Segredo e aprendizado

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Os três capitães mais jovens junto do pequeno Ítalo viajaram, o destino era Tocantins, porém algo inédito estava para acontecer em Lupina, Renato tinha contas para acertar, devia encarar um desafio e quebrar uma lei, ele toma uma faca de caça e põe na cintura, ele pega uma chave que estava em sua mesa, corre até o subsolo, lá haviam três carros, eram um camaro 2018, civic 2017 e uma raptor 2016, ele aperta o dispositivo de trava do carro como se não soubesse a qual ele pertencia, as luzes do civic brilham, ele entra, da a partida e segue com a certeza na face, Wellington castigava um saco de pancadas que pesava 600 Kg, era o terceiro, os outros dois ele destruiu, seus pensamentos iam direto até seu filho e a criança.
Finalmente Renato chega até seu destino desejado, a frente dele havia um grande campo de treino, era cercado por várias casas de dois e três andares, era como uma barreira, no campo se via de tudo, gramado, pistas de terra, obstáculos, cordas, pesos, armas e uma quantidade incrível de lobas em treinamento, uma delas parecia coordenar as outras, mas assim que avista o Grande Alpha adentrar o campo ela grita em aviso.
?????: Você não tem direito de vir aqui não Renato, mesmo sendo um dos quatro Grandes! Grita ao longe.
Renato: Calma, não vim aqui como alpha.
?????: Veio procurar problema e já encontrou! Vociferou partindo para o ataque.
A loba investe para Renato com uma faca, mas ele desvia facilmente e a derruba.
Renato: Calma garota, eu só vim dar uma palavrinha com a sua líder e...
Neste momento Renato sente algo tocar sua nuca.
Renato: O que seria essa coisa gelada na minha cabeça?
Sofia: A ponta da minha espada, agora solte minha tenente.
Renato solta a menina e se vira.
Sofia: Milena você está bem?
Milena: Sim senhora, haverá alguma consequência para ele Coronel Sofia?
Sofia: Claramente.
A tenente Milena era uma jovem de 17 anos, era morena com cabelos cacheados fartos, media 1,58 de altura, tinha um corpo atlético magro, vestia calças camuflada em tom marrom, camiseta preta justa, e botas em tom escuro, na cintura pendia uma pistola e uma faca militar, tinha belos olhos em tom verde claro, já Sofia vestia uma calça igual à de Milena, a camiseta era verde escura, presa na cintura estavam duas pistolas, num coldre no peito estava uma faca de combate, de baixo do braço estavam pentes para as pistolas, usava também botas pretas de cano longo, seus olhos azuis em tom bem claro, os quais olhavam ferozes para Renato.
Sofia: Volte pro lugar de onde você veio e eu vou fingir que não esteve aqui.
Renato: Tentador, mas realmente eu preciso falar com a Lois.
Sofia: Você não precisa, você quer, são coisas diferentes!!
Renato: Querer ou precisar, não importa, eu vou falar com ela e...
Sofia ataca o Grande Alpha, este desvia e devolve o ataque, uma troca de golpes rápidos e fortes acontece, mas são impedidos por um rosnado muito barulhento, ambos olham para a origem do rosnado, Lois se aproximava furiosa, estava muito diferente da última vez que ele a viu, usava um traje rústico, parecia uma armadura feminina medieval de couro preto, os cabelos estavam presos num rabo de cavalo.
Lois: O que você está fazendo aqui!?
Renato: Tentando pedir desculpas. Disse sugestivo.
Sofia: Desrespeitando nossa lei suprema!!
Lois: Por um bom motivo, não foi? Que desculpas são essas?
Renato: É algo a se falar de alpha para alpha.
Sofia: Não seja por isso! Responde brilhando seus olhos de alpha.
Lois: Se acalme minha irmã.
Sofia: Calma!? Ele contrariou a nossa lei, a sua lei, o que está havendo com você?
Lois: Leis podem ser revistas Sofia! Vocifera contra a irmã.
A coronel olhava irritada de um lado para o outro.
Lois: A era está mudando minha irmã, devemos nos desprender de certas coisas, ainda que sejam leis.
Sofia: Diz isso a Helmar!
Renato: O caso dele é totalmente diferente do de vocês, na verdade a única alcatéia que pode abdicar da lei é a de vocês.
Lois: Vamos Loiro, já que está aqui vou te mostrar um pouco do território norte.
Ambos os Grandes Alphas saem andando pelas ruas, casas luxuosas eram vistas em toda a parte, até que eles chegam em uma mansão branca, parecia um templo grego, eles entram, a porta era de carvalho branco maciço, já dentro da mansão se via quadros famosos, escultura caras, muitos troféus de caça e em maior quantidade estavam armas e armaduras antigas, eles entram em uma sala, Lois se senta em sua cadeira e Renato a frente deles, a mesa era de uma madeira clara e polida.
Lois: Fale.
Renato: Eu falei merda naquele dia, eu não deveria ter questionado suas escolhas, eu sei o que essas meninas são pra você, só queria dizer que eu quis me redimir com você e estou tentando me redimir de novo.
Lois: Olha, eu te perdôo pela noite em questão, pra você ter vindo até aqui significa que está realmente arrependido.
Renato: Estou, pode ter certeza, eu era jovem na época, jovem e burro, mas em quase trinta anos você foi a única que ocupou meus pensamentos.
Lois: Sei, até parece que você fez voto de castidade. Fala zombando.
Renato: Beijar, transar sim, mas amar, ansiar nunca, não com outra, além disso você aproveitou também.
Lois: Claro, estou viva não estou?
Renato: Mas me diz que comigo não foi diferente, me diz que foi como qualquer outra, vamos. Diz provocativo.
Lois: Já tive noites melhores. Fala desafiando.
Renato: É? Mentira!
Lois: Por que acha que é?
Renato: porque pra mim você foi e sempre será a melhor é a única que eu realmente quero, chame de ganância, mas eu quero você só pra mim. Fala se levantando e afastando a mesa para o lado.
Lois nem teve tempo de contestar pois Renato a beija e a pega no colo, a feroz e brava alpha agora estava de guarda baixa e dominada, vinte e seis anos de desejo sendo realizados de uma vez só, do escritório eles foram parar nos aposentos de Lois.
Renato: E aí durona? Consegue falar?
Lois: seu lobo safado.
Renato: Se não gostou eu posso ir embora. Diz tentando se levantar.
A Grande Alpha o impede rapidamente, Renato a olha convencido.
Renato: Eu senti muito a sua falta.
Lois: Percebi, parecia um adolescente. Fala carinhosa.
Renato: eu ainda sou jovem. Fala arrogante e com humor.
Lois: Senti sua falta, senti muito mesmo. Fala sincera.
Renato: Eu fui burro, devia ter lutado mais, eu não posso mudar o passado, mas o futuro eu posso.
Lois: Tem algum plano em mente?
Renato: Vamos entrar em guerra eventualmente e claro que vamos vencer, depois de acabar com os lobos das trevas, você...
Lois: Eu?
Renato leva a mão ao bolso e retira um pequeno embrulho, nele estava um anel de prata com pedras de rubi, Lois fica completamente sem reação.
Renato: Filha de Artemis, você aceita se casar comigo? Fala ajoelhado e olhando para a Grande Alpha.
Lois: Sim! Sim! Sim!
Renato põe a aliança em Lois e a abraça fortemente.
Renato: Eu queria poder ficar, mas tenho assuntos a tratar com Wellington, é a sua vez de fazer uma visita.
Lois: Eu sei, eu vou estar lá, ligo se não puder ir.
Renato: Suas amazonas vão permitir minha saída?
Lois: Pode ir, vou emitir uma ordem.
Renato põe sua camisa e vai em direção a porta, assim que toca a maçaneta ele para como se tivesse esquecido de algo.
Lois: Esqueceu a chave do carro?
Renato nega com a cabeça ainda de costas, ele olha para trás por cima do ombro, fixando seus olhos na Grande Alpha.
Renato: Eu te amo, fique bem.
Logo ele sai e vai em direção ao seu carro, por onde quer que olhasse ele via caçadoras armadas e furiosas olhando para ele, o Grande Alpha entra no carro e segue rumo ao sul.
Bem longe de sua terra natal, os irmãos e o pequeno Italo seguem viagem rumo ao norte e depois de anoitecer eles finalmente chegam ao estado do Tocantins, logo na entrada eles avistam um enorme casino, Kaique desce do carro e vai em direção ao casino, lá dentro luzes e músicas marcavam o lugar, no bar bebendo estava uma figura familiar, Connor estava com seu cigarro de palha e um copo pequeno do que parecia cachaça.
Kaique: matando o tempo ou o fígado?
Connor: um pouco de tudo. Fala virando a dose.
Kaique aperta a mão do kriegshund e eles saem do bar e vão para o mustang, Connor os guia até uma propriedade muito velha, era rústica e parecia ser do século XIX, Connor vai em direção à porta e abre, o interior da casa era rústico porém luxuoso, todos ficam admirados.
Ryan: como um cão velho e fudido pode ter uma casa dessas?
Connor: o cão velho tem seu pé de meia, não me chamam de Andarilho sem motivo, tenho propriedades em toda a parte desse país e um pouco mais. Fala arrogante.
Kaique: caralho!! Velho milionário.
Connor: bilionário eu acho. Fala pensativo.
Hiure: Connor eu achei essa casa muito foda, mas achei que iríamos treinar.
Connor: não julgue o livro pela capa, venham comigo. Fala andando pela casa.
O kriegshund chega até próximo da escada, na parte posterior havia uma porta, ao abrir a mesma, eles notam que há uma escada indo para o subterrâneo, todos descem, Italo ria olhando as luzes, eles finalmente chegam onde queriam, Hiure lembra imediatamente do bar de Pérola, porém aquilo era muito maior, parecia muito o coliseu, as paredes em volta eram de rocha, haviam quatro grades enormes grades, Connor retira seu paletó, joga de qualquer jeito e sai falando.
Connor: além de lutar e controlar as transformações, o que vocês sabem?
Ryan: Kaique só controla bem mesmo uma só forma. Fala zombando.
Kaique: você também. Revida vociferando.
Hiure: e a de Kaique é mais útil em combate.
Ryan: sou um caçador não um guerreiro.
Connor: vocês são tão burros quanto são jovens, são imbecis, nessa era de guerra vocês não podem escolher o que são, tem que ser tudo.
Hiure: eu me controlo bem e tenho a Intimidação Predatória, fora meus passos de caça. Fala orgulhoso.
Ryan: a intimidação é extremamente rara e meus passos de caça são muito melhores.
Connor: ambos medíocres.
Hiure: vai com calma.
Connor: medíocre. Insiste.
Italo ria olhando para a cara de susto dos três irmãos.
Connor: sua Intimidação é fraca e se você se orgulha dos passos de caça então você não é um caçador tão bom.
Ryan: como assim? Essa técnica me ajuda muito.
Connor: a caçar animais e humanos, os passos de caça se trata de uma locomoção rápida e leve do usuário na intenção de reduzir o ruído, porém há uma técnica que supera até mesmo os passos de caça, se chama passos de bote.
Hiure: nunca ouvi falar.
Connor: claro que não, eu a criei e somente eu a tenho, por isso sou o único que pode ensinar.
Hiure: não preciso disso, não sou caçador.
Connor: vocês tem que entender que ser bom em uma coisa só não é suficiente, a excelência é obrigatória.
Kaique: maldita guerra.
Connor: reclame a vontade, não vai mudar nada, é a geração da guerra, assim como foi a minha.
Ryan: e como foi que você venceu e chegou até aqui?
Connor: depois de muitas lutas e muitas perdas.
Hiure: se vamos ser treinados por você, seria bom sabermos mais um pouco sobre sua vida.
Connor: justo.
Kaique: conta aí.
Todos se sentam próximo às paredes de rocha e encostam nas mesmas, Connor parecia cansado, mas sua história tem início.
Connor: tudo começou com meus avós, eles eram irlandeses e os caçadores começaram a ter um apreço por galgos irlandeses, eles foram trazidos para o Brasil em 1890, meu pai nasceu dez anos depois, minha avó foi morta pois não queria ter filhos com outro homem como se fosse um animal, meu avô morreu pois se recusou a caçar a própria raça, mas o tempo foi passando, os caçadores descobriram uma mistura de acônito que fazia os cães ficarem dopados e submissos, meu pai Trevor Mac Saeliech caçou licantropos até a o fim da década de 1950, quando matou pela primeira vez.
Connor mergulha em lembranças e volta naquele dia do ano de 1958.
Trevor: como eu pude? O que foi que eu fiz!!?
Connor: papai!? Fala chorando.
Trevor: meu filho, minha única alegria, perdoe seu pai.
Trevor o beija a testa do filho e se afasta, de baixo de uma pedra havia uma lâmina reluzente e Connor reconheceu, era prata.
Trevor: meu filho sempre se lembre disso, a liberdade é um direito de todos, seja livre meu filho.
O pai de Connor derruba a porta de sua jaula e mata o guarda que lá estava, ele latia muito alto, de repente vários caçadores apareceram com revólveres e começaram a atirar.
Trevor: VAI!!!
Connor sai da jaula e olha pro seu pai sendo alvejado.
Trevor: eu te amo filho.
Connor corre para a mata, horas depois já à noite o jovem cão volta para ver o que acontecera com seu pai, ele se quer foi retirado dali, Connor o toma nos braços e faz um túmulo honroso.
Connor: a liberdade foi privada de nós por muito tempo pai, eu mesmo vou dar um basta nessa escravidão maldita.
Connor então volta das lembranças, ele parecia estar cansado só de lembrar de tais fatos.
Kaique: logo depois você vagou pelo país acabando com a escravidão dos krieghund?
Connor: foi, ainda jovem eu conheci Antônio e me tornei seu braço direito, mas mesmo tendo essa posição eu não ficava o tempo todo junto da alcatéia.
Ryan: ficava tropeçando nos bares?
Connor: minha geração foi forjada no calor da batalha, obviamente eu gosto da minha força, mas a maneira e o motivo de eu ter toda essa força não é nada agradável, eu vaguei por todo o ocidente pregando a paz pra nossa raça, mas foram tão poucos, cheguei a conclusão que a guerra é inevitável e nossa obrigação é nos fortalecer para lutar.
Ryan: é uma maldição sem fim?
Connor: um ciclo vicioso na verdade, tempos de guerra criam uma geração forte, uma geração forte cria tempos de paz, tempos de paz enfraquecem a geração, a geração enfraquecida não aguenta e acaba em tempos de guerra e assim por diante.
Hiure: então a geração do meu pai é fraca?
Connor: fraca não, conformada, eles pegaram uma época mais pacífica e só se fortaleceram para a mesma, não pensavam no pior e esse foi o erro deles.
Ryan: um bom Alpha não anseia pela guerra, mas se prepara a vida toda pra uma, faz todo sentido agora.
Connor: sei como treinar cada um de vocês, ambos serão parte de uma geração única, serão tão fortes quanto a minha, mas com seus próprios talentos, verdadeiros monstros.
Kaique: o que vai nos ensinar?
Connor: a você e Ryan controle principalmente, mas pegarei pesado com você na esgrima, Ryan terá um treino de caça intenso, já você Hiure será mais trabalhoso.
Hiure: por que?
Connor: fortalecer a intimidação predatória é difícil, mas quando você chegar a um determinado nível vai poder fazer algo inimaginável.
Hiure: como assim?
Connor: Robert não quer apenas exterminar os cães, ele quer a alcatéia suprema, na visão dele uma alcatéia só de alphas, mas ele não faz questão de serem alphas eternos, alphas por esforço também contam.
Hiure: ainda não entendi.
Connor: a intimidação tem dois estágios, o primeiro que é o seu, é o de demonstração, você apresenta sua força ao oponente, se o mesmo for um bundão ele vai fugir, mas existe um nível acima, se chama Vislumbre do Inferno, nesse estágio você amedrontra o oponente ao ponto dele até mesmo desmaiar de medo.
Kaique: mas alphas por esforço não sentem medo.
Connor: por isso essa técnica é impressionante, seu poder é tanto que você se torna o medo de um alpha o tornando um beta covarde.
Ryan: caralho!! Puta que pariu. Fala olhando para Hiure.
Hiure: e isso é possível?
Connor: eu vou ensinar você, a vocês três, vamos venham!!
Kaique: sabe que somos capitães do Loiro, não sabe?
Connor: e daí? Com seus níveis baixos vocês não vão me dar muito trabalho, venham, vamos por etapa de transformação.
Ryan: ordem dada... Fala sugestivo
Hiure: ordem executada. Completa severo.
Ambos partem pro ataque, Hiure tenta uma sequência de boxe, mas Connor esquivava facilmente com movimentos apenas do pescoço, Kaique tenta golpes com as garras, Ryan ataca alternando entre presas e garras, mas todos são frustrados pelos reflexos surreais do kriegshund, Connor contra ataca com socos diretos nos rapazes, cada um recua dois metros.
Connor: vamos, me acertem "capitães" do Loiro. Fala zombando dos rapazes.
Os três então se tornam glabros.
Kaique: tá bom pra você agora velho!?
Connor: vocês chegam lá, será que verão a minha pouco cão?
Ryan: veremos além dessa forma. Fala rígido.
Mais uma vez os jovens atacam Connor, ele já se esquivava com movimentos mais completos e também devolvia os golpes com violência, Kaique tenta acertar um direto, mas Connor captura seu punho e o puxa fazendo Kaique ir em sua direção, Connor então põe o cotovelo na direção da face do garoto, o capitão então cai, Ryan tentava um chute lateral, Connor apóia seu pé no tornozelo do caçador e o força para baixo o quebrando, Hiure usava golpes marciais, Connor e ele trocaram alguns golpes, os ataques básicos de Connor não surtiam efeito.
Connor: realmente, no corpo a corpo você é o melhor dos três.
Hiure: fui treinado por Renato, Wellington e Felipe é óbvio que sou bom de briga.
Connor: esses garotos são bons. Diz dando um soco na clavícula de Hiure.
Logo após o soco o kriegshund lhe passa uma rasteira e o soca no peito ainda em pleno ar, Hiure se choca violentamente no chão.
Connor: mas eu sou mais experiente.
Italo ria vendo seu pai apanhar, todos se levantam reclamando de dores em diferentes lugares.
Connor: tenho uma boa e uma má notícia.
Ryan: fala a má primeiro.
Connor: vocês são bons.
Kaique: e qual seria a boa?
Connor: não tem foco ou experiência, vão comer o pão que o diabo amassou.
Hiure: você não inverteu não?
Connor: não, as notícias não são para vocês, são para mim.
Hiure: como vai ser?
Connor: você primeiro, tenho pouco a te ensinar, venha.
Kaique e Ryan se sentaram junto de Italo.
Kaique: quer ver seu papai levar um sacode? Quer? Fala com voz infantil forçada.
Connor: você aprendeu o primeiro estágio da intimidação e consegue parar certas criaturas eu vou te ensinar a fazer um monstro virar um bebê chorão, você sabe lutar muito bem, eu vou te ensinar a fazer um massacre com as próprias mãos.
Hiure: me ensine.
Connor: quando se trata da intimidação eu acredito num treino prático, então usando um alvo nunca visto antes, você irá evoluir em todos os sentidos.
O kriegshund se posiciona ao lado de uma das grades e a soca fazendo um barulho muito alto, logo rosnados e grunhidos saem de todas as outras grades, ao lado de cada jaula tem uma alavanca de madeira, Connor então puxa a alavanca da jaula que ele bateu e dela saiu ferozmente um javali gigantesco, tinha o tamanho de um touro, pesava cerca de 1200,00 Kg.
Hiure: que merda é essa!?
Connor: o seu alvo, lute.
O javali investia feroz, com suas enormes presas ele parecia um aríete de músculos e pelo, Hiure saltava por cima do monstro, seus golpes na forma humana não surtiam efeito, num salto mortal ele se transforma e cai de joelhos, ele ruge como nunca, claramente ele usou sua intimidação, porém o javali mal parou e já continuou o ataque, os outros dois se surpreendem com tal acontecimento, Hiure sempre parou seus inimigos com seu poder, o próprio Hiure ficou sem ação, a aproximação violenta do monstro deixa os irmãos tensos, Kaique salta na glabro e Ryan com apenas as presas e garras a mostra, mas ambos param de correr ao ver uma cena inacreditável, Hiure permanecia de joelhos estatelado, mas em seus olhos se via completa curiosidade e surpresa, mas nada que superasse a do gigantesco javali, que tinha suas presas seguradas firmemente por Connor que sorria maldoso para o monstro.
Connor: vocês já era bacon titânico! Diz empurrando o monstro para o lado.
O javali investe veloz, mas Connor simplesmente desvia do ataque, já se virando o monstro empina sob duas patas e grunhi bem alto, mas Connor apenas o olha fixo, de repente todos os irmãos tiveram uma sensação familiar, a de estar diante de um monstro absoluto, o javali fica completamente sem coragem, ele se encolhe ao chão e volta rastejando de costas para sua jaula, Connor retorna a postura comum e vai até os rapazes.
Ryan: coroa, o que você é!? Pergunta abismado.
Connor: sou só um cachorro grisalho.
Kaique: só senti algo do tipo poucas vezes e todas foram na presença do velho Pelo Branco, mas dessa vez foi muito maior.
Connor: eu, esse velho aí e Antônio éramos os maiores usuários de intimidação predatória, a do Álvaro era a mais intensa, Antonio era a mais vasta e a minha a mais violenta.
Hiure: agora que você falou, por quê o velho a usava perto de nós?
Connor: não é que ele usava em vocês, a dele era diferente, houve uma época em que ele foi perdendo o controle, ele não "desligava" era constante, era como uma represa transbordando de tão cheia.
Ryan: faz sentido, ele nunca nos falou disso, gostaria de ter visto ele em ação.
Connor: nós três éramos monstros, agora ele, ele era um titã, já fui atingido pela intimidação dele, até eu senti o perigo, mas nunca houve desavenças entre nós, chega de história, crinos agora.
Nesse momento Hiure se levanta e arma a guarda, Ryan se esforça para parar a transformação na crinos, mas Kaique parecia estar sendo torturado, gritava e rosnava, pelos foram aparecendo aos montes, não eram apenas na cor branca, havia manchas escuras, um rugido selvagem e monstruoso ecoa, Hiure olhava abismado, já Ryan olhava como se estivesse vivendo um pesadelo, mas Connor não demonstrava nem se quer surpresa, era como se já soubesse o que ia acontecer, Kaique então para de rosnar, olha fixamente para Connor que se mantinha relaxado e com um olhar provocativo e num instante, Kaique investe feroz para o kriegshund a sua frente, então num salto ele desfere um ataque de suas poderosas garras.

CONTINUA...

Capítulo demorado, eu sei, peço desculpas, as postagens ficarão mais frequentes agora, vota aí e não esqueça de compartilhar com amigos, valeu.

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