mariana estava de volta em casa, e no dia seguinte era Rosário que estaria. Era manhã, Mariana tinha chegado pela madrugada em casa, cheia de saudades dos pais, dos irmãos e de sua vó.

E assim, na mesa do café da manhã. Ela estava com Heriberto e Victoria enquanto os gêmeos ainda dormiam.

- Victoria : Tem certeza que não quer ficar em casa e descansar, minha filha?

Mariana sorriu feliz de estar em casa, e então respondeu Victoria.


- Mariana : Tenho mamãe. Estou com tanta saudade da casa de moda, que não vejo a hora de estar lá.


Heriberto sorriu, e lembrando que por toda a viagem de sua filha, ela esteve com Max. Ele disse.

- Heriberto : Sei que Maximiliano estava contigo nessa viagem filha. Agora me diga, quando ele vem aqui falar comigo para que se case de uma vez com você, já que se amam, hum?

Mariana buscou os olhos de sua mãe assustada, Heriberto parecia falar sério. Victoria então olhou para ele, sem saber o que dizer. Já que , ela não gostaria que Mariana se sentisse obrigada a casar, se não quisesse só porque já tinha uma vida sexual ativa. Até que Heriberto sorriu, mostrando seus belos dentes e disse.


- Heriberto : Estou brincando filha, não quero que se case agora a menos que queira. Mas quero mais contato com meu genro, agora que parece que estão em uma relação mais séria, afinal eu não mordo e somos uma família.

Mariana sorriu aliviada, e então propôs.

- Mariana : Claro papai, se quiser quando minha vó voltar, posso convida-lo para jantar em casa.

Heriberto sorriu  e disse.


- Heriberto : É uma ótima ideia filha, você sempre será minha menininha, então quero saber que dessa vez está sendo feliz com esse rapaz hum, só isso.

Victoria pegou a mão de Heriberto e  sorriu . Até que Mariana disse, mudando de assunto.

- Mariana: E o que houve na minha ausência ? Sem contar com o casamento de Antonieta é claro.

Victoria então lembrou da aparição recente de seu padrasto, e que descobriram que ele estava livre, não por ter cumprido toda sua pena, e sim por ter ganhado o direito de responder seu processo em liberdade . E diante disso, nada podiam fazer, a não ser esperar para saber o que ele queria ou se voltaria aparecer .


Então Victoria ficou quieta, apenas ela e Heriberto sabiam disso. Nem Rosário que havia ligado mais de uma vez  para ela sabia .

E assim, com um sorriso Victoria respondeu.


- Victoria : Nada que você não saiba meu amor, te contava todas as novidades quando falávamos no telefone.


Mariana sorriu em resposta, e depois  começou contar novamente todas suas aventuras enquanto viajava com Maximiliano ao seus pais, que a olhavam atento e felizes por tê-la de volta em casa.


E mais tarde, Mariana e Victoria estavam na casa de moda, e Heriberto estava no hospital. Enquanto os gêmeos estavam em mais um passeio deles no parque, de uma tarde linda e cheia de vento com a babá Alice.

Alice estava acompanhada do motorista de Victoria, mas ele estava parado do outro lado do parque, enquanto ela caminhava com os gêmeos no carrinho, naquela tarde tranquila. E parado encostado em uma árvore, alguém os observava de longe.  Silvério de longe, observava a doce babá com os filhos de Victoria.


Silvério Padilha, estava mais por dentro da vida de Victoria do que ela podia imaginar. Tudo começou, quando ele deixou a prisão, com um dinheiro guardado que tinha, alugou uma casinha pelas redondezas, e depois, começou procurar Victoria como podia, primeiramente, ele foi a casa de Bernarda, e descobriu que  estava vazia, apenas tinha encontrado uma empregada que estava cuidando da casa, que depois de tudo Eva tinha recebido de herança de Bernarda, e mais uma pensão. Mas a senhora não vivia na casa, e Silvério tinha pedido informações, e assim, descoberto que Bernarda que havia traído ele, estava morta o que deixou Silvério frustrado, já que ele buscava também um acerto de contas com ela.

Então ele passou dias, buscando saber mais de Victoria Sandoval, e foi então que por acaso, encontrou sua ex, mãe de Victoria, que mesmo de longe e pela noite ao sair de um bar, ele a reconheceu depois de anos, ao ter visto ela entrar em uma vila de casas. E foi então, que ao segui-la, encontrou onde Victoria morava .  E então  foi fácil descobrir o resto.  Anos, e depois longos meses impediram esse encontro que tanto Silvério desejava com Victoria, mas sem dúvidas ele estava chegando.  No estacionamento do hospital, foi por impulso, ao estar parado com seu carro, como estava tornando costume perto da casa de Victoria, Silvério viu que ela saia de madrugada e dirigindo sozinha, e ele não resistiu e foi atrás. Mas logo ele se arrependeu pois não era o momento. Mas agora ele não podia esperar mais em tê-la em sua frente.

Silvério sorriu, uma vingança contra Victoria e ter o que ele sempre quis dela era tudo o que ele queria . Afinal, ela não havia correspondido nada do que ele fazia, mas sem duvidar, fugiu de casa, como uma vagabunda com Guilhermo, que no momento Silvério desejava que ele estivesse pagando aonde estava por tê-la tirado de perto dele. Silvério, nunca iria esquecer a doce menina que Victoria foi, mas agora não podia tirar da sua mente a grande mulher que ela tinha se tornado. Tinha passado longos anos, mas seu desejo por ela não tinha mudado.

E cansado de ficar olhando aquela babá com aquelas coisinhas, enquanto decidia se os usarias para atrair Victoria . Silvério cuspiu no chão e saiu apressado da onde estava . Ele tinha que decidir logo o que fazer, um bom plano era o que ele precisava bolar, para ter Victoria em suas mãos.


E dirigindo seu carro velho, Silvério pois a pensar . Ele não podia usar aquelas crianças, iria dar trabalho, mas ainda tinha a filha mais velha que ele sabia por Bernarda que Victoria tinha, mas até então depois de sair da cadeia não tinha visto a menina . Mas também ele tinha outras hipóteses em como chegar até Victoria e  uma delas, era entrar  na  casa dela, mas Silvério sabia que seria difícil entrar na fortaleza que Victoria vivia sem ser visto .

E assim, pra si mesmo, Silvério disse com a mão no volante.



- Silvério : Pensa, Padilha, pensa como vai fazer para ter a passarinha de volta.

Até que ele parou na frente de outra fortaleza de Victoria, sua casa de moda. Do outro lado da rua, Silvério observava o movimento. E de longe, e  elegantemente ele via Victoria entrar com uma bolsa no ombro de braços dados com Mariana e do outro lado Antonieta. As três tinham ido almoçar no restaurante próximo a casa de moda e estavam de volta para seguir com seus deveres.


E assim, com Victoria dentro do seu império, já sentada no seu trono . Ela recebia uma ligação que vinha do hospital . 


Heriberto ligava pra ela, e assim ela atendeu contente.

- Victoria : Oi minha vida .


Heriberto sorriu, do outro lado da linha, andando nos corredores do hospital. Ele pretendia ir até a lanchonete e tomar um café .

E assim ele a respondeu.

- Heriberto : Como está meu amor?


Victória cruzou as pernas na mesa, e o respondeu sorrindo.


- Victoria : Muito bem meu querido . 

Heriberto sorriu e então ele disse, mostrando o motivo de sua ligação.

- Heriberto : Que bom minha vida. Volta que horas para casa, hum? Queria te pegar para voltarmos juntos.


Victoria girou na cadeira vendo Antonieta entrar com documentos e deixar na mesa , mas logo sair . E depois ela respondeu Heriberto.

- Víctoria : Eu não sei meu amor, estou com tanto trabalho.

Heriberto suspirou do outro lado da linha, ter Victoria cedo em casa ou ele mesmo pega -lá na casa de moda, esses dois dias desde que descobriram que Silvério estava solto, estava tranquilizando Heriberto.  E então ele disse.

- Heriberto : Minha vida, não quero que seja imprudente e volte tarde e sozinha. Vamos voltar juntos hoje pra casa hum? Lembra de nossa conversa.

Víctoria ficou calada, ela lembrava das palavras de Heriberto, e de sua decisão de protege-la, mas ainda assim ela queria não ter medo de Silvério. E não teria mais, se ele aparecesse diante dela outra vez. E abrindo uma gaveta, ela olhou para sua arma que Oscar havia conseguido para ela em segredo. Ela estava em cima de dois blocos de notas, ela era pequena, dourada e estava carregada com 8 minúscula balas mas que eram extremamente perigosas quando eram disparadas.

E lentamente, Víctoria fechou a gaveta e se levantou dizendo.

- Víctoria :Está bem meu amor, eu espero que me pegue, mas com uma condição.

Heriberto sorriu contente por não ter que argumentar mais com Victoria para que ele fizesse como ele pedia. E assim, ele perguntou interessado em saber quais condições ela se referia.

- Heriberto : E qual é hum?

Víctoria mordeu o canto do lábio, maquinando na mente o que queria,  e disse.

- Victoria : Quero fazer amor na minha sala de reunião . Fazemos ou não volto para casa como quer.


Victoria sorriu ansiosa a espera da resposta de Heriberto, e ele sem precisar pensar de mais em uma resposta disse.


- Heriberto : Me aguarde Victoria, estarei aí, e faremos o que quiser e onde quiser.

Victória sorriu já se imaginando jogada na sua mesa de reunião e Heriberto em cima dela . E pensar assim, a fez ofegar  com seus pensamentos eróticos. Até que Heriberto se despediu apressado, prometendo ao fim da tarde estar na casa de moda para irem pra casa juntos, mas não antes de cumprir o capricho dela.


E assim o dia continuou seguindo.


Até que na porta da sala de Victoria , Heriberto avistou ela de costa arrumando suas coisas .

E assim ele disse, pelas costas dela.

- Heriberto : Pronta meu amor ?

Victoria se virou rapidamente, e quando fez, já tinha Heriberto com as mãos em volta de sua cintura .

E assim ele voltou a dizer, beijando o pescoço dela.

- Heriberto : Está cheirosa, sempre maravilhosa.

Victória mordeu os lábios levando as mãos no cabelo de Heriberto, deixando ele beijar ela e cheira-la como queria.  E entre os beijos que recebia, ela disse o respondendo.

- Victoria: Eu estou sempre cheirosa e maravilhosa Heriberto, sempre meu amor.

Heriberto apertou ela mais em seus braços , a beijando . E entre seus beijos ele disse excitado com recepção dela.

- Heriberto : Sim, sempre meu amor sempre. Mas ainda quer o que me pediu hum? E aqui, quer ?


Heriberto depois de suas palavras, apertou o bumbum de Victoria, e ela sentiu no seu ventre a ereção dele cutuca-la. E então ela sem duvidar disse.

- Victoria: Claro que sim, meu amor. Não saiu daqui sem meu orgasmo.

Victoria então, puxou Heriberto pela mão depois de suas palavras e saiu com ele da sala dela.

E logo estavam na sala de reunião, Victoria fechou as cortinas e depois a porta , enquanto Heriberto começava tirar o terno azul escuro que usava por cima de sua camisa branca.  E logo depois, Victoria estava com sua saia bege, levantada até sua cintura sentada sobre a mesa e sem a calcinha . Enquanto Heriberto, estava na frente dela, sentado em uma das cadeiras que ela usava para tratar dos seus negócios assim, como a mesa que ela estava despida em cima . Heriberto, tinha cara entre o sexo dela, e Victoria tinhas as mãos no cabelo liso dele, ela os tocava com tesão enquanto ele percorria com perícia cada canto de sua intimidade com sua língua experimente naquele contato que ela tanto amava ter dele. Ela gemia, se abrindo para ele,  até que Victoria gozou gritando sem temer de ser ouvida. Heriberto então se levantou, e ela o puxou ele mas pra frente com os olhos na ereção grossa e grande dele que estava tão apertada na calça que ela se apressou em ela mesma e abrir a calça dele.  E quando ela fez, ela se deitou na mesa, nua apenas entre as pernas .

E sem demora Heriberto a penetrou escorregando para dentro dela todo seu membro de uma vez, e ele gemeu de olhos fechados com a recepção de sempre que ele tinha ao entrar nela . E depois, de estar dentro de Victoria, Heriberto não parou mais de se mover até que ambos gozaram.


E assim, uma semana passou .

Era um  fim de tarde de uma quarta-feira .  Na mansão da família, estava Heriberto com Mariano nos braços na sala, enquanto Rosário já de volta a casa estava olhando genro e neto com amor. Estavam, a espera de Victoria e Mariana chegar, teriam um jantar em família e Maximiliano tinha sido convidado para o jantar. Heriberto que estava com seu filho nos braços, deixou o menino ir ao chão, segurando a mãozinha dele que em pé, se encostava no sofá para ter equilíbrio em suas pernas bambas. E Miguel estava sendo cuidado pela babá que logo desceria com ele nos braços para se juntar aos demais .


E assim , a porta se abriu. Uma Victoria sorridente passou por ela, Rosário ficou em pé e disse sorrindo.


- Rosário : Minha filha chegou.


Heriberto se levantou do sofá pegando Mariano do chão e pondo nos braços. E então ele disse ao olhar pra Victoria .


- Heriberto : Esperávamos vocês, mas onde está nossa filha meu amor ?

Victoria caminhou até o marido , cumprimentou a mãe e pegou Mariano nos braços . E disse.


- Victoria : Mariana veio na frente meu amor, ela não chegou ainda ?

Heriberto colocou a mão no bolso e a respondeu .


- Heriberto : Não.

- Rosário : Bom, só faltava vocês duas chegar e logo o rapaz minha filha.

Victoria beijou a bochecha de Mariano, e disse o que achava entregando o filho aos braços de sua mãe.

- Víctoria : Com certeza Mariana parou em alguma loja para comprar algo que usar hoje . Bom, vou subir quero ver Miguel, e depois me arrumar para o jantar .


- Rosário : Eu vou com você minha filha .


Rosário entregou o neto nos braços de Heriberto outra vez, e seguiu Victoria que subiu as escadas . E assim, Heriberto sentou calado, ficando só ele e Mariano na sala, o menino o olhava com seus redondos e bonitos olhos verdes . E então Heriberto riu pra ele, que estava em pé no seu colo, e o bebê riu também, mostrando só seus dois dentes  e logo o pai babão estava fazendo o filho pular nos seus braços .

E momentos depois, depois de ter passado no quarto dos gêmeos e visto Miguel com a babá . Victoria estava no quarto dela, com Rosário em suas costas, Victoria se olhava no espelho enquanto tirava suas joias . E tirando um dos seus brincos, ela disse para sua mãe que tanto a olhava .


- Victoria : Quer me dizer algo mamãe?

Rosário cruzou os braços e disse de uma vez, o que estava a intrigando desde que havia chegado de viagem .


- Rosário : Quando cheguei de viagem notei que algo aconteceu Victoria, e que você me esconde .

Victoria se virou inquieta, e foi até sua cama para tirar os saltos. E assim, ela respondeu rápido.

- Victoria : Não sei porque acha isso mamãe.

E Rosário olhando com atenção sua filha, ela disse.

- Rosário : Talvez possa estar enganada filha, mas até meu genro parece que me esconde algo. Quando eu viajei, senti que devia ficar, e não sabia o porque, e agora que estou de volta , sinto uma angústia no coração como se algo fosse acontecer, e acontecer com você minha filha.

Victória respirou fundo e disse se se levantando.


- Victoria : Nada vai me acontecer, assim como nada aconteceu quando esteve viajando mamãe.

Rosário pegou no rosto de Victoria e disse.

- Rosário : Tem razão minha filha, tem razão. Acho que esses três dias que fiquei longe de você me fez temer te perder .


Víctoria sorriu com amor, depois da longa separação delas, até ela teve esse medo. E então ela disse.


- Víctoria : Não vai, já disse mamãe. Agora pare de pensar bobagens por favor .


Rosário sorriu de lado, e viu Victoria caminhar até o banheiro dela.

Rosário no quarto encolheu os ombros . Sem saber o que pensar, tinha pego mais de uma vez Heriberto e Victoria cochichando e se ela não tivesse louca, ela sentia que era algum problema, um que ela que devia saber  .

E  assim,  Rosário saiu do quarto de Victoria e foi para o seu, quando ela entrou . Ela viu o altar da  santa que ela era devota, Rosário fez o sinal da cruz e se aproximou, pedindo pelos o que ela amava naquela casa, pedindo por sua família.


E embaixo , Mariano tinha adormecido nos braços do pai de tanto brincar . Heriberto com uma perna dobrada em cima da outra olhava Mariano dormir nas suas coxas, e assim, ele olhou o seu relógio, era mais de 19:00 horas, ninguém que subiu desceu nem Mariana chegou. Então ele esticou o braços ao lado e pegou o telefone, para ligar para Mariana, mas o celular dela deu ocupado.

No quarto de Victoria, ela penteava os cabelos, com um vestido preto e um bonito colar dourado caído sobre ele, ela terminava de se arrumar . E foi então que ela ouviu seu celular tocar com um toque abafado, por ele estar ainda na bolsa jogada na poltrona do quarto . Victoria então, terminou de pentear os cabelos e foi até sua bolsa. Ela procurou o celular no meio de tantas coisas, que quando achou parou de tocar, então ela viu que a ligação veio do celular de Mariana, e ela entendeu que sua filha ainda não estava em casa . Então com o celular na mão, Victoria voltou para frente do espelho imaginando que Mariana logo retornaria a chamada.

E retocando seu brilho labial, Víctoria ouviu seu celular tocar, e rápido ela atendeu sorrindo, dizendo.


- Victoria : Oi minha filha, onde você está? Não me diga que passou em alguma loja por achar que não tem o que vestir? Tenho certeza que qualquer coisa que colocar ficará linda meu amor e agradará Maximiliano.


Victoria não recebeu resposta, da linha, apenas um silêncio.  E então ela voltou a dizer estranhando não ter tido resposta.


- Víctoria : Filha está aí? Mariana?


E assim, Victoria pôde ouvir uma respiração pesada, até que em seguida uma voz que disse.

X – Oi passarinha, que saudade .

Victoria então, quando ouviu essas palavras. Sua expressão diante do espelho mudou, sua respiração tornou irregular,  junto com os batimentos do seu coração dentro do seu peito . Ela sabia que só uma pessoa na sua vida a chamou assim, e foi Silvério,  e o desgraçado tinha o celular de Mariana em mãos.  Victoria pensou rápido e se desesperou em pensar que ela também estaria com ele.

E assim ela disse aflita, querendo resposta, querendo crer o que já pensava não era real.


- Víctoria : O que faz com o celular de minha filha? Onde está ela, onde está? Desgraçado infeliz, eu não entendo o que faz com o celular de minha filha.


Silvério riu . Foi uma risada que soou divertida para ele apenas. Depois de tanto tempo ele ouvia a voz de  Victoria, e ela pela primeira vez parecia uma fera, era uma que ele não conhecia de fato.   E assim ele disse em um tom alegre na voz.


- Silvério : Acalmasse passarinha. 

Ele riu. Amava chamá-la assim, e seguiria chamando . Victoria do outro lado da linha, andou no quarto ofegante. Ele ria dela, ela era uma piada, seu desespero para ele era motivo de risos. Victoria angustiada  levou as mãos no cabelo, Mariana, Mariana era o foco daquela conversa, não era o passado. E sim o presente dela querer saber do porque seu infeliz padrasto tinha em mãos o celular de sua filha. E assim aos berros, Victoria disse .


- Víctoria: Não me chame assim, não me chame assim! Eu quero saber aonde está minha filha!! O que faz com o celular dela, onde ela está seu desgraçado??

Silvério gargalhou alto, até que depois ele disse em um tom frio na voz.


- Silvério : Se continuar gritando comigo eu não direi, eu sou seu pai passarinha, não me grite!

Victoria fechou os olhos, trêmula, pai, um dia ela tinha chamado assim aquele homem de pai. Mas ele se tornou um monstro logo depois . Mas nada disso outra vez importava, a não ser Mariana. E Victoria tinha que passar em cima de todo seu medo e desprezo por aquele homem, para saber de sua filha .  E assim  Víctoria respirou fundo para ter controle, ela precisava saber o que ele queria, ela precisava saber de Mariana. 


E com mão em seus cabelos, enquanto tremia nervosa . Victoria disse tentando buscar qualquer acordo qualquer conversa que a levasse a resposta do que estava acontecendo.


- Víctoria : Eu não sei o que quer Silvério, eu não sei porque me procura, não sei o que quer e nem porque esta com o celular de minha filha. Mas seja o que for, deixa ela fora de tudo .

Silvério então depois de ouvir Victoria.  Ele disse.

- Silvério : Eu só quero te ver Victoria, só isso. Não vou fazer nada com ela .


Victoria então levou a mão na boca e chorou . E entre lágrimas ela disse.


- Víctoria : Então ela está com você? Maldito! Eu quero minha filha ! Se toca-la eu mesma matarei você!! Desgraçado infeliz!

Victoria chorou alto, desesperada. Ela já não tinha controle, com a certeza que Mariana estava em posse em algum lugar de Silvério e ela nem imaginava como ela estava onde, e entre seus desespero de mãe, ela começou gritar na linha, proferir ameaças de uma mãe furiosa que temia por sua filha.  E Heriberto então  ouviu os gritos dela, e como um furacão ele entrou no quarto sem o filho e Rosário logo atrás por ter escutado também.

E assim ele disse assustado.

- Heriberto : O que foi Victoria, o que está acontecendo ?


Victoria nada disse , apenas gritou mais no celular com Silvério.

- Víctoria : Onde está minha filha? Onde seu desgraçado? Eu vou te matar!

Rosário então pegou em uns dos braços de Victoria aflita por vê-la como estava e por ter escutado duas ameaças.  E assim ela disse.


- Rosário : Filha, filha com quem fala? O que tem minha neta!


Heriberto impaciente então pegou o celular de Victoria que tremia  e disse para alguém que ele sabia que estava por trás na linha.


- Heriberto : Alô, quem fala? Quem está falando?!

E assim a ligação caiu. E Victoria chorou levando as mãos nos cabelos e disse, concluindo tudo aquilo.

- Víctoria : Silvério, Heriberto. Ele esta com nossa filha, ele está com Mariana!

Rosário levou a mão na cabeça, não podia ser o mesmo Silvério que ela conhecia, não podia ser!

Heriberto rápido entendeu, ele apertou os punhos furioso e se avermelhando ele gritou. 

- Heriberto : Desgraçado! Se ele toca -la, eu irei mata -lo!

Victoria chorando pelo quarto  contou tudo o que houve. Silvério estava com o celular de Mariana, e a mesma não tinha ainda chegado em casa . Então, sem duvidar aquilo era um sequestro. E assim, Heriberto rapidamente alertou as autoridades, e foram todos para delegacia local. 

Na delegacia, na recepção dela.

Todos aguardavam resposta, e o contato dos sequestradores que a polícia deduziu que logo entrariam em contato para pedir o resgate, e seria então o momento propício para captura dos sequestradores e a descoberta do cativeiro.

Victória dentro da delegacia, gritou mais do que qualquer autoridade no local, que o único que estava por trás era seu ex padrasto, mas para polícia ele estava não estava sozinho,  testemunhas disseram que viram Mariana ela ser levada por mais de um homem próximo a casa de moda, enquanto eles já buscavam repostas e pistas e por isso eles tinham esperança no pedido de resgate.  E uns  bancos Victoria esperava aflita, ao lado de Antonieta que a amparava, enquanto Rosário tinha se ausentado.  Enquanto três homens, Heriberto , Osvaldo e Maximiliano na recepção falavam diretamente com os policiais , eles queriam saber , como estavam o andamento das buscas, tinha duas horas que o sumiço de Mariana estava dado por um sequestro relâmpago,  mas na verdade ela já estava sequestrada a horas .

E assim Victoria aflita disse, de tanto pensar e pensar nas várias maldades que Silvério podia fazer com sua filha apenas para atingi-la.

- Víctoria : O que aquele desgraçado pretende com minha filha, o que Antonieta? Ele disse que queria a mim, e porque levou ela !

Antonieta respirou fundo tentando amparar sua amiga em mais essa situação. E Rosário então chegou com um copo de água e açúcar.

E agora sim ela entendia tudo, entendia o que sua filha e genro escondiam dela. O infeliz do seu ex companheiro estava solto , e tinha pego Mariana . Não podia ser que aquilo depois de anos estava acontecendo, depois dele ter destruído a vida de sua filha e a sua própria, ele ter voltado. Rosário se sentia furiosa, ela tinha nojo de si mesma que um dia teve coragem de dividir a vida com um homem como Padilha.  Mas o que ela só podia fazer além de se arrepender de ter conhecido Silvério, era rezar aos céus que ele não tocasse na sua neta.

E longe dali.

Em um depósito de madeira abandonado, no escuro apenas com uma iluminaria a frente. Mariana estava amarrada, sentada ao chão e vendada. Sua chegada naquele lugar, foi agressiva e assustadora que sem perceber ela já tinha um saco preto na cabeça, e logo foi jogada para dentro de uma mini van por seus sequestradores, que Silvério tinha conseguido a dias em um beco tratar desse negócio, que para eles era apenas um sequestro de uma jovem milionária. Mas que na verdade para Silvério Padilha, era o encontro esperado que ele queria a qualquer custo com Victoria Sandoval .

Ao lado de fora daquele depósito, era terra, mato e muito entulho. 3 pessoas, dois homens e uma mulher do crime, tinha cooperado com o plano de Silvério. E eles estavam ao lado de fora vigiando. Enquanto Silvério estava sentado em uma cadeira no canto, onde tinha uma mesa ao lado, com um lampião, uma garrafa de pinga pura  e seu maço de cigarro bem perto de uma arma carregada.

Ele calado, olhava Mariana resmungar, ao acordar de mais um apagão causado por substâncias ilícitas que deram a força a ela desde que ela chegou no cativeiro. Mariana estava sentada sobre um chão sujo e cheio de poeira, ela vestia uma calça colada e botas, com uma leve blusa que foi rasgada ao lado que mostrava parte do seu ombro. Ela estava totalmente indefesa.

E assim, com seus movimentos limitados por estar amarrada.  Ela mexeu a cabeça, e pediu.

- Mariana : Água, quero água.

Mariana levou sua língua nos seus lábios secos  buscando o que o beber. Até que Silvério andou até ela com seu copo de bebida na mão.  E assim ele se abaixou e disse.

- Silvério : Você quer água bonequinha? 

Ele riu e tocou no rosto de Mariana, ela nada viu, ela tinha os olhos tampado com um pano, mas ela o ouviu e pela voz ela deduziu que era um homem de mais idade que falava com ela. E Silvério desceu o outro pano que estava na boca dela , e depois ergueu a cabeça dela pelo queixo. E ele analisou o rosto jovem de nariz empinado de Mariana. Para depois ele dizer.

- Silvério : Você lembra minha passarinha. Esses cabelos.

Silvério tocou nos cabelos de Mariana, e ela tentou se esquivar. Amarrada, ela só gemeu de medo. E depois ousou dizer.

- Mariana : Quem é você ? O que querem comigo?

- Silvério : Com você nada bonequinha, mas tem que estar aqui para meus planos darem certo.  Quero sua mãe.


Mariana se agitou ao ouvi -lo. E então ela perguntou, começando a chorar. 


- Mariana : Minha mãe? O que quer com ela? Quem é você?

Silvério então apenas disse.

- Silvério :  Muitas perguntas, tome sua água.

Ele riu de lado e levou o copo dele de bebida na mão até a boca de Mariana. E rapidamente ela virou rosto com nojo, e disse.

- Mariana : Isso, isso não é água!

- Silvério : Mas vai beber .

Silvério então pegou na cabeça de Mariana e fez ela beber um longo gole de sua bebida. Quando fez, ele se levantou rindo, vendo ela tossir querendo vomitar .

Mariana no chão sentiu tudo rodar e encostou a cabeça na parede que ela estava amarrada.   E começou a chorar sem saber o que seria dela.

Silvério saiu do cativeiro acendendo um cigarro, e olhou para o céu que tinha várias estrelas de um tempo seco . E assim, ele fumando avistou uns dos delinquentes que estava com ele. E caminhando até seu carro logo na frente, ele disse.

- Silvério : Vai ficar com a menina lá dentro, porque se ela fugir, não tem dinheiro .

E assim, abrindo a porta do seu carro ele entrou e saiu.


Na delegacia .Era uma da manhã.

Todos já estavam exaustos e ainda sem saber onde Mariana estava.

Victoria tinha uma dor de cabeça terrível, mas não comparava com a dor no seu coração de saber que sua filha estava na mão de Silvério que era um pedófilo, um  homem ruim que ela sabia que ele seria capaz de toca-la se ele quisesse. E ainda assim, ela tinha as mãos atadas perante ao que acontecia com sua menina de vinte um anos.  Heriberto pensava igual, estava aflito como pai por saber que sua filha estava sequestrada  por um homem como Silvério, pensar que ele poderia toca-la da forma mais cruel que uma mulher pode ser , o desesperava, despertava nele uma fúria sem tamanho e um medo terrível daquele mal irreversível acontecer com sua menina. E o pior era que pelo que souberam, não era apenas Silvério que representava perigo, mas também os demais sequestradores detalhado pelas testemunhas.

Maximiliano andava de um lado para o outro, ele temia pela vida de seu amor, mas como todos, ele estava de mãos atadas só a espera de respostas, para chegarem até ela. Heriberto tentava acalmar o rapaz, que já havia avançado em um policiais, a verdade era que não estava nada fácil todos manterem a calma diante do que estavam passando.


E amanheceu .

Na delegacia, manteve apenas Maximiliano e Heriberto.

Enquanto Victoria tinha amanhecido na cama dela sem lembrar como tinha chegado. Ela tinha tido uma crise de choro, quando Heriberto encheu ela com medicamentos . E só assim ela dormiu . E quando acordou Rosário estava na frente dela, acariciando seus cabelos .

E assim derramando uma lágrima , Victoria disse aflita.

- Victoria : Mariana não tem culpa de nada mamãe, de nada. Ela não pertence a esse meu passado, aquele monstro não devia ter levado minha filha . Não devia!

Victoria chorou, só em pensar na sua filha com medo e chorando sozinha. Ela sabia como mãe, que Mariana tinha amadurecido muito depois de tudo que passou, mas passar por um sequestro era demais para ela.

E Rosário com o coração doendo ela disse, o que andava pensando e sofrendo.

- Rosário : Isso é tudo culpa minha filha, tudo culpa minha. Por minha culpa aquele homem te fez mal, e agora está fazendo mal a minha neta. A culpa é minha, só minha .

Victoria ergueu a cabeça para olhar nos olhos de Rosário e viu ela chorar, Rosário era como ela, dificilmente derramava lágrimas, e quando fazia era porque não aguentava mais.  E assim Victoria disse. 

- Víctoria : Não diga isso mamãe pra favor. 

Victória tocou a mão no rosto . E Rosário abraçou ela.

- Rosário : Aí filha , minha filha. Tenho medo, esse homem é doente por você, e eu só me dei conta tarde demais. E agora ele tem minha neta em mãos. 


Victoria se encolheu nos braços de Rosário, pois o medo que sua mãe tinha era o mesmo dela.




Na delegacia ...

O celular agora de Heriberto tocava. 

E ele rapidamente atendeu, e nervoso ele ouviu o ultimato do pedido de resgate de Mariana dentro de 24 horas.

Heriberto respirou agitado, a chamada foi rápida e direita. E mesmo que na linha ele exigiu que colocasse Mariana para falar, não fizeram .E ele se desesperou mais, sabendo que estavam entrando em contato com eles, pelo celular dela outra vez.

Heriberto então entrou em contato com  Victoria logo depois.  . E depois da ligação, a polícia concluiu que de fato o sequestro era para ser pedido resgate e assim, um possível acerto de contas do ex padrasto da mãe da refém estava sendo temporariamente descartado. Mas Victoria e até Heriberto não acreditava que seria apenas isso. E por isso só teriam paz quando tivessem Mariana são e salva em casa.

Victória estava no seu quarto, andava de um lado para outro com um dos seus filhos nos braços. Ela não se conformava que seria só isso, que só iriam pagar o resgate e teriam Mariana de volta. Victoria sentia que teria mais . Até que outra vez seu celular tocou, e ela atendeu rapidamente.


E assim ela ouviu.

- Silvério : Oi de novo passarinha. Sentiu saudades?

Victoria torceu os lábios de lado, furiosa. Estava ali a resposta para o que ela tinha certeza, aquilo não acabava ali.

E assim Victoria gritou com Silvério.

- Víctoria: Desgraçado! Devolva minha filha! Eu sei que não irá devolve-la assim, eu sei. Não fez tudo isso apenas para sequestra-la! Seu maldito!

Silvério riu. E então disse.

- Silvério :  Você sabe mais do que ninguém o que eu quero não é mesmo passarinha? E tem razão, não fiz tudo isso apenas por dinheiro. Eu quero você, e não vou entregar sua filha até tê-la!

Victoria colocou seu filho na cama, que nada entendia do que estava acontecendo e disse certa.

- Víctoria : Eu sabia, eu sabia ! Eu faço o que quiser e em troca quero que solte minha filha !


Silvério riu contente, logo teria Victoria em suas mãos. E então ele disse.


- Silvério : Quero me prove Victoria do que é capaz por sua filha, estarei ansioso para saber.



E as 5 da tarde, em um parque. O suposto preço do resgate com 10 milhões de dinheiro em espécie em uma mala, estava sendo colocada em um lado de um banco. Enquanto Mariana ainda amordaçada e com as mãos amarrada estava sendo colocada na grama do parque do outro lado. Silvério tinha liberado a filha chorona de Victoria, ele já tinha Victoria indo ao encontro, e só seria agora ele e ela.  E  assim, logo a operação foi feita, aquela mala não tinha dinheiro e para surpresa dos bandidos quem estava ocupando aquela parte do parque eram agentes disfarçados de cidadãos comuns.

E do outro lado sem esperar os agentes liberar Max para estar perto de Mariana, ele correu até ela que estava de joelhos sobre a grama e de costas pra ele.


- Max : Meu amor , meu anjo. Já está segura , já está segura.

E com essas palavras de Max, Mariana chorou em agradecimento, enquanto ele desamarrava as mãos dela e se aproximava os agentes da polícia perto deles. Logo Max colocou uma Mariana fraca nos braços e Heriberto descendo do seu carro , correu até eles com lágrimas nos olhos. Sua filha estava entregue e salva aquele drama tinha terminado.

Na casa de moda .


Victoria estava pronta para sair da sala dela, ela tinha desligado o celular, qualquer contato com ela naquele momento não seria bem vindo e colocaria sua filha em risco, pois o trato de Silvério ao telefone só era eles dois e mais ninguém, e em troca Mariana voltava para casa. Havia chegado o acerto de contas, e ela iria preparada para estar de cara com essa parte escura de seu passado, e tirar sua filha das mãos de seu nojento padrasto.

E por isso, Victoria apenas passava na sua sala para pegar algo de seu pertence, sua arma . Silenciosa, ela tirou da gaveta e pois na bolsa. Não cumprimentando ninguém ela saiu de sua casa de moda assim como entrou, praticamente invisível.

E na casa de Heriberto e Victoria.

Ele chegava, aliviado, uma hora depois de terem resgatado Mariana. Depois do parque, ela foi levada para o hospital, examinada ela apenas apresentou desidratação, e assim ela aos cuidados de Max ficou no hospital. E Heriberto correndo quis chegar em casa, para ver Victoria e Rosário e lhes dar a maravilhosa notícia que tudo já estava bem .

E assim, ele viu Rosário descer alarmada as escadas que quando viu Heriberto, ela perguntou.


-Rosário : Onde está minha filha Heriberto? Onde está Victoria?

Heriberto que levava um sorriso no rosto, fechou a cara . E disse.

- Heriberto : Como assim onde está ela? A deixei em casa, aos seus cuidados.

Rosário tocou os cabelos nervosa e disse.

- Rosário: A mais de uma hora eu deixei ela no quarto com Miguel, ela estava bem, disse que ia ficar com ele  enquanto aguardava notícias. Mas agora Miguel está com a babá e não sei aonde ela está!

Heriberto passou a mão na cabeça, novamente se pondo em desespero e agora por Victoria.  Ela só soube que haviam pedido o resgate de Mariana, mas depois a operação ficou em sigilo por isso só agora Heriberto diria que Mariana estava entregue para sua sogra e Victoria.  Mas agora, ela não estava em casa. E assim, ele disse.

- Heriberto : Mariana já está salva, eu vim para contar isso a vocês. E agora Victoria não está! Onde sua filha foi?!


Rosário andou aflita com a mão no coração, e no meio da sala ela disse o que achava .


- Rosário : Eu não sei Heriberto, mas tenho medo! Porque acho que ela está com ele, com aquele Desgraçado!

Heriberto então não pensou em nada com apenas aquelas palavras de Rosário,  e assim ele disse certo.

- Heriberto : Eu vou procura-la!

E assim ele saiu batendo a porta , e Rosário levou a mão na cabeça, desesperada.

E Victoria então depois de ter dirigido cerca de 20 minutos, chegou ao um depósito abandonado, pelo endereço que Silvério passou. Ela desceu do carro dela colocando a arma que tinha dentro de seu casaco cumprido preto, que ela usou exclusivamente para esconde-la entre seus bolsos.


E assim ela caminhou para dentro do local quieto demais .E então minutos depois,  ela disse entrando em um dos corredores vazios .

- Victoria : Filha, você está aqui?  Filha meu amor, sou seu .

Victoria andou mais, seus saltos batiam de leve ao chão e era o único barulho que ela podia escutar no silêncio da onde ela estava.  Até que depois, Victoria ouviu passos acompanhados do dela e parou no lugar, com o coração já aos pulos.

E assim ela disse brava .

- Victoria : Silvério é você? Apareça , solte minha filha! Eu já estou aqui.

Victoria então tocou a parede, e olhou o outro lado, tinha várias caixas de papelões amontoadas ao chão e uma em cima da outra . Victoria olhou e se afastou da parede, quando duas caixas caíram logo atrás dela ao chão.

Victoria girou ofegante para trás . E voltou a dizer.

- Víctoria : Aparece ! Sei que é você Silvério! Aparece!

Silvério então riu, escondido nas sombras daquele lugar com pouca iluminação. E disse .

- Silvério : Tem medo de mim passarinha?

Victoria levou a mão na arma que ela tinha, seu coração estava quase saindo do peito e suas pernas estavam bambas . Mas por nada ela iria recuar, não iria mais fugir dele, muito menos sair da onde estava sem Mariana. E então ela disse.

- Victoria : Porque não vem comprovar?

Victoria então tirou a arma do bolso a espera de Silvério aparecer de uma vez, até que ele disse.

- Silvério : Já comprovei, e todas as vezes você correu de mim. O que te fiz passarinha? Para continuar assim comigo.

Victoria então ouvindo a voz mais perto de Silvério, segurou mais firme a arma com as duas mãos a frente do seu corpo . E disse.

- Victoria : Você sabe o que me fez. Sabe o que me fazia !

Victória deu passos olhando ao redor . E Silvério disse sínico lembrando do passado assim como ela.


- Silvério : Eu era seu pai, só queria ter dar carinho .

Victória torceu os lábios indignada, ela queria vê-lo de uma vez, ela tinha sede de apertar de uma vez o gatilho da arma que tinha na mão.

E assim, ela disse procurando ele com os olhos.


- Victoria : Eu não queria aquilo que chamava de carinho, eu nunca quis! Eu fui abusada!

Silvério se irritou lembrando que  Victoria havia fugido com Guilhermo.


E então ele disse.

- Silvério : Mentira passarinha, você era uma vagabundinha a mais, e gostava muito do que eu fazia. 

Silvério então saiu da onde estava, e quando esteve no meio do corredor a poucos metros de Victoria, ele a viu segurando uma arma apontada pra ele.


E assim ele disse rindo.

- Silvério : Vai me matar? Vai matar seu pai?

Victoria respirou trêmula, vendo ele todo grande na sua frente outra vez, e então cheia de coragem ela o respondeu.

- Victoria : Você nunca foi meu pai. Diga aonde está minha filha se não eu atiro!

Silvério cruzou os braços sem tirar os olhos da arma nas mãos de Victoria. E assim  ele disse.

- Silvério : Por que tanta pressa? Só vai ver sua filha quando cumprir com seu trato Victoria. Agora baixar essa arma antes que se machuque passarinha.

Victoria deu passos para trás vendo Silvério dar alguns para frente. E então ela disse gritando outra vez , em um tom de ameaça.

- Victoria : Não se aproxime,  eu vou atirar!

E então Silvério se transformou com raiva, e gritou alto assustando Victoria.

- Silvério : Então atira, atira! Me mata e sejamos nós dois assassinos!

E Victoria nervosa disse, sem entende-lo .


-Victoria : O que está falando? Eu disse para ficar aonde está!

Silvério sem obedecer ainda indo até Victoria com passos lentos, ele a respondeu com um riso nos lábios .


- Silvério : Eu me vinguei de Guilhermo Victoria ele te tirou de mim,  passarinha. E então eu matei ele na prisão. Eu o matei!

Victoria tremeu diante daquela verdade, e com o olhar fixo em Silvério ela disse.


- Víctoria : Então foi você? Foi você que matou Guilhermo!

Victoria levou a mão na boca abalada, e então com medo, ela andou querendo correr pra longe.


- Silvério : Aquele infeliz me tirou você, mas felizmente para mim é claro, as pedras se encontraram.

Victoria limpou algumas lágrimas com a costa de uma de suas mãos, enquanto a outra ela ainda segurava a arma. E assim, ela gritou nervosa .


- Victoria : Assassino!

Silvério trincou os dentes, apertando um de seus punhos e disse.


- Silvério: Ele te tocou, você era minha, minha !

Silvério andou . E Victoria gritou alarmada outra vez.


- Victoria :  Não se aproxime!


Heriberto desesperado seguia atrás de Victoria, ele já tinha avisado outra vez as autoridades , e com a ajuda de Mariana e alguns relatos aonde ela foi levada que ela conseguiu gravar em alguns momentos que não esteve com a toca na cabeça ao chegar e também ao sair. Sem querer esperar as autoridades, ele mesmo dirigia, dando um tiro no escuro na esperança de encontrar seu amor .

E assim dentro do depósito, Silvério derrubou caixas do alto que tiraram a atenção de Victoria, que quando viu, ele estava em cima dela, tentando desarma-la. E assim, dois tiros foram disparados, atingindo o teto . As mãos de Silvério estava nas mãos de Victoria, até que com a força dele, ele a desarmou e a arma dela caiu longe no chão .O corpo de Victoria bateu com as costas na parede, e então com Silvério diante dela, ela o esbofeteou. Depois do tapa, Victoria levou a mão na boca e correu.

E Silvério indo atrás dela, com a mão no rosto no lado que foi esbofeteado disse.

- Silvério:  Então vamos brincar  Victoria Sandoval.

Victoria corria procurando a entrada que ela entrou para sair . Mas na tentativa, ela trombou de frente com Silvério que conhecia o lugar e sabia aonde ela ia.

E assim, ele pegou nos dois braços dela com força outra vez.  E Victoria gritando disse, enquanto tentava sair do seu agarre.

- Victoria : Me solte, me solte seu infeliz!!!

Victoria se sacudiu nos braços de Silvério, ele  apertou mais suas grandes mãos nos braços dela, certo que da onde ela estava nas mãos dele, ninguém tiraria mais .

E assim, como tinha Victoria em suas mãos, Silvério a olhou . E lembrou do seu rosto angelical de menina quando ele começou com seus abusos, ele sempre quis aquela menina. Mas em troca agora ele tinha uma grande e bela mulher em suas mãos . E então ele viu que o desejo por  Victoria era o mesmo, o passar dos anos não fez diferença alguma, apenas aumentou a sua obsessão por ela.

E então cego pelo poder e o desejo de ter ela assim finalmente. Silvério disse.

- Silvério: Não vou te soltar Victoria, suas pernas finalmente irá se abrir para mim.


Victoria se moveu mais nos braços de Silvério enojada . E gritando ela disse.

- Victoria : Não, não! Me solteee.


Silvério então beijou Victoria nos lábios, ele forçou os dele sobre o dela de uma forma rude que causou dor em Victoria. E logo ele desceu seus beijos, por toda a extensão do pescoço dela. Victoria se debatia já entre muitas lágrimas de desespero . Ela estava de novo nos braços daquele homem,  e ele iria estupra-la  como sempre  quis.

Silvério apertava todo corpo com as mãos de Victoria. Ele estava ofegante de tesão  por ela. E entre seus toques que estava causando náuseas em Victoria, quando Silvério voltou sua boca nos lábios dela ela o mordeu.

E foi então que Silvério ficou furioso e pegou nos cabelos de Victoria. Ele puxou a cabeça dela para trás.  E assim Victoria o encarou com todo desprezo e o ódio que sentia por aquele homem, e o cuspiu . 


E então ela disse.


- Victoria : Eu odeio suas mãos em mim, sempre odiei. E por isso eu prefiro morrer antes que volte me tocar !

Silvério então ficou olhando Victoria, sem solta-la, com as mãos nos cabelos dela, forçando assim ela olha-lo.  E do nada ele a soltou com agressividade. Victoria cambaleou, e levou a mão no coração .

Ela baixou a cabeça da forma que estava , e depois ela disse ao voltar a olha-lo.

- Victoria : Me mata logo, me mata ! Vamos acabar com isso.

Silvério passou a mão nos cabelos cansado daquela adrenalina com Victoria, mas que a verdade era que esses momentos com ela estava o tornando mais vivo. E assim ele disse querendo ver até onde ela iria para na sua luta contra ele .


- Silvério : Você mudou não é mesmo? Hoje é uma dama, quero te ver implorar Victoria, implorar .

Silvério tirou uma arma de sua cintura que ele tinha todo esse tempo . E assim ele disse.

- Silvério : Isso vai demorar passarinha, então comece tirando a roupa para mim.

Victoria passou a mão em um lado de seu cabelo, e a outra ela segurou  no seu casaco de botões na frente.  E assim ela disse, olhando a arma nas mãos dele.

- Victoria : Eu disse para me matar, porque não me terá, não farei o que quer.

Silvério então sem duvidar para ter o que queria de Victoria , mas de sua forma . Ele disse .

- Silvério : Então é uma mentirosa Victoria. Disse que estava disposta a tudo por sua filha . É uma pena, porque se não fizer agora mesmo o que mando ela vai morrer .

Silvério sorriu vendo Victoria mudar de cor, diante de suas palavras. Ele não sabia onde estava Mariana e nem queria saber, porque quem ele queria já estava na sua frente . E iria usá-la como quisesse encima de suas  mentiras . E Victoria então chorosa, disse pensando em Mariana. 

- Victoria : Não, não. Estou convencida que ela não está aqui.

Silvério moveu a mão com arma e disse irritado.

- Silvério : Tem razão, não está. Mas aonde ela está agora, com uma ligação posso dar a ordem  Victoria. E sua querida filha morre.

Victoria gemeu aflita, e disse entre lágrimas.

- Victoria: Por que me odeia tanto? Por que me fez tanto mal? Por que voltou?

- Silvério : Temos um passado pendente Victória e estamos aqui para resolver isso. Agora faz o que mando.


Victoria suspirou e ergueu a cabeça limpando as lágrimas, ela decidia que não ia implorar como ele queria, não ia mais chorar também. Então começando abrir seu casaco ela disse.

- Victoria : Está bem, vou fazer o que quer . Mas , mas não me machuque.

Victoria então baixou a cabeça e botão por botão do grande casaco dela foi aberto, e depois ela tirou ele por seus braços .

E sem poder esperar mais, Silvério estava com Victoria outra vez em sua posse . Ela não se movia mais, parada no lugar como estava, enquanto Silvério descia uma de suas mãos e subia percorrendo o corpo dela . E com outra mão ainda com a arma, ele deixou na cintura dela imóvel, Silvério não sabia o que fazia com Victoria em suas mãos, parecia um sonho tê-la, enquanto para Victoria era seu pesadelo. E ela só sentia as amos dele tocando ela, seus lábios também tocando sua pele. Victoria decidiu deixar ele se perder naquele desejo que o corpo dela estava causando nele, nunca que ele forçaria ela, como ela desejou antes, ela preferia a morte ao invés de permitir que ele violentasse ela, mas seu corpo era a única arma contra ele. E Victoria decidiu usar essa arma. E foi então que ela sem ele perceber tocou na sua mão que tinha a arma . E foi rápido, que Victoria tirou ela das mãos de Silvério, e então sem pensar um segundo . Ela disparou contra ele, uma, duas vezes. Dois disparos altos contra a barriga de Silvério foram desferidos  .

E ao som deles , Heriberto entrou no depósito ofegante. Quando presenciou o que Victoria acabava de fazer sozinha.  Ele olhou nos olhos dela cristalino de lágrimas, enquanto Silvério caia de joelhos com a mão em sua barriga.

Heriberto rodando sozinho com seu carro, encontrou por fim o carro de Victoria fora do depósito e ele só pode crer ainda de longe que era o dela, e quando esteve perto teve a certeza pela placa, mas então ao entrar ele ouviu os tiros e correu, e assim encontrou Victoria e seu padrasto.

Victoria piscou, e largou a arma no chão , enquanto Silvério caía no chão deitado. Ela nada disse e suas pernas se moveu correndo até os braços de Heriberto. Que  estava ainda sem saber o que fazer,  e quando ela chegou nos braços dele , Heriberto a apertou com força, aliviado por tê-la nos seus braços.

Victoria chorou abalads de costa para Silvério que estava na poça do seu próprio sangue. Heriberto acariciou ela nas costas de olhos fechados, tinham que sair dali, tinham que chamar a polícia.

E assim quando Heriberto abriu os olhos tendo a visão de Silvério, ele tinha na mão ensanguentada sua arma que Victoria havia largado no chão. E então Heriberto muito rápido virou Victoria tomando assim sua posição, e se pôde ouvir mais um disparo de arma de fogo naquele local. Silvério tinha atirado, e Heriberto tinha levado a bala nas costas que seria para Victoria.


Silvério então baixou o braço, estirado no chão sem forças e perdendo sangue .E Victoria com os olhos alarmados se desesperou quando viu a mão de Heriberto que ele havia levado no ferimento com sangue.

E assim ele apenas disse em um miado de voz.

- Heriberto : Precisamos de uma ambulância Victoria.




Quando Se Ama - ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora