Um mês se passou, os três irmãos treinaram arduamente, Rodolpho por fim voltou para o acampamento que estava indo muito bem, os povos aliados foram de inestimável ajuda, Bryan como sempre era severo e competente, Maria com toda a certeza não era à mesma, Heitor evoluía constantemente, tudo ia bem, na chegada do irmão mais velho, os demais comemoravam com gritos e assobios, as informações foram dadas ao Coronel e por fim ele foi ver sua família, todos haviam se reunido no alojamento dos pais de Rodolpho, ao chegar ele recebe abraços apertados e longos.
Rodolpho: como é bom estar de volta. Fala contente.
Rosana: que bom meu filho, senti tanta falta. Fala o abraçando apertado.
Jocimar: é muito bom que esteja de volta filho. Fala estendendo a mão.
Rodolpho: obrigado pai. Fala retribuindo o gesto e o abraçando.
Pablo: o bom Medeiros a casa retorna.
Rodolpho: como foi ser oficial?
Pablo: complexo, mas não tão difícil.
Rafael: mentira, ele ficou exausto com tanta reunião e planejamento.
Rodolpho: sabia! Fala gargalhando.
Priscila: e eu? Não ganho mimo?
Rodolpho: claro que sim, é nossa princesa cirurgiã. Fala a abraçando e pegando no colo.
Um jantar foi feito, todos riam e gargalhavam, em momentos como estes que eles esqueciam tudo de ruim e focavam no que havia de bom pra viver.
Na casa de Hiure se ouvia gritos e gargalhadas gostosas de ouvir, Hiure corria atrás de Italo que corria do pai.
Hiure: lobinho, vem aqui colocar essa fralda!
Italo: não! Grita rindo.
Hiure: você está com tudo de fora garoto!
Italo ria com o desespero do pai, até que ele cansou e se deixou ser pego.
Hiure: bunda de fora pinto de fora, é um selvagem!? Fala rindo.
Italo então imita um lobo e finge estar rosnando para o pai que terminou de colocar a fralda.
Hiure: é um lobo! Tenho que fugir! Fala o pondo no chão e correndo.
O pequeno correu atrás do pai rindo e uivando e o pai fingia medo, depois de toda aquela brincadeira eles dois se jogam na cama, Italo estava ofegante e Hiure fingia estar cansado.
Hiure: lobinho, você cansou o papai.
Italo: eu tô rápido.
Hiure: rápido mesmo! Igual a um lobo. Fala rindo.
Italo: papai eu quero a mamãe.
Aquelas palavras surpreendem o jovem alpha, foram completamente inesperadas.
Hiure: será que ele se lembra? Indaga a si mesmo.
O jovem alpha disfarça a tensão com um riso e pega o filho no colo e começa a brincar com o pequeno que cai na gargalhada e logo é vencido pelo sono, Hiure observa o sono do filho enquanto tenta tirar as palavras dele da cabeça e nisso ele também se deita para dormir, enquanto dormia ele mergulha em sonho, um sonho que ele não tinha há um tempo, ele se vê em seu antigo lar, na garagem de sua casa mexendo no chevelle, Maria de repente surge com duas cervejas pra eles, eles se sentam um ao lado do outro e se beijam.
Maria: tudo bem?
Hiure toma um gole da bebida e olha o dia claro que fazia.
Hiure: sim, tudo ótimo.
Maria: que bom, nossos pais estão vindo aí pra almoçar e comemorar o sexo do nosso afilhado.
Hiure: afilhado?
Maria: Italo.
Hiure: Italo é o nome do meu filho.
Maria: não, Italo é nosso afilhado, sua mãe adorou o nome.
Hiure: mamãe adorou?
Maria: sim.
Nesse momento ambos os pais chegam, logo eles fazem a recepção, Igor e Laiane também chegam, Silvana dá um abraço no sobrinho e em sua esposa, cumprimenta Helmar, abraça Vaneska, ao chegar na nora ela abraça forte e sorrindo e por fim ela abraça o filho, mas o mesmo institivamente abraça mais forte e com extrema necessidade sua mãe se surpreende, mas retribui gesto.
Silvana: está tudo bem filho?
Hiure: só estava com saudades da senhora.
Eles todos entram e começam a comer, o almoço estava ótimo, todos adoraram, mas algo começou a acontecer, Igor e Laiane de repente não estavam mais lá, Wellington desapareceu, em seguida foram Helmar e Vaneska e por fim Maria sobrando apenas Silvana, o cenário do nada mudou, eles estavam num campo aberto, a noite caia, Hiure olhava desconfiado em volta.
Hiure: onde estão todos?
Silvana: se foram, um por um, todos se foram.
Hiure: como assim? Mãe?
Nesse momento Silvana põe a mão no abdômen, o sangue molhava sua mão.
Hiure corre para ajudar, mas antes que pudesse abraçar sua mãe ela some.
Hiure: que inferno é esse!? Grita em fúria.
Uma sombra surge, seis brilhos rubros surgem na escuridão, mas apenas dois se aproximam, Robert surge com um sorriso de satisfação.
Robert: o que achou do meu presente moleque?
Hiure: você tirou tudo de mim!!
Você vai pagar seu merda! Grita investindo.
Robert impede o ataque segurando pelo pescoço o fazendo se debater.
Robert: cedo ou tarde você vai falhar com todos eles, seus irmãos vão perecer na sua frente, sua loba te abandonará, seu pai vai morrer que nem o Loiro e seu filho terá o mesmo destino de todas as minhas vítimas.
Hiure: só por cima do meu cadáver!! Fala se soltando e derrubando o Alpha das Trevas.
As garras do Coronel atravessam o crânio do Alpha das Trevas.
????: arranque a cabeça da serpente e ela morrerá não?
????: e o que fará quando descobrir que é uma hidra, que ao cortar uma cabeça, duas tomarão o lugar?
Hiure fica de pé olhando para onde as vozes vinham, de repente ele saca as garras e salta no escuro, o Coronel acorda repentinamente, suava por todo o corpo, tinha as respiração pesada, ele olha para o pequeno que ainda dormia.
Hiure: papai sempre vai estar aqui pra você meu filho, te amo meu lobinho bagunceiro.
Pela manhã o pequeno Italo acorda mordendo a orelha do pai, Hiure o espera soltar para pular da cama fingindo medo, o pequeno caiu na risada, o lobo pega o filho no colo e o leva para comer, rapidamente o pequeno terminou de comer duas bananas e uma maçã.
Hiure: de lobo pra macaquinho? Fala rindo.
Depois da higiene o Coronel leva seu filho para andar um pouco, eles olharam tudo, viam do ponto mais alto do acampamento, Italo andava de mão dada ao pai, até que ele pede colo pra ver tudo de cima, Hiure rapidamente o pegou e assim que pegou teve uma idéia.
Hiure: se segura forte lobinho.
O pequeno se segurou firme na roupa do pai, Hiure por sua vez saltou do barranco, suas farras cravaram na terra, o que retardou sua queda, ao tocar o chão ele vê seu filho rindo e batendo palmas, assim que o lobo ajusta o olhar ele nota Maria treinando, a mesma nota os dois pelo cheiro, ela se vira e olha nos olhos de Hiure que tinha um olhar de admiração e desejo.
Maria: quer falar alguma coisa, Coronel?
Hiure: tem criança aqui, mas não é como se você não soubesse o que se passa na minha mente.
Maria: o mesmo de sempre. Fala revirando os olhos e dando as costas.
O jovem alpha sente aquilo e também se vira, ao dar o primeiro passo seu filho o olha com rosto confuso.
Italo: papai, não vai abraçar a mamãe?
Ao ouvir aquilo o Coronel paralisa dos pés à cabeça, Maria também ouviu, sem acreditar Hiure tira a dúvida que congelou sua espinha.
Hiure: filho, me mostra onde está a mamãe, dá um beijo nela. Fala o pondo no chão.
Assim que o pequeno toca o chão ele corre de braços abertos na direção de Maria que o pegou no colo e recebeu um beijo no rosto, ambos os Coronéis não sabiam como reagir, com gestos Hiure indica que conversaria com a jovem alpha mais tarde.
Hiure: vamos filho, vamos ver o vovô Bravo.
Italo olha para o pai e depois para Maria.
Italo: já volto mamãe, vou ver vovô Bravo.
Maria: vai lá pequeno. Fala o pondo no chão.
O pequeno correu até o pai que o pegou e o levou até Wellington, uma vez junto do pai, Hiure deixa seu filho com ele e fez gesto que explicaria tudo depois. Pouco depois ele se encontrou com Maria e já foi falando sem rodeios.
Hiure: em primeiro lugar eu quero que você saiba que eu não o ensinei a te chamar assim, ele tem falado de mãe há dias, mas achei que fosse Laiane, nunca esperei por isso... Fala nervoso e agitado.
Maria: calma Hiure, não é errado ele me chamar assim, eu... Eu gostei na verdade.
Hiure: gostou?
Maria: se ele me chamou de mãe significa que ele gosta de mim mesmo não tendo cuidado dele por tanto tempo.
Hiure: que irônico.
Maria: irônico?
Hiure: passamos tempo juntos, separamos voltamos, tivemos seu aniversário, brigamos e agora ele te chama de "mãe", nosso filho. Fala sorrindo.
Maria: sinto por ele, pais separados deve deixar o pequeno confuso.
Tais palavras atingem o Coronel que compreende o peso daquelas palavras, mas logo ele disfarça passando a mão no rosto.
Hiure: tem liberdade de ver Italo quando quiser, vou avisar ao meu pai, se quiser podemos fazer alguma coisa juntos... Por ele.
Maria: vou pensar em alguma coisa.
Eles se despedem e cada um segue seu caminho, ela volta ao treino e Hiure vai na direção da casa do seu pai, quando é surpreendido por Ryan que o para pra falar sobre a próxima reunião.
Em Lúpus Agri as trevas caminhavam livres, trazendo sangue e morte a cada passo dado, Joe estava muito cansado e ferido, lutava constantemente junto de sua filha e os poucos sobreviventes, contando com eles apenas dezenove lobos estavam vivos, Pérola demonstrava fraqueza e exaustão, mas não podia cair ou se quer descansar, pois tiraria o vigor e tenacidade de seus lobos, mas tudo tem limite, seu pai novamente aconselha a filha.
Joe: mais alguns dias e não sei se sobreviveremos.
Pérola: vamos sobreviver com certeza, estamos seguindo como dá.
Joe: não, não estamos, já faz um mês que estamos passando por esse inferno na Terra, a cada semana que passou perdemos mais e mais lobos nos resta apenas dezessete lobos e alguns deles estão muito feridos.
Pérola: nós vamos dar um jeito.
Joe: acabou não tem mais o que fazer, a não ser nossa última alternativa, temos que pedir ajuda dos garotos.
Pérola: não vamos pedir nada! Eles tem os problemas deles e nós os nossos, não vou chamar ninguém!
Joe: filha olhe pra eles, alguns não passam de hoje e tem uma matilha enorme nos atacando todas as noites, a morte é certa, eu posso aceitar isso, para mim, mas em hipótese alguma vou morrer como um merda que não protegeu ninguém.
Pérola: você não vai morrer, não comigo aqui.
Joe faz uma de suas garras da mão direita crescer e faz um leve corte na palma da mão esquerda, o sangue escorreu e ele mostra a ferida para sua filha que fica confusa.
Pérola: não entendi essa.
Joe: nem dessa merdinha eu me curo, nessa noite de luta eu encararei a justiça dos ancestrais.
Pérola estava claramente irritada com a idéia, faria o pedido em completa indisposição e fúria, ela pega o celular de um dos lobos e faz a ligação para Hiure.
No acampamento os dois irmãos continuavam a conversar.
Ryan: agora é só aguardar a reunião e... Fala sendo interrompido pelo toque do celular de Hiure.
O Coronel olhou para a tela do telefone, indicava ser do ES.
Hiure: tá de sacanagem, vai se fuder. Fala desligando a chamada.
Ryan: o que foi?
Hiure: algum trote de presídio capixaba.
Ryan: porra, de longe esse.
Do outro lado da linha Pérola se cobria de fúria.
Joe: o que houve?
Pérola: o idiota não atende! Fala irritada.
Joe: tenta só mais essa vez.
E Pérola ouve o pai e torna a ligar, no acampamento o celular torna a chamar.
Hiure: vou largar tocar sozinho.
Ryan: atende e faz essa merda parar de vez.
Hiure: boa idéia.
O Coronel retira o celular da cintura e atende irritado.
Hiure: escuta aqui seu merda desocupado, se tornar a ligar pra mim eu vou te esquartejar!
Pérola: ligo pedindo ajuda e sou ameaçada?
Hiure: o que!? Como...? O que houve?
Pérola: tô com problemas cachor... itos mortos... edido de socorro... Fala sendo interrompida pela má qualidade da ligação.
Hiure: não te entendi! Fala de novo! Grita ao celular.
A ligação cai devido ao péssimo estado do aparelho que a loba usava.
Ryan: o que foi? Era Pérola?
Hiure: era, acho que ela está com problemas, a ligação estava uma merda, mas ouvi problemas, mortos e socorro.
Ryan: o que vai fazer?
Hiure: vou lá agora! Fala correndo.
Ryan: assim!? Agora!?
Hiure: não tenho tempo pra fazer malas e aquela coisa toda, Italo está com meu pai, vamos! Seu carro está abastecido!?
Ryan: dá pra chegar num posto e abastecer até a boca.
Hiure: vamos agora!!
Os dois correm na direção da floresta, eles passam pelos outros dois irmãos e Kaique se surpreende.
Kaique: onde vão desse jeito!?
Hiure: resolver uma merda enorme, explico em algumas horas!
Depois de meia hora correndo eles atravessam a floresta e dão de cara com o carro de Ryan, a S10 demonstrou sua potência, eles logo abasteceram e seguiram viagem, Rodolpho logo ligou.
Rodolpho: o que está havendo?
Hiure: Pérola está com um problema sério, estamos indo ajudar.
Kaique: por que não chamou a gente?
Ryan: iam mesmo deixar o alpha sem nenhum oficial?
Rodolpho: Pablo ia estar aqui.
Hiure: Rodolpho por favor, ele é forte, mas não consegue, ao menos por enquanto, substituir um de nós.
Kaique: o que faremos por aqui?
Hiure: avisem ao meu pai e apenas para ele, nem em sonho falem disso pra Maria, ela é capaz de me matar.
Rodolpho: lobo de coleira mesmo, tudo bem, mas voltem vivos porra.
Ryan: pode deixar mano. Fala encerrando a ligação.
Os dois irmãos vão avisar ao Bravo o deixando a par de tudo, mas a ausência de ambos cria dúvidas, Maria logo percebe algo errado e logo achou os dois irmãos.
Maria: onde estão Hiure e Ryan?
Kaique: eu acabei de lembrar Rodolpho, Victor disse que ia ter um treino de especialização hoje, fui. Fala abandonando o irmão nessa situação.
Maria logo se volta para Rodolpho que tinha cara de receio.
Maria: fala.
Rodolpho: se eu disser que não posso você promete que bate só no teu boy e não em mim?
Maria: o que Hiure fez?
Rodolpho: admitiu que ainda gosta dele? Fala rindo apontando para ela.
Maria: cala a boca e fala logo!! Fala envergonhada e desviando o assunto.
Rodolpho: eu não posso falar Maju, Hiure só pediu isso.
Maria: para que não contassem a ninguém?
Rodolpho: não, para que não contemos a você apenas, ele disse que você o mataria se soubesse.
Maria não conseguia entender o motivo daquilo.
Maria: quer dizer que ele não confia em mim?
Rodolpho: não é isso Ma...
Maria: tudo bem Rodolpho, se ele quer assim então assim será. Fala irritada e se retirando.
O Coronel não conseguiu continuar a proteger seu irmão pois Maria se negava a ouvir, logo depois disso ele foi visitado por Rafael que chegou segurando objetos desconexos.
Rodolpho: que isso?
Rafael: um presente dos Sacis, mas não me cai bem. Fala pondo tudo na mesa.
Rodolpho: um bastão, uma pena e uma lâmina?
Rafael: são a pena da águia protetora o bastão inquebrável e a lâmina sangrenta.
Rodolpho: e daí? Fala pegando a lâmina e analisando.
Rafael: vovô disse que sozinhos são inúteis, mas juntos os quatro são mais mortais que qualquer fera raivosa.
Rodolpho: mas são três objetos... Espera se unir essa lâmina com o bastão e a pena os dois... Fala montando.
Rafael: uma lança?
Connor: não uma lança qualquer, a lança mais poderosa dos últimos sete séculos, feita de matéria sobrenatural, arquitetada por mestres armeiros do século XIV, foi empunhada pelo próprio Viajante.
Rodolpho: Connor? Isso foi do meu avô, ela é tudo isso mesmo?
Connor: você a montou, venha testar. Fala o chamando para fora.
O Coronel o seguiu, o velho kriegshund sacou seu sabre e arma a guarda, Rodolpho então começa com uma estocada, a mesma teve seu curso desviado, o velho cão desfere um corte vertical, Rodolpho bloqueou com a aste da lança, mesmo sendo de madeira a aste nada sofreu com o golpe, ambos continuaram a trocar golpes, por fim Rodolpho para e olha atentamente para a lança, tinha uma beleza rústica e única também.
Rodolpho: vai ser uma honra usar esta aqui.
Connor: faça bom uso rapaz, faz parte do legado do seu avô. Fala guardando a lâmina.
O Coronel retornou aos seus afazeres, ele analisava o mapa de Lupina para criar estratégias baseadas nele, de repente um lobo entra agitado em seu escritório.
Lobo: Coronel temos problemas!
Rodolpho: calma lobo! O que houve?
Lobo: invasores derrubaram os sentinelas da ala leste!
Rodolpho: mande alguns alphas então.
Lobo: mas senhor, eles derrubaram os alphas também.
Rodolpho se surpreendeu com tais palavras e correu para averiguar, na saída ele tomou sua lança dupla.
Rodolpho: uma última vez amiga.
O Coronel correu até o barranco e nos limites do acampamento ele avista uma confusão generalizada, ele saltou numa queda de quatro metros e assim que tocou pesadamente o chão sua corrida tem início, seus treinamentos lhe deram uma velocidade maior que um campeão olímpico e um vigor várias vezes maior que um maratonista, em poucos segundos ele alcançou os dois e assim que chegou perto ele soltou seu rugido, o que chamou a atenção de ambos, os dois usavam panos nos rostos, eram um pouco maiores que Hiure e tinham olhos gélidos, eles investem, o Coronel simplesmente derrubou o primeiro com um golpe rasteiro da lança, que em seguida foi deixada de lado, o segundo invasor tentou um chute, mas o Coronel capturou a perna do mesmo e o jogou para trás, o primeiro tenta acertar um soco, mas erra completamente, Rodolpho esquivava facilmente dos golpes mal disciplinados de ambos, por fim ele soca um dos dois no abdômen e acerta um chute no rosto do outro e os ergue pelo pescoço, ambos se debatiam, com um dos dedos ele abaixou os panos e se surpreende com o que vê.
Rodolpho: crianças!? Indaga confuso.
Ele os solta imediatamente, ambos caem sentados na terra.
Rodolpho: estão loucos!? O que pensam que estão fazendo ao invadir território de outro!?
????: não invadimos nada, viemos para cá e vocês nos atacaram do nada, só nos defendemos!
Rodolpho: como passaram pela floresta? Está quase de noite!
????: nós nos perdemos algumas vezes, por sorte saimos de lá.
Rodolpho: quem são vocês?
????: me chamo Arthur e ele é Lúcio, somos kriegshund.
Rodolpho: e quem é a menina escondida? Fala surpreendendo os dois.
Lúcio: como?
Rodolpho: a menina que está perto das árvores bem ali. Fala apontando para de trás deles.
Arthur: é minha irmã.
Rodolpho: o que fazem aqui?
Eles chamaram a menina, se chamava Fernanda, era irmã gêmea de Arthur, ambos tinham quase a mesma altura medindo ele 1,76 e ela 1,73, tinham pele parda escura, cabelos pretos ondulados, ele usava corte baixo e ela cabelos longos amarrados em tranças, já Lúcio era um rapaz negro de 1,78 de altura, era relativamente forte, tinha cabelos crespos num corte quase militar e por cima lo lábio ele tinha uma cicatriz de corte.
Lúcio: nossa matilha foi atacada por lobos das trevas, nossos pais e amigos ficaram para trás, somos os únicos jovens, a matilha era pequena.
Arthur: ela é pequena, não estão mortos! Grita em imposição e certeza.
Fernanda: calma irmão, ele não falou por mal.
Arthur: nossos pais nos mandaram para cá, disseram que haveria abrigo aqui, mas não esperávamos encontrar alguém aqui.
Rodolpho: tiveram sorte que fui eu a vir aqui, se fosse meu irmão mais novo ele os quebraria.
Lúcio: também tem irmãos?
Rodolpho: três, sou o mais velho, eu e o segundo somos os irmãos calmos, os mais novos são os raivosos, agradeçam aos Ancestrais por não ter sido um deles a...
Fernanda: a...?
Rodolpho: se abaixem!! Grita para os três.
Todos obedecem e nesse momento um vulto branco salta por cima deles com algo reluzente, ao se levantarem se dão conta que era uma pessoa, um lobo que ostentava uma lâmina asiática.
Kaique: então esses são os invasores!? Belo teste para minhas espadas!
Rodolpho fica a frente dos três e abre os braços.
Rodolpho: pode parar aí Kaique, nem mais um passo.
Kaique: puta merda cara! São invasores! Deixa ao menos eu dar um sacode neles. Pede com tom persuasivo.
Rodolpho: são moleques porra. Fala em tom relaxado tentando acalmar o irmão.
Kaique guarda as espadas e avança ele e Rodolpho entram numa briga que no início parecia séria, mas depois se tornou briga de crianças, até que um rugido os fazem parar, uma figura sobre quatro patas se aproxima vagarosamente.
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Presas e Garras
WerewolfEm uma cidade do Rio de Janeiro chamada Lupina existem quatro alcatéia dominantes, a cidade foi dividida pelos antigos Alphas, na alcatéia do Sul vivem os quatro jovens principais, Rodolpho, Ryan, Kaique e Hiure eram mais do que amigos, verdadeiros...