Colisão premeditada

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Esperança, é um palavra de significado forte, único e simples, isso foi o que deu forças a cada lobo, cão, saci e curupira até agora, muito tempo se passou, meses de aprendizado, treino e evolução constante, por fim, a hora vai chegando, os caçadores foram comunicados sobre a divisão das tropas e logo dividiram suas tropas também, era véspera da luta, o nervosismo era claro e geral, Medeiros, Nogueira e clã Yakuza se reuniram.
Rodolpho: é amanhã, tudo vai se resolver, alguns não vão sobreviver, mas nunca se esqueçam, é pelo futuro.
Os presentes aplaudem o lobo, logo todos se dispersam, apenas os figurões ficaram alí.
Rodolpho: vai ser foda.
Daniel: temos muitas vantagens.
Rodolpho: não subestime nosso inimigo, são covardes e covardes podem ser surpreendentes as vezes.
Kagome: não se preocupe Rodolpho, daremos um jeito, pode confiar.
Rodolpho: queria ter sua calma Kagome, mas não consigo, você e Daniel realmente se completam. Fala sorrindo.
Daniel: sim, ela é incrível. Fala pegando a mão da esposa.
A vampira sorri ao esposo e eles saem para sua casa, Pedro também deixa o Alpha.
Daniel: ele está muito preocupado, faz tempo que não o vejo assim.
Kagome: é compreensível. Fala em tom baixo.
Daniel: o que você tem?
Kagome: nada, estou bem.
Daniel: Kagome por favor, vai por esse caminho mesmo?
Kagome: também estou preocupada, tô com medo. Fala segurando um choro teimoso.
O lobo pega a mão dela e a abraça, o choro flui um pouco mais, ele acaricia o cabelo dela.
Daniel: não precisa ter medo, estarei sempre aqui, para sempre com você, eu fiz um juramento.
As palavras do lobo acalmam e confortam a esposa, o choro então tem fim e um beijo na mão é dado pelo lobo seguido de um sorriso confiante.
Os campos agitados de treinamento estavam vazios, sem urros, uivos, gritos, saltos e golpes haviam tido seu último dia, Heitor olhava com nostalgia para os campos.
Fernanda: atento, atento, Terra chamando Mercúrio.
Heitor: o... Oi Fernanda.
Fernanda: ficou distraído, o que foi?
Heitor: bateu uma nostalgia olhando para os campos de treino.
Fernanda: foram quase seis meses aqui, amanhã é o desfecho de tudo, impacta bastante.
Heitor: vamos dar a volta por cima, como sempre.
Fernanda: sabe o que seria legal?
Heitor: o que?
Fernanda: que nós dois saíssemos vivos dessa.
Heitor: do que está falando?
Fernanda: qual é Heitor? É uma guerra, a chance de morrer é muito alta pra mim, não sou parte dos Astros ou dos oficiais, sou só mais uma guerreira no meio de trinta e três mil, não faz sentido pensar em sair viva.
Heitor: ser um Astro ou até mesmo um Grande Alpha não te torna alguém invulnerável. Fala sério.
Fernanda: ancestrais, desculpa Heitor, eu nem lembrei, desculpa mesmo.
Heitor: sem problemas.
Fernanda: sente falta, não é?
Heitor: o dia todo, todos os dias. Fala olhando para a lua.
Fernanda vai até o lado dele e pega a mão do lobo, ali permaneceram, apenas apreciando a lua e a companhia.
Na casa de Pelo Negro a agitação estava controlada.
Pérola: então deixaremos cem lobos pra cuidar das crianças?
Hiure: isso, ficarão em um dos prédios do meu pai, seguros. Fala olhando para o quarto do filho.
Pérola: como se sente?
Hiure: normal, é só mais uma guerra.
Pérola: Hiure.
Hiure: eu estou nervoso, tenso, irritado até, as horas não passam, eu só quero poder matar ele com minhas mãos de uma vez por todas!!!
Pérola: agora sim, esse é o Hiure que eu conheço. Fala o beijando.
O cão lobo e sua namorada também tinham seu momento em sua cabana.
Kaique: vamos resolver tudo amanhã, vingança.
Nat: doce e fria, aqueles nazistas vão pagar.
Kaique: amo você.
Nat: assim de repente?
Kaique: já estive numa guerra, sei que posso não voltar com vida, só queria deixar claro.
Nat: se lembra da nossa aposta?
Kaique: o que quiser, quando quiser, lembro, achei que você não se lembrava mais.
Nat: esperei o momento certo.
Kaique: manda aí, o que quer?
Nat: vai estar comigo quando essa guerra acabar e depois dela também.
Kaique: sabe dos riscos.
Nat: pro inferno com isso, não ligo se é uma guerra, você tem um débito comigo. Fala se aproximando do namorado.
Kaique: tudo bem, fechado, depois dessa loucura nós teremos uma noite daquelas.
Nat: é assim que eu gosto. Fala sorrindo.
A escuridão da noite vai aumentando, a lua toma seu destaque e com o passar das horas ela vai perdendo posição e aos poucos dando lugar ao brilho do dia, o sol vem forte pra dar forças para as tropas, todos se levantaram muito cedo, as crianças e os sentinelas iam sendo preparados para irem ao local de segurança.
Hiure: você vai dar um passeio.
Ítalo: vamos! Comemora.
Hiure: o papai não pode ir agora, só depois.
Ítalo: quero o papai.
Hiure abraça o filho com carinho, da um beijo na bochecha do pequeno e do bolso ele retira um colar, o mesmo que ele deu para Maria.
Hiure: era da mamãe, agora é do filhote, cuida bem?
Ítalo: cuido.
Hiure: papai te ama muito.
O Coronel entrega o filho para um sentinela e o pequeno acena para o pai que retribui o gesto.
Outros pais se despediam dos seus filhos, todos emotivos com aquilo, o Conselho por fim se reúne pela última vez.
Victor: vai ser hoje, tudo que passamos, todo o tempo gasto, todas as perdas sofridas, tudo culminou até esse dia, não vamos envergonhar aqueles que se foram.
Wellington: o inimigo é perigoso, quer nos derrubar, querem nos ver cair, mas querer não é poder, vamos mostrar pra eles do que somos feitos e no fim teremos a vitória ou uma morte honrosa.
Helmar: vamos quebrar todos eles ao meio, sem exceção alguma!!
Lois: vamos atropelar aqueles desgraçados como uma locomotiva, os ancestrais estão conosco.
Wellington: façam bem o trabalho de vocês, contamos com os quatro nas lideranças.
Os quatro irmãos confirmam com as cabeças, estavam cientes de suas responsabilidades e deveres, Paulo faz uma ligação para o Conselho.
Paulo: o festival começará às dez da manhã, uma da tarde é um bom momento.
Hiure: estaremos lá, obrigado caçador, de verdade Paulo. Fala sincero.
Paulo: me juntarei a vocês, não vai ficar com toda a glória Pelo Negro.
Hiure: veremos. Fala competitivo.
Os preparativos continuam, os veículos são avaliados e preparados para o transporte de todas as tropas.
Carvalho: é hora de irmos velho amigo. Fala para um animal que rasteja pra dentro da terra.
Lupina, uma cidade que ficou silenciosa e cinza, agora tinha música alta e fogos, o festival foi na mansão do Grande, esta era rodeada por prédios, bebida e comida em fartura extrema, Robert usava um terno preto, ele chega até Oliveira que vestia traje de militar de gala.
Robert: o que está achando General? A fartura lhe agrada?
Oliveira: não consumo álcool em ocasiões assim.
Robert: acha que está envenenado?
Oliveira: seus lobos sobreviveriam a qualquer veneno.
Robert: é mesmo, vendo por esse ângulo você tem razão, mas o que eu ganharia com isso? Vamos, experimente o vinho, é Francês, comprei um carregamento de Dylan Richard, conhece?
Oliveira: Hurler de Paris, sei bem quem ele é.
Robert: não esperava menos, vamos, beba. Fala oferecendo um cálice dourado.
Oliveira toma o cálice e brinda com Robert, as Calamidades bebiam e comiam, apenas Ódio, Flagelo e Horror ficavam indiferentes do restante do grupo, os Arautos sentavam a mesa principal, Morte estava de braços cruzados e cabeça baixa, Joe também ficou longe dos demais, acendeu um cigarro e tragou, um homem se aproxima dele, Eugênio tinha um charuto entre os dedos.
Eugênio: pode compartilhar o isqueiro?
Joe: Coronel Eugênio, tá aí uma coisa que eu não esperava ver. Fala estendendo o objeto.
Eugênio ascende e traga o charuto pouco antes de tossir um pouco.
Joe: não está acostumado?
Eugênio: sempre odiei, mas é por memória.
Joe: eu sempre odiei você, caçou meu Alpha por anos.
Eugênio: e ele deu problema por anos, empate.
Joe: você e Ricardo eram uma pedra no sapato de todos nós, as ordens eram pra não enfrentarmos vocês sozinhos caso o encontrássemos, sabia disso?
Eugênio: imaginei, Ricardo deu ordem de fuga imediata caso dessem de cara com um dos três.
Joe: soube que Oliveira matou o Ricardo, é verdade isso?
Eugênio: é. Responde sombrio.
Joe: e ainda assim você o obedece, não tem nojo de si mesmo?
Eugênio: Turner caçou Connor por décadas e você o obedece, não tem nojo de si mesmo? Responde provocativo.
Os dois se separam irritados pelos comentários, a festa era simplesmente gigante, soldados já estavam embriagados e fartos de comida, as horas foram passando, o comboio chega na fronteira da cidade, Paulo e o resto do E.C.E chegam com as tropas de caçadores.
Paulo: tenho homens lá dentro, estão aguardando ordens.
Hiure: vamos nos dividir corretamente, usaremos esses pontos para comunicação em três escalas, com as tropas, com os líderes e esse é universal, as mensagens serão nos códigos já especificados.
Paulo: ótimo, estaremos prontos.
As tropas começam a se equipar, as armaduras e armas foram distribuídas entre as amazonas, gladiadores e samurais, todos conferem suas comunicações com seus soldados, as armas de fogo eram conferidas pelos atiradores, alguns lutadores pegavam equipamentos como manoplas, placas peitorais, soco inglês, entre outros, Hiure nada pegou.
Pérola: não deveria pegar algo pra te ajudar?

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