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     Naquele momento pensei muito em apenas alguns segundos e apesar de não gostar da ideia de matar um inimigo pelas costas, sabia que não haveria outra chance como aquela, ele era realmente muito poderoso e as ordens que tínhamos eram claras; matar Shakhú a todo custo!


     ─ HAAAA! ─ cravei minha espada nas suas costas, bem no meio dela e a lâmina atravessou também o corpo já desfalecido do general, que se sacrificou para que pudéssemos ter esta chance.

     ─ ARGH! ─ Shakhú solta-se do general e vira, respirando com muita dificuldade, ele crava a espada bem fundo no chão e a solta de seu braço. ─ Meu garoto? ─ disse ele de olhos arregalados ao olhar para mim, antes de cair no chão e nesse instante, a espada começa a mudar a sua forma, agora é de metal reluzente como a prata e em alguns pontos possuía carne que pulsava como um músculo.


     Quando eu ia tocá-la...


     ─ Não, não faça isso! Pegue, esta fivela foi feita junto com a espada para selar o seu olho se um dia fosse preciso e Argh... ─ cospe sangue. ─ ... não toque nela antes de colocar este lacre em seu olho, pois se não, ela irá te dominar como fez comigo meu garoto.


     ─ Peguei a fivela que na verdade era uma espécie de símbolo de metal que lembra um medalhão, abri ele, apenas o soltei em cima do olho, apertei e de repente o lacre se fechou. Para minha surpresa o metal da espada começou a mudar e a atrofiar encolhendo em muito o tamanho da lâmina e a grossura da mesma, inclusive a carne murchou até desaparecer totalmente. O mais estranho é que seu metal agora ficou todo enferrujado. Guardei a espada comigo em minha cintura.

     ─ Por que me chama de meu garoto? ─ quando me virei, ele já havia morrido e     

OPUS NO INFERNO - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora