Noite de festa

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Assim que chegaram foram recebidos pela mãe de Rodolpho, Rosana tratava a todos como seus próprios filhos, Jocimar estava junto dos irmãos dele, a música estava alta e Rodolpho já estava bebendo.
Hiure: fala aí bicho velho! Fala animado.
Rodolpho: cusão mesmo né? Bom ver vocês aqui, tem bebida e refrigerante na geladeira. Fala entusiasmado.
Hiure: não bebo álcool, você sabe disso.
Ryan: ele não bebe, mas eu bebo, posso pegar?
Kaique: pronto, esse aí só vai embora depois de beber todas e dar trabalho.
Rodolpho: mano, tu nunca usa bermuda não?
Hiure: me deixa porra, aqui, o seu presente. Diz o entregando uma pequena caixa de veludo preto.
Rodolpho: só topo se a lua de mel for na Grécia. Brinca forçando a voz.
Kaique: otário ele não é? Fala rindo.
Na caixa havia um anel em forma de lobo feito de platina.
Rodolpho: caralho, é muito lindo. Diz segurando o pequeno objeto.
Ryan: cada um de nós está usando um desses. Fala mostrando o dele que era feito de prata e estava no dedo mindinho.
Kaique: agora temos uma conexão à mais. Fala mostrando o seu anel de ouro no dedo indicador.
Hiure: sem falar que os anéis são fodas. Fala mostrando o seu de aço negro no dedo anelar.
Rodolpho: vamos curtir! Fala enquanto põe seu anel no dedo do meio.
Já era de madrugada, Ryan já estava cambaleando, Rodolpho vigiava o irmão, Kaique jogou um primo do anfitrião na piscina e Hiure impedia o mesmo de começar uma briga, mas tudo ficou em câmera lenta pra ele quando uma garota simplesmente linda chegou na festa, era baixa, media 1,53 m de altura, usava preto, cabelo meio longo de tom castanho, pele morena, usava batom escuro e um salto pra aumentar um pouco a altura, logo Hiure largou o irmão continuar a briga, e caminhou até o mais velho, mas sem tirar os olhos da garota.
Rodolpho: Hiure, para ele... Hiure? Tá fazendo o que seu lobo doente!?
Hiure: quem é? Pergunta distraído.
O mais velho olhou para a direção que o caçula olhava e logo entendeu.
Rodolpho: uma amiga minha, é do Oeste.
Hiure: loba da alcatéia do Oeste? Interessante. Fala com voz besta.
Rodolpho: irmão, aquela não é pro teu bico, vai por mim, ninguém doma aquela loba não, tu me tomba na porrada, mas não conquista ela, fora o pai dela. Fala ponderando.
Hiure: irmão não faz isso comigo, olha só, ela é linda, uma loba dessa comigo eu até caso, me dá uma força aí vai. Fala quase implorando.
Rodolpho: beleza, não diga que eu não avisei, mas antes umas coisinhas, se controla, não fale muito, não dá bobeira e não fala merda, fechou?
Hiure: claro, fechou, fechou.
Rodolpho: falou, vamos lá, faz o que eu fizer.
?????: oi aniversariante, parabéns meu anjo!! Fala animada e o abraçando.
Ele a pegou no colo e ela riu e gritou enquanto tentava se soltar.
Rodolpho: valeu Maju, é bom que tenha vindo, tem bebida de limão na geladeira.
Hiure limpou a garganta, fazendo um barulho que chamou a atenção dos dois para ele.
Rodolpho: esse aqui é um dos meus irmãos que eu te falei, o caçula, mano, essa é Maria Júlia, mas chamamos de Maju.
Nesse momento Hiure ficou paralisado por alguns instantes, até Rodolpho estranhou e lhe deu um leve tapa no ombro, ele logo despertou, com um gesto rápido ele pegou a mão da loba e beijou.
Hiure: muito prazer. Fala nervoso.
Maria: igualmente, em, seu presente eu não tive tempo de comprar, mas eu vou.
Rodolpho: não precisa.
Hiure: ele diz isso, mas fica besta com presentes.
Maria: é eu sei, já conheço tem um tempo, só os irmãos que eu não conhecia.
Hiure: nem disse meu nome, sou Hiure, Hiure Eduardo.
Ela ficou com um olhar estranho ao ouvir o nome, mas logo teve o raciocínio interrompido.
Rodolpho: vamos beber? Perguntou ao grupo.
Hiure: já disse que não bebo, tu é chato com essa porra em.
O mais velho revirou os olhos, a loba o olhou de cima a baixo o julgando.
Maria: eu aceito, bora.
Eles dois vão, Rodolpho olhou para trás com um olhar irritado para o caçula e esse logo entendeu.
Hiure: vou ali ver se eu acho um caçador pra me matar, é o que eu mereço por ser um trouxa. Fala um pouco constrangido.
Lá fora ele chutou lixeiras, socou paredes e rosnou de raiva por ter feito tudo errado e lá dentro a festa continuava e o assunto daqueles dois era Hiure obviamente.
Maria: quem era aquele garoto? Jeito de velho, parece que tem 70 anos.
Rodolpho: ele é assim, um velho no corpo de um garoto de 15 anos.
Maria: 15!? Ele é mais novo que eu? Pergunta surpresa
Rodolpho: alguns meses, ele é meio sem jeito, mas tem um grande coração e é um alpha, acredite ou não nisso. Fala em tom de orgulho.
Maria: deve ter mesmo já que você chama ele de ir... Espera, alpha!!?? Aquele moleque é um alpha também? Nem dá pra acreditar. Fala completamente assustada.
Rodolpho: acredite se quiser ele é desde os 11 anos, também pudera, o pai dele sendo severo como é.
Maria: e quem é o pai dele? Pergunta levemente curiosa.
Rodolpho: tio Wellington.
Maria: espera, o Bravo!? O Vice Alpha daqui!? "Eduardo", sabia que eu conhecia esse sobrenome, meu pai já me falou dele, viviam brigando.
Rodolpho: o Alpha diz o mesmo, os três viviam brigando.
Maria: você chama aquele monstro de tio?
Rodolpho: sim, é o pai de Hiure, como eu chamaria?
Maria: ninguém diz que é, o filho de alguém como o Bravo não deveria ser diferente?
Rodolpho: o que esperava? Um brutamontes furioso coberto de cicatrizes?
Maria: e o Bravo não é assim não?
Rodolpho: não, tio Wellington é menor do que eu.
Maria: inacreditável.
Rodolpho: você não viu os dois perto um do outro, você entenderia.
Maria: eu só ouço histórias do Bravo e do Loiro, nunca vi nenhum deles pessoalmente, até porquê eu sou de uma alcatéia rival, só tô aqui pois é seu dia.
Rodolpho: fica calma aí, apesar de muitas especulações, os dois sempre foram solícitos com os novatos estão sempre ajudando, a época dos conflitos acabou e ao contrário do pai dele, tio Renato é mais calmo e menos severo, então tá tranquilo. Fala sincero e feliz.
Maria: bom, sobre ser severo não posso falar do pai dele, o Alpha é assim também, cobra de todos um bom desempenho, mas ele pode, um monstro daqueles tem que respeitar. Fala em tom de leve riso.
Rodolpho: até porque se não respeitar ele logo dá um jeitinho.
Maria: isso é bem raro, são casos isolados hoje em dia, mamãe diz que era bem pior nos Tempos dos Combates, ele era mais tenso na época, até o velho ele desafiou algumas vezes.
Rodolpho: aí já é doideira, eu não o vejo muito, ele fala uns negócios sem pé nem cabeça quando me vê, os moleques que vivem lá, mas no Norte ninguém pisa.
Maria: ouvi dizer que nenhum lobo põe os pés lá, nem sabem como é aquela parte de Lupina.
Rodolpho: é verdade, eu nunca fui e nem me atrevo, esses monstros são de dar arrepios, sem falar na alcatéia deles, mas já estamos falando muito, vamos festejar né? Fala gargalhando
Maria: claro, foi para isso que eu vim.
Ele então retomou a festa, os dois pareciam irmãos, apesar da aparência enganadora, Maria saia fora de qualquer estereótipo feminino, fez competição de vodka com o lobo a qual venceu, queda de braço a qual empataram com lesão no cotovelo e competição de dardo, os irmãos do meio estavam sentados numa mesa até que o caçula arrastou uma cadeira e se sentou.
Ryan: tá curtindo?
Hiure: parou de beber? Finalmente.
Ryan: esse branquelo me obrigou, eu estaria entornando todas se não fosse esse pé no saco.
Kaique: cala a boca velho, tu tá caindo de bêbado, só fica quieto agora neguin, daqui a pouco nós vamos embora.
Ryan: praga branca. Xinga.
Kaique: demônio negro. Retruca.
Hiure: dá pra parar?
Ambos em uníssono: fica quieto anão pardinho.
Hiure: eu mato!! Grita pulando nos dois.
Se passaram cinco horas de festa, Hiure e os outros já estavam exaustos e foram se despedir do irmão mais velho.
Hiure: Rodolpho! Chamou falando alto.
Rodolpho: eu.
Ryan: tamo vazando.
Rodolpho: já?
Hiure: são quase seis da manhã.
Kaique: até nossa energia tem limite, tô só o pó. Fala rindo levemente.
Rodolpho: que pena, Hiure, eu até tentei, falei bem de tu, mas acho que se você quiser algo vai ter que ter raça, dá seus pulos viado.
Hiure: se não for difícil não vai valer a pena. Fala sorrindo arrogante.
Ryan: que frase de efeito é essa? Não pega nem vento, vai pegar aquela loba, duvido?
Hiure: pegar? Eu não me contento com isso, quero só pra mim, não sou um brinquedo pra ter alguém só as vezes.
Rodolpho: olhando bem, até que vocês dariam um belo casal, teimosia dos dois lados, cabeça dura, violência desmedia e são dois anões, as brigas iam ser de cinema.
Ryan: e onde está a loba que vai domar esse lobo de rua?
Rodolpho: lá dentro, tá conversando com a minha mãe.
Hiure: queria ver aquela garota mais uma vez pra guardar bem na memória.
Ryan: nada disso, temos hora. Diz o arrastando pelo pescoço.
Kaique: vamos gente?
Todos se despediram e os três irmãos voltavam para suas casas, na volta Hiure quis passar num território vizinho.
Hiure: bora dar uma volta no Leste?
Kaique: que?
Hiure: dar uma passada lá.
Ryan: tá quase amanhecendo, não inventa merda agora.
Hiure: vamos logo porra, nós vivemos indo lá, bora.
Os mais velhos reviraram os olhos, mas acabaram aceitando o pedido do caçula, o território Leste era o maior, os lobos de lá são conhecidos por sua força e violência, caminharam pelas ruas e já iam voltando para o Sul quando eles encontram com dois lobos de lá.
Lucas: olha só primo, lobos da alcatéia do Sul. Diz rindo.
Rodrigo: estão longe de casa.
Ryan: nós só viemos dar uma volta, já estávamos indo embora.
Lucas: tão rápido, fiquem para o show. Diz estalando os dedos.
Ryan: nós não queremos problemas.
Hiure: para com isso, Ryan, não estamos fazendo nada de errado, não vamos abaixar a cabeça não!! Briga com o irmão.
Rodrigo: baixinho bravo, não acha, primo?
O comentário irrita o jovem lobo que serra os dentes.
Lucas: é mesmo, pera, já vi vocês antes, vocês não são aqueles moleques que visitam o vovô?
Kaique: isso, estamos sempre vindo aqui, os tios de vocês nos conhecem a muito tempo.
Rodrigo: chegamos tem algumas semanas, só os vimos uma vez, titio falou que vocês são bons de briga.
Kaique: não mentiu, sabemos como quebrar o focinho de um otário. Fala arrogante e o olhando no olho.
Ryan: Kaique se controla. Alerta calmamente.
Os dois dão as costas para os três irmãos.
Lucas: tá meio tarde pra uma briga, mas já que estamos aqui... Diz se virando com um olhar estranho.
Antes que notasse o lobo já havia recebido um chute no rosto, Rodrigo vê o primo cair do seu lado e fica surpreso.
Ryan: HIURE!!!
Hiure: que foi? Era ele ou nós, nem fudendo que eu vou apanhar pra novato.
A briga começa, de repente virou uma pequena guerra, Ryan era o mais rápido, desviava da maioria, mas carecia de força pra um nocaute, já Kaique era o oposto, não era muito veloz, mantinha uma guarda alta bem fechada e soltava poderosos golpes.
Ryan: isso não vai dar bom. Fala de costas para o irmão.
Kaique: já que começamos, vamos terminar, aliás, olha só pra ele.
O caçula era o perfeito equilíbrio entre os dois, desviava de um e golpeava o outro num instante, mas as coisas fogem do controle quando passos são ouvidos, de repente estavam cercados, os três foram encurralados.
Ryan: e agora, alguma idéia dos gênios da luta?
Ambos em uníssono: cala a boca e bate.
A briga foi generalizada, eram mais de oito contra três, eles até tentaram, lutaram com garra, aguentaram por um certo tempo, mas Ryan foi ao chão com um cruzado de direita, Kaique se distraiu com o irmão, foi erguido por um e recebeu um pontapé no peito, desmaiou, Hiure teimou em cair, mas os dois do começo cercaram ele, um soco na costela tirou a concentração, um chute atrás da perna o colocou de joelhos, ele ergueu os braços, mas foi inútil, uma sequência de socos mandou sua consciência para o espaço, a noite acabou com os três levando uma surra e voltando um apoiado no outro.
Ryan: vocês tinham que abrir essas bocas não é?
Kaique: fala isso não, a briga foi boa.
Hiure: eu tô cego do olho direito, braço trincado e acho que o meu ouvido tá escorrendo.
Ryan: tá sim, quatro costelas e três dedos.
Kaique: luxação no ombro e um pé quebrado.
Hiure: mas a briga foi boa.
Kaique: é. Comemora zonzo.
A comemoração quase derrubou os três.
Ryan: para aí porra, desse jeito não vamos chegar nunca.
Hiure: ninguém fala disso com titio.
Kaique: estamos todos fodidos, ele vai notar.
Hiure: ombro volta para o lugar fácil, um braço trincado da pra disfarçar.
Ryan: costelas e pé também?
Hiure: um ou dois dias são o suficiente.
Kaique: para um alpha, nós vamos precisar de uns cinco, não compare.
Ryan: não comecem a brigar!
Kaique: ele que começou.
Hiure: cala a boca!
Kaique: cala a boca você!!
Ryan: puta que pariu!!!!
Eles conseguem chegar em suas casas, Ryan e Kaique dividiam uma, já Hiure morava com o pai, ele entrou o mais quieto que pôde, mas foi inútil, seu pai o aguardava no escuro da sala.
Hiure: caralho!! Que susto, pai, o que tá fazendo?
Wellington: te esperando desde a meia noite.
A resposta trouxe a memória para o lobo, de fato havia prometido chegar cedo em casa.
Hiure: foi mal, pai, me empolguei com a festa.
Wellington: com a festa, ou com uma convidada?
Hiure: um pouco das duas coisas? Responde em tom de humor.
Wellington: não estou brincando!!
Hiure: tá, eu vacilei, fazia tempo que eu e os moleques não nos divertiamos, só quis aproveitar o tempo.
Wellington: mas diferente deles você tem obrigação a cumprir, Hiure, sabe disso, você não pode sair e voltar com o sol nascendo como se não houvesse o amanhã.
Hiure: eu sei.
Wellington: parece que não, eu gosto da amizade de vocês, mas eles são diferentes de você, não tem a responsabilidade que você tem.
Hiure: fardo você quis dizer. Balbucia.
Wellington: como é?
Hiure: nada, posso ir tomar banho? Pergunta já se retirando.
Wellington: o que houve com você?
Hiure: o que?
Wellington: não brinque comigo, tá todo arrebentando, se meteu em mais uma briga!?
Hiure: não foi assim.
Wellington: e como foi? Por acidente sua mão encontrou o rosto de alguém?
Hiure: foi um mal entendido, eu teria  vencido se não fossem tantos.
Wellington: é pra isso que eu te treino? Brigas de rua e baderna, as artes marciais são isso pra você!?
Hiure: você me ensinou a lutar e quando luto você não gosta!
Wellington: te ensino a lutar pra você se tornar um lobo forte e responsável, não para uma rinha.
Hiure: você lutava quando tinha a minha idade!!
Wellington: eram outros tempos, estávamos em guerra, dê graças aos Ancestrais por você não saber o que é isso!!
Hiure: qual a diferença entre mim e você!?
Wellington: eu não tinha a carga que você tem, eu não tinha nada, mas você tem, um dia tudo o que eu construí vai ser seu, o que pretende fazer? Diz, o que pretende? Diz alguma coisa!!
Hiure: eu não sei!!! Não pedi por isso, não pedi por um império, ou fortuna, você me impôs isso como maldição.
Wellington: muitos gostariam de ter um décimo do que você vai herdar e fariam dez vezes o seu esforço por isso.
Hiure: então que pena que eu sou sua única opção, você tem tempo, faz outro filho, mas dessa vez faz um perfeito, tipo você, responsável, poderoso, nunca erra, vai lá, pago pra ver alguém suportar isso melhor do que eu.
Wellington: por que eu precisaria de outro se tudo o que é necessário está aqui, bem na minha frente?
Hiure: por que eu não sou o que você quer, você vê a sua continuação, eu sou mais do que isso, sou mais do que só seu filho.
Wellington: não pode continuar assim, nunca irá crescer se continuar fugindo das responsabilidades, vai ter que crescer um dia, cedo ou tarde vai ter que se tornar adulto.
Hiure: eu já me tornei, desde os onze, não lembra? Foi quando tudo mudou.
Wellington: não foi fácil pra nenhum de nós, mas precisamos seguir em frente, você já esta quase completando dezesseis anos.
Hiure: é difícil seguir em frente quando o único apoio que você tem ficou no passado!! Impõe dando as costas.
Wellington: Hiure volta aqui, Hiure Eduardo eu estou falando com você!!!
Os gritos foram inúteis, o lobo se jogou numa ducha fria, com a garra ele cortou o inchaço para retirar o sangue preso, o chão logo ficou rubro, ele se apoiou na parede, rosnava de raiva, saiu de toalha e se jogou na cama, arremessou a toalha no gancho do banheiro e pegou o telefone, procurou pela garota nas redes sociais, sem sucesso, apenas largou o telefone e foi dormir.
Na manhã seguinte, os irmãos debateram sobre o que fazer quanto ao incidente da noite anterior,
Kaique: ele vai ficar puto.
Ryan: nós nos entendemos com ele depois, olha pra nós, levamos uma surra atoa.
Kaique: por mim nós voltávamos lá e dávamos o troco.
Ryan: ou você quer outra surra ou uma guerra, não tô afim de nada disso.
Kaique: tá certo, pensando por esse lado, tá, vamos contar.
Eles dois então foram até o Alpha, bateram na porta da mansão, era moderna em tons brancos com carros de luxo na fachada, iam bater.
Renato: podem entrar. Grita.
A voz não parecia ter vindo do mesmo andar.
Eles entram e vão subindo as escadas, encontraram o Alpha no escritório no terceiro andar, ele se servia de um vinho caríssimo.
Renato: e aí meninos, o que vocês tem pra hoje?
O Alpha era Renato, conhecido como Loiro, era um homem de 43 anos, tinha 1,75 de altura, numa estatura magra, usava cabelos até a altura dos ombros, já eram sem brilho, usava um cavanhaque por fazer, vestia blusa de mangas compridas azul marinho, usava bermudas jeans escura na altura do joelho, a parte abaixo do joelho esquerdo ele não tinha, hoje ele usa uma prótese de madeira com metal, ele se senta na cadeira e aponta duas para os dois.
Kaique: é que aconteceu uma parada.
Renato: tem haver com os seus ferimentos?
Ryan: é, é sobre isso mesmo.
Renato: o que houve?
Ryan: foi ontem de madrugada, nós estávamos voltando do aniversário de Rodolpho, aí passamos no Leste.
Renato: no Leste? Pergunta com leve tensão na voz.
Kaique: Hiure pediu, não vimos problemas nisso, mas aí encontramos com uns lobos e...
Renato: e começaram uma briga.
Ryan: foi tudo derrepente, não fomos lá pra isso.
Renato: e Hiure, ele sabe que estão aqui?
Kaique: ele nunca iria dizer nada para você, mas foi isso que aconteceu.
Renato: vocês fizeram bem em contar, hoje mesmo eu vou ver isso, obrigado.
Kaique: de nada, com sua licença.
Ryan: até Alpha.
A noite veio e com isso o lobo se prepara para sair, toma sua capa e vai ao encontro de outro Alpha, ele caminharia sozinho por um território que não lhe pertencia, assim ele fez, alguns lobos tentaram barrar sua entrada.
Mário: nem mais um passo, perna de pau.
O Alpha deixa escapar um largo e convencido sorriso arrancado pelas palavras do lobo a sua frente, ele continua sua caminhada e o lobo simplesmente não fez nada, nem um soco, se quer uma ameaça, Renato apenas gargalha e foca sua visão na mansão que ele entraria.

          
                     Continua...

Novo projeto, espero que tenha melhorado, se você leu a primeira versão, me diz o que achou nós comentários.

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