Felicidade e tristeza: opostos que se tocam

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Duas razões para aquele dia ser bem diferente do anterior. O entusiasmo com que se tinha levantando nessa manhã, nada tinha a ver com o dia anterior. A ressaca estava no passado e mesmo o fato de ter passado o Ano Novo no meio de casais, também já não o incomodava. Uma das razões para o bom humor era estar a caminho do café onde poderia ir trabalhar com os seus amigos e a razão principal para a boa disposição era saber que Levi estaria de volta ao fim da tarde.

– Estás muito alegre para quem acordou tão cedo. – Comentou Connie, pondo as mãos nos bolsos e ao seu lado, Armin acabava de bocejar.

– Estou normal. – Disse com um sorriso que fez os amigos desconfiarem ainda mais daquele sorriso luminoso que usou para cumprimentar Christa que arrastava uma Carolina sonolenta. Pelos vistos, Ymir por muito que quisesse manter-se perto da rapariga loira, não estava disposta a trabalhar num sítio em que tivesse que sorrir e ser educada o tempo todo.

A formação no café dada por Sarah, ajudada pelo filho Marco começou com uma exposição de regras que deviam ter sempre mente. Entre as quais, destacavam-se as seguintes:

1. Os contactos físicos são para evitar e nos dois sentidos, ou seja, tanto da parte do funcionário como dos clientes. No caso de alguma situação que cause desconforto, tanto um como outro têm o respetivo castigo. O que no caso de um funcionário pode ser tão grave como o despedimento e no caso do cliente pode ser convidado a sair com a possibilidade ser barrado na entrada numa próxima vez que tente voltar.

2. É proibido oferecer ou pedir informações pessoais (como por exemplo, número de telemóvel, email, etc.) aos funcionários. O mesmo se aplica no sentido contrário.

3. As discussões e os comportamentos violentos são proibidos e punidos com expulsão.

4. É imperativo zelar pela limpeza do local, pois irá atrair outros clientes e incentivar outros a regressarem.

Entre outras pequenas regras que foram ouvindo e no caso de Armin, foi apontando para poder reler mais tarde. Em seguida, foram conduzidos por Marco até uns vestiários, onde havia alguns cacifos, dois espelhos e também algumas casas de banho onde poderiam trocar de roupa e tomar banho se assim o desejassem no fim do expediente. Foi-lhes dito que mudassem de roupa para poderem ver como ficavam com a farda. O resultado fez com que Sarah abraçasse um por um e repetisse várias vezes que todos estavam simplesmente adoráveis.

Por fim, chegou algo mais prático: as simulações com clientes. Eren ofereceu-se para a primeira demonstração e recebeu mais alguns elogios pelos sorrisos e simpatia. Os únicos reparos foram relativamente aos termos que teria que usar. Chamar as meninas independentemente da idade de senhoritas, fez com que repetisse o exemplo mais do que uma vez. Todos tiveram a sua oportunidade de estar do lado de quem atendia ou era atendido para assim verem o que faziam certo ou errado.

Para o adolescente a única coisa que seria mais complicada, seria decorar a lista de enorme de doces, bolos e bebidas. Porém, nada disso era capaz de tirar o sorriso do rosto de Eren, não só porque Sarah confirmou que esperava por ele para o dia de abertura, mas também porque faltava pouco para ir ao encontro do professor. Iria ter diretamente à casa dele, uma vez que lhe disse por mensagem que estava cansado da viagem para sair.

Depois de se despedir dos amigos, foi até à paragem do metro e enquanto confirmava os horários, ouviu uma voz chamar por ele.

– Professora Petra?

– Olá Eren. – A mulher estava acompanhada por um dos amigos que o jovem tinha conhecido há algum tempo atrás. O nome dele era Auruo e estava de braço dado com a professora. – Tudo bem? Tiveste um bom Natal e um bom Ano Novo?

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