Irmandade, palavra forte, com um significado especial e puro, dá conforto e confiança, foi ela que uniu os quatro por anos, mas o tempo muda tudo, um deles partiu e um buraco foi deixado nos corações dos que ficaram, mas Ryan torcia por cada um deles e por isso os três teriam que seguir em frente, mas apenas dois puderam, o caçula não pode fazer o mesmo que seus dois irmãos, em Lupina ele permaneceu, voltou a sua casa e até mesmo achou seu carro, o chevelle estava totalmente destruído, o que frustrou o Alpha.
Bryan: te ajudo a concertar.
Hiure: já era, não tem como, olha pra ele, tá aos cacos.
Heitor: sinto muito, sei o quanto você gostava desse carro.
Hiure: bola pra frente, agora é planejar, escolher, comprar e personalizar outro, ao menos vou ter com o que me ocupar.
Os três retornam para a cidade, encontraram com Wellington que brincava com o neto.
Hiure: eu ia buscar ele.
Wellington: não me custou esperar, vim falar com você e o assunto é de interesse geral.
Bryan: o que seria?
Wellington: a reconstrução da cidade vai bem, mas é muita coisa pra mim, queria pedir sua ajuda filho.
Hiure: em que?
Wellington: seu tio deixou uma cadeira vaga, uma que eu quero que você se sente.
Hiure: é a cadeira da vice presidência.
Wellington: exato, quero você como meu braço direito.
Pérola: amor, isso é ótimo. Fala alegre abraçando o namorado.
Hiure: eu não posso aceitar.
Pérola: amor?
Hiure: é um cargo muito elevado, eu não tenho tanta experiência com a Constru Max.
Wellington: você vai se sair bem, poucos meses serão o suficiente, além disso, você quer poder sair logo, mas precisa de mais do que números e poder, precisa de dinheiro também, entenda como um empurrão.
Bryan: seu pai está certo, todos aqui devíamos tentar algo, afinal, somos os primeiros membros da sua alcatéia.
Heitor: posso conseguir algum emprego com as universidades do meu pai.
Bryan: posso ser segurança de famosos de novo, não ligo.
Pérola: abro outro bar ou coisa do tipo.
Hiure: fariam isso?
Todos em uníssono: óbvio, Alpha. Respondem convictos.
Hiure: aceito trabalhar com você, mas num cargo menor, com o devido tempo eu vou pra cadeira que foi do tio Renato.
Wellington: diretor de finanças então, vou te apresentar o setor e ao pessoal amanhã de manhã, esteja lá bem cedo.
Hiure: estarei sim, valeu velho.
O veterano entrega o neto e sai com um sorriso enorme estampado no rosto, os demais balançavam o Alpha em comemoração pela chance.
O irmão do meio tinha ao seu lado Natasha e seguindo ambos haviam gladiadores, cães russos, amazonas seus irmãos e primos e claro, muitas dúvidas e expectativas, o sul se tornou seu destino.
Nat: por fim, o sul, quer fazer o que agora?
Kaique: um lugar pra alojar essa tropa toda e um lugar no ponto mais alto e frio do Sul, pra você se sentir em casa.
Nat: sério?
Kaique: você fez o maior sacrifício, deixou sua terra, sentir frio não vai ser nada, Rainha da Neve.
Nat: obrigada amor, tô até mais animada.
Kaique: Santa Catarina tem uma cidade que a média anual é de treze graus, basta achar um ponto alto e pronto.
Nat: mas será que todos vão gostar?
Kaique: tenho planos pra cada grupo, seus cães vão conosco, vou achar um lugar mais reservado para as amazonas que quiserem, para os meus primos algum lugar próximo de floresta, meus irmãos só querem proximidade e eu tenho uma compensação para os gladiadores.
Nat: e o que seria?
Kaique: surpresa geral, nem tente me manipular pra descobrir
O Sabre Bestial não era o único que seguia para uma nova vida, seu irmão mais velho chegou com sua alcatéia e povos aliados no norte do país, mais precisamente no estado do Rondônia, em sua capital eles chegaram, mas eram muitos, isso logo chamou a atenção da população local os deixando nervosos, o delegado local veio até Rodolpho, mas Pedro e Daniel sacam seu machado e espada barrando o delegado.
Rodolpho: por favor, não há perigo algum pra nós.
Daniel: pra nós não, mas a princesa é outra história.
Rodolpho: errado não está, amor, licença.
Arwen: não sei se notou, mas eu e o meu pai acabamos com metade dos nazistas, acho posso me defender sozinha. Responde sorrindo para o noivo e lhe dando um tapa na mão.
Rodolpho: valeu mano, me envergonhou na frente do delegado, parabéns. Reclama sarcástico.
Delegado: vocês são protestantes ou algo do tipo?
Rodolpho: sendo sincero, temos um total de mais de sete mil sobrenaturais, entre eles temos lobos, cães, druidas, curupiras, sacis e ironicamente vampiros também. Fala contando nos dedos.
O delegado fica atônito e solta um riso descrente, as palavras do jovem a sua frente não faziam sentido.
Rodolpho: não seja duvidoso, não há nada com o que se preocupar. Fala gesticulando.
A enorme multidão segue pelo caminho liderado por Rodolpho, milhares rompendo as ruas e tirando olhares confusos de todos que viam.
O caminho os levou até o gigantesco estado do Amazonas, ali o líder Medeiros decidiu ficar, os povos ribeirinhos receberam todos com muita hospitalidade e carinho, ficando fascinados com as lendas folclóricas vivas em meio a eles, o clima era bom, ar puro, a visão de um por do sol sob rio era majestoso e depois de dois dias eles começam a escolher locais para se instalarem por definitivo, mas em meio às expedições e planejamento, Carvalho e Pã sentem algo incomum, poderoso e extremamente antigo, era como um enorme farol que os chamava através da magia, um pequeno grupo os acompanhou, formado dos líderes de cada clã, se aprofundaram na mata até que chegaram bem longe, um trecho do rio de correnteza poderosa cortava seu caminho, mas os dois reis fizeram uma ponte arbórea, a sensação da magia ficava cada vez mais poderosa, ao ponto de ser sentida por Rodolpho, Daniel e Pedro na forma de um certo peso no corpo.
Carvalho: não posso acreditar no que vejo!! Fala abismado.
Pã: estávamos prestes a viver ao lado dela e nem sabíamos disso.
Pedro: o que é isso tudo? É só uma árvore.
Carvalho: não é uma árvore, é a árvore, estão diante da gigante implacável, a Árvore da Vida. Fala abrindo os braços.
Daniel: e o que isso significa?
Pã: é como uma árvore mãe, ela é magicamente interligada com todo o verde da mata que onde ela está.
Pedro: então uma interfere na outra?
Carvalho: exato, as ações humanas contra a floresta amazônica e a mata atlântica fizeram isso com a Árvore da Vida.
Uma árvore colossal estava a frente deles, suas raízes eram enormes, mas seus galhos pareciam sem vida, poucas folhas pendiam.
Rodolpho: o que farão? Tem algum tipo de feitiço, poção ou sei lá?
Pã: a Árvore da Vida é praticamente uma entidade da natureza, não há feitiço que ajude.
Carvalho: mas com um estímulo externo ela pode vir a reagir, se nós fizermos juntos por um determinado tempo.
Daniel: ela é absurdamente grande, terão poder pra tudo isso?
Carvalho: seria mais imediato se usássemos toda a força, mas um aumento tão grande no fluxo de magia poderia fazer com que ela entrasse em colapso, por isso iremos devagar e com calma.
Rodolpho: e qual será a consequência?
Pã: renascimento da floresta amazônica, em seu total e majestoso tamanho, mas só ocorrerá quando a Árvore da Vida estiver totalmente recuperada.
Rodolpho: façam, não importa o tempo.
Arwen: pode demorar muito amor.
Rodolpho: isso vai mudar tudo, sei que significa muito para você, se concentre em salvar essa gigante. Fala com um sorriso compreensivo.
A princesa abraça seu noivo com muito carinho, sua compreensão a fazia feliz e tranquila e vice versa, o Alpha retorna para os demais e conta sobre o achado, todos ficaram perplexos e extremamente felizes com a notícia, era algo inacreditável e que seria extremamente maravilhoso, mas o atraso no casamento comoveu Rosana.
Rodolpho: tá tudo bem mãe, o casamento foi adiado, não cancelado.
Rosana: é que eu estava tão ansiosa, ver meu caçula casando, eu não tive isso com o seu irmão. Fala emotiva.
Ambos os filhos abraçam a mãe sorrindo.
Rodolpho: não se preocupe tá bem? Você vai ver, prometo, mas a árvore tem prioridade.
A ligação surpresa tira a concentração do Alpha, Hiure atende sua namorada.
Hiure: oi amor, aconteceu alguma coisa?
Pérola: Lois me deu um emprego!!!!
Hiure: isso é ótimo amor, de verdade, onde é?
Pérola: é num dos escritórios de advocacia dela, estou como secretária pessoal dela.
Hiure: esse cargo de primeira!? Isso é incrível!
Pérola: ela até me aconselhou a fazer direito e eu tô cogitando essa idéia com muitas chances de fazer.
Hiure: é uma área interessante, seria legal, só conheço bem mesmo as leis sobrenaturais, seria bom conhecer e entender as dos humanos.
Pérola: Helmar pode nos ajudar? As universidades dele não são as maiorais e tudo mais?
Hiure: vê com Heitor, ele tem passado um bom tempo acompanhando o coroa dele.
Pérola: vou ver isso já, fui.
Hiure: espera, você tem noticias de Bryan?
Pérola: a última vez que ouvi ele estava falando de um emprego numa academia de Felipe, acho que de personal.
Hiure: os alunos vão morrer, eu tenho que ir amor, te vejo hoje a noite.
O sul também era atingido pelo Alpha, no ponto mais alto e frio era erguida a fortaleza do casal, que também abrigará os russos, mas as obras não se limitavam a apenas isso, no centro da cidade uma obra gigantesca havia tido início e a todo o vapor.
Criso: quando vi a planta eu não pude imaginar que seria tão grande.
Kaique: é pra desafiar o romano, esse vai ser maior e apenas o primeiro, pretendo contrair mais quatro menores, mas este será o principal, o que acham?
César: serão usados constantemente?
Kaique: espero que diariamente, mas vou deixar as explicações para o dia certo.
Criso: quanto tempo?
Kaique: construir a fortaleza e isso não será rápido ou barato, quero ambos prontos ao mesmo tempo, as amazonas me deram uma estimativa de meses, talvez em dezembro.
Criso: que feliz natal teremos.
Kaique: não é?
César: e a rainha, onde está?
Kaique: está em viagem, vai vender os imóveis que o pai deixou pra ela, não pensa em sair daqui.
Criso: isso muito me alegra.
Kaique: ela deve voltar em breve, quer acompanhar a obra da fortaleza de perto, eu vou cuidar desse bebê. Fala olhando para a obra.
César: vai ser incrível.
Kaique: quero o pessoal em forma para o grande dia, Doctore.
Criso: sua vontade, minhas mãos.
O cão então deixa os dois jovens.
César: ele está muito orgulhoso de você, você o honra bastante.
Kaique: não tanto quanto você, ele o tem como um filho e você é o melhor gladiador que ele já treinou, César o Campeão, isso o deixa feliz.
César: devo muito a ele, se não fosse pelo Criso eu estaria roubando ou talvez morto numa vala em Roma dando tristeza e vergonha aos meus noni.
Kaique: de bandidinho pra campeão de Roma. Fala rindo.
Os dois caem na risada, olhavam sonhadores para a construção a frente deles.
A passagem do tempo foi muito rápida, a areia não parou de escorrer, o último mês do ano então chega, no sudeste houve mudanças, Lupina voltou a sua grande e exuberante riqueza, a população aos poucos retornou, no escritório trabalhava o Alpha, este tem a sua porta batida.
Hiure: pode entrar amor. Fala sem tirar os olhos de sua mesa.
A loba ruiva adentra a sala com rapidez nos passos.
Pérola: como vai o vice presidente mais lindo do mundo?
Hiure: atolado até o olho de papelada, tá foda.
Pérola: notei, você nem percebeu que tô só de langerie.
Hiure: foi mal amor eu tô... O que!? Se surpreende.
Pérola: viu só como você está? Achei que os setores filtrassem esse tipo de coisa. Falso rindo.
Hiure: e filtram, mas tem muita coisa, obras em seguimento na capital, uma no Tocantins está parada, estamos finalizando um condomínio em João Pessoa, no Paraná tem uma imobiliária pra fecharmos uma parceria e por aí vai, tá tudo nas minhas costas.
Pérola: seu pai não surge aqui faz quanto tempo?
Hiure: desde me promoveu, dois meses já, sem ele aqui, tudo cai no meu colo.
Pérola: achei isso muito cruel, você chega estressado toda noite, não temos um jantar mais íntimo desde que seu pai saiu de férias.
Hiure: desculpa amor.
Pérola: tá tudo bem, esse fim de semana vamos compensar. Fala alegre.
Hiure: tem alguma coisa em mente?
Pérola: não acredito nisso, você esqueceu!?
Hiure: não, não esqueci, esse fim de semana é o nosso... nosso... aquele nosso negócio...
Pérola: é a inauguração da obra do seu irmão.
Hiure: puta merda, já é agora? Eu tô todo atolado amor.
Pérola: eu não acredito que você não vai, é do seu irmão Hiure, é importante para ele, Rodolpho e os figurões dele já confirmaram presença.
Hiure: eu tô cheio de coisas, documentos chegam a cada instante, não posso fazer nada.
Pérola: pode falar com o seu pai.
Hiure: eu e ele temos nos estranhado, é melhor ele ficar no canto dele, eu no meu e ninguém sai sangrando.
Pérola: então você não vai?
Hiure: é no fim de semana, vou ter que passar de quarta até sexta virando noite aqui, quer assim mesmo?
Pérola: é pelo seu irmão, teremos muitos dias, mas inauguração é apenas uma vez, ele precisa de vocês lá, já basta a ausência de um.
As palavras da loba penetraram fundo no coração do namorado que toma a decisão final.
Hiure: vou pedir pro coroa ficar com Italo e teremos nosso fim de semana.
Pérola: sabe dos outros?
Hiure: Heitor está aplicado nos estudos de administração e investindo bastante tempo com Fernanda, Bryan está na gerência de uma academia e o trio está junto de Davi e Apolo nas fronteiras impedindo lobos e cães problemáticos de invadir a cidade.
Pérola: eles irão?
Hiure: aí é com eles.
Pérola: tá bom, boa sorte amor. Se despede com um beijo.
A semana passou, no sábado tudo já estava pronto, Heitor e Fernanda não foram, mas os demais membros sim, Italo ficou com o avô e num avião particular eles foram, a viagem foi tranquila e a recepção veio por parte de algumas amazonas.
Hiure: vocês ficam aonde? Sei que o pessoal da Nat fica no congelador.
Amazona: ficamos na parte mais urbana e central devido nossos empregos.
Pérola: como foi se mudar pra cá, se adaptaram bem?
Amazona: o frio foi a pior parte, mas aqui é ótimo e é um lugar novo, com pessoas novas, é muito bom.
Hiure: fico feliz em saber.
Já era hora do almoço quando eles seguiram para o local aguardado, todos ficaram maravilhados e sem palavras, era um estádio enorme, todo branco com uma arquitetura moderna, mas com homenagens voltadas para o estilo romano.
Amazona: fico feliz que tenham gostado, é uma obra prima coletiva das amazonas como um todo.
Arthur: é obra de vocês!? É incrível, sempre soube que eram conhecidas por serem engenheiras e arquitetas únicas, mas isso vai além.
Amazona: agradeço o elogio, mas o melhor está lá dentro.
Uma silhueta surge, o Doctore os recebia com um largo sorriso.
Hiure: Criso meu velho, isso é de outro mundo!
Criso: de fato, as meninas fizeram um trabalho além do impecável, a mistura de modernidade e passado é tão sutil que se unem perfeitamente.
O veterano então os guia através de um corredor bem longo.
Criso: aqui será um Hall da fama, deixaremos registros dos melhores aqui.
Lúcio: e já tem o primeiro homenageado. Fala olhando uma estátua de corpo inteiro.
A figura representava o próprio Criso, vestindo sua armadura e com sua espada e escudo na mão em uma postura severa e imponente.
Bryan: " Patrono de todos os gladiadores e o maior que já existiu, Criso o Invicto".
Criso: ele insistiu, eu disse que era desnecessário, mas nada muda a idéia do Alpha.
Pérola: a homenagem é proporcional.
O grupo segue por uma escada que os leva até uma espécie de cabine de luxo, ali eles encontram com Rodolpho, Arwen, Daniel e Kagome.
Hiure: é muito bom ver todos de novo.
Arwen: igualmente Hiure, como estão?
Pérola: estamos ótimos, vamos indo né?
Bryan: achei que o casamento sairia antes dessa obra.
Rodolpho: tivemos um imprevisto, um imprevisto positivo.
Hiure: e o que seria tão bom e grandioso ao ponto de interferir?
Rodolpho: vocês saberão, no momento certo. Fala sorrindo.
Hiure: então tá.
A cabine dava visão privilegiada de todo o estádio, as arquibancadas preenchidas pela alcatéia de Kaique e Nat e todo o campo.
Kagome: ali, alguém tá indo para o campo.
As sombras revelaram ser Kaique sendo seguido por Criso e um punhado de gladiadores, entre eles estava César, nesse tempo Nat e Konstantin chegam a cabine.
Hiure: majestade. Cumprimenta com a cabeça em deboche.
Nat: idiota. Devolve igual.
Hiure: saudades loira.
Nat: de você também rabugento, de todos vocês, onde está Heitor?
Bryan: está muito ocupado estudando, principalmente a anatomia feminina.
O comentário tira Arthur do sério e faz todos rirem, mas os risos são interrompidos pela voz do Alpha.
Kaique: sejam todos muito bem vindos a inauguração do Coliseu, do meu Coliseu, do nosso Coliseu, o Coliseu do Sul!!!!
Todos gritavam animados com as palavras do Alpha que sabia o que dizer.
Kaique: é com muito prazer eu dividirei com vocês, isso é a realização de um sonho, meu sonho, de trazer o que eu vi, admirei e aprendi na arena da própria Roma, o que antes eram exibições bárbaras de violência e massacres preconceituosos, hoje é apresentado a vocês como foi para mim, um esporte, uma transformação drástica, uma transformação causada por um homem, o patrono de cada um que ama e pratica esse esporte, Criso o Invicto!!! Grita apontando para o cão citado.
O veterano ergue uma mão acenando para o público um pouco acanhado.
Kaique: aqui muito acontecerá, nomes ficarão gravados na história, campeões nascerão aqui, desafios serão travados, venha quem quiser, homem, mulher, experiente ou novato, o esporte é pra qualquer lobo, cão ou híbrido com mais de dezesseis anos, qualquer um poderá desafiar o campeão, mas essa parte eu deixo com meu amigo.
O Alpha aperta a mão do doctore, acena para o público e se junta aos outros na cabine.
Criso: hoje nós formaremos o primeiro campeão, o campeão principal, outras quatro arenas menores virão, serão cinco campeões logicamente, ao campeão será dado alojamento de luxo na própria arena que ele defender, a escolha da própria arma no início do combate, assim como um quinto das vendas dos ingressos, além de notoriedade e fama, para os desafiantes de fora da alcatéia serão dadas as mesmas chances para os que já são membros, armas escolhidas aleatoriamente, com a vitória ele terá os mesmos benefícios e a escolha de fazer parte ou não da alcatéia, caso não fique e perca, será obrigado a sair das instalações e não poderá desafiar o campeão da mesma arena por um mês, um campeão só pode desafiar outro após cinco defesas de sua posição, um novo campeão será elegido numa luta como esta para a arena vaga, é estritamente proibido o uso de substâncias químicas de aumento de desempenho e o uso da força fatal, é um esporte não um combate até a morte, eu serei o juiz de quantas partidas eu puder e para qualquer um que desobedecer as regras as consequências serão aplicadas pessoalmente por mim de forma severa.
Na arquibancada haviam também licantropos de fora, alguns ficaram excitados com as possibilidades e chances oferecidas, o público não podia esperar mais.
Criso: aos seus lugares, se preparem!!
Os oito competidores se posicionam formando um grande círculo, o veterano sai do centro, de sua cintura ele retira um chicote, este é erguido e o golpe atinge a areia num estalo, dando início ao combate de inauguração, os combatentes usavam uma variedade grande de armas, martelos enormes, machados, lanças, tridentes junto de rede, espadas e escudos, o combate se inicia, a platéia grita entusiasmada, os movimentos eram incríveis e demonstravam um treino rígido e severo, Cristo caminhava distante rodeando o grupo, o chicote na mão, mas sabia que não haveria necessidade alguma de usar, mesmo os figurões na cabine estavam se divertindo bastante.
Hiure: isso é muito melhor do que os treinos, viram aquele usando a rede, é esperto.
Kaique: o nosso estilo é bem variado, aqui ganha o mais esperto, criativo e experiente e todos são tudo isso.
Bryan: mais quatro arenas menores? É ousado.
Nat: é disso que ele gosta, nós no caso, exagero é o nosso departamento.
Arwen: isso inclui a casa de vocês?
Konstantin: abriga todos os mil e duzentos russos.
Rodolpho: nossa, pequeno pra caramba. Fala rindo irônico.
Hiure: você não viu o da Rússia, só pra chegar era um inferno gelado.
Kaique: nem me fala, aquele frio do caralho e aquelas bestas, o urso era o pior.
Hiure: não, o yeti que era.
Kaique: os ursos eram mais pesados e ferozes.
Hiure: os yetis eram maiores e mais fortes.
Pérola: as crianças podem parar? O primeiro caiu.
Um dos oito caiu no chão, ergueu dois dedos, era o símbolo da desistência, a platéia aplaudiu o atleta, outros dois caíram, ambos desacordados, caíram um por um até que sobrou apenas dois, César e o gladiador com machado, ambos retiraram seus elmos, cravaram suas armas no chão e apertaram as mãos olhando um no olho do outro, a platéia observava em silêncio, ambos retornam aos seus lugares, colocam seus elmos e apanham as armas, o estalo do chicote lhes deu o sinal, ambos correm, um golpe de machado veio por cima, o escudo bloqueou, mas foi danificado, César o perdeu e teve seu queixo acertado pelo cabo da arma, isso o derrubou, o oponente pula pra pisar no cão caído, mas este rola e chuta o rosto do adversário, ele se levantou e ambos trocaram golpes, o machado tinha vantagem sobre a espada, César foi empurrado aos poucos, mas tudo não passava de encenação, ele se abaixou de um golpe, rolou pra de trás do oponente e lhe cortou duas vezes, nas costas e atrás do joelho, o oponente desaba, mas gira com o machado, César pula sobre ele evitando o golpe e caindo a sua frente com a ponta espada no pescoço do oponente que riu e ergueu os dedos, a última chicotada revelou o vencedor, o derrotado se levanta e ergue o braço do vencedor, a platéia aplaudiu de pé com gritos e assobios unidos as palmas, o doctore chamou os demais, os oito formaram novamente uma linha.
Criso: hoje tivemos a honra e o prazer de apresentar a muitos o novo show do sul, rendendo seu primeiro campeão, todos vocês honram a mim e ao nosso Alpha, e é com muita satisfação que eu declaro César o Campeão, como o primeiro vitorioso no Coliseu do sul!!!
Um grito coletivo surge, os licantropos de fora ficaram ainda mais excitados com tudo aquilo, era sem igual e com oportunidades e possibilidades quase infinitas, era o nascimento de uma nova era, não só no sul do país, mas em todo o mundo, um banquete foi oferecido aos competidores, num espaço reservado para eles, Criso tinha orgulho nos olhos e os elogios do Alpha.
Kaique: estão melhores do que nunca, fez um excelente trabalho doctore.
Criso: apenas o que me foi ordenado, fico feliz que tenha sido de sua apreciação.
Hiure: aquilo foi incrível, Invicto, de fato eu preciso de você na minha alcatéia, o que acha?
Criso: pro inferno Pelo Negro, meu corpo e meu espírito pertencem a essa alcatéia.
Hiure: foi o que eu achei, tem um bom cão com você Kaique, de verdade, você tem sorte.
Kaique: eu sei, tenho sorte por cada um deles.
Daniel: algum plano a mais para a arena?
César: como assim?
Daniel: por favor, as antigas arenas eram usadas para muito mais do que só lutas incríveis, era um local pra execuções também e eu sei da Bratva tendo influência na sua alcatéia.
O casal de Alphas se olham rindo, alguns não entenderam.
Kaique: você tem toda razão, existem coisas que eu não tolero, um agressor doméstico, um assassino cruel, um estuprador ou um pedófilo, esse tipo de coisa não será tolerada por mim, humano, cão, lobo ou o que quer que seja, o crime será julgado e a sentença será dada nas areias, sem honra, sem aplausos, apenas sangue e morte.
Hiure: quem vai julgar?
Kaique: eu, Nat, Konstantin, Criso e César, não haverá empate.
Hiure: estão fudidos.
César: só poderão cair de joelhos rezando, não que isso vai valer de alguma coisa.
Rodolpho: crimes graves merecem punição violenta, tolerância só beneficia os criminosos e é por isso que os humanos fazem tanta merda sem pagar.
Perola: poluição, discriminação, abusos, covardias e por aí vai.
Rodolpho: e quando vamos conhecer a nova casa de vocês?
Nat: podemos ir agora, vou mandar trazer alguma coisa pra vocês vestirem.
Hiure: me aponta o caminho e eu chego antes de você.
Nat: até parece.
Hiure: tá apostado.
Rodolpho: como uma criança.
Hiure: e você age feito um idoso, se solta.
Os russos trouxeram roupas para todos menos o casal de Alphas, todos seguraram as roupas até que chegarem próximo do pé do morro, a temperatura estava próxima de dois graus, todos se vestiram, mas um casaco foi rasgado em pedaços.
Hiure: não abro mão da corrida.
Nat: vai engolir neve.
Rodolpho: deve estar quatro graus mais frio lá em cima.
Hiure: grande coisa. Fala retirando as peças de roupa.
Daniel: que porra é essa!?
Kaique: ninguém vai ficar totalmente nu aqui, as peças íntimas ficam. Fala tirando as dele.
Rodolpho: você também!?
Nat: não dá pra correr usando calças. Fala também de roupa íntima.
Arthur: estão brincando? Tá frio pra cacete aqui.
Hiure: você não esteve em Prochnost, aquilo sim era uma desgraça.
Kaique: Konstantin vai levar vocês, vamos!!
O trio começou uma corrida frenética e sem pensar em olhar para trás, logo chegaram ao destino, o caçula logo avistou a fortaleza, era nostálgico, uma viagem no tempo, Kaique bate em seu ombro e os três seguem em frente, os demais chegaram minutos depois.
Rodolpho: isso é a réplica do que tem na Rússia? É gigantesco.
Kaique: eu diria uma homenagem, aquele lugar é inigualável, mas eu queria dar isso a eles.
As mãos dos Alphas se entrelaçam, o cão lobo se senta e sua namorada fica em seu colo.
Kaique: foi lá que eu mudei, sentindo algo totalmente novo e sem entender, a loira severa me mudou e sou grato por isso. Fala beijando a mão dela.
Hiure: só pra constar, tive participação e incentivo para esse casal acontecer.
Nat: nós também, sem nossas provocações você teria demorado muito mais.
Hiure: desnecessário.
Todos riram, era uma ocasião rara e muito bem aproveitada, a grande família quase que totalmente reunida.
Hiure: eles estariam orgulhosos e muito felizes por vocês, assim como nós estamos agora, vocês merecem cada milímetro de felicidade que tem e terão.
Nat: obrigada rabugento.
Kaique: meloso que só ele.
Nat: seu irmão ignorante e bruto está sendo carinhoso, deveria agradecer.
Hiure: não sei se agradeço ou se me ofendo com isso.
Daniel: se ofenda.
Hiure: você é a positividade do grupo, não é?
Daniel: sempre.
Bryan: brasileiros são estranhos.
Nat: verdade.
Kaique: americano abusado.
Hiure: russa também.
Nat: menti?
Hiure: ei, essa fala é minha.
Arthur: você quis dizer nossa, não foi?
Lúcio: gostei.
Hiure: pirralho, te quebro no soco.
Arthur: quer vir? Vem! Fala fechando os punhos.
Lúcio: vamos dar uma surra no Alpha.
A conversa durou horas, todos tinham novidades para contar, a noite veio rápido, a temperatura baixou ainda mais, por instinto os caras se transformaram em lobo e cobriram suas companheiras; o café da manhã foi servido, todos comendo a vontade, mas Hiure e sua alcatéia não podiam ficar mais.
Kaique: não podem ficar mais?
Hiure: juro que quero, mas as coisas atrasam e viram uma bola de neve se eu ficar muito tempo fora.
Nat: seu pai podia ser mais legal.
Rodolpho: tio Wellington é foda nessas paradas.
Pérola: também acho, mas eles são pai e filho, eles que se entendam.
Arwen: foi muito bom ver todos vocês.
Pérola: e o casamento, sai quando?
Rodolpho: temos um projeto inacabado, mas não tá longe não.
Hiure: contem com a nossa presença.
Arwen: não deixe de levar Italo, faz tempo que não o vejo.
Hiure: ele cresceu tanto, tá esperto feito uma raposa, eu não o trouxe pois ele não poderia ficar aqui em cima e eu não podia deixar de vir aqui.
Nat: também tô com saudades do meu sobrinho.
Pérola: ele vive perguntando de vocês, não esquece de ninguém.
Hiure: está na nossa hora, fiquem bem.
Todos dão um abraço coletivo meio atrapalhado e desengonçado, com direito a risos.
Hiure: amo todos vocês.
Então os cinco descem o morro, a saudade não chegou nem perto de sumir só com aquele único dia e mesmo que fossem semanas não seria o suficiente. O Alpha do norte se despediu e para seu território ele retornou com sua família, foi recebido muito bem por todos perguntando como havia sido.
O tempo novamente agiu veloz e sem esperar por nada ou ninguém, mas seu avanço trouxe a conclusão da cura da Árvore da Vida e imediatamente um tremor violento surgiu, a terra tremia violentamente, troncos enormes saiam da terra, tomando forma e vida através de milhões de folhas, assim que o tremor passou eles puderam sair da floresta, todos tinham uma preocupação com o povo ribeirinho, as árvores poderiam ter alcançado as casas, ao chegarem seus olhos não puderam acreditar, todos estavam bem e não pareciam ter tido muitos problemas, árvores surgiram ali também, mas sem ferir ninguém ou causar quaisquer danos estruturais a aldeia.
Rodolpho: como isso é possível?
Daniel: nada foi quebrado, como?
Pã: nós falamos isso lá atrás, aquela árvore é quase uma entidade da natureza, é quase como se tivesse consciência de tudo, revitalizou o verde, mas sem maltratar os humanos ou minimamente um único mico, cresceu generosa e empática.
Carvalho: uma verdadeira rainha.
Rodolpho: vocês conseguiram!!
O Alpha abraça os dois, corre e pega a noiva no colo girando alegre, ao colocar a princesa no chão ele a abraça beijando sua testa com carinho e ternura.
Arwen: o projeto foi concluído e uma coisa leva a outra.
Rodolpho: anúncio a todos os membros dessa alcatéia!!! O dia chegou e a mão da princesa eu terei, com a bênção do rei, é claro.
Pã: ao casal eu dou meus mais sinceros votos de longevidade e a minha bênção eu dou a vocês.
Todos comemoram com uivos e gritos de alegria, Jocelina via tudo mais distante com um sorriso, Rosana abraçava o filho orgulhosa e muito feliz, Jocimar cumprimentou o filho como um igual; a notícia foi espalhada, o casamento será em março de 2020, os irmãos ficaram contentes com a notícia, a ansiedade era geral e se manteve assim até o dia chegar, todos os figurões reunidos, veteranos e nova geração reunidos novamente para um evento extremamente importante para o casal.
Pã: o amor vai além de uma palavra ou até mesmo um sentimento, é uma união de corpo, alma e mente entre pessoas, entre amigos, entre irmãos, pais e filhos, marido e mulher, eu vi esse amor surgindo aos poucos e muito menos alegra ver até onde chegaram e até onde vocês chegarão, pelo poder em mim concedido por mim, eu abençôo esse casal e os declaro casados.
O casal se olha e se beijam apaixonados, os convidados aplaudem de pé e a comemoração tem início.
Helmar: meus parabéns garoto, felicidades.
Rodolpho: valeu tio.
Vaneska: casal lindo, tudo de bom.
Arwen: obrigada.
Os veteranos parabenizaram, os irmãos ficaram por último.
Hiure: vocês merecem, tô muito feliz por vocês.
Rodolpho: obrigado irmão, vocês aqui são muito importantes para nós dois.
Kaique: cuida bem dele, não vai ser fácil, mas você consegue. Fala sorrindo.
Arwen: pode deixar, ele tá em boas mãos.
Hiure: sabemos.
Rodolpho: e vocês? Quando que o de vocês vai rolar.
Os dois irmãos tossiram pela surpresa e mudaram de conversa rindo e disfarçando para fugirem da situação.
Pérola: amor, ele não para. Fala entregando Italo.
O pequeno se debatia nos braços de Pérola e só parou quando o pai o pegou no colo.
Hiure: dá os parabéns pro titio.
Italo: é aniversário dele?
Hiure: não, é casamento, fala casamento.
Italo: casamento?
Hiure: isso, fala "parabéns tio Dolpho e tia Arwen"
Italo: parabéns tio Dolpho e tia Arw. Fala com um dedo na boca.
Rodolpho: obrigado lobinho.
Arwen: que anjinho, obrigada.
A Alpha russa pede o pequeno e ele pula para os braços da tia que brinca com ele o balançando e dançando.
Kaique: perdi minha loira pra um filhote.
Hiure: o garoto é boa pinta, aprendeu comigo.
Pérola: sei, claro.
Hiure: aí meu filme queima.
A dança foi iniciada e os casais seguiram o casal de destaque, Rodolpho e Arwen conduziam os demais, ele a tocava com delicadeza e suavidade, o sorriso não saia de seus rostos, todos que dançavam não conseguiam parar de olhar o casal que contagiava a todos, a festa durou até o dia seguinte, os presentes então foram oferecidos ao casal, Hiure estendeu dois bilhetes ao casal.
Rodolpho: vai torcer pra ganharmos na loteria?
Hiure: idiota, são passagens, um barco de luxo aguarda vocês, está fechado pra vocês dois apenas.
Arwen: Hiure é muito caro, não pode. Fala estendendo de volta o bilhete.
Hiure: não se preocupem, nada que eu não possa repor.
Pérola: a viagem tá marcada para daqui se dois dias, sairá daqui do estado mesmo.
Rodolpho: e o destino?
Kaique: isso é conosco.
Natasha entrega dois envelopes para o casal, dentro haviam reservas de um hotel.
Nat: já estiveram no Caribe?
Arwen: Caribe!?
Kaique: vão gostar, o hotel tem tudo e mais um pouco, vão gostar.
Rodolpho: nem sei o que dizer.
Hiure: um valeu já basta, só se certifiquem de aproveitar cada instante.
Kaique: o caolho tá certo.
Hiure: quer uma mão Kaique?
Rodolpho: isso é muito errado, velho.
Os dias se passaram e o casal foi fazer sua viagem, ao todo seria um mês inteiro fora, um mês curtindo cada dia ao máximo, com muitos sorrisos e fotos diversas, assim foi a lua de mel do casal.
Lupina ia muito bem, a cidade recuperou totalmente o brilho e a confiança da população, Hiure lidava melhor com suas responsabilidades, mas seu pai nunca mais apareceu na construtora, mas isso já não incomodava seu filho, era manhã de sexta e o Alpha ia sair pra almoçar quando um cheiro surge para a surpresa dele, Wellington entra abrindo as portas com um sorriso largo.
Wellington: vejo que já não tem dificuldade com nada.
Hiure: você tá brincando? Sabe que faz mais de um semestre que você sumiu daqui? Eu fiquei de papelada até o pescoço por sua causa!!!
Wellington: mas se virou não foi, as ações subiram oito por cento nesse tempo que estive fora, mandou bem.
Hiure: eu me fudi várias vezes, passei noites em claro, passei noites nesse escritório, tudo isso por culpa sua!!!
Wellington: eu vim resolver isso, o que acha de um almoço em família.
Hiure: tá falando sério?
Wellington: vamos logo moleque.
Hiure: tá, espera um pouco.
Os dois seguiram para a casa do Bravo, na frente haviam vários carros.
Hiure: o que está havendo?
Wellington: entra.
Os dois entram e na mesa de jantar estavam Helmar, Vaneska, Lois, Sofia, Felipe, Marcos e Elizabeth.
Hiure: é a casa da mãe Joana agora? Virou pensão?
Lois: me respeita garoto ou eu cego seu outro olho.
Hiure: agressiva.
Wellington: senta aí.
Hiure: por que isso?
Felipe: seja paciente, os outros não chegaram ainda.
Hiure: outros?
Poucos minutos se passaram e mais seis chegaram, eram a alcatéia de Hiure.
Pérola: virou um tipo de seita?
Wellington: sentem.
Os seis param e olham para o Alpha que confirma desleixado com a cabeça.
Wellington: não reuni todos por acaso ou sem motivo, nos últimos meses eu me ausentei da Constru Max, você imagina o motivo?
Hiure: férias, jogar peso no meu ombro, coisas de pai.
Wellington: em partes está certo, mas eu nunca tirei férias, eu acompanhei todos os seus passos, vi seu sufoco e sua aprendizagem, eu estava fazendo o que sempre fiz com você, te treinando da forma mais severa possível.
Hiure: treinando?
Helmar: vocês tem tido evolução constante e acelerada, todos vocês, mas especialmente vocês quatro. Se refere aos mais velhos.
Felipe: já estava planejado faz um bom tempo, desde que cedemos nossos lobos pra você treinar.
Hiure: estão tramando algo desde aquela época? Por que? O que?
Lois: por causa dessa conclusão aqui.
A amazona entrega um envelope, dentro haviam papéis e o Alpha pegou o primeiro que continha o símbolo da construtora.
Hiure: o que é isso!?
Pérola: o que foi? Pergunta pegando o papel.
Bryan: e o que é?
Pérola: é um documento de transição de posse assinado por Wellington, tá passando a empresa!
Wellington: estou sim, mas não é tudo, o terceiro papel é do Indomável e os dois últimos são seus.
Todos se dividem em começam a ler, outro documento dizia respeito ao Alpha.
Bryan: estão passando tudo?
Pérola: os escritórios e as clínicas.
Hiure: a Universidade Avanço!? Helmar, como assim!? O que significa isso.
Wellington: se chama passar o bastão.
Helmar: Maria e Heitor herdariam isso, mas nenhum deles nunca quis, minha filha adotou uma criança com você e meu filho está sob sua responsabilidade, ficou óbvio pra mim.
Pérola: não pode ser sério.
Marcos: é sim, sabíamos que esse dia chegaria, é ótimo ter herdeiros.
Vaneska: vocês fizeram por merecer, cada um de vocês.
Lois: liderou minhas meninas no campo de batalha como uma de e nós, assim como Natasha.
Elizabeth: você foi uma das mentes que tornou possível a imunização a prata, assim como Priscila, Arwen, Maria e eu.
Sofia: é uma amazona em corpo e alma.
A Alpha ruiva fica sem palavras, era muita coisa.
Hiure: você sabia.
Heitor: sabia, foi um acordo que eu fiz, mas não pude contar.
Hiure: desgraçado.
Wellington: todos aqui tivemos um pontapé inicial, seu avô Álvaro me fez um empréstimo pra eu começar, ainda na alcatéia do Viajante, Lois e Sofia começaram a estudar e a se desenvolver, a fortuna do velho Branco garantiu aos seus filhos abrirem e investirem em seus sonhos e Helmar, bom, ele não seguiu a lógica, já tinha grana pra cacete.
Os veteranos riem, mas os jovens estavam em choque, era uma passagem sem proporções.
Helmar: e fora nossos impérios, nossos lobos também são seus para liderar.
Hiure: nem fudendo!!!
Wellington: eles já estão cientes e animados até, você os treinou, você os liderou e você os conheceu, cada um deles entendeu, aceitou e gostou da idéia.
Hiure: isso é loucura, o que vocês vão fazer? Se aposentar?
Wellington: exatamente.
Hiure: tá zoando com meu focinho.
Helmar: sabe quando foi a última vez que tiramos férias? Nunca!! Em mais de vinte anos, tá na hora dos veteranos relaxarem um pouquinho, tomar um sol, umas cachaças, sei lá.
Felipe: só papai pode lutar contra o tempo e nós sabemos que não somos como ele, tá na hora da velha guarda se retirar e deixarmos mãos e mentes novas assumirem tudo.
Vaneska: vamos passar uns meses aqui pra ajudarmos um pouco e acertarmos umas coisas, mas isso não vai mudar nada do que já foi dito.
Wellington: a partir desse momento, vocês são a maior alcatéia do país e você é o mais novo Grande Alpha do Brasil, meus parabéns Pelo Negro.
Todos aplaudiram os jovens que ainda estavam perplexos, o trio mais novo pulava e sacudiam os três com gritos e comemorações.
Notícias são rápidas, poucos dias foram o suficiente para que todo o país soubesse da novidade.
Lobo: Pelo Negro se tornou Grande Alpha!
Cão: não foi ele que matou o Turner!?
Lobo: soube que ele é irmão caçula dos demais Grandes.
No sul não foi diferente, jornais de licantropos foram impressos com a noticia na primeira página.
Kaique: o nanico conseguiu.
Nat: parece que as eras estão mudando.
Kaique: ventos fortes virão, na verdade, já estão aqui.
Nat: viu só, seu tio agora é mais famoso ainda. Fala fazendo carinho na própria barriga.
O Alpha abraça sua Rainha da neve, beija sua testa e toca sua barriga.
O norte também recebeu a notícia e um Medeiros correu para contar ao Alpha.
Lobo: Alpha!!! Alpha!!
Rodolpho: o que foi?
Lobo: é o seu irmão caçula, ele está na primeira página, ele foi...
Rodolpho: até que enfim você chegou, já estava na hora seu pirralho. Fala com um sorriso de desafio.
Anos se passaram desde a festa onde tudo começou, muita coisa aconteceu, coisas horríveis, pessoas se foram, mas outras foram salvas e com isso coisa maravilhosas vieram,eras tiveram seu fim marcado para sempre na história, dando lugar para a uma nova começar e ser também gravada na história, sonhos morreram, renasceram e se concretizaram e depois de tudo, os três podem olhar de cabeça erguida para uma nova lua cheia que vai iluminar e ajudar em cada um dos seus passos daqui em diante, de fato é um novo tempo.Fim.
Escrever foi uma das melhores coisas que eu já fiz, tive muito aprendizado e ajuda, deixo aqui meus agradecimentos para você leitor que chegou até aqui, muitos juntos de mim, isso tudo foi a realização de um sonho e eu devo isso ao meu amigo irmão que me ajudou a fazer do Presas e Garras essa coisa maravilhosa na minha vida, Fenrir, obrigado e também a você que leu tudo isso fielmente, é agora que o autor chora, mas de orgulho e felicidade.
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Presas e Garras
WerewolfEm uma cidade do Rio de Janeiro chamada Lupina existem quatro alcatéia dominantes, a cidade foi dividida pelos antigos Alphas, na alcatéia do Sul vivem os quatro jovens principais, Rodolpho, Ryan, Kaique e Hiure eram mais do que amigos, verdadeiros...