Capítulo 6

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SCOTT

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SCOTT


Estacionei a BMW preta em frente a filial mais bem sucedida da Sartori. Saí do carro e arrumei o paletó no corpo. Caminhei para dentro da empresa, alguns funcionários me cumprimentaram e outros apenas me observaram. Eu sentia o olhar deles em mim. Caminhei pelo grande saguão arejado e iluminado. Peguei o elevador e fui direto para o Studio. Chegando lá, encontrei os seguranças e um homem alto de cabelos um pouco grisalhos. Ele gritava com os seguranças e gesticulava, apontando a filha, que se cobria com um robe.

Me aproximei. Fiz um sinal para que os seguranças se afastassem. Fiquei cara a cara com o homem e ele continuou a gritar. O encarei.

- Senhor, acalme-se. -falei calmamente.

- O quê? Me acalmar? Essa empresa é uma grande safadeza! Querem tirar fotos da minha menina, pelada!

- Papai, eu não...

- Fique quieta, Beatriz! -gritou. Olhei para a garota e ela se encolheu com o berro do pai. Voltei minha atenção para ele.

- Seguinte, se o senhor não se acalmar, não vamos poder conversar e vou ter que pedir que saia.

Por mais folgados e babacas que os clientes pareçam, tratá-los com respeito e educação é sempre a prioridade.

- E quem é você para ter essa autoridade? -riu, debochado.

- Não sabe quem eu sou? -dei um risinho.

O homem meneou.

- Eu sou Scott Daniels, o dono da empresa.

Vi o homem ficar pálido e engolir em seco.

- Dono? Você é o dono daqui? -gesticulou, indicando o local em que estávamos.

Assenti.

- Será que podemos conversar? -perguntei.

O homem assentiu e esticou a mão a mim. Apertei e voltamos a nos encarar.

- Então, por que não quer deixar sua filha tirar as fotos? -perguntei, cruzando os braços.

- Bom, primeiramente, eu a trouxe aqui para fazer book que pediram. Mas quando ela colocou a "roupa" eu surtei! Quer dizer, como podem deixá-la usar esse tipo de roupa?

Olhei a garota. Ela apertava o robe e olhava o pai com raiva.

- Tudo bem se eu... -apontei para a garota, pedindo para ver a roupa. Ela assentiu e abriu o robe.

Encarei a roupa que ela usava. Era um biquíni minúsculo. Imaginei a recepcionista loirinha vestida nele. Seria uma boa pedida.

Desviei meu olhar da garota, não queria que achassem que eu estava a comendo com os olhos. Pigarreei e olhei o pai.

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