Após a morte de seu líder, Rodolpho estava furioso com o ocorrido, mas sabia que teria sido um erro ter ficado e lutado contra Robert, com a sua experiência tática ele resolve recuar e obedecer temporariamente ao terrorista, no entanto, decisões haviam de ser tomadas, a alcateia precisava de um líder e apenas um poderia ocupar este posto. O jovem alpha vai até a lápide de Loiro onde se encontrava o lobo que poderia lidera-los, Wellington permanecia imóvel olhando para a lápide de seu velho irmão, sem acreditar no que acabará de acontecer.
Rodolpho: é um inferno o que aconteceu, porém os lobos precisam de um novo líder. Fala sugestivo.
Wellington: então os lidere. Fala revoltado
Rodolpho: até gostaria de pegar alguns soldados e marchar até aquele filho da puta e o fazer sentir a fúria de todos aqueles que ele matou, mas como deve ter percebido, não sou forte e muito menos experiente para isto, tem que ser alguém equivalente ao Loiro e mais brutal. Fala revoltado
O Bravo se levanta e olha Rodolpho nos olhos, sua expressão demonstrava tristeza e revolta.
Wellington: é o meu irmão debaixo desta terra, meu único irmão, eu era o mais velho e por isso... era a minha obrigação proteger ele... E OLHE SÓ O QUE ACONTECEU?!
Rodolpho: nós dois sabemos como é perder aqueles que nós amamos, também não foi fácil de aceitar o destino de minha mulher e filha, mas precisei seguir em frente pela alcatéia, agora é sua vez de aguentar este fardo... Você precisa nos liderar. Fala sincero
Wellington: que tipo de líder permite a morte de seus companheiros?! Como vou liderar uma alcatéia inteira se eu não pude proteger um único homem?!
Rodolpho: se você acha que errou então esta é a hora de reparar o seu erro, faça por nós o que você não pôde fazer por ele, seja o nosso Alpha.
Pede pondo a mão no ombro do Bravo.
Wellington relutante aceita o pedido do jovem alpha, ele então se apresenta não só para a sua alcateia, mas para todas as outras como sendo um novo grande alpha.
Wellington: aos lobos do sul, depois de muita insistência do Capitão Rodolpho, eu decidi que assumiria a liderança e a proteção de todos vocês, a morte de Renato não será esquecida, nós marcharemos sobre nosso território novamente e nos vingaremos daquele maldito, e então, vou por a cabeça daquele desgraçado em minha parede. Fala esbravejando para seus lobos
A alcateia gritava ao ouvir as palavras de seu novo líder, o Bravo transformou dor e sofrimento em pura ira e motivação.
Wellington: e a vocês meus irmãos de guerra, eu juro, a lua de prata irá brilhar para nós outra vez e o que foi roubado será reconquistado. Fala confiante
Os outros Grandes Alpha ouviam atentamente as palavras de um líder convicto.
Helmar: o magrelo chegou agora e já quer sentar na janelinha? Fala dando um leve riso
Victor: mas ele está certo, aqueles territórios são nossos, nossos lares, memórias boas e ruins, enfim, tudo o que temos e somos.
Lois: exato e não vai ser um lobo doentio que vai tirar os lares das minhas amazonas, matar o amor de minha vida e ficar por isso mesmo. Quero vingança! Ninguém vai ficar entre mim e a garganta daquele desgraçado. Fala furiosa
Os Grandes Alphas e seus oficiais de alta classe fazem uma reunião fechada
Felipe: sou só eu ou mais alguém não entende o motivo de ainda não termos ido até lá e arrancado a espinha do Robert?! Fala inconformado
Elizabeth: o motivo meu irmão é muito simples, o maldito Robert está mais louco do que nunca, agora ele usa armas e artimanhas de caçadores, até mesmo seus lobos fazem o mesmo.
Lois: ou seja, o desgraçado deu balas e armas de pratas para todos os seus capachos raivosos e ainda por cima ameaçou a população da cidade, seja ela sobrenatural ou não.
Wellington: o que nos deixou de mãos atadas, eu mais do que ninguém gostaria de ir lá e faze-lo pagar pelo que fez, porém os humanos não merecem morrer por um conflito nosso, Viajante pregava para todos nós que a vida é um direito de todos.
Marcos: que tal melhorar esta frase?! A vida é um direito de todos aqueles que merecem. Diz dando ênfase em sua última palavra
Sofia: Marcos está certo, aquele lobo não merece viver, muito menos em nossos territórios, sou fã de um ataque violento, no entanto sangue inocente não deve ser derramado, por isso, a primeira coisa a fazermos é retirar os humanos da cidade.
Maria: Lupina tem cerca de 680 mil habitantes, como iremos retirar mais de meio milhão de pessoas de uma cidade? Ainda que nós conseguíssemos, iriamos travar nossa guerra na rua?
Rodolpho: e se houvesse um jeito que atraísse Robert para fora? E se pudéssemos trazer a guerra até nós, sem que um só ser humano perdesse a vida... isso seria possível? Fala pensativo
Victor: não temos certeza se ele quer mais alguma coisa, o que ele sempre quis ele tomou, território, poder, seguidores, e o Connor bem longe dele.
Maria: o que o velho tem a ver com isso?
Felipe: além de tudo? Pergunta zombando
Lois: na época da fundação da Alcateia das trevas, Connor foi uma das figuras que realmente trazia medo ao Robert.
Marcos: apenas meu pai e Connor eram capazes de amedronta-lo, o lobisomem e o krigshund mais poderosos do mundo, no entanto, além de medo, Robert sentia ódio por Connor, já que era o único cão que Robert não conseguiria matar, portanto a presença de Connor representaria uma extrema oposição e resistência contra a loucura de Robert.
Rodolpho: eu vi de perto um pouco do poder do coroa, mas ele não está um pouco... velho demais? Fala um pouco duvidoso
Wellington: Pelo branco tinha 70 anos, e mesmo assim era mais forte do que qualquer um presente nesta sala, saiba que o Connor está no mesmo patamar.
Maria: mas o velho está no Amapá.
Wellington: na verdade o cão velho Connor está dando abrigo para os demais Capitães e meu neto, assim como também os está treinando.
Maria: eu não sabia disso, se eles estão todos juntos, basta comunicar um dos garotos e os chamar de volta.
Rodolpho: ótimo plano, só tem um probleminha, imagino que eles estejam em um lugar com péssima rede, o que dificulta a comunicação via satélite.
Maria: vamos mandar cartas então? Fala com desdém
Helmar: o melhor que podemos fazer é aguardar, se o velho está treinando-os, então eles voltarão uns monstros, por enquanto, vamos nos focar em planejar o nosso contra-ataque.
Sofia: eu e minha irmã podemos ser instrutoras de combate, para as mulheres, apenas.
Lois: situações extremas pedem medidas extremas minha irmã, amazonas e homens terão que treinar, viver e lutar lado a lado daqui pra frente.
Wellington: não podemos ficar aqui por muito tempo, não sabemos até que ponto a ganância do Robert pode ir, vamos nos afastar um pouco mais e garantir a segurança das alcateias.
Victor: é um bom plano Bravo, faremos um acampamento para treino, todos serão arduamente treinados e ensinados dias e noites.
Helmar: partiremos amanhã pela manhã, o foco é achar um lugar com vegetação e com caça abundantes e principalmente que seja de difícil acesso.
Lois: todos de acordo com o plano de Helmar? Pergunta em voz alta.
Todos concordam com o plano, pela manhã todas as alcatéias marcharam indo em direção a um abrigo temporário que lhes oferecerá condições para viverem e treinarem temporariamente.
Já no norte do país os três Capitães e o velho Connor não tinham noção do ocorrido, os três estavam treinando pesado com o veterano.
Connor: vamos garotos, mais força, mais rápido, vamos. Fala incentivando os jovens.
Ryan treinava sua força, fazia supino com 750 Kg, para fortalecer seu corpo para combates, Kaique tentava se controlar enquanto lutava com Hiure, o mesmo usava tornozeleiras de 150 Kg em cada perna, de pouco a pouco cada um dos capitães evoluiu e progrediu em áreas que antes fracassavam.
Se passam duas semanas Kaique já se controlava muito mais do que antes, Ryan já erguia 820 Kg e Hiure era capaz de alcançar 60 Km, Connor se alegrava com o desempenho de seus alunos, no entanto, ainda faltava parte do caminho, o progresso deles indicava que estavam motivados a não só evoluir para essa luta, mas sim para a vida toda, porém mesmo treinando arduamente dia e noite, Hiure não tirava da cabeça o que descobriu sobre o envolvimento de Salazar no ocorrido com sua mãe, ele o culpava por tudo de ruim que havia acontecido, mas sempre que tocava no assunto Connor o mandava se concentrar e parar de falar, como se não quisesse ouvir falar sobre o assassino, causando estranhamento em todos os Capitães. Nas semanas que se passaram o velho Connor impedia os jovens cada vez mais de sair.
Hiure: velho, o que está acontecendo? Preciso comprar fraldas e mais um monte de coisa para o meu filho, por que não podemos sair?
Kaique: o nanico está certo, faz muito tempo que não saímos, bora comer um churrasco, tomar uma cerveja, fazer alguma coisa. Fala sugestivo
Connor: NÃO!!! Responde irritado.
Ryan: por que não? Por algum acaso estamos tendo problemas? Pergunta confuso
Connor: vocês não podem parar de treinar, o foco tem que ser por inteiro. Fala rígido
Hiure: estamos trancados aqui faz duas semanas, Ítalo está ficando estressado e enjoado, precisamos dar uma volta... nem que seja por 20 minutos. Fala negociando
Connor: NÃO!!!
Ryan: o que está acontecendo coroa? Saímos na primeira semana, comemos e bebemos, e agora está nos prendendo, qual a diferença da semana passada para esta? Fala cheio de insinuações.
Connor: está bem, escutem aqui! Desde a fuga do Salazar vários caçadores tem aparecido por aqui, não sou reconhecido, pois não possuem ideia de como estou hoje em dia, no entanto, eles marcaram todos vocês, toda aquela confusão envolvendo vocês e os caçadores nos galpões deles repercutiu, são poucos dos caçadores que não conhecem o rosto de vocês, ouvi dizer que tem chance deles trazerem os guardas dos Tártaro.
Kaique: você por algum acaso está se referindo aos cães do inferno? Achei que eles não pudessem deixar o Tártaro, aquele lugar não está cheio de maníacos sobrenaturais?
Hiure: maníacos presos e sendo torturados! Salazar é aquele que mesmo nessas condições, conseguiu fugir desse Inferno, farão de tudo para pegar o motivo da vergonha deles.
Connor: exatamente, os cães do inferno são literalmente um esquadrão insano sobrenatural de extermínio, a possível presença deles é algo que devemos nos preocupar.
Ryan: velho, você só tem que se lembrar que não somos betas nem alphas comuns, somos parte da elite da alcatéia de um Grande Alpha e não só isso, fomos treinados.
Todos então decidem sair, mas mantendo a cautela e os sentidos apurados, a cidade em nada mudou, porém Connor parecia um tanto preocupado e vigilante mais do que qualquer um, eles decidem voltar a mesma churrascaria da ultima vez, pagaram pelo rodízio, se alimentaram e riram bastante na ocasião, no entanto o velho cão se mantinha em alerta, até que Kaique resolve perguntar o motivo dele estar desse jeito.
Kaique: ei velho, parece que viu um fantasma, vai beba alguma coisa, se diverte com a gente. Diz estendendo um copo de bebida.
Connor repentinamente olha para Kaique como se estivesse levado um susto.
Ryan: calma velho, está certo que temos que ficar atento, mas você está exagerando.
Connor: vocês não têm noção do perigo que vocês estão correndo, a cidade está cheia de cães do inferno. Diz severo.
Hiure: está ficando gagá velho? Não senti nenhum cheiro esquisito.
Connor: o cheiro deles são o mesmo de cães comuns.
Ryan: se é assim, como você conseguiu farejar?
Connor: não os notei pelo cheiro fiquei atento a alguns sinais.
Kaique: que tipo de sinais coroa?
Connor: muitos forasteiros na cidade e muitos cães de rua.
Ryan: não entendi! Quais são as relações entre os forasteiros e os cães de rua? Em todos os lugares possui cães de rua.
Connor: já viu cães de rua coberto de cicatrizes e olhos brilhantes?
Nesse momento Hiure olha para a porta da frente da churrascaria e vê um homem de aparência rígida e séria jogar um pedaço de carne na calçada, rapidamente três cães de rua iniciam uma briga pela carne, o homem simplesmente os olha e sussurra para que parem e para a surpresa do jovem alpha todos os cães param repentinamente de brigar e levam a carne para longe dali, mas antes que desaparecessem Hiure notou os sinais mencionados por Connor, todos eram grandes, cobertos de cicatrizes que provavelmente deveria sido feitas um chicote e com olhos azuis brilhando, Hiure estava com uma postura completamente abismada.
Hiure: vamos sair daqui agora. Fala baixo, porém sério.
Todos entendem e saem do estabelecimento, a casa de Connor ficava um pouco distante da churrascaria, em uma parte do caminho não havia muita iluminação, todos então para de caminhar, uma brisa fria passa por eles assoviando, Kaique olha em volta sem se mover muito, Ryan farejava o ar, Hiure institivamente segura Ítalo mais firme com o braço direito e saca as garras com a esquerda, seus instintos não mentiram, atrás deles estavam os mesmo três cães de rua, porém, pareciam estarem maiores e em seus pescoços estavam grossas correntes metálicas sendo seguradas pelo mesmo homem da churrascaria, os cães nada faziam além de manter os olhos ferozes nos rapazes, até que o homem fala algo que nenhum dos jovens alphas entende, mas assim que falou os cães começaram a latir, rosnar e babar em fúria.
????: parece que eu achei uns lobos bem famosos do Rio, eu procurava pelo fugitivo, mas levar vocês quatro vai me dar pontos com o General.
Kaique: você deve achar que ficaremos submissos, mas saiba que ninguém aqui irá para o Tártaro. Fala sorrindo.
Hiure entrega seu filho ao velho Connor, este o segurou firme em proteção.
Connor: não olhe para lá meio quilo, olhe para o vovô cachorro velho. Fala chamando a atenção de Ítalo.
Hiure: leva ele daqui, não vamos demorar.
Caçador: peguem eles! Fala soltando os cães das corretes.
Um dos cães saltou em ataque contra Ryan, que rapidamente se transformou na forma lupina, um lobo e um cão brigando de forma selvagem, o jovem alpha morde o pescoço da fera e a joga contra uma parede, mas seu ataque não para, ele salta por cima do cão do inferno e começa a arranhar seu tórax, o outro cão conseguiu derrubar Kaique que segurava a boca dele afim de impedir suas mordidas babadas e selvagens, ele então chuta a fera e salta por cima dela e aplica um soco direto no focinho lhe arrancando alguns dentes, mas o cão não se deixa levar e ataca Kaique o levando novamente ao chão, a fera então desfere outra mordida, o jovem alpha não teve tempo de segurar, ele apenas pode pôr seu antebraço direito na frente levando a mordida, o cão do inferno não parava de mastigar o braço do rapaz, o ultimo tentou morder a perna de Hiure que simplesmente saltou e desferiu um chute de karatê na nuca do monstro, que novamente tenta atacar, mas Hiure desfere um gancho que quebrou o maxilar do cão do inferno, um chute quebrou o ombro da fera, Ryan mancava levemente de uma pata, perto do pescoço estavam arranhões profundos e mordidas que seriam letais, em sua boca estava o pescoço do monstro já morto, Kaique estava de pé, do seu braço escorria muito sangue, ele segurava o cão pela cabeça, até que o mata esmagando o crânio, Hiure tinha um rasgo na camisa e sangue no peito, a criatura havia perdido alguns dentes, seu maxilar pendia morto, a fera avança feroz, mas Hiure chuta o crânio do monstro com o calcanhar, o cão do inferno estava no chão coberto do próprio sangue, Hiure o segura pelo pescoço e pelo quadril, o ergue acima da cabeça e choca a coluna da fera contra seu joelho a quebrando ao meio, ele então a segura pelo pé e a choca contra uma parede, os três alphas olhavam sérios para o caçador, suas feridas já estavam sumindo, o caçador simplesmente corre assustado, eles o deixam ir, os irmãos o deixam ir e voltar a seguir seu caminho original.
Ao chegarem na casa são recebidos por Connor que estava muito irritado, sua expressão não era nada boa.
Hiure: por que esse cara velho? Pergunta num tom orgulhoso.
Connor: eu falei mil vezes e o que vocês fizeram!? Merda como sempre!
Kaique: calma lá coroa, foram só uns cães, nada demais para nós. Fala com arrogância.
Connor: e o carcereiro? O que fizeram? Pergunta ponderando.
Ryan: o covarde fugiu feito um gato assustado. Fala rindo.
Connor: não mataram o carcereiro!!?? Pergunta revoltado.
Hiure: ele fugiu, o que podíamos fazer?
Connor: caçar ele!!! Grita.
Kaique: calma velho. Pede assustado com o tom do Connor.
Connor: tem noção do que fizeram!? Agora eles virão caçar vocês!
Ryan: e qual é o problema?
Kaique: faremos o que sempre fizemos. Fala olhando pra Hiure.
Hiure: acabaremos com todos que vierem contra nós. Fala firmemente.
Na mansão todos acordaram cedo, eram cinco da manhã e todos já estavam de pé, na reunião dos Grandes Alphas e de seus oficiais.
Lois: e pra onde iremos?
Wellington: meus lobos precisam de respostas e um rumo a seguir.
Victor: não podemos ir para muito longe, precisamos ficar por perto pra nos manter informados.
Felipe: simples, os Morros dos três irmãos.
Sofia: aquele lugar deve estar aos pedaços. Fala estranhando a ideia.
Rodolpho: que lugar é esse?
Marcos: é um lugar que papai e o seu avô nos levavam para treinar, foi lá que viramos monstros.
Maria: onde fica?
Elizabeth: em Minas Gerais, é um lugar único.
Wellington: Morros dos três irmãos então, mas como chegaremos? Tenho carro para os meus lobos apenas.
Maria: seria melhor se usássemos caminhões. Fala brincando.
Victor: não é má ideia, uns trezentos ou quatrocentos seriam o suficiente.
Helmar: cem ficam ao meu critério, calculo uns cinco milhões gastos, não vai ser problema. Fala arrogante.
Victor: digo o mesmo. Fala rígido.
Lois: nem preciso dizer nada.
E assim foi feito, todos começaram a se preparar, os Grandes Alphas faziam ligações para executar suas compras, mas foi fácil resolver isso, já Rodolpho pesquisava em mapas e na internet sobre a localização dos morros, mas apenas passava raiva, não encontrava nada, Wellington chega perto rindo levemente.
Wellington: você está puto. Fala rindo.
Rodolpho: procurei feito um doido, sou ótimo com mapas, mas parece que esse lugar nem existe.
Wellington: os morros são completamente sobrenaturais, nenhum não sobrenatural é capaz de se quer entrar nele, por isso não é catalogado.
Rodolpho: como assim?
Wellington: nevoas densas que tornam o senso de direção ineficaz dos não sobrenaturais, campos eletromagnéticos que tornam bussolas e outros instrumentos inúteis, sem falar nas feras que vivem por lá, desse jeito apenas nós conseguimos nos mover e também nos fortalecer.
Rodolpho: parece o tipo de lugar que meu avô iria. Fala sorrindo levemente.
Depois de horas eles se aprontam e vão em direção ao que eles futuramente chamarão de lar, Maria se irritava com seu celular, Vaneska chega calmamente analisando.
Vaneska: alguém vai destruir o celular. Fala se aproximando da filha.
Maria: estou tentando falar com ele faz semanas e nada dele receber chamada alguma. Fala irritada.
Vaneska: já pensou que ele pode estar assim também? Calma minha filha, tudo vai ficar bem. Fala a abraçando.
Maria: sinto falta dele.
Vaneska: eu sei, todos nós. Fala dando um beijo na cabeça da filha.
Depois de passar um tempo conversando com a mãe, Maria vai conversar com Rodolpho, o mesmo se servia de tequila, ele então serve um copo para ela.
Maria: eu prefiro cerveja colmeia. Fala olhando para o copo.
Rodolpho: por que será? Pergunta sarcástico.
Maria o olha por baixo com um leve sorriso de quem foi pega.
Rodolpho: também sinto falta deles, você então, deve estar louca. Fala em tom malicioso.
Maria: para seu bobo. Fala dando um leve tapa nele.
Rodolpho: compreensível, mas falando sério, ele vai enlouquecer com tudo isso.
Maria: como ele vai saber do acampamento?
Rodolpho: eu já criei um código, deixei uma mensagem no túmulo do tio Renato.
Maria: mas como ele vai chegar aqui?
Rodolpho: a cidade está um caos, esse é o único lugar que estaríamos.
Maria: tem lobos das trevas por toda a cidade.
Rodolpho: não será problema para eles.
Eles então partem rumo ao acampamento.
No Tocantins os jovens treinavam pesado, os cães do inferno atacavam constantemente, as lutas eram sempre violentas e banhadas em sangue, seus desenvolvimentos eram incríveis, todos fizeram testes de força, Ryan era capaz de erguer 900 Kg, Hiure erguia 1300 Kg e Kaique erguia 1500 Kg, estavam fortes como nunca, Connor se alegrava com isso, eram a prova de sua competência e do esforço deles, num dia ele decide ver de perto o treino de Kaique, o mesmo se mantinha na Crinos, mas ele sempre demonstrava dificuldade.
Kaique: desisto, é muito difícil, é como contrair um musculo. Fala em tom cansado.
Connor: você tem que ter força de vontade, ou não vai conseguir.
Kaique: não, não dá mais, eu sei que não tem jeito, eu tenho certeza, preciso dar um tempo, a crinos não é pra mim! Fala exausto.
Connor: então faremos diferente, ao invés da crinos, que tal você usar a glabro avançada? Já tentou?
Kaique: poucas vezes, nunca controlei bem.
Connor: pois tente, acho que uns 35% devem ser o suficiente para te ajudar.
Kaique: assim? Fala se transformando.
Connor: só mais um pouco.
Kaique perde o controle e vai para a crinos.
Kaique: merda! É mais difícil ainda! Grita com raiva.
Connor: cada transformação tem três fases, exceto a lupina e humana, regredida, perfeita e avançada, a perfeita é a mais fácil de conseguir, mas as outras duas não são assim, você tem que parar a metamorfose num ponto específico, é como tiro ao alvo, tem o momento e a ação certa.
Kaique: fácil não vai ser, mas quem não arrisca não petisca, vou com tudo! Fala confiante.
Connor: continue assim. Fala batendo no ombro do jovem lobo.
As quatro alcatéias chegam em seu destino, os caminhões foram deixados numa distância de 7 Km do acampamento, uma floresta os impediu de avançar com os veículos, assim que eles adentram a floresta que era um pouco pantaneira com uma névoa densa.
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Presas e Garras
WerewolfEm uma cidade do Rio de Janeiro chamada Lupina existem quatro alcatéia dominantes, a cidade foi dividida pelos antigos Alphas, na alcatéia do Sul vivem os quatro jovens principais, Rodolpho, Ryan, Kaique e Hiure eram mais do que amigos, verdadeiros...