♠ Capítulo 29: Doce Prisão ♠

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Tumulto pelos corredores, o resultado das provas estampado nos murais. Alguns alunos com os rostos tristes pelos seus resultados, as provas estavam difíceis. Um resultado era o mais aguardado. Theo Evans.

9,7 ... 9,5... 9,9... 8,9... Nada abaixo disso. Pronto, era oficial e mais dúzias de alunos podiam comemorar também. Essas férias seriam tranquilas.

- Cara, eu sempre te achei um tremendo otário mas você me fez feliz. Isso é para você - Drew apenas colocou um bolinho de dinheiro nas mãos de Theo, piscou o olho e saiu.

O que significava aquilo? Theo pensou por minutos. Não estava nada confirmado mas acreditava que sim, de certa forma ele agora era um deles.

- Estou orgulhosa de você, foi muito valente - Kathy dizia beijando seu namorado.

- Vou conseguir destruí-los, você vai ver - ele disse e ela sorriu o abraçando apertado - Tem notícias da Malu?

A garota fez uma cara triste e balançou a cabeça negativamente. Não tinha mesmo, de fato. Era como se May Lucianne quisesse realmente sumir do mapa, desaparecer. Não pensava que ao fazer isso deixava feridos pelo caminho.

Os dois se abraçaram como se seus braços pudessem protege-los dos males daquele lugar. Ambos sofreram com ataques de pessoas que nem se importavam com as lágrimas que derramaram. Agora eram companhia um para o outro, se a dor precisa ser sentida, Katherinne e Theo pretendiam sentir juntos. Apesar das feridas deixarem cicatrizes enormes para toda a vida, a cura existia e para eles se chamava vingança.

Malas, familiares, carros e mais carros. Parecia uma saída para o fim de semana só que intensificada, as malas eram muito maiores, já que seria um mês inteiro longe daquele lugar. Pelo menos para a maioria.

Evans estava feliz, depois de meses ia finalmente ver sua mãe, estava morrendo de saudades. Só partiria no dia seguinte mas tratou de deixar suas malas prontas. Sua ansiedade mal o deixava parar quieto. Enquanto isso todos os outros alunos iam evacuando.

- Eu sei que você vai morrer de saudades de tudo aquilo... - Luccas Gazzoni sussurrou no ouvido de sua professora ao se despedir. Ela se arrepiou instantaneamente.

Segundo sua ética profissional que Madeleine Celine Bossuet conheceu na faculdade, um relacionamento com um aluno era algo imperdoável. Mas ela não conseguiu, jogou fora as inúmeras aulas sobre aquele assunto e se entregou ao terremoto Gazzoni. O garoto começou apenas com olhares durante as aulas, mordendo os lábios, umedecendo os lábios com sua língua e deixando outras partes da professora úmidas também. Um belo dia, ela jogou seu diploma para os ares e se entregou ao que estava desejando por meses. E se viciou.

O que ela não sabia era que para Luccas tudo era um jogo, mas se ela soubesse muito provavelmente continuaria com aquilo. Não é fácil dar adeus aos vícios. Se despediu do aluno e só rezou para o tempo passar logo para enfim tê-lo em seus braços outra vez.

Luccas adorava ficar com sua professora, sem dúvidas, ela também o envolveu porém quando viu aqueles olhos castanhos, aquela mecha rebelde que fugiu da touca preta e constante... Foi aí que se sentiu envolvido. Angel, era a dona de seus pensamentos.

- Você bem que podia vir para nosso apartamento, passar as férias lá. - Luccas disse para González que revirou os olhos.

- Luccas... Quantas vezes preciso repetir que sou propriedade do estado, eu não posso sair daqui, essa é minha prisão. - ela disse entediada.

- Okay... Mas vou sentir saudades. Vou te ligar. - ele sorriu.

- Você sabe que odeio falar no telefone. Mas tudo bem, aproveite suas férias e cuidado para não pegar Aids, de novo. - ela zoou e ele sorriu. Amava o humor ácido da garota.

Ethan e Drew passariam as férias juntos em... Cancún. Jake e Luccas iam para seu apartamento e planejavam sair bastante para fazer algo que eles adoravam, caçar novas peças para seus jogos, de preferência peças gostosas.

E Angel ficou lá. Pela janela ela via todos os alunos com suas famílias indo embora dali. Filhas abraçando seus pais, mães abraçando seus filhos... Ver aquilo fazia uma imensa bola de dor se formar na boca de seu estômago.

Os dormitórios estavam uma barulheira só, garotas empolgadas gritando com suas amigas falando das férias maravilhosas que teriam, Amélia González matou todas mentalmente e então decidiu apenas sair dali, foi para a salinha, sem dúvidas um lugar calmo para que ela pudesse ficar em paz.

Chegou, entrou e se sentou em uma das poltronas. Enfiou sua mão dentro das espumas que recheavam o lugar que sentara, e achou o que estava procurando. Enrolou algumas gramas da erva verdinha em um pedaço de papel, pegou seu isqueiro no bolso e acendeu.

- Lar... doce... lar - suspirou e começou a fumar o que sobrara da maconha que tinha conseguido a alguns dias atrás.

Estava sentindo a vibe quando alguém entra na sala e ela pula de susto.

- Você quer me matar do coração? - ela grita ao ver Theo assustado a olhando.

- Eu só vim entregar o celular. Todos já foram embora? - ele perguntou erguendo o celular para a garota.

- Sim. Só restou eu e minha namorada. - ela riu e apontou para o cigarro aceso.

- Está fumando maconha? Tem noção do quanto isso é prejudicial? - ele disse erguendo a sobrancelha.

- Tem noção do quanto isso é bom? - ela gargalhou e estendeu o cigarro para o garoto- Senta aí. - apontou para a outra poltrona e foi o que ele fez, pegando o cigarro nas mãos logo depois.

Continua...

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Drica

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