Viagem

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Rodolpho cumpriu o juramento e voltou na noite seguinte, não falou nada sobre o que fez ou sobre aonde ele foi, apenas falou para eles irem pela manhã.
Kaique: não dá pra ser pela tarde não? Meu carro chega às oito.
Hiure: carro? Não disse que comprou outro e o civic?
Kaique: eu vendi, o novo é bem melhor. Fala com orgulho.
Rodolpho: nós vamos dar o veredito, falou?
Maria: o que você acha, amor, moto ou vou com você?
Hiure: comigo vai ser mais econômico, além disso podemos fazer o pirralho ficar constrangido. Fala fingindo maldade.
Ryan: vocês não valem um centavo.
Hiure: eu não valho um centavo, já ela vale mais que minas de diamantes e as montanhas acima delas.
Kaique: é tão meloso que até eu corro risco de ter diabetes.
Maria: e vocês dois? Vão ficar sem coleira até quando?
Hiure: até o dia da morte deles, quem quer essas coisas de rua?
Kaique: olha a audácia desse filho da...
Hiure: loba.
O casal voltou para casa, já depois da janta, Hiure começou a falar discretamente sobre se mudar.
Hiure: vai ser legal pegar a estrada, ver lugares novos.
Maria: verdade, vários cenários.
Hiure: até mais belos que os daqui.
Maria: diferentes sim, melhores nem tanto.
Hiure: tem a culinária também, nem adianta dizer que é apenas difere.
Maria: concordo, mas qual o motivo de você estar falando disso.
Hiure: faz tempo que não pego a estrada.
Maria: a última vez foi...
Hiure: para. Só tava pensando que poderíamos fazer uma viagem, só nós, uma cidade calma de interior, clima mais chuvoso do jeito que você gosta, o que acha?
Maria: você fez alguma merda?
Hiure: oi? Tá doida!? Não fiz nada.
Maria: você odeia chuva e tá todo romântico, fez alguma coisa.
Hiure: eu sempre sou romântico.
Maria: mas o tom está diferente, você tá fedendo a ansiedade e nervosismo.
Hiure: só pensa nisso tá bom morena? Diz a beijando na testa.
Nessa noite choveu muito, os relâmpagos cortavam o céu, por instinto, Hiure abraçou Maria apertado como se a protegesse de qualquer coisa. Já de manhã ele acorda as sete, ainda a abraçava firme, acariciava com cuidado o rosto dela, não queria a acordar.
Hiure: tenho tudo mesmo, bens, família e o amor da minha vida, não se preocupe morena farei de você uma rainha.
Depois de algumas horas eles levantaram, Hiure foi malhar e Maria foi estudar, Kaique estava todo alegre com o novo carro, era um mustang 2015 azul marinho com rodas pretas, ele pega para dar uma volta, foi até a oficina, mas ninguém estava lá, decide então ir na academia, lá ele encontra Ryan e Hiure.
Hiure: caralho. Mandou bem de verdade.
Ryan: real, esse é mais monstro do que você.
Kaique: eu falei pra vocês.
Hiure: Rodolpho vai pirar.
Kaique: onde ele está? Não tem ninguém na oficina.
Rodolpho teve uma conversa com os primos, certas coisas precisavam ser ditas.
Rodolpho: a verdade é, estamos em guerra contra os caçadores, desculpe o que eu vou dizer, mas nesse confronto todos vocês são dispensáveis.
Rafael: pera aí, não somos os capitães do Loiro, mas somos fortes.
Rodolpho: jura? Quando foi a última vez que lutaram pra valer?
Pablo: pouco antes de irmos para a Austrália.
Priscila: Dolpho tem razão, ficamos obsoletos, como podemos ajudar.
Rodolpho: eu vou apresentar a vocês uns monstros.
Rodolpho leva Pablo e Rafael até a academia de treino dos betas, o Bravo supervisionava o treino.
Rodolpho: tio, pode me ajudar?
Wellington: depende, rola sangue e morte?
Rodolpho: espero que não, esses são meus primos Pablo e Rafael, estão banhados em ferrugem, tem como...?
Wellington: claro, Igor é o instrutor. Igor!!! Grita o chamando.
Igor: oi tio, como é que tá Rodolpho? Diz o cumprimentando.
Wellington: tem espaço para mais dois aí?
Igor: Rodolpho tá velho é?
Rodolpho: não senhor, o treino é pra eles. Fala fingindo subordinação.
Igor: beleza, me acompanhem até o local da tortura. Fala rindo.
Rodolpho: estamos indo para o norte.
Wellington: vão com cuidado.
Kaique foi para o oste buscar Heitor.
Kaique: vamos logo pirralho!!
Heitor: tô indo!! Grita de dentro da casa.
Helmar: cuida do meu filho?
Kaique: vou cuidar do meu aluno. Fala confiante.
Então o jovem beta entra no carro e eles vão tomando distância.
Helmar: que os ancestrais os abençoe.
Nesse mesmo tempo, Rodolpho deixava Priscila sob os cuidados e ensinamentos de Elizabeth, logo depois eles partem em viagem, Kaique levou Heitor, Ryan e Rodolpho foram sozinhos em seus carros, e o casal foi no chevelle, antes de saírem do estado Hiure passou a direção para Maria, já que este estava cansado do treino da manhã, as horas foram passando, Hiure dormiu o percurso todo, foi acordado por Maria o sacudindo devagar
Maria: amor, chegamos.
Ele acorda lentamente, já era noite, a lua cheia demonstrava sua última performance do mês.
Hiure: que horas são?
Maria: nove.
Hiure: onde estamos?
Maria: eu não sei, Rodolpho parou o carro dele, desceu e foi em direção a um bar enorme.
Hiure: bar? Aquele viciado perdeu o juízo?
Maria: ele disse que conhece o lugar.
Hiure: Rodolpho só conhece um bar fora do estado. Espera, um bar!?
Maria: calma, tá gritando por qual motivo?
Hiure repentinamente sai do carro, ele olha em volta inquieto até que ele se fixa no bar em questão, Ryan então aparece ao lado de Hiure.
Ryan: o nome é Lupus Agri. Fala em sussurro.
Hiure: eu não acredito nele. Amor eu já volto.
Na última viagem, Rodolpho veio até essa cidade, Pérola lhe devia um favor, depois que Hiure foi embora o "cinturão" ficou vago e a desordem era grande, Rodolpho arrumou tudo, na noite passada ele veio cobrar o favor.
Noite anterior.
Pérola: o que os ancestrais trouxeram.
Rodolpho: eu preciso de ajuda. Fala se sentando.
Pérola: ao ponto de voltar aqui, deve estar precisando mesmo.
O jovem alpha contou a situação dos caçadores e sua missão de busca ao norte, também falou que os irmãos viriam com ele.
Pérola: não. Fala firme.
Rodolpho: espera Pérola.
Pérola: não Rodolpho, eu não quero ver ele nunca mais, nunca! Fala irritada com peso na fala.
Rodolpho: sem você não iremos longe, por favor, só vai precisar guardar os carros.
Pérola: por que não vai direto com eles?
Rodolpho: não temos idéia de onde ficam ou quantos caçadores tem por aí, isso é o mais longe que podemos ir.
Pérola: pode trazer os carros, mas não prometo nada, só não demorem, se meu pai o vir aqui...
Rodolpho: pai?
Pérola: está dormindo agora, vai, quanto antes melhor.
Noite atual.
Hiure e Ryan entram no bar, Rodolpho estava indo até a porta.
Hiure: traído pelo meu próprio irmão.
Rodolpho: não foi assim, só ela podia ajudar e você sabe.
Hiure: eu prometi que não voltaria nesse lugar.
Pérola: foram períodos tão ruins assim? Fala aparecendo repentinamente.
Ela estava mudada, seu cabelo estava bem mais comprido e ondulado, ainda mantinha a cor vermelha, mas num tom mais escuro.

Presas e GarrasOnde histórias criam vida. Descubra agora