Capítulo 50

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SCOTT

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SCOTT

Eu tinha um plano, e ele incluia paciência.

A internação me fez bem. Talvez fosse o tempo que eu precisasse para por a cabeça em ordem. Em uma das visitas que Jason me fez, pedi a ele que não contasse a Suzan sobre eu estar internado. Que contaria a ela depois.

À essa altura, eu já sabia que ela havia voltado com o médico. Porém, o tempo afastado também me ajudou a pensar em como eu deveria agir. E por mais que a minha vontade fosse de matá-lo, eu não poderia. Isso não a traria de volta para mim. Muito pelo contrário. Eu prometi que tentaria mudar, e eu vou cumprir essa merda.

Algumas semanas se passaram desde que Charlotte ganhou a criança. Era a terceira vez que vi Jason tão feliz. Feliz de verdade. A primeira foi quando nos conhecemos. A segunda, quando conheceu Charlotte, e a terceira quando seu filho nasceu.

Eu não sabia como era e nem conseguia imaginar a sensação de ter um filho. Eu desejava ter filhos. Muitos. Porém, não me imaginava sendo pai, e nem me achava digno disso. Mas Suzan, eu a imaginava sendo mãe.

Parecia ser algo que estava no sangue dela. Quando a vi no quarto com o moleque de Jason tive a clara visão de que ela seria perfeita para assumir esse papel. E se houvesse uma opção, eu a escolheria para ser mãe dos meus filhos.

Mas para chegar até lá, eu precisava, primeiramente, tê-la. E fiz questão de deixar claro à ela que não iria desistir. Suzan era minha e sabia disso tanto quanto eu, mas estava se negando a ficar comigo porque ela estava com William. E pelo que conheço Suzan, sua fidelidade é mais sólida do que aço. É mulher de fibra, imponente, guerreira, mas está confusa.

Eu a entendo e deixaria rolar porque não me preocupo com a concorrência. Mas William, ele era perigoso. E só de pensar que Suzan está com esse cara, eu quase saio dos eixos novamente. Eu não poderia agir, não como estava agindo antes.

Sou um cara impetuoso, e ver outro cara com a minha garota me deixa mais violento do que sou naturalmente, sendo especificamente William, que além de estar com Suzan, se mostrou ser um grande otário.

Eu estava por um triz de acabar com ele, mas precisava me manter na linha ou tudo o que passei não valeria de nada.

No momento, estou olhando-a. Está no sofá com Charlotte e a criança. Estou um pouco mais afastado, apenas observando-a. Sinto Jason se aproximar de mim. Está com dois copos nas mãos. Ele estende um a mim.

— Não acha que está bebendo demais? — digo.

Ele suspira, desanimado.

— Isso não é bebida, cara. É refrigerante. Charlotte impôs a ordem da Lei Seca aqui em casa.

Franzo meu cenho, desacreditado. Viro o copo na boca, bebendo o líquido. É realmente refrigerante.

Faço uma careta.

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