Eu não entendia sobre o amor e nada além de bolar baseados.Talvez aquela fosse minha maior e única habilidade na porcaria daquela vida. E tudo ficava tão pesado antes de eu o fazer, mas depois que meu baseado estava pronto para ser incendiado, o inferno na minha alma apagava.
— Você pode ficar aqui pelo tempo que quiser — Yago disse, me entregando uma garrafa de cerveja e se jogando no sofá logo a frente. Acomodou-se no estofado e apoiou as pernas compridas na mesinha de centro, pegou o controle remoto e ligou a enorme televisão de tela plana num canal esportivo. — Mi casa és su casa.
Eu sorri agradecida e dei um trago profundo do baseado entre meus dedos. A fumaça forte fora direto para meus pulmões e eu engasguei.
A minha tosse seca digna de uma fumante experiente, se misturou com a risada estranha de Yago que se divertia com a situação.
— Vai com calma, porra. A princesinha tem que se acostumar antes de pegar pesado. — Provocou.
— Vai se ferrar — dei o dedo do meio, me recuperando e sorri revirando os olhos. — Eu sou mais experiente nisso do que você possa imaginar.— Disse, me lembrando de como conheci Pierre. Era uma boa memória e ela estava viva embora aquela versão de nós estivesse morta e enterrada.
Pierre surgiu na sala do apartamento alguns minutos depois após terminar a ligação que recebera antes de se retirar. Ele parecia calmo e relaxado em saber que eu estava segura e longe de ameaças - eu ainda não entendia aquilo e não sentia como se estivesse sofrendo alguma ameaça, mas ele sim e era melhor não contrariar.
— Você está bem? — Questionou, olhando para mim preocupado.
— Perfeitamente bem. — Dei um gole na cerveja me acomodando na poltrona.
Ele relaxou.
— Que bom. Sabe que estarei por perto caso precisar, não é?
— Sim, Pierre. Para de ser chato — resmunguei, revirando os olhos. — Não tem por que se preocupar.
— Tem sim. Aquela sua colega de quarto era maluca, e nada me tira da cabeça que ela vai tentar ferrar com você quando recuperar a consciência. — Os seus olhos estavam sendo sinceros como há tempos não eram.
— Eu não tenho medo daquela vagabunda.
— Nem eu. Mas é bom que você não se envolva em confusões, portanto não saía daqui até minha segunda ordem.
Ergui uma das sobrancelhas.
— Quem você pensa que é para me dar ordens? Meu pai?
— Crianças, por favor, agora não. — Yago ironizou, entediado. — Parem de brigar. Vocês ainda vão acabar fodendo.
Eu soltei uma gargalhada escandalosamente.
— Você poderia ter ideia mais estúpida do que essa, Yago? — Eu falei no automático, porém no fundo eu queria fazer tudo ao contrário.
Era quente a ideia de ter o corpo sensual de Pierre penetrando o meu, mas eu jamais deixaria que ele soubesse o quanto aquele pensamento me excitava. Eu não poderia perder o controle. Se é que eu possuía algum.
— Por quê? — Eles me perguntaram quase na mesma hora, Yago com muita curiosidade e Pierre desapontado.
— Porque Pierre não faz o meu tipo. — Dei os ombros.
Eu era uma mentirosa do caralho. Claro que ele fazia meu tipo. Pierre fazia o tipo de todo mundo, porra. Não havia uma mulher sequer que não sonhava em ser possuída por aquele homem.
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FLY
RomanceLIVRO COMPLETO NO HINOVEL, DISPONÍVEL PARA ANDROID E IOS. Hazel Jenner assinou a sua própria sentença de morte ao se apaixonar por Pierre. Ele era problemático. Tudo naquele homem brilhava e queimava. Hazel acreditou que poderia salvá-lo, mas cada...