– Pergunta. – Dizia a jovem de cabelos castanhos com uma revista nas mãos. Uma que lhe tinha sido dada por Ymir que ria da forma como estavam há mais de uma hora a envergonhar Eren que ia sentado na frente ao lado de Levi.
– É verdade que o Eren é passivo? – Perguntou a loira curiosa.
– Oh meu Deus, pára o carro, Levi! Quero sair daqui! Quero mudar de cidade, de país, de planeta e sobretudo de amigos que pensei que conhecia!
– Que exagero, Eren. – Dizia Mikasa, brincando com os cabelos de Annie que estava sentada sobre as suas pernas. – Elas só estão curiosas.
– Nunca fizeram essas perguntas ao Armin ou ao cara de cavalo ou mesmo ao Berth ou ao Reiner! – Argumentou o rapaz de olhos verdes.
– Porque nesses casos, segundo as características descritas aqui na revista... – Dizia Christa folheando a revista que Eren acreditava ter sido concebida pelo demónio. - É óbvio que nessas relações, o Berth e o Armin ocupam as posições passivas.
– O Armin? Não se deixem enganar, aquilo é...
– O Armin tem mesmo ar de passivo. – Falou Levi e nisso tanto Annie como Mikasa tiveram que segurar o riso.
– Estás a defendê-lo? – Perguntou Eren incrédulo.
"Por que não? De certa forma, diverte-me que pensem que ele é tão inocente", pensava, olhando pelo espelho retrovisor para ver que Reiner continuava a segui-los de perto, "Já foi tempo em que era inocente, mas sempre soube que era inteligente e inteligência e inocência não convivem por muito tempo no mesmo espaço".
– Sim, o Eren é passivo e tem fetiches por contextos de dominação/submissão. – Respondeu.
– Levi!
– Nunca pensei, Eren. – Disse Christa admirada.
– Eu é que nunca pensei que estivesse rodeado de pervertidos! Pára o carro, Levi! Prefiro ir no outro carro!
– Tens a certeza? Acho que a Hanji também deve estar a falar de ti por lá.
– Ahh! Porque é que toda a gente me odeia?
Ao fim de uma hora dentro do carro com Christa sentada no colo de Ymir e Annie no colo de Mikasa com a Sasha no meio dos casais, Eren finalmente entendeu a razão para que insistissem em ir no carro do professor. Queria envergonhá-lo e também não podia ter a certeza que não estivessem a falar dele no carro onde seguiam Reiner, Bertholdt, Connie, Hanji e Armin. Os últimos dois tinham entrado no mesmo carro com uma conversa, a seu ver fascinante, sobre algo que Eren não entendeu sobre um estudo qualquer sobre genética e mutações.
Foi com surpresa que os amigos do jovem de olhos verdes ouviram a sugestão para passarem a Páscoa na casa dos pais do professor. Os mais reticentes foram mesmo Reiner e Bertholdt. Eles entendiam as boas intenções do amigo, mas não queriam intrometer-se daquela forma, só porque os dois corriam o risco de passar aquela festividade somente na companhia um do outro.
Em qualquer dos casos, Levi teve sempre uma palavra a dizer, assegurando que os pais nunca se mostrariam incomodados, bem pelo contrário. Aliás, a mãe mostrou-se bem entusiasmada com a possibilidade receber tanta gente em casa e mesmo Santiago afirmou que seria sem dúvida uma data para mais tarde recordarem.
No entanto, outros acontecimentos marcaram aqueles dias que antecederam a ida para a casa dos pais. Um dos mais relevantes seria a promessa cumprida de Nanaba. Num período não superior a 24 horas desde da detenção absurda de Eren, todos os agentes da polícia envolvidos foram processados e perderam o direito de exercer a sua profissão por tempo indeterminado, até que fosse aplicada a pena com base no seu comportamento questionável. Quanto ao preso que tentou atacar Eren e acabou ferido com alguma gravidade, acabou por ser encaminhado de forma errada para uma cela com colegas que não toleravam aquele tipo de criminoso.
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Destinos Entrelaçados
FanfictionUniverso alternativo (Reencarnação) - Onde Levi é um professor que acaba de chegar a uma nova escola, atormentado por sonhos/lembranças de uma vida que o próprio não acredita ter vivido. Contudo, começa a questionar-se sobre a sua sanidade quando en...