Depois de uma semana se recuperando dos ferimentos, Hiure recobra o bom estado, mas só recuperar os ferimentos não era o suficiente, já que seu espírito estava aos pedaços, perder a maior parte das capacidades físicas foi algo terrível, Kaique auxiliava os enfermeiros que cuidavam de seu irmão, no dia que Hiure despertou Kaique estava com ele.
Kaique: até que enfim, maluco. Diz feliz em ver a melhora do irmão.
Hiure: por quanto tempo eu apaguei? Diz em meio a gemidos de dor enquanto se sentava.
Kaique: uma semana inteira, nos deixou bem preocupados.
Hiure: se eu ainda fosse um alpha teria me curado em dois dias e sem entrar em coma. Diz indignado com seu estado.
Kaique: para de pensar no que perdeu, temos que dar um jeito de fazer você voltar a ativa.
Hiure: isso é impossível, eu nunca vou voltar a ser o que eu fui. Diz em lamentação e tristeza.
Kaique: chega, levanta daí e vem comigo agora!! Grita autoritário.
Hiure simplesmente obedece e eles chegam no campo de treinamento.
Hiure: o que estamos fazendo aqui?
Ryan: é simples, vamos condicionar você ao que era antes.
Hiure: vocês são teimosos pra caralho.
Ryan: arme a guarda.
O lobo assim o fez, seus irmãos o encaravam, Ryan seria o primeiro, ambos ficam cara a cara.
Ryan: vai tentar me acertar, use o que quiser, mas acerte.
O beta dá um soco, mas seu irmão segura.
Ryan: não viemos aqui brincar, leve a sério, eu tô mandando!
Era pra valer então, Hiure arma uma postura firme e agressiva, Ryan reconheceu a seriedade por trás dela, os golpes vieram, de todos os tipos e direções, mas o alpha nem saia do lugar, desviava com pequenos movimentos de corpo, o que frustrava o caçula.
Hiure: não adianta, podemos fixar aqui o dia todo, não vou chegar nem perto!!
Kaique: agora é a minha vez. Diz sacando a espada.
O mais velho sai e ambos batem as mãos ao se encontrarem.
Kaique: sempre disse que karate é feito pra lidar com qualquer situação, técnica vence força, técnica vence o aço, prove!!
Hiure: a técnica é sustentada pelo corpo, se o corpo é fraco a técnica também será.
Kaique: então eu acho melhor você tomar cuidado, porquê isso, isso vai doer.
O espadachim avança, a espada raspou do lado direito do beta, o corte era ardido, em seguida veio um pelas costas, Hiure saltou para frente, ambos ficam de frente um para o outro.
Kaique: sobreviva ao máximo.
O irmão mais velho não deu descanso ao caçula, evitou ferimentos graves, mas não diminuiu o ritmo nem um pouco, velocidade não era seu atributos forte, mas mesmo quando era um beta ele tinha golpes perigosos, agora como alpha ele era um verdadeiro monstro, no final das contas Hiure caiu sentado de exaustão, suava e sangrava, feridas por todo o corpo.
Hiure: que merda!!!
Kaique: fica calmo, você ainda não está acostumado com seu corpo nesse estado.
Ryan: e nem deve se acostumar, temos que fazer você despertar o poder de alpha o mais rápido possível, alias tá na hora dele vir.
Hiure: dele? Dele quem?
Uma presença avassaladora surge do nada, Kaique foi o primeiro a notar, o Bravo estava ali.
Hiure: pai? Por que veio?
Wellington: pra treinar você.
Hiure: você me treinando? Nunca mais fez isso.
Wellington: contaram a ele?
Kaique: achamos que era uma parada de pai e filho, mestre e aluno, essas coisas.
Hiure: contaram o que?
Wellington: vem, vamos dar uma volta de carro.
Eles embarcam no mercedes de Wellington e ele dá início a uma conversa.
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Presas e Garras
WerewolfEm uma cidade do Rio de Janeiro chamada Lupina existem quatro alcatéia dominantes, a cidade foi dividida pelos antigos Alphas, na alcatéia do Sul vivem os quatro jovens principais, Rodolpho, Ryan, Kaique e Hiure eram mais do que amigos, verdadeiros...