Presas e Garras

Balança fora de equilíbrio

Ao longo da história, houveram, períodos, doenças, guerras e fenômenos que muitos consideram calamitosos, Idade das Trevas, Peste Negra, Segunda guerra mundial e incontáveis catástrofes naturais, mas esse termo também foi usado pra descrever indivíduos que por simplesmente existirem, já eram perigosos e o descontrole destes era devastador, depois de anos e incontáveis perdas, estes indivíduos foram presos e jogados no buraco mais sujo e escuro da Terra pra sofrer, mas não morrer, tais prisioneiros foram nomeados como Calamidades, por vinte anos foram torturados de diversas formas, isolados, sem luz do sol, pouca água ou comida, cortes, espancamentos, chicotadas, choques elétricos, banhos com água fervendo, enforcamentos e até o uso de substâncias nocivas foi feito, tudo isso na tentativa de os fazer pagar por tudo que já fizeram, todos eram lobisomens capturados pelos caçadores e jogados no último porão do Tártaro, apenas as Calamidades e Salazar chegaram a merecer tal nível na prisão, o último conseguiu escapar e por isso, Fúria, a nova Diretora da prisão, fortaleceu a segurança dos três níveis da, tornando praticamente impossível a fuga, mas uma coisa simples tornaria possível, uma ordem superior, numa tarde a Diretora recebeu uma ligação.
Oliveira: Diretora Laura, certo?
Laura: sim senhor, em que posso ajudar General?
Oliveira: estou autorizando as execuções de todas as Calamidades do Porão 3.
Laura: mas senhor, as ordens são pra nunca os tirar das selas.
Oliveira: faça como eu mandei, Diretora, que sejam distantes uns dos outros e ao mesmo tempo, a morte deles vai circular por todo o país, será um símbolo do nosso poder.
Laura: eu compreendo senhor, mas...
Oliveira: execute todos senhorita Laura. Fala severo.
Laura: si... sim, é claro General, como o senhor ordenar.
O General finaliza a ligação e sabe exatamente o que vai acontecer, sabe que carcereiros morrerão, seus homens; os procedimentos foram feitos e eles foram postos para serem executados, todos foram drogados por aconito, Ódio era um homem negro, alto já grisalho com cabelos e barbas cinzentos e desgrenhados, mas seu corpo demonstrava ter muita força, imobilizado por uma camisa de força feita pra lobos e seria enforcado por uma corrente e assim foi feito, Flagelo era loiro, magro e com muitas cicatrizes pelo corpo, este morreria envenenado por aconito, Traição era baixo e o mais velho, este seria sufocado numa câmara de gás de aconito, Brutalidade tinha cabelos castanhos e era coberto de tatuagens, era o maior de todos e ostentava um corpo forte, teria a medula destroçada, Praga era moreno, sempre com um sorriso arrogante, era magro com olhos azuis, seria atacado por cães do inferno e devorado, Horror era cego, magro e um sorriso insano se perpetuava na sua expressão, sua morte seria por afogamento, Seca era a única mulher dentre as Calamidades, esta seria queimada viva como uma bruxa, Loucura era um homem de cabelos longos e barbas compridas grisalhas, era extremamente magro, este seria eletrocutado e Incêndio era o único que não parecia estar preso, não tinha barba longa ou marcas de tortura, ele foi ironicamente condenado a morrer por um incêndio, seja pela fumaça, calor ou queimadura, o horário é atingido e as execuções são feitas, Ódio é solto e a corrente aperta seu pescoço ele se debate por uns tempo até que para, Flagelo estava preso em correntes e o veneno lhe foi injetado, ele se contorceu em agonia, de suas orelhas, nariz e boca o sangue escorreu, Traição foi jogado na câmara e o gás foi liberado, ele batia nas paredes na tentativa de escapar, mas as batidas foram ficando fracas e ele parou por fim, Brutalidade foi posto de pé e amarrado a um poste, um caçador preparou uma escopeta e atirou na sua medula e este simplesmente amoleceu ainda de pé, Horror foi levado até uma piscina com água fervendo e foi jogado alí completamente imobilizado e com peso pra afundar, os cães estavam loucos e raivosos, Peste foi jogado na cela e os cães foram soltos em cima dele e nem um gemido de dor foi ouvido, Incêndio foi levado a uma estufa onde uma queimada foi feita e a fumaça negra tomou conta de tudo e Seca foi levada algemada para o poste onde ela seria queimada, os caçadores responsáveis foram averiguar os executados, soltaram o corpo do Ódio foi posto no chão, um deles foi conferir a morte, mas ao tocar no corpo pra conferir, ele se espanta, um batimento é sentido e o lobo acorda e rasga a garganta do carcereiro, ele se levanta e mexendo os braços ele forçou até que desfez a camisa de força em retalhos e rapidamente começou a espancar os encarregados alí, Flagelo parou de se contorcer e foram averiguar, mas no mesmo instante ele usa as garras dos pés pra matar um deles.
Flagelo: mais um pouco e vocês teriam conseguido. Revela arrogante.
Homens com roupas especiais entram na câmara pra retirar o corpo de Traição, mas não o encontraram, em meio aquela névoa algo quebrou os pescoços dos carcereiros, o restante também entrou, mas tiveram os tubos de respiração cortados e foram trancados por fora e o condenado sai ainda um pouco zonzo, Brutalidade foi solto e caiu de costas, arrastaram ele pra fora, mas no caminho ele se transforma e decepa a cabeça de todos alí e sai andando calmamente, Horror se debateu se afogando até que parou, ao tirarem ele notaram que ele tinha assumido outra forma e já não estava mais preso, um lobo de repente ataca e esquarteja a todos e sai calmamente, gemidos foram ouvidos, mas eram falsos, um carcereiro vai ver e tem um cão jogado em cima dele, Praga salta e dilacera todos e foge, Incêndio olhou em volta e analisou tudo e calmamente ele se resolveu, depois do fogo ser extinto, os carcereiros entram, procuraram, no entanto nada foi achado, porém ao dar meia volta, um deles ouve algo e atira para de trás dele, mas nada era, no entanto alguém os ataca pelas costas, seu corpo estava coberto de terra e um buraco estava alí, ele se enterrou pra não inalar a fumaça ou se queimar, uma face séria se mantinha, os carcereiros foram mobilizados para prender os demais e se descuidaram com Praga que os matou, os carcereiros estavam em pânico, mas nenhum foi capaz de achar um prisioneiro se quer, os condenados acabaram se encontrando do lado de fora e pela primeira vez eles se viram e uma outra figura os encontra, Mateus vestia um terno preto.
Mateus: mais rápidos do que eu esperava. Fala olhando no relógio.
Ódio: quem é você?
Mateus: só um cara, um zé ninguém, o homem pra quem eu trabalho que é alguém.
Brutalidade: que seria?
Mateus: o senhor Robert Turner, ele que conseguiu a liberdade de vocês.
Seca: foi uma falha na segurança.
Mateus: uma quebra pra ser exato, meu Alpha deu um jeito de vocês conseguirem escapar.
Loucura: e pra que ele iria fazer isso?
Mateus: porque ele tem uma proposta a fazer a todos vocês e as minhas ordens são de reunir e levar a todos até meu alpha.
Flagelo: você? Acha que vai nos obrigar?
Mateus: em momento algum essa foi minha ordem ou intenção, levo quem quiser ir.
Traição: e se nenhum de nós quiser ir?
Mateus: nesse caso eu volto para meu carro e vocês podem tentar sobreviver aos milhares de caçadores que irão atrás de vocês.
As Calamidades se olham julgando as possibilidades, mas o lobo enviado simplesmente dá as costas.
Mateus: vou tomar uma cerveja, façam como quiserem.
Praga: não faz mal algum ouvir uma proposta.
Os demais vão junto e com Mateus eles seguem para Lupina, mas nenhum dos ex prisioneiros abaixou a guarda uma só vez.
O luto iria machucar a todos da alcatéia, mas isso foi usado como combustível por todos, Hiure formou um trio com Heitor e Bryan pra treinar mais de oitocentos alunos, Criso, César, Kaique e Nat também fizeram uma equipe, o treino era intenso e complexo, Maria junto do pai organizava as novas mudanças da alcatéia que seria anunciada a noite para os lobos do Grande e Vaneska ficava com o neto, Sofia e Lois eram muito severas, Elizabeth também treinava seu corpo junto de seus filhos e filhas, Victor e os dois irmãos treinavam o restante da alcatéia, o Bravo, Connor e Jocelina analisavam um novo plano já iniciado pela veterana, Salazar, Apolo e Davi treinavam a matilha aliada, os povos antigos ajudavam muito a divisão médica e científica, Priscila era uma das mentes mais brilhantes, Rafael treinava junto de Rodolpho e Daniel que em respeito à perda recente decidiram se reconciliar, Ryan se juntou aos russos pra ensinar algumas manobras de caça na mata, tudo ia bem, mas ainda haviam assuntos pendentes, Hiure deixa o treino com os dois e vai falar com quem ele tem evitado, na porta ele bateu e quem atende é Maria.
Hiure: ainda tenho o direito de uma conversa?
Maria: claro, entra. Convida.
Hiure: queria que fosse em particular, por favor. Pede sincero.
Na casa dela ele se senta pra conversar.
Hiure: olha, Maria, eu não queria que fosse assim e não quero que fique assim.
Maria: não tem volta Hiure, você mesmo disse.
Hiure: não vou deixar meu filho viver com pais separados e que se odeiam, podemos ser melhores que isso, não odeio você Maria, disse que podíamos ser amigos, mas nem tentamos.
Maria: esquecer tudo é difícil, sabia? Não sei quanto a você, mas pra mim é.
Hiure: não peço que esqueça, isso é impossível, só peço uma chance pra uma trégua, por nós e principalmente por ele.
Maria: tem razão.
Hiure: por uma convivência melhor.
Maria: isso.
Eles se abraçam e decidem passar a tarde com o filho e ao anoitecer ele e Ítalo vão embora, pouco depois a reunião que Helmar orquestrou tem início, ao lado dele estavam sua mulher e filhos.
Helmar: eu reuni todos pra um comunicado de reestruturação, a alcatéia vai voltar aos velhos tempos, a política Cosa Nostra está de novamente em vigor, minha esposa será novamente minha conselheira e estrategista, meus dois filhos serão meus capos atuando de acordo com as regras.
Os lobos comemoraram a decisão do Grande Alpha, significava que Helmar o Grande estava de volta à real ativa; Daniel aceitou o convite dos pais pra morarem todos juntos de novo, Rosana fez um prato especial pra comemorar o tão esperado retorno do filho.
Rodolpho: é bom ter você aqui de novo.
Daniel: é bom estar em família de novo, senti falta disso tudo.
Jocimar: está em casa filho, finalmente em casa.
A família perdeu um membro, mas recuperou outro, isso aliviava e muito o luto.
Oliveira não era o único caçador que se movia, o tão odiado pelo mesmo, o Coronel Ricardo continuava suas investigações secretas e nisso ele descobriu que havia um traidor na organização, alguém estava passando informação e contrabandeando armas para Robert Turner, mas não tinha idéia, podia ser qualquer caçador e ao mesmo tempo não fazia sentido ser, os seus coerentes não apoiariam um tirano e os absolutistas não apoiariam nem mesmo os sobrenaturais bons, mas ele toma uma decisão e convoca seis caçadores que ele não só conhece, mas confia cegamente, Coronel Eugênio, o Capitão Paulo, Major Gustavo, Tenente Coronel Ellen, Tenente Coronel Miguel da região nordeste e a Diretora Laura, estes dois últimos não eram conhecidos diretamente pelos demais, Miguel era um homem de meia idade, com uma constituição forte, tatuagens tendo seus cabelos e barbas grisalhos.
Paulo: Tenente Coronel Miguel, é um prazer conhecer o senhor.
Miguel: igualmente Capitão, ouço muitas notícias sobre suas atuações e o parabenizo.
Gustavo: como vai Miguel? Tudo na boa? Pergunta desleixado.
Miguel: indo bem e vocês?
Ellen: muito bem coroa. Fala amistosa.
O tom da caçadora surpreende o Capitão, mas Ricardo os interrompe.
Ricardo: vejo que já se apresentaram, isso poupa tempo.
Miguel: por que estou aqui? Geralmente o Eugênio me convoca.
Eugênio: e no geral eu não sou convocado.
Ricardo: é por um bom motivo, me acompanhem.
O Coronel os guia até o escritório dele, o mesmo estava uma bagunça, papéis espalhados, lixeiras cheias de rascunhos, o quadro parecia ter sido quebrado algumas vezes.
Eugênio: depois de velho ficou porco é?
Ricardo: eu não tive tempo de limpar, estou nessa investigação há meses.
Paulo: investigação?
Ricardo: eu coletei informações e teorizei até chegar numa conclusão.
Ellen: que foi?
Ricardo: Robert Turner está de alguma forma tendo acesso ao armamento dos caçadores.
Eugênio: isso é impossível, seria notado.
Paulo: não houve furtos, isso significa que...
Eugênio: significa que foi traição, alguém está dando armamento para aquele doente e está manipulando as documentações e fiscalização, é uma operação com no mínimo centenas de envolvidos.
Miguel: ainda assim, como ninguém notou?
Ricardo: ninguém notou porque quem tá fazendo isso tem poder para fazer sem ser notado.
Paulo: como assim?
Ricardo: tem cada vez menos caçadores como vocês e cada vez mais caçadores radicais, qual denominador comum?
Laura: Oliveira?
Ricardo: é o mais provável.
Miguel: espera aí, eu odeio absolutistas tanto quanto qualquer coerente, mas o General dos caçadores trabalhando com o Alpha das Trevas, não faz sentido.
Eugênio: faz sim, Robert expulsa as alcatéias mais poderosas e os deixa longe do território, um alvo mais fácil a se abater, em troca o Robert fica quieto e se puder, mata os que ele expulsou, por isso as armas.
Laura: por isso ele me mandou executar as Calamidades, ele sabia que iam fugir, Turner tem as Calamidades com ele agora.
Paulo: vamos tirar aquele merda da mansão dele agora!
Ricardo: não podemos, dos trinta mil caçadores, vinte são absolutistas, precisamos de outra abordagem, por isso os chamei.
Eugênio: tá com algum plano em mente, eu conheço você.
Ricardo: eu vou reabrir a E.C.E.
Miguel: essa divisão está aposentada há décadas coroa, vamos precisar de um tempo pra mobilizar tropas.
Paulo: E.C.E? O que é?
Gustavo: significa esquadrão de caçadores de elite, só os melhores dos melhores, mas é composta de uns trinta no mínimo.
Ricardo: sem tempo pra isso, vocês serão a formação atual, aqui está. Fala entregando um pen drive com os dados.
Eugênio: o que faremos com isso?
Ricardo: vão mostrar aos nossos o que está acontecendo, é o que é preciso, você lidera a E.CE.
Eugênio: não, você deu a iniciativa, você lidera, não sirvo pra isso.
Ricardo: confio em você, agora vão.
Os seis então se vão e pelos carros eles se comunicam.
Laura: como vai ser Coronel?
Eugênio: eu vou pra minha base no Tocantins pra reunir tropas.
Ellen: vou pro sul agora.
Paulo: Minas.
Gustavo: Minas? O que tem lá?
Paulo: o troco. Fala encerrando a chamada.
Miguel: vou parar pra abastecer e sigo viagem, nos falamos mais tarde.
Ainda no escritório estava Ricardo, ele jogava os documentos no fogo, folha por folha, mas de repente uma forte tosse o atinge, na mão que cobriu a boca havia sangue, uma tontura o deixa confuso e meio sem equilíbrio, mas ele ouve alguém na porta, mas antes de chegar na mesma, um tiro atravessou a porta e o ombro do veterano, ao chão Ricardo foi, a tontura estava passando e ele nota quem era, Oliveira tinha uma pistola em mãos, o Coronel avança e se joga em cima do atirador e o desarma, Ricardo o soca duas vezes no rosto, mas o General o abraça pela cintura e o joga por cima do ombro e chuta as costas de Ricardo que rola antes do oponente atirar, o veterano empurra sua cadeira que faz Oliveira vacilar e receber um chute no peito, Ricardo com um tapa tira a pistola da mão do General e o ergue pelo pescoço, o veterano corre pra porta e choca o General no alto da mesma.
Ricardo: eu já sei de tudo, sei o pacto que você fez, você vai pag...
Oliveira nesse momento soca o abdômen do Coronel na altura do diafragma, Ricardo o empurra para o outro lado do escritório o chocando contra a parede, o ar lhe faltava e o General aproveita pra surrar Ricardo, vários golpes nas costelas e principalmente na cabeça, a tosse e a tontura voltam com tudo, porém Ricardo era caçador há cinquenta anos, o veterano segura o braço de Oliveira e o quebra, em seguida ele o ergue sob os ombros e o joga com violência de cabeça no chão, o velho caçador se apóia na porta pra se recuperar e então um tiro covarde atinge suas costas, a calibre doze a qual ele mantinha preparada pra uma eventual invasão foi usada contra ele, o tiro atingiu suas costas, o sangue banhou o chão, mas ele corre desenfreado na direção de Oliveira que novamente atira, o tiro atingiu o peito do veterano que não se deteve e num impulso ele abraça a cintura de Oliveira os jogando pela janela do quarto andar, ele caiu por cima do General que atingiu um dos blindados de Ricardo, este joga Oliveira de cima do carro e se prepara para o matar, mas alguém se aproxima pelas costas e antes da reação uma faca atinge o abdômen do Coronel duas vezes, o mesmo sussurra sufocado e é respondido pelo seu agressor e ele sucumbe aos ferimentos, Oliveira se levanta, segurava o braço esquerdo que estava fraturado.
????: como me ordenou.
Oliveira: fez bem, agora faça parecer ataque lupino, manipule tudo. Fala se retirando.
A notícia não tardou a chegar pra toda a organização, " O Coronel Ricardo e o General Oliveira foram atacados por lobos da alcatéia de um Grande e o veterano não resistiu", assim a notícia foi espalhada, mas os que se reuniram com ele sabiam que era mentira, mas a verdade ainda demoraria a vir a tona.
As Calamidades em fim chegam em Lupina e são encaminhados até a sala de reuniões, Robert e os quatro os aguardavam.
Ódio: até que é uma puta casa.
Robert: a favorita do Bravo.
Praga: então é a você que devemos agradecer? Um coxo?
Guerra imediatamente se levanta e mira uma arma para o lobo.
Guerra: repete verme, vai repete.
Robert: se acalme, Guerra, posso tolerar desrespeito, uma vez.
Flagelo: e o que quer? Por que nos trouxe aqui?
Robert: primeiramente pra lhes explicar que só estão livres e respirando graças a mim.
Seca: as execuções falharam, não fez nada.
Robert: aí que se engana Seca, eu pedi a liberdade de vocês, um amigo poderoso manipulou as execuções pra que fossem específicas pra que cada um sobrevivesse e fugisse, ou seja, se estão livres é graças a mim, se estão respirando é graças a mim.
Brutalidade: e suponho que sua caridade vem com um preço.
Robert: não vejam como pagamento, vejam como um bônus.
Loucura: nos tirou de uma prisão pra nos manter em coleiras!
Robert: eu não seria tão simplista, chantagem não é algo que eu precise fazer com vocês.
Traição: então o que é?
Robert: vocês foram presos por crimes brutais, estou dando a chance de cometer mais, só que sem a possibilidade de serem presos de novo.
Incêndio: me parece ter muitos seguidores, não precisa de nós.
Robert: vocês não são como meus lobos, eles me seguem por fidelidade a causa.
Seca: causa? É um outro nome para o seu... Como foi que o garoto disse? Nazismo Lupino?
Robert: cada lobo aqui é fiel a mim, vocês não tem isso, por isso não vou pedir que me sigam, mas podem me fazer um favor.
Ódio: que seria?
Robert: acabar com uns incômodos, são conhecidos como os Astros.
Ódio: está nos mandando matar os filhos do Pelo Branco? Você deve estar louco.
Joe: não são esses, são os Novos Astros, da geração atual, uns moleques.
Seca: agora viramos matadores de pirralhos, a que nível nos rebaixaram.
Robert: esses pirralhos foram treinados pelos melhores que existem, só peço que matem ao menos um deles, só um já é o suficiente para mim.
Traição: e quantos são?
Robert: seis.
Joe: onze. Corrige.
Ódio: eu topo, vou precisar de informações sobre cada um e tempo para me recuperar.
Seca: me convenceu quando disse que ia nos soltar encima deles.
Os demais concordam e são levados até a sala de informações sobre cada um dos seis Astros e até mesmo do Bryan e Daniel, mas o último só tinha seu sobrenome como informação importante.
Brutalidade: foca naquele.
O lobo obedece e clica numa imagem específica.
Brutalidade: este é Pelo Negro, certo? De zoom no peito.