Destinos Entrelaçados

Oportunidades

Horas mais tarde, Riko finalmente conseguiu tempo para ir ao encontro de todos no hospital. Começou por querer acerca do estado de Levi e assim que lhe deram uma breve explicação sobre o estado crítico em que se encontrava, manteve-se indiferente e centrou a sua atenção nos presentes na sala de estar.

Sem dar muitas oportunidades para que a contrariassem, avisou o grupo em que se incluíam Connie, Sasha, Christa e Ymir que iria acompanhá-los, pois havia um assunto que queria tratar com eles. De seguida, deu indicações a Jean para que acompanhasse um dos seguranças que serviam como escolta policial e proteção jurídica para um local que se recusava a revelar aos restantes presentes. Teve que recusar a insistência de Armin que queria estar com o rapaz, mas a advogada mostrou-se irredutível, dizendo que por enquanto Jean, como testemunha crucial no julgamento que iria iniciar em poucas horas, teria que estar sob um nível de proteção máxima.

Em seguida, deu as chaves da casa de Levi aos pais do mesmo, pedindo que fossem para casa descansar e se fizessem acompanhar de Armin, Mikasa, Annie, Reiner, Bertholdt e Eren. Apesar dos protestos, Riko reafirmou a importância de que todos estivessem nos locais em que ela indicava, pois precisava de conversar com todos.

– E tu és? – Indagou a advogada, encarando Lya.

A jovem sorriu, vendo que todos se afastavam, seguindo a contragosto as ordens da advogada. Ela aproximou-se da mulher e murmurou algumas palavras que causaram alguma surpresa, mas que fizeram com que não fizesse mais comentários e a deixasse sair sem mais questões.

– Sei que ainda falta alguém do vosso grupo de amigos. – Afirmou Riko, olhando para Petra, Auruo e Erd. – E não se preocupe, ainda não me esqueci de si. – Afirmou, referindo-se a Rute.

– O Gunther está com os avós do Eren. – Respondeu Petra.

– Ele é intérprete. – Esclareceu Erd.

– E que por alguma razão, também é cúmplice na retirada da Nanaba deste hospital. – Falou Riko suspirando e outra voz ouviu-se perto de todos.

– Onde me inscrevo como cúmplice?

Todos olharam e viram uma médica sorridente.

– Dra. Ana. – Concluiu Riko, pois recordava da descrição de todos os envolvidos no dia-a-dia da investigação da amiga e colega Nanaba. – Não precisa de ficha de inscrição. Dizem que seria impossível que retirassem a minha colega daqui sem que algum dos médicos abrisse uma daquelas portinhas laterais que convenientemente só se abrem mediante alguns códigos entregues a profissionais que têm bastantes anos de trabalho por aqui.

– Não sou a única trabalhadora com muitos anos de serviço. – Respondeu, encolhendo os ombros. – Além disso, parece-me que a sua colega ia muito bem acompanhada. Não penso que possa estar nas mãos de melhor médico do que aquele que eu vi.

– Sim, eu imagino. – Disse Riko, suspirando. – Vocês vão tirar-me anos da minha vida. Ainda quero ver a Hanji, mas depois quero uma troca de palavras com todos e uma forma de contactar o vosso amigo Gunther.

Depois de conversar brevemente com Irvin que lhe assegurou que Hanji estava bem, mas ainda sob o efeito dos sedativos, Riko trocou mais algumas palavras com Petra, Auruo e Erd e conseguiu o contacto de Gunther. Por fim, também manteve uma conversa curta com Rute, antes de a levar até a casa.

Em seguida, foi ao encontro do primeiro grupo que pediu que deixasse o hospital. Acabou na casa dos pais de Connie que apesar da casa simples, recebeu os amigos e pais dos amigos do filho que desconheciam a razão para que a advogada quisesse conversar com todos.

No entanto, nunca esperaram aquele rumo da conversa e entre os olhares incrédulos e a grande maioria que não conseguia sequer articular uma palavra, Christa foi a primeira a conseguir formar uma frase coerente.