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     ─ Vou chamar os outros, talvez consigamos chegar a tempo! ─ ele pula do tronco da arvore, corre até o seu cavalo e começa a ajeitar as suas coisas. ─ Você terá de ficar velho, para receber os jovens. Tome cuidado. ─ ele pega as rédeas dos outros cavalos e corre para chamar seus amigos.

     ─ O QUE PODERÃO FAZER?! ─ grita o ancião, ao vê-lo sumir na mata.

     ─ PENSAREMOS EM ALGO NO CAMINHO VELHO!


     Enquanto isso na cidade de Aysha, o sol castiga aquela parte do Inferno e como a cidade foi criada no meio do deserto, toda aquela areia parece aumentar a sensação de calor. Um homem entra perambulando pela rua principal, envolto em um manto negro.


     ─ Vejam, o pobrezinho parece ter viajado horas a pé pelo deserto. ─ diz a dona de um bar, enquanto enche as canecas de alguns homens de bebida com uma jarra.

     ─ O que diz mulher?! É só mais um invasor cheio de doenças! ─ fala indignado um homem bêbado.

     ─ Tem razão amigo. É só mais um, querendo invadir nossa cidade. ─ um barbudo se levanta do balcão, após esvaziar a caneca.

     ─ Vamos chutá-lo para fora. ─ um demônio que dava o ultimo gole em sua bebida.


     O homem cai de fraqueza.


     ─ Vai ser bem mais fácil do que pensei! Hi, hi, hi , hi! ─ diz um homem quase sem dentes, ele ri com a mão escondendo a boca. Os três pegam o forasteiro, que agora está desmaiado e o arrastam em direção a uma torre bem alta.

OPUS NO INFERNO - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora