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     ─ Eles não confiarão em vocês, e só trabalham em troca de uma coisa. ─ Nilas fica meio sem graça.

     ─ Quanto? ─ Juninho já pensa em grana devido a ganância humana em nosso planeta.

     ─ Sangue. Um frasco deste de sangue para cada arma. ─ ele mostra um frasco pequeno de vidro, que tem uns 10ml.

     ─ Sangue? Eu tenho pavor de tirar sangue! ─ Kelly, caminha de um lado para o outro com as mãos na cabeça.

     ─ Por que sangue? ─ Cláudio.

     ─ Eles usam na arma, assim elas criam um elo com a pessoa. ─ o ferreiro passa os vidrinhos um a um para os jovens.

     ─ Só me tira uma dúvida. Como eles conseguem produzir armas tão especiais em tão pouco tempo? ─ Fábio.

     ─ Na dimensão onde vivem, existe uma grande diferença de percepção do tempo em comparação com a de nossos planetas.


     ─ Eles são tão engraçadinhos! ─ Kelly sorri enquanto os observa trabalhar.

     ─ Vamos extrair o sangue então, quanto antes começarmos melhor! ─ Cláudio fura a ponta do seu dedo com uma agulha dada pelo ferreiro.

     ─ Ótimo! Quem será o próximo? ─ Nilas pega a agulha, limpa e aponta para os outros jovens.


     Algum tempo depois na dimensão dos demônios da sombra, eles pingam uma gota apenas de cada frasco de sangue no minério ao qual será produzido a arma, e o resto eles bebem até esvaziá-los, os arremessando por cima dos ombros para trás onde se encontra uma pilha de frascos vazios de todos os formatos e cores.

OPUS NO INFERNO - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora