Epílogo

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"Ser única para Scott Daniels era algo surreal.

Era dimensional".

- Suzan Milani.


"Eu me sentia quebrado, mas Suzan estava ali, pronta para pegar todos os cacos".

- Scott Daniels.

__________

Suzan repousava na cama, enquanto a enfermeira colocava delicadamente a pequena bebê em seu colo.

Seu sorriso já não tinha mais tamanho quando se deparou com o ser mais perfeito que já viu na vida. Scott ao seu lado, pegava o garotinho de cabelo ralo e louro como o da mãe. Os fios da pequena no colo de Suzan também ganharam a mesma tonalidade.

Suzan deu o seio para a garotinha, enquanto observava seu noivo segurar nervoso o garotinho no colo.

Ela achou o momento único e especial. Mostrou a ele como deveria segurar e Scott se manteve da mesma forma por vários minutos.

Com um sorriso brilhante, ela perguntou:

- Qual nome vamos colocar nos pequenos?

Eles se olharam. A verdade era que não tinham conversado sobre isso.

Com os olhos agora fixos na pequena, Scott falou:

- Eu gosto de Alicia.

Suzan pensou. Olhou para a bebê em seu colo e tocou seu rosto com o dedo indicador. Por fim, sorriu.

- Alicia. Eu também gosto de Alicia.

Eles se olharam novamente, o sorriso iluminando o rosto de ambos.

- E para o pequeno? -ele perguntou, fitando o filho.

Suzan já sabia a resposta.

- Arturo.

De imediato, Scott a encarou. Profundamente e intensamente.

Ela sabia o quanto aquilo significava para ele.

Uma lágrima solitária escapou do olho de Scott. Ele não conseguiu como segurar.

Sorriu como nunca antes, e beijou a noiva cuidadosamente.

- É proposital colocar os nomes dos nossos filhos com iniciais iguais? -ele perguntou, risonho.

Suzan riu também. Claramente não tinha sido algo proposital. Simplesmente aconteceu.

A pequena Alicia largou o peito da mãe e se encolheu para mais uma cochilada. Os pais riram baixo, se divertindo. Era a vez do pequeno Arturo se alimentar. Então Alicia foi para o colo do pai, e Arturo para o colo da mãe.

Carinhosamente, Scott acaricio o rosto da filha. Sorriu bobo diante dela, sem se importar.

- Ela parece um anjo, como você. -ele sussurrou.

O peito de Suzan se encheu de alegria, porque sabia o que passou para poder chegar àquele momento. Para poder ver Scott, um homem até então quebrado, segurar a filha no colo.

Ela vivia por ele e ele por ela.

Entretanto agora, viviam para os filhos.

Scott se sentia completo. Se sentia em paz como há muito tempo não se sentia.

Suzan tinha certeza de que agora estava tudo bem, e que o pior já havia passado.

Finalmente, Scott e Suzan poderiam seguir a vida como queriam desde o início. Tranquilos, sempre com um ao lado do outro.

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