Capítulo 8

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Meus olhos continuaram o encarando. Eu estava sem reação. Completamente sem reação. Seu sorriso havia sumido e agora ele me encarava profundamente. Eu estava intimidada. Ele era muito intimidador. E intenso.

Ele levou a mão até meu rosto e tocou minha bochecha lentamente e eu arrepiei. Nos prendemos em uma troca de olhares fixos enquanto a música continuava alta e muitas pessoas tombavam em nós. Eu estava suada e meus cabelos estavam colados em minhas costas e pescoço. Ele varreu seu olhar pelo meu rosto e desceu a mão lentamente até meu pescoço, tirando alguns fios de cabelo dali. Meu coração acelerou mais e nossos olhares continuaram presos um no outro. Engoli em seco, vendo ele se aproximar.

Meu Deus. Vai acontecer... vai acontecer!!!

Eu queria aquilo e ao mesmo tempo não queria. Eu não o conhecia e não saberia ao certo que reação ter quando o visse na empresa.

Comecei a ficar ofegante. Ele estava se aproximando cada vez mais. Eu estava ficando nervosa e ansiosa.

Mas que inferno! Beija esse gostosão logo, Suzan! Minha consciência dizia. E eu queria escutar ela. Queria me jogar nos braços dele e arreganhar os dentes, dando um sorriso safado e travesso. E no final da noite, transaria com ele e no dia seguinte, ir trabalhar, fingindo ter sido apenas uma noite louca.

Qual é, Suzan, não seja covarde, ele é só um cara! Agarra esse delicioso agoraaaaaa!!

O encarei, e sem pensar duas vezes, avançei. Colei meu corpo no seu e segurei seu rosto com minhas duas mãos. Pressionei meus lábios nos seus e ficamos assim por alguns segundos. Comecei a ficar insegura. Ele não me beijou como eu tinha imaginado. Então me afastei, receosa. Ele devia estar me achando oferecida. Talvez ele nem quisesse me beijar. E quando eu estava pronta para dar às costas a ele, o bonitão me puxou pela cintura e pressionou meu corpo contra o seu. O impacto foi forte e eu acabei ficando mais colada a ele do que esperava.

Ele segurou meu rosto com uma mão e ela era tão grande que quase tomou conta de todo o meu maxilar. Ele apertou minha cintura e seus olhos caíram em meus lábios. Segurei seus braços fortes e musculosos e meu peito começou a subir e descer fortemente. Meus olhos estavam um pouco arregalados e eu sentia minhas bochechas queimarem.

Sem esperar mais nenhum segundo, ele me beijou. Entreabri meus lábios e fechei os olhos. Logo, senti sua língua molhada e ávida deslizar pela minha. Envolvi seu pescoço com meus braços e uma de minhas mãos voou para os seus cabelos. Os apertei em sua nuca e ele aprofundou mais o beijo. Sua mão mergulhou em meus cabelos e ele os puxou. Minha língua acompanhava a sua num beijo que estava se tornando desesperado. Ele tinha um gosto bom. Sua boca estava gelada e tinha gosto de bebida.

Ele era quente e estava me deixando em chamas.

Tomei a liberdade de me apertar mais a ele. Ao fazer isso, estremeci. Ele estava duro. Completamente duro. Senti ele sorrir e voltar a me beijar. Seus lábios desceram até meu pescoço e ele mordeu meu ponto fraco. Atrás do pescoço.

Maldição!

Revirei os olhos e gemi perto de seu ouvido. Ele mordeu meu ombro por cima do vestido e senti suas mãos descerem até minha bunda. Abri os olhos.

Não, Suzan! Acorda! O anjinho em meu ombro dizia.

O empurrei, nos afastando. Ele me encarou, sem entender. Estava ofegante e parecia surpreso. Me virei, buscando Grego pelo mar de pessoas. Eu precisava sair dali. Comecei a andar pelo local e eu me sentia confusa e perdida. A música alta e as luzes estavam piorando ainda mais a situação.

Avistei Grego perto da porta dupla dos fundos. A morena o arrastava para fora da boate. Corri até ele e antes que saíssem, puxei seu braço.

- Grego! Foi mal por empatar a sua foda, mas preciso ir embora! -ele me olhou sem entender e riu.

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