Capítulo 7

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SUZAN


- Preciso de um favor seu, e é urgente! -falou Camila, desesperada.

Aquele dia na empresa estava uma loucura! Algumas mulheres estavam sendo chamadas para as entrevistas e estávamos atoladas até as calcinhas com tanto serviço. Camila me ligou para ir trabalhar mais cedo e eu voei para a empresa. Desde então, estou andando para cima e para baixo, levando documentos e currículos.

Olhei para Camila que ainda esperava a minha resposta.

- Claro. No que eu posso ajudar? -perguntei, simpática.

- Preciso que entregue esses currículos para o Sr. Jason e estes para o Sr. Jonathan. -falou, colocando duas pastas de cores diferentes em cima do balcão. Apontou qual era para Jason e qual era para Jonathan.

Saí de trás do balcão e caminhei até o elevador reservado com as pastas no antebraço.

- Muito obrigada, Suzan! -gritou. Me virei e lhe lançei um sorriso.

Subi primeiro ao penúltimo andar, o andar de Jonathan. Eu nunca havia estado naquele andar. Era diferente. Parecia... normal, completamente o oposto do andar de Jason, que tinha muita personalidade. Caminhei pelo corredor e bati na porta. Ninguém respondeu. Bati novamente e escutei um "só um minuto!". Esperei. E logo a porta foi aberta por Jonathan. Ele estava com os cabelos um pouco bagunçados e a boca vermelha.

- Srta. Suzan! Como vai? -falou animado. Dei um pequeno sorriso com o seu entusiasmo.

- Bom dia, Sr. Jonathan. Hum, vim entregar estes currículos para o Senhor...

- Senhor? Ah, que isso. Me chame apenas de Jonathan. -sorriu.

- Tudo bem, Jonathan. -entreguei a pasta à ele e meus olhos caíram em uma ruiva que estava sentada na cadeira, de costas para nós.

Me perguntei se algo estava acontecendo entre eles e que eu tinha atrapalhado. Pensei que sim. Tratei logo de sair dali.

- Até mais, Jonathan. -acenei com a cabeça e ele me lançou seu sorriso bonito.

Saí de seu andar e fui para o de Jason. O pensamento de ser uma empata-foda não saía da minha cabeça. Eu tinha quase certeza de que Jonathan estava pegando a ruiva. Ele estava agitado e com a boca vermelha, provavelmente era o batom dela.

Jonathan era mesmo um galinha.

As portas do elevador se abriram e eu encarei o balcão bonito quase na entrada do corredor. Suspirei. Desejando com todo o fervor estar ali.

Eu nunca tive a vida tão fácil. Sempre corri atrás do meu e lutava muito por isso. Daria o meu máximo para ter aquele cargo, nem que isso me custasse a maior parte do meu tempo.

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