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– Trouxe duas tartes: uma de maçã e outra de morangos e alguns bolinhos de arroz. – Anunciava Sasha, deixando as pequenas sacas sobre as pernas de Eren que sentado na cama, agradecia mais um dos presentes dos amigos que foram visitá-lo. – O Connie ajudou a fazer.

– O que estás a fazer? – Perguntou Ymir ao amigo que continuava sempre a olhar para a porta do quarto. – Estás com medo que o Sargento apareça?

– Shh, ele não gosta que o chamem disso. – Lembrou Connie. – Além disso, quando me disseram que o Eren estava na casa dele mal quis acreditar. Pensei que estivesse em regime militar, nem sei como alguém ares de homicida tem uma mãe que parece um anjo.

– Se ele te ouve dizer uma coisa dessas, tens os dias contado. – Avisou Reiner e todos se riram.

O quarto estava cheio.

Sasha continuava de pé, insistindo que Eren provasse uma das tartes. Nos pés da cama de cada lado, estavam Christa e Mikasa. Ymir estava a tentar puxar Connie da porta e mais ao lado estavam Reiner e Bertholdt que deram também boleia a Annie.

Do grupo de amigos que normalmente se juntava, faltava apenas Jean que avisou o namorado que estaria a trabalhar e por isso, não podia aparecer. Em vez dele, veio Carolina que também trouxe também algo relacionado com comida. Algumas bolachas caseiras que Eren provou e sorriu em agradecimento fazendo a amiga corar ligeiramente. Algo que não escapou ao olhar atento do grupo em geral.

Era sexta-feira e visto que só a partir desse dia, a Dra. Ana tinha dado autorização para que ele recebesse mais visitas, estavam todos a cumprir calendário. Já tinham combinado visitá-lo, assim que pudessem e foi com surpresa que descobriram que não estava em casa dele e sim na casa do professor Levi.

– Espero que para a próxima semana já estejas melhor. – Falou Connie. – Desde que a Sarah e a Annie se conheceram, ando a ser torturado no teu lugar.

– Huh? Porquê? – Perguntou Eren provado mais uma das bolachas que tinham trazido. – Espera... Sarah, a dona do maid café?

– És um exagerado. – Comentou Annie. – Sim, Eren a mesma. Acho que podemos mostrar os dotes musicais também no café, como cerimónia de abertura e coisas assim.

– Parece-me interessante. – Falou Eren sorridente. – Se pudesse, começava mesmo agora a ensaiar para o que quer que seja. Estou farto de estar nesta cama.

– É esse o espírito! – Exclamou Sasha. – Até porque a Sarah também decidiu dar-me uma oportunidade e os ensaios da cerimónia de abertura correriam melhor se estivesses lá. Sem ofensa, Connie, mas o Eren faria melhor figura.

– Estão a deixar-me curioso. – Disse Eren um pouco amuado.

– Só te contamos o que andamos a fazer nestes últimos dias com a Sarah quando estiveres a cem por cento. – Afirmou Christa.

– E porquê? – Perguntou o moreno inconformado.

– Caso contrário, vais ficar demasiado animado e não vais descansar como deves nos próximos dias. – Explicou Ymir e vários amigos concordaram.

Com a casa repleta de visitas, Levi apenas ficou para ajudar a preparar a refeição. Em seguida, saiu, dizendo à mãe que podia demorar. Não disse onde ia e nem notou o ar curioso de Eren que viu quando saiu pouco depois do jantar, levando qualquer coisa debaixo do braço. Algo que o moreno não conseguiu perceber, pois estava literalmente rodeado pelos amigos que logo o distraíram com as novidades da escola e planos para quando estivesse melhor.

O professor não estava muito incomodado com a quantidade de pessoas em casa. Aliás, era bom ver como Eren estava a melhorar e também como ficou feliz com a visita inesperada dos amigos. Vê-lo sorrir, ainda mais do que antes, provocava um certo frio na barriga e concluiu que possivelmente, não disfarçaria tão bem quanto gostaria o quanto gostava de o ver feliz. E com tanta gente em casa era praticamente impossível algum olhar mais atento não notar os olhares discretos que por vezes lhe lançava.

Destinos EntrelaçadosOnde histórias criam vida. Descubra agora