O Grande chega ao acampamento, Indomável estava com o mesmo, este fica impressionado com o tamanho do acampamento.
Helmar: vamos, os outros devem estar nos esperando.
Os grandes alphas e seus comandantes aguardavam a chegada de Helmar.
Helmar: pela tarde, conforme eu disse.
Indomável: então esses são os melhores?
Helmar: o grisalho de cavanhaque é Wellington o Bravo, ao lado dele está um dos oficiais dele, Rodolpho, a mulher de cabelos soltos é Lois a filha de Artemis, ao lado dela está Sofia a coronel das amazonas e irmã mais nova de Lois, o bombado de bigodes e brincos é o Victor o espadachim divino, ao lado dele estão os seus três irmãos, o outro gigante é Felipe o Colossal, o ruivo é Marcos o Invulnerável, a modelo de cabelos escuros é Elizabeth, Maria é a morena ao lado da minha cadeira vazia.
Indomável: tô vendo que tem três lugares vazios além do seu.
Rodolpho: pertencem aos meus irmãos mais novos.
Wellington: então esse é o tal lobo? Não parece tão bom. Fala de braços cruzados.
Indomável: quer me testar coroa?
Wellington: o coroa aqui vai esmagar sua garganta. Fala levantando.
Helmar: calma magrelo, não precisa disso. Fala pondo a mão no ombro de Wellington.
Marcos: mas ele não parece grande coisa.
Felipe: acredite, esse aí é bem forte, além disso, Helmar não traria lixo para cá.
Helmar: você é um farejador para talentos. Fala rindo
Indomável: o que é isso? Parece uma reunião de escola, esses são os melhores do mundo? Agora entendi o porquê perderam seus territórios.
Todos os grandes alphas e seus comandantes assumem suas formas mais poderosas o Indomável institivamente salta para trás e arma a guarda, ele enfim nota que estava entre verdadeiros monstros, cada um deles tinha um poder equivalente ou superior ao dele.
Maria: um brutamontes vulgar, é bem a sua cara trazer alguém assim. Fala mal humorada.
Helmar: vai ser assim agora?
Maria nem se quer responde, apenas olha para seus celular, enquanto isso o Indomável encarava o Bravo que se incomoda com isso.
Wellington: tá com algum problema comigo moleque!? Pergunta batendo com o punho na mesa.
Indomável: você é muito familiar, já nos vimos antes?
Wellington: você não teve esse azar!
Helmar pega o braço do Indomável e o leva para fora rapidamente.
Helma: qual o seu problema!? Desse jeito vai ser morto!
Indomável: juro que não foi pra provocar, eu realmente achei que já o tinha visto, ou alguém parecido com ele.
Helmar: chega cara! Não quero que haja uma guerra.
Indomável: beleza Helmar, não digo mais nada. Fala sério.
Helmar: acho bom e o que você achou deles?
Indomável: a maioria me pareceu ser monstruosa, mas a tal Maria e a Elizabeth me pareceram diferentes.
Helmar: dentre todos naquela sala Elizabeth é a mais fraca, porém é surpreendentemente perigosa, é uma médica e cirurgiã genial, do mesmo jeito que ela sabe cuidar de um corpo ela também sabe destruir.
Indomável: isso soa bem cruel e Maria?
Helmar: tem as melhores e mais diversar técnicas de luta, desde um simples cruzado até a mais complexa chave de jiu jitsu, sem falar que é minha filha!
Indomável: isso estava óbvio, ela se parece com você.
Helmar: se eu fosse você nem tentava nada, se lembra que Rodolpho falou dos irmãos dele que não estavam presentes?
Indomável: claro.
Helmar: o mais novo deles era o namorado da minha filha, sinceramente eu adoraria que eles voltassem e pro seu bem é melhor não cruzar o caminho dele.
Indomável: sua filha é linda, mas por enquanto não quero nada e se futuramente eu quiser não será problema do ex.
Helmar: eu não ligo se você tentar, ela é maior de idade, tem discernimento, mas ela por si só já te daria um jeito sem falar no ex dela que deve chegar em pouco tempo, enfrentar ele não seria boa idéia.
Indomável: vou pensar nisso, agora tenho que conhecer meus alunos.
Helmar: vamos então. Fala guiando o lobo.
No Tocantins, a presença dos cães do inferno se tornou de certa forma constante, sempre disfarçados de cães de rua e por perto, carcereiros os comandavam secretamente, os rapazes tentavam ignorar, porém com o cair da noite os ataques começavam, numa tarde dois deles estavam em treino, Italo ficou na casa junto do Connor e de Hiure, Ryan corria, saltava e treinava esquiva, Kaique já quase dominava sua transformação, o sol já se punha e a lua, os rapazes estavam de saida, então tudo começou, o cheiro de sangue se espalhou, vultos se moviam rapidamente na grama alta, barulho de rosnados e patas, Ryan se prepara, suas garras tinham 8 cm, suas presas já saltavam um pouco da boca, Kaique transformação para a glabro avançada, seus cabelos cobriam o pescoço, orelhas pontuadas, estava bem maior em relação a sua forma humana, suas garras não eram tão grandes, mediam 5 cm, mas suas presas eram enormes ao ponto de saírem consideravelmente da boca, então um cão salta nas costas de Ryan, por pouco o jovem alpha se esquivou, o cão não era comum, tinha músculos evidentes, tinha o tamanho de uma pantera, a fera late feroz e ataca novamente, Ryan desvia para o lado e corta com violência as costelas do cão, Kaique se mantinha firme, até que um cão aparece a sua frente, ele não tentou ser furtivo, não queria apenas matar, queria lutar verdadeiramente, este tinha o tamanho de um leão jovem seus olhos rubros encontraram com o do jovem lobo, eles correm um para a direção do outro, as patas da fera abraçam Kaique e suas garras cravam nas costas do rapaz, Kaique fecha uma chave nas costas da fera e crava suas garras nas costelas do cão, ambos tentavam derrubar um ao outro, mas nenhum dos dois cedia, até que o joelho de Kaique dobra, as garras cravaram até perfurar o pulmão dele, a besta já estava por cima dele e suas presas estavam cada vez mais perto do rosto do rapaz, o cão simplesmente ignorou o ferimento nas costelas, Ryan corre na direção do monstro, Ryan salta e cai por cima da fera, logo ele crava suas garras nas costas do cão, mas logo ele foi derrubado, os olhos escarlate do cão do inferno encaram friamente o jovem alpha, a fera ataca e morde com selvageria o joelho de Ryan, o osso se partiu nesse mesmo golpe, Ryan urra de dor, Kaique tinha cinco pares de garras cravados em seus pulmões, ele muda sua expressão, seus dentes e olhos serrados, dão lugar a um leve sorriso de canto e um olhar arrogante, ele ergue o monstro e o joga pra longe, sem perder tempo ele investe, segura a fera por trás da cabeça e aplica uma joelhada que acerta o focinho do cão quebrando parte do crânio, Ryan ainda permanecia de apoiado num só joelho, a besta salta feroz, suas garras cravam no peito de Ryan e suas presas vão para o ombro, Ryan abraça a fera e aperta até partir sua espinha, logo depois ele decapitou o cão com suas garras, Kaique desfere um soco nas costas do cão do inferno e depois acerta um potente chute na altura do estômago o jogando para longe, o cão ficou imóvel no chão até que Kaique pisa e esmaga o crânio da fera, Ryan se levanta com dificuldades, o sangue banhava seu tórax, Kaique respirava com um pouco de dificuldade, mas as feridas em suas costas já começavam a curar, eles jogaram os corpos num buraco e puseram pedras por cima, Ryan tentou farejar para encontrar o carcereiros.
Kaique: achou alguma coisa?
Ryan: não, o filho da puta não deixou rastro. Fala soltando o ar decepcionado.
Kaique: é um covarde do caralho mesmo, vamos voltar, Connor deve estar puto pela demora, vamos logo.
Os dois rapazes logo chegaram na mansão de Connor, o mesmo já estava bem irritado.
Connor: Onde é que vocês estavam!? Grita furioso.
Kaique: tivemos que trabalhar de CCZ sobrenatural.
Connor: cães? Quantos?
Ryan: dois deles, alphas! Eu nem sabia que existia alphas dessas coisas!!
Hiure: não grita caralho, meu menino acabou de dormir! Fala baixo, porém irritado.
Connor: é, são raros, mas existem alguns alphas, carcereiro?
Ryan: não consegui farejar nada, se duvidar ele nem estava por lá.
Kaique: mas como eles nos acharam?
Connor: pelo cheiro, é óbvio.
Ryan: como assim pelo cheiro?
Hiure: temos deixado fragmentos genéticos por toda a cidade, sangue, pele, saliva, coisas assim.
Kaique: eles só vão parar de vir quando o maldito Salazar for pego.
Hiure: acho que não, nos tornamos alvos também, mas a captura ou a morte desse maldito viria a calhar.
Connor: ele deve ser preso.
Hiure: morto não dá mais problemas, se ele tiver sorte vai sumir sem nunca me encontrar, agora se não tiver...
Connor: se não tiver você estará com azar, Salazar tinha o mesmo nível que seu pai. Fala sério.
Hiure: está velho, fraco e torturado, não é mais tão forte.
Connor: já falamos disso. Fala irritado.
Hiure: que seja. Fala pouco antes de sair da sala.
Hiure toma as escadas e vai até seu quarto, ele encosta na porta e vê seu filho dormir no meio da cama cercado por travesseiros, Hiure se deita, tira os travesseiros e cerca o pequeno Italo com seu braço direito, o menino abraça o braço do pai e continua a dormir, seu gesto tira um sorriso de Hiure.
Na sala a conversa permanecia entre os irmãos e Connor.
Ryan: quem viu e quem vê, a criança mudou a vida dele.
Kaique: realmente, apesar de ser o caçula, ele é quem está levando "vida de adulto".
Connor: um filho muda o homem, transforma totalmente. Fala em tom de nostalgia com um leve sorriso.
Kaique: você tem filho velho?
Connor: tive sim.
Ryan: o que houve?
Connor passa a mão pela barba e depois no cabelo, estava ligeiramente incomodado.
Connor: eu o perdi há muitos anos, era meu orgulho, hoje é uma lembrança querida.
Kaique: foi mal coroa, não foi intenção nossa te fazer lembrar desse tipo de coisa.
Connor: tá tudo bem, eu vou dormir, deveriam fazer o mesmo.
O velho kriegshund sobe as escadas em direção ao seu quarto.
Ryan: você notou, não foi? Fala olhando para a escada.
Kaique: notei, será que o filho dele foi uma vítima do Robert?
Ryan: talvez tenha sido do Salazar, ele fazia o trabalho sujo.
Kaique: esse infeliz tá afetando Hiure de uma forma fudida. Fala preocupado.
Ryan: ele quer encontrar com o Salazar de qualquer jeito e não vai parar até ter o que quer, você o conhece.
Kaique: admito que eu adoraria ver Hiure fazendo o Salazar de saco de pancadas, o desgraçado merece.
Ryan: mas ele era bem forte, não podemos descartar isso, mesmo tendo sido preso e tudo mais, um monstro é sempre um monstro.
Kaique: amanhã pensamos nisso, vou pro meu quarto.
Ryan: vou comer algo e depois eu subo pro meu também.
Kaique: boa noite.
Ryan: noite boa.
O jovem alpha foi a cozinha preparar um sanduíche, em sua mente, várias teorias sobre Connor e Salazar, mas ele logo tira tudo da cabeça, come e sobe também.
Na manhã seguinte todos acordaram cedo, principalmente Italo, que acordou o pai com gritos e o balançando.
Italo: papai acorda, o sol papai, o sol apareceu. Fala apertando nariz de Hiure.
O jovem alpha abre devagar seus olhos, até que seu brilho escarlate mira o pequeno.
Italo: olhinho vermelho! Fala batendo palma.
Hiure: você gosta não é seu sem vergonha. Fala rindo e fazendo cócegas no filho.
Italo ria sem parar, suas risadas traziam felicidade a Hiure, o mesmo pega Italo no colo.
Hiure: vamos comer seu sem vergonha?
Italo: quero café papai.
Hiure: eu também, vamos tomar café. Fala entusiasmado.
A mesa como sempre estava farta, bolo, pão, café, queijo e biscoitos.
Kaique: bom dia, vem com o tio. Fala estendendo os braços.
Italo estende de volta e pula no colo de Kaique que lhe dá um beijo no topo da cabeça.
Ryan: e eu aqui? Não ganho abraço não? Seu moleque. Fala estendendo os braços.
Italo solta uma gargalhada e fecha os braços, mas Ryan o pega o fazendo rir mais ainda.
Italo: titio, deixa eu ver o olho vermelho.
Ryan então brilha seus olhos de alpha, assim como Kaique e Hiure, Italo não conseguia parar de rir com eles três, Connor aparece com uma cara horrível que tirou o riso de Italo.
Kaique: alguém teve uma noite daquelas. Fala zombando.
Connor: só não te respondo como você merece, pois tem criança aqui. Fala apontando pra Kaique.
Depois do café, eles começaram a treinar, por conta dos cães do inferno eles treinaram em casa mesmo, Hiure treinava seu corpo, sua força teve grande aumento, mas ele queria mais ainda, Ryan usava caneleiras com pesos pra correr, Kaique batia força com o javali gigante, foi assim o dia todo, até que o sol já estava se pondo e Hiure ia saindo, mas Connor o impede.
Connor: pra onde você vai? Pergunta cruzando os braços.
Hiure: correr e se eu tiver sorte eu encontro um cãozinho pelo percurso. Fala rindo.
Connor: não vou te impedir, só tome cuidado com eles. Fala preocupado.
Hiure: tá bom, vou indo.
O jovem lobo seguiu seu percurso, ele foi para um tanto longe, a cidade tinha uma trilha cercada por grama alta que dava numa mata, ele deu algumas voltas entorno da mesma, ele já escorria suor, seus cabelos estavam encharcados, para descansar ele se senta numa pedra, com a camisa ele seca o rosto, já era tarde, estava nublado, em meio a grama ele ouve sons de passos, mas eram estranhos, eram mancos e lentos, logo o rapaz se põe de pé, suas garras de 7cm foram contraídas e seu olfato estava em alerta, porém o vento não estava ao seu favor, o sons aumentavam, Hiure fecha a postura, da grama sai uma figura obscura, parecia ser feita de sombra, mesmo usando seus olhos rubros foi difícil de identificar, a massa se moveu levemente e assim dois brilhos rubros surgem e ele então avança um pouco mais da penumbra a passo manco, ele nota que os brilhos vinham do que deveria ser a cabeça da criatura, logo uma onda de periculosidade o atinge, Hiure não sabia o que era, mas sabia que devia ter cuidado, com cautela ele se aproxima, sua guarda sempre erguida, a criatura não deu um único passo até Hiure estar consideravelmente próximo dela, apenas 2 metros de distância, quando Hiure ia tentar dar outro passo a criatura uiva, mas não era um uivo comum, era rouco e angustiado se notava cansaço também, por instituição Hiure da um salto para trás numa transformação de glabro, mas assim que seus pés tocaram o chão a criatura já desaparecera no mato, sem rastro de cheiro ou se quer um ruído, após isso o jovem alpha volta para a mansão, Ryan foi o primeiro a ver Hiure entrar, e com poucos segundos ele notou que Hiure não estava bem.
Ryan: o que houve? Pergunta se aproximando.
Hiure: o que? Não, nada. Fala desatento.
Ryan: quer mesmo mentir pro seu irmão caçador? Pergunta erguendo uma sobrancelha.
Hiure: foi algo que eu vi.
Ryan: parece que viu um fantasma.
Hiure: não, foi coisa pior.
Logo todos se reuniram na sala, Italo brincava no chão, Kaique se sentou numa poltrona, Ryan numa cadeira, Hiure no sofá e Connor olhava pela janela apoiando uma mão na parede.
Hiure: eu corri muito e parei para descansar um pouco, eu senti algo e me armei, foi aí que a coisa surgiu do mato, de primeira eu só sabia que tinha algo ali, então decidi usar os olhos rubros... Fala em pausa se lembrando.
Kaique: e o que você viu? Pergunta se inclinando para a direção de Hiure.
Hiure: a coisa não parecia sólida, parecia ser feita de sombra, eu mal pude ver, até... Até que...
Ryan: até que o que Hiure!?
Hiure: até que aquela coisa se moveu, deu dois passos e me olhou, olhos rubros como os nossos, eu fui me aproximando devagar, quando cheguei perto o suficiente pra um ataque a coisa uivou, mas o uivo era rouco, eu diria até triste.
Connor: intimidação predatória.
Kaique: como é? Pergunta se virando para Connor.
Connor: alguns cães do inferno desenvolvem, é raro, mas pode acontecer.
Ryan: um cão do inferno com esse poder. Fala preocupado.
Hiure: obviamente eu não senti nem um pouco de intimidação, o uivo não emanava perigo, era triste, deprimente eu diria.
Kaique: se ele vazou então está ótimo, uma merda a menos pra nos preocupar, amanhã é seu dia de ficar aqui. Fala com Hiure.
Connor: amanhã eu farei a medição de vocês, vamos ver se já são classe 8. Fala com um leve sorriso.
Ryan: não vamos te decepcionar. Fala sorrindo.
Hiure pega Italo no colo e o leva para a cozinha, Italo puxava o cabelo do pai.
Hiure: calminha aí bebê das cavernas, assim você me deixa careca. Diz segurando a mão do filho que ria abertamente.
Italo: papai cabeludo. Fala gargalhando.
Hiure: tá bonito?
Italo: não, tá feio, papai feio. Fala cobrindo os olhos com as mãos.
Hiure: a é seu malandrinho? Fala rindo do gesto do filho.
O jovem alpha põe o filho no balcão enquanto ele fazia a mamadeira.
Hiure: pronto, quentinha e bem forte para o meu lobinho. Fala estendendo a mamadeira pra Italo.
Num instante o pequeno tomou tudo, mas não parecia nem um pouco cansado, mas sim tagarela.
Italo: papai, lobo, cadê lobo?
Hiure pega o celular e mostra a imagem de um lobo ao filho.
Italo: cachorro.
Hiure: não pequeno, é um lobo, e faz assim, auuuuuuuu. Uiva baixo.
Italo ria e repete o uivo de forma atrapalhada.
Hiure: isso mesmo seu molequinho, uiva pro papai ouvir. Fala incentivando.
Italo: papai eu sou um lobo. Fala pouco antes de uivar novamente.
Hiure: é sim, o papai também, olha só.
O jovem lobo então faz seu dentes crescerem e ele os mostra a Italo que fica espantado, suas palavras sumiram, seus olhos se fixaram aos dentes do pai.
Italo: dentão papai. Fala encostando o dedo.
Hiure: papai lobo e filho lobo. Fala rindo.
Italo abre a boca e mostra os seus dentes ao pai.
Italo: papai eu sou lobo. Fala fingindo rosnado.
Hiure: um lobo, eu tenho que fugir! Fala fingindo medo e correndo.
O pequeno seguia com os olhos o pai e caia no riso.
Hiure: eu te amo filho. Fala lhe dando um beijo no rosto.
Italo: papai, cadê a mamãe?
Essas palavras acertam em cheio o coração do jovem alpha, que fica um pouco sem saber o que fazer, mas logo ele inventa algo.
Hiure: nós vamos ver a mamãe depois, antes o papai lobo tem que ficar forte. Fala mostrando o braço.
Italo: forte, eu também. Fala imitando o movimento de Hiure.
Hiure: que garoto forte. Fala o levantando no alto o fazendo rir.
Italo então começa a ficar sonolento, Hiure então o leva para a cama, ele se deita ao lado do filho que já dormia profundamente.
Hiure: "cadê a mamãe?" Será que você ainda se lembra? Se indaga olhando para a criança.
O jovem alpha deixa as inúmeras questões de lado e por fim dorme. Na manhã seguinte, Connor os acordou bem cedo, todos estavam sonolentos e bocejavam.
Connor: como eu disse, hoje eu vou avaliar vocês. Fala rígido.
Ryan solta um bocejo, em seguida Kaique faz o mesmo, isso irrita Connor que os ataca rapidamente, ele gira e aplica um pontapé no peito de Kaique que cai na hora, Ryan leva um susto e em seguida recebe um soco na costela do lado direito quebrando três delas no processo, Hiure gargalhava dos dois, até que o velho cão lhe aplica uma cotovelada, porém o jovem alpha captura o golpe com perfeição.
Hiure: não sou como eles coroa, achou que ia me acertar assim? Fala com orgulho.
Connor: na verdade eu pensei sim. Fala com um sorriso cínico.
O kriegshund saca uma faca e apunhala o abdômen do rapaz, logo o sangue estava encharcando a mão do Connor, Hiure segurava a mão do velho tentando tirar a faca.
Connor: de nada adianta esquivar um cotovelo se você leva uma facada.
Hiure então solta um sorriso vermelho, o sangue escorria da boca.
Hiure: de nada adianta cravar uma faca de aço e levar uma de prata nas costas.
Então o velho Connor nota que na direção da sua coluna tem uma adaga empunhada pelo jovem alpha.
Connor: adaga? Você odeia armas.
Hiure: não foi você que me ensinou a ser pessimista numa luta?
Connor: você sim, está na classe 8.
Kaique: pera aí velho! Você atacou do nada, acabamos de acordar e... É interrompido por um chute no rosto.
Connor: e espera que as lutas sejam sempre ao seu favor!? Uma luta nunca será completamente balanceada! O que você está pensando!? Grita atacando sem parar.
Na sequência de golpes Kaique caiu no chão, em seus olhos se via surpresa, ele nunca foi subjugado desse jeito, Ryan olhava com espanto.
Connor: dessa vez eu darei uma segunda chance, mas nunca mais baixe sua guarda desse jeito.
Kaique se transforma na glabro avançada seus músculos enormes davam uma aparência mais imponente ao jovem lobo, então a luta tem início, Connor tenta golpear o peito do jovem com suas garras, mas Kaique esquiva e acerta um chute na parte posterior do joelho do velho cão, Connor fica sob um joelho, Kaique tenta acertar o rosto dele com um gancho, mas Connor desvia e salta para trás do jovem lobo, ele então toma sua rapiera e de imediato ele começa a usar golpes rápidos e perigosos, mas Kaique os evitava, até que uma estocada o surpreende, não havia tempo pra esquiva, ele então faz um bloqueio em forma de cruz na altura do ombro esquerdo, a espada atravessou seus dois antebraços e seu corpo, assim que o cão tenta puxar ele nota que sua espada estava presa.
Kaique: não foi o melhor dos planos, mas deu certo. Fala entre leves gemidos de dor.
Connor: isso foi impensável! Muito bom garoto. Fala orgulhoso.
Kaique acerta o abdômen do velho kriegshund com uma joelhada, depois de fazer um esforço considerável ele quebra a lâmina da espada deixando seus braços livres, uma cabeçada atinge o queixo do jovem rapaz que fica levemente atordoado, Connor avança e pula, mas Kaique o segura pelo pescoço e o choca contra o chão o imobilizando.
Kaique: venci velho, até que não foi tão difícil.
Connor: você conseguiu, você pertence a classe 8, mas ainda é arrogante. Fala se transformando na klainer hund.
Connor apóia seus pés no abdômen de Kaique e impulsiona com toda a força, fazendo o jovem voar por dez metros de distância até se chocar contra o muro da arena.
Ryan: caralho, o branquelo deu um vôo. Fala rindo.
Kaique: se fuder, puta que pariu essa doeu de verdade. Fala se levantando com dor.
Ryan: ei, como se chamam suas transformações?
Hiure: como é?
Ryan: lobisomens tem a glabro, crinos, hispo e lupin, mas e os kriegshund?
Connor: é uma ótima pergunta, a que usei é a klainer hund que significa "pouco cão" é equivalente a glabro, halber hund significa "meio cão" que equivale a crinos, sehr hund significa "muito cão" equivalente a hispo e a alle hund significa "todo cão" que equivale a lupin.
Hiure: pra mim os nomes eram os mesmos para vocês.
Connor: não mesmo.
Ryan: até que é legal.
Connor: agora a conversa acabou, sua vez rapaz. Fala apontando pra Ryan.
O jovem rapaz engole seco, mas não recua, porém não avança, ele arma sua postura, presas e garras a vista, um olhar atento e sério era nítido.
Connor: seu olhar está muito melhor agora.
O velho cão avança num soco, mas seu golpe acerta apenas o vento e seu punho foi dilacerado pelas garras de Ryan.
Connor: que estrago. Fala olhando para o ferimento.
O velho avança novamente e inicia uma sequência de golpes rápidos, Ryan se defende da maioria, mas um chute rasteiro o leva ao chão, Connor ataca de forma selvagem, seu alvo era a garganta do jovem, Ryan esquiva no último segundo fazendo um rolamento para a direita e acertando um golpe de garra no rosto do cão, no momento de distração do velho kriegshund ele se põe de pé, Connor se levanta calmamente, o sangue escorria do lado esquerdo do seu rosto.
Connor: tanto treino pra isso? Fala estalando o pescoço.
A ferida do pulso já havia se curado, a do rosto já começava a curar, Ryan parte para o ataque, ele gira e desfere um pontapé falso, o velho Connor tentou bloquear, mas ele cai na finta, Ryan apóia o pé no chão e desfere uma cotovelada na cabeça do velho cão, assim que Connor se vira devido o golpe, Ryan o imobiliza, suas garras vão para as costas do kriegshund que admite a derrota.
Connor: bons golpes, eu nunca esperei uma finta e uma cotovelada, você passou garoto.
Depois de uma breve comemoração, Connor limpa a garganta chamando a atenção de todos.
Connor: todos vocês passaram, mas devem ter notado que eu não lutei nem um pouco a sério.
Kaique: estava óbvio, mas você precisou se transformar. Fala arrogante.
Connor: precisei? Só usei pra te dar uma leve demonstração de poder.
Hiure: você não tem tanta força.
Connor: não mesmo, hoje em dia tenho metade da força que já tive, acho que é equivalente a três toneladas.
Tal afirmação surpreende a todos, Kaique fez a expressão mais engraçada que fez Italo cair na gargalhada.
Ryan: acho que você quiz dizer que quando era jovem tinha três, não foi isso?
Connor: sou velho, mas não sou demente, quando era jovem minha força era de seis toneladas, Antônio eram sete e Álvaro eram dez.
Kaique: o velho branco faz sentido, ele era um gigante, mas você? Eu sou maior que você.
Connor: pra você ver o quanto vocês tem que evoluir, mas o tamanho implica pouco com a força.
Ryan: tá dizendo que se eu quiser serei tão forte quanto o velho Pelo branco?
Connor: mas é óbvio, eu só não fui tão além pois eu tinha que fazer um treinamento bem diversificado, já o Álvaro era um prodígio raríssimo.
Hiure: era único em todos os sentidos. Fala um pouco cabisbaixo.
Ryan: a hora de voltarmos está chegando não é?
Connor: mais duas semanas.
Os rapazes saíram pra correr sob o brilho da lua, Italo ficou com Connor que o alimentava, em meio a corrida Hiure tem a sensação de perigo que teve noites atrás, os outros também notaram, todos armaram a guarda.
Hiure: fedor.
Ryan: fedor de sangue podre.
Kaique: mas de onde exatamente? Parece que está nos cercando.
Hiure: cães do inferno, e são muitos.
De repente um vulto salta por eles e fica de costas para os rapazes, todos mantinham expressões sérias e firmes, a criatura agora estava mais nítida, seus pelos eram longos, porem nojentos, tinham sangue por cima, moscas voavam em volta, ele olha para os três e demonstra seus olhos rubros, mas ao invés de atacar ele corre em direção da mata, Kaique e Hiure ficam parados rígidos, mas Ryan corre em direção a fera, ele corre até uma ladeira, ele vai até a beirada, olha em volta, mas de longe ele só vê uma casa velha um pouco longe de onde ele estava e o jovem alpha fareja o ar.
Ryan: eu tô sentindo seu cheiro. Fala fechando os olhos e levantando a cabeça.
Depois de se concentrar mais, ele abre o olho bruscamente.
Ryan: não, você não é um...
Hiure: Ryan! Grita o chamando.
Kaique: você o achou?
Ryan olha para seus irmãos e avista a fera.
Ryan: Hiure, Kaique corram, não é um cão do inferno, é o...
A fera então late atrás dos dois irmãos que a encaram, ela salta por eles e ataca Ryan e o derruba, rapidamente ela o morde no pescoço afetando a medula e o paralisando, Kaique e Hiure tentam alcançar os dois, mas três cães do inferno os atacam, levou um certo tempo para eles dois acabarem com os três monstros, Hiure tinha uma mordida no pulso e Kaique tinha alguns cortes profundos no tórax.
Hiure: está bem?
Kaique: perfeitamente, vamos achar nosso irmão.
Os dois seguiram os rastros, Hiure ia a frente rastreando pelo cheiro, até que o cheiro os leva até a ruína da mansão, eles entram, o chão rangia, janelas batiam, gatos miavam alto, tudo fedia a sangue podre ,até que eles ouvem gritos abafados, eles correm e encontram o irmão acorrentado e com uma mordaça de couro, Kaique corta a mordaça.
Ryan: saiam daqui, não é um cão do inferno é a presa deles!
A porta se fecha, atrás dela estava um homem esquelético e de aparência deprimente e doentia, cabelos nojentos e pegajosos, coberto de cicatrizes e todo sujo de sangue.
Hiure: você! Fala brilhando os olhos.
O homem dá um passo a frente, mas Kaique puxa uma faca de combate e arma a guarda.
Kaique: quer meu irmão? Passe por cima de mim primeiro.
????: não, eu sai pra que ocorra apenas uma morte certa. Fala com voz rouca e profunda.
Hiure: e será a sua seu maldito!! Grita avançando.
O jovem alpha desfere um soco, mas o estranho esquiva e tenta uma cotovelada, Hiure bloqueia o golpe e nota que seu oponente não tem a mão direita, eles trocam alguns golpes, até que o estranho comete um erro e é derrubado por um chute rasteiro de Hiure.
?????: vai me matar? Vai pirralho? Fala rindo.
Kaique: pega irmão. Fala jogando a faca.
Hiure a toma nas mãos e a ergue no ar.
Hiure: pela minha mãe!!!
Um som de lâminas se encontrando é ouvido, a espada de Connor bloqueou o golpe de seu aluno, ele então faz sinal para que ele levantasse e saísse.
Connor: Salazar, está um lixo, parece a própria morte.
Salazar: olha quem fala, você ficou um velho decrépito Connor! Responde.
Connor: ao menos pude envelhecer vendo o sol e você? Tantos anos de espera e em fim. Fala levantando sua espada.
O velho cão então faz algo impensável, ao invés de desferir o golpe, ele guardou a espada e estendeu a mão para Salazar que aceitou, ao se levantar ele abraça o velho Connor com entusiasmo.
Salazar: demorou, mas eu sai. Fala alegre.
Connor: eu sei, por fim você está livre. Fala com alívio.
Salazar: agora eu posso acabar com todos, nós podemos, vamos matar eles logo!!
Kaique: não! Grita chamando atenção dos dois.
Os dois sujeitos olham para Kaique, que tinha uma postura firme.
Kaique: eu não pude acreditar quando deduzi.
Hiure olhava confuso para o irmão.
Kaique: Salazar foi aluno dele! Por isso o velho o tem escondido e nos mantendo longe. Fala apontando para o Connor.
Connor: não imaginei que um de vocês notaria, você menos, mas parece que foi o único.
Kaique: você deixou pistas, achei que era paranóia, mas ficou a possibilidade e aqui está a confirmação.
Connor: você acertou uma coisa, eu o escondi sim, mas não foi de vocês, eu o escondi dos cães do dos carcereiros.
Hiure: agora faz sentido, você tem um acordo com ele, o protege agora e o Robert polpa você. Fala incrédulo.
Connor: está enganado Hiure.
Hiure: está protegendo o maldito que causou a morte da minha mãe!! Grita entre lágrimas de fúria.
Connor: de fato a morte de Silvana foi causada por um lobo, mas foi um que até recentemente eu achava que estava morto!! Grita se explicando.
Ryan: e quem seria!?
Salazar: Robert Turner e ele está por aí agora! Grita de braços abertos.
Ryan: não, ele deixou você para trás pra fazer o trabalho sujo.
Salazar: é eu fiquei pra trás mesmo.
Hiure: está vendo!? Ele confessa! Fala investindo em ataque.
Connor o para, mas o jovem rapaz não ia se acalmar facilmente.
Salazar: vamos logo velho, vamos matar ele de uma vez!
Kaique: não!!
Connor: espere um pouco, temos explicações a dar.
Salazar: eu já esperei demais!! Oito anos de espera, no Tártaro, eu preciso disso!
Connor: certo, pegue. Fala estendendo a espada.
Salazar toma a arma na mão.
Connor: mas eles precisam saber.
O velho cão olha para os rapazes, seus olhos imploravam por uma chance.
Hiure: você tem uma chance, se eu não gostar do que você disser nem o diabo vai me impedir de matar vocês!!
Connor: Salazar é meu filho adotivo.
O soar dessas palavras atinge a todos como um trovão, eles não acreditavam em seus ouvidos.
Ryan: filho!?
Connor: o adotei ainda criança e o criei como meu próprio filho, mas ele se desviou, talvez por cegueira minha, mas ele foi para um caminho perigoso... Um caminho sombrio.
Kaique: se tornou um Arauto do Apocalipse. Fala rígido.
Connor: sim, mas depois de um tempo ele os traiu, deu a localização do Robert.
Hiure: mas tudo foi um plano, vocês se dividiram, sacrificaram alguns de seus próprios lobos e mataram inocentes.
Salazar: eu matei os lobos dele, aquilo não foi uma fuga, foi uma caçada.
Salazar volta a noite em questão, mas se via nele um olhar distante e frio.
Robert: é um bom lugar esse aqui, você como sempre sendo preciso Morte.
Salazar: obrigado, Senhor. Fala com rigidez.
Robert: não seja tão rígido Morte, estou reconhecendo seu talento.
Salazar: e agradeço Senhor, demorou, mas nossos planos estão se firmando, essa cidade é pequena, mas tem muitos cães aqui.
Robert: perfeita para abater sem problemas, nem precisamos de muitos lobos, apenas esses quatro. Fala olhando para a janela.
Salazar: isso torna mais fácil. Fala se aproximando lentamente de Robert.
Robert: matar eles. Fala com firmeza.
Salazar: não! A você! Fala investindo em ataque.
Robert esquiva e Salazar quebra a janela, Robert tenta um chute, que foi bloqueado.
Robert: o que pensa que está fazendo!?
Salazar apenas fica quieto, saca um par de tonfas e começa uma sequência rápida, Robert bloqueou a maioria com um sabre, mas um golpe atinge seu joelho o derrubando, Robert desfere um pontapé no rosto de Salazar que recebe o golpe em cheio e cai numa cadeira, o alpha das trevas se levanta e tenta uma estocada que erra e atravessa a cadeira, Salazar acerta o tórax de Robert com as tonfas, o alpha das trevas é jogado contra a parede.
Robert: lobos das trevas!! Grita os chamando.
De repente quatro lolobisomens invadem o cômodo e avançam contra o Salazar, com a ocupação do inimigo, Robert foge, enquanto corria ele matou todos que viu, muito sangue derramado, nesse momento Wellington e Silvana já estavam caçando na cidade, Silvana achou o alpha das trevas facilmente, ela e ele entram em combate corporal, ela treinou junto de Lois e Sofia, ele foi derrubado e teve quatro costelas fraturadas, mas ele tira uma adaga de prata da cintura e a corta na coxa direita, novamente o alpha das trevas estava em fuga. Demorou, mas Salazar acabou com os quatro, ele então corre e se horroriza com o massacre causado por Robert, ele segue os rastros e ao longe ele vê seu alvo matando três caçadores, na direção dele ia Silvana, Robert se toma uma arma dos caçadores e aponta para a loba, Salazar corre na direção do alpha das trevas, mas o mesmo atirou em Silvana que caiu na hora, Salazar para de correr, sua respiração era profunda e ofegante, Robert o olha nos olhos e da sorriso maquiavélico, logo ele toma a escuridão como rumo e some na mesma, Salazar estava quebrado por dentro, ele olha para o corpo de Silvana no chão e desaba de joelhos aos prantos, logo os caçadores chegaram, Salazar se quer reagiu, eles o algemaram e o levaram para o Tártaro. Wellington vê sua esposa no chão, ele corre, toma sua esposa nos braços ela estava um pouco fria, ele chora com ela em seus braços, até que ela desperta sufocada, Wellington a abraça fortemente e sorri.
Silvana: ele não me matou, acônito roxo. Fala olhando suas mãos sujas de sangue e chorando.
Wellington: ao menos você está bem, é isso que importa. Fala beijando a testa dela e a abraçando forte.
Salazar volta de suas memórias amargas com uma expressão tão amarga quanto.
Connor: Silvana jurou várias vezes que não foi o Salazar, mas seu pai nunca acreditou.
Hiure: por que? Fala cruzando os braços.
Salazar: ciúmes, seu pai achava que eu queria alguma coisa com sua mãe.
Hiure: e queria? Fala soltando os braços e separando um pouco as pernas.
Salazar: claro que não! Fomos criados juntos desde a infância, sempre fomos próximos, mas nunca a vi com segundas intenções. Fala recusando a idéia inicial.
Ryan: por que agora? Depois de tanto tempo?
Salazar: eu não salvei uma amiga, eu pensei que ela estava morta, só soube do ocorrido recentemente, minha prisão foi para me punir.
Kaique: e como fugiu?
Salazar: no Tártaro nós ficamos em jaulas e presos a correntes, somos constantemente torturados, um dos carcereiros deixou escapar que o Robert estava de volta.
Novamente as memórias fervem em sua cabeça.
Salazar estava preso a correntes no fundo de uma cela imunda, fedia a sangue e carne podre, os carcereiros falavam entre eles.
Carcereiro: parece que o Robert voltou e está pior que antes.
Carcereiro2: o foda é que o Connor está velho e provavelmente não vai se meter.
Salazar: demorou demais, mas eu fui paciente, depois que eu sair daqui, faltará pouco. Murmura pra si.
Um cão do inferno começa a latir para Salazar que o olhava de propósito para provocar, o carcereiro manda a fera parar, mas nem é ouvido, ele a prende na barra da cela e entra, com um bastão de aço ele golpeia diversas vezes o Salazar, enquanto era agredido ele usa seu pé para retirar do bolso do carcereiro a sua chave, o mesmo sai da cela e a tranca. A noite cai assim como a vigilância, ele joga a chave para a mão esquerda a se solta, mas devido o barulho os cães ficam agitados, com o nervosismo abrir a algema, Salazar quebra a chave, os cães já estavam se aproximando, ele só tinha uma opção, com suas presas ele decepa a própria mão, os cães já estavam na frente da jaula, ele derrubou a porta por cima deles, então o fugitivo toma o rumo da saída, la fora ele tem a visão do inferno em que foi preso e torturado por anos,
a floresta era simplesmente macabra, árvores altas e velhas, o latido dos cães o faz correr, um deles alcança e derruba Salazar, que não demorou muito para matar seu agressor, porém depois de tanta perseguição ele foi encurralado num barranco que numa queda de 15 metros até chegar a um rio, cães acorrentados, carcereiros com armas de grosso calibre com balas de prata, ele então faz o impensável, salta do barranco, em meio a queda ele foi baleado três vezes, ele cai no rio e é levado até a margem pela correnteza, só acordou no dia seguinte e quatro dias para se curar completamente, logo depois ele soube que Connor estava no Tocantins, ele seguiu esse rumo, mas levou os carcereiros e os cães junto dele.
Os rapazes olhavam para Salazar que tinha uma expressão depressiva e profunda.
Ryan: então a presença dos cães é culpa sua?
Connor: jura? Vai ser assim?
Hiure: não pode exigir nossa confiança nele.
Kaique: não pode exigir nem que aceitemos ele aqui.
Connor: a casa é minha. Fala em imposição.
Hiure: que seja então, eu vou embora. Fala firme.
Ryan: cara, não completamos nosso treinamento. Fala ponderando.
Kaique: eu concordo com Hiure, somos híbridos e nada garante que ele não fará nada. Fala irritado.
Connor: eu garanto! Impõe.
Kaique: sua garantia não vale muito, visto que você escondeu isso tudo de nós.
Ryan: mesmo não querendo, eu devo concordar com meus irmãos.
Connor: eu confio nele e...
Salazar: velho! Grita chamando atenção de Connor.
O velho kriegshund olha para Salazar com um olhar de quem implorava.
Salazar: eles tem razão, eu saio, não há problema algum.
Connor: não! Eu levei quase uma década sem saber de você!
Salazar: eu sei, teremos tempo pra tudo isso. Fala o abraçando e encostando sua testa na do pai.
Salazar então se despede de todos e fica na velha mansão abandonada. No caminho, Connor nada falou, mesmo com a insistência dos rapazes, ao chegarem, eles tentaram novamente falar com seu mestre, mas o mesmo só queria o silêncio. Pela manhã eles tentaram novamente e dessa vez obtiveram o fim do silêncio.
Hiure: até quando vai ficar assim?
Connor: o que vocês esperavam!? É o meu filho naquela imundície! Meu filho! Grita feroz.
Kaique: um filho que foi um assassino de kriegshund, a sua raça! Como pode o chamar de filho.
Connor: ele se redimiu!
Hiure: deixando a minha mãe ser baleada!? Isso foi a redenção dele!?
Connor: sua mãe foi uma guerreira, ela sabia que suas vestes podiam servir de mortalha! Além disso, quem atirou foi o Robert!
Ryan: ainda assim coroa, não podemos confiar nele, há oito anos você o conhecia, mas o tempo dele preso é incontável.
Connor solta o ar em desistência, ele apenas sai do recinto e vai para o quarto dele.
Hiure saiu para correr, seu destino era a velha mansão onde se alojava Salazar, o jovem alpha entra lentamente, até que é surpreendido pelo lobo.
Salazar: não imaginei que um de vocês viria até aqui. Fala calmamente.
Hiure: nem eu mesmo sei o motivo de eu estar aqui!
Salazar: talvez queira uma revanche. Fala desafiador.
Hiure: nao vale a pena lutar com um lobo doentio e esquelético.
Salazar: o mesmo você não foi capaz de dar conta.
Hiure: não me provoque, eu estava cego de raiva, você não teria chance contra mim.
Salazar: claro que não, eu apenas fui treinado por Connor o Andarilho.
Hiure: fui treinado pelo Bravo, Loiro, o Lobo Colossal e o Andarilho, acho que estou na vantagem.
Salazar: você está sendo treinado por algumas semanas, eu fui criado por ele, moldado por ele. Fala provocativo.
Hiure: problema é seu, tá velho e acabado, nem em sonho você me derrotaria.
Salazar: sou um mestre de armas, logo lutar desarmado me deixa em desvantagem, mas também sou bom com a intimidação.
Hiure: a sua é diferente, não causava nada como medo, era deprimente.
Salazar: a intimidação é seu reflexo, se você for bravo ela irá demonstrar sua bravura, se for selvagem será sua selvageria, agora se você estiver "morto", se você for só sofrimento, ela refletirá os mesmos.
Hiure: eu não sabia disso, eu só soltava um rugido.
Salazar: o rugido não é necessário, ele melhora sim, mas com um bom controle você poderá usar a qualquer momento.
Hiure: eu sei disso, meu pai e tio fazem isso.
Salazar: você também poderá, se focar nisso o suficiente.
Hiure: eu sou focado! Se impõe irritado.
Salazar: tô sabendo, seu foco é impressionante. Zomba rindo.
Hiure: vai pro inferno!!
Salazar empurra Hiure contra uma parede e a quebra, Hiure tenta reagir, mas é suspenso pelo pescoço.
Salazar: você está confuso, na sua cabeça eu era a causa da morte da sua mãe, mas você descobriu a verdade e agora está em conflito interno, eu entendo e respeito isso, mas não venha aqui se impor! Fala aumentando a força do aperto.
Salazar então o solta, Hiure o olha enquanto acaricia o pescoço, o jovem alpha então sai da velha casa e retorna para a de Connor.
Nos dias que se sucederam Hiure meditou sobre o Salazar, ele então chega a conclusão que estava errado, sua raiva estava direcionada a o lobo errado e assim que ele nota isso, corre para falar com os irmãos, Kaique e Ryan não encararam muito bem.
Kaique: até alguns dias você estava armando uma guerra contra ele e agora quer ele aqui!?
Hiure: eu sei o que fiz, estou reconhecendo um erro meu.
Ryan: o que torna mais difícil de acreditar! Fala de braços cruzados.
Hiure: muito engraçado viu?
Kaique: ele foi um arauto do Apocalipse! Impõe firme.
Hiure: ele traiu o Robert! Tentou matar ele! Fugiu do Tártaro só pra tentar de novo! Nosso único inimigo é o maldito Turner!
Ryan: ele não está errado Kaique, não estou pedindo pra você confiar nele, mas temos que entender que ele não é nosso inimigo.
Hiure: se fosse, teria matado um de nós na noite que ele apareceu. Reforça.
Kaique: ele também é filho do velho, pode não ser má idéia. Fala um pouco receoso.
Hiure: ele merece redenção.
Ryan: concordo.
Kaique: vai ser legal ver o sorriso do velho Connor. Fala rindo.
Os três então vão até a velha casa abandonada e falam com Salazar, que aceitou o convite com gosto, quando Connor chegou a casa, notou um cheiro diferente, ele corre para o porão e ele tem uma visão maravilhosa, seu filho havia se cuidado, os cabelos haviam sido cortados e estavam lavados e amarrados num rabo de cavalo, sua barba estava feita, vestia sapatos pretos, calças jeans escuras e uma camisa cinza escura, ele instruía a defesa contra armas para os rapazes até que ele avista seu pai e abre um sorriso, o sorriso que Connor não via há vinte anos, o velho kriegshund abre os braços e recebe seu filho num abraço apertado e lágrimas que não pareciam ter fim.
Salazar: eu voltei para casa meu pai.
Connor: e que os ancestrais abençoem esse dia. Fala segurando o rosto do filho com as duas mãos.
Os três se aproximam, Hiure com Italo nos braços.
Connor: vocês...?
Kaique: nos perdoe coroa.
Connor: esqueçam isso, meu filho está aqui e é isso que importa. Fala sorrindo.
Ryan: na moral mesmo, nos perdoe, pusemos nossas idéias acima dos seus sentimentos e isso foi errado.
Hiure: eu me pus em seu lugar, não aguento ficar sem ver meu menino nem por algumas horas, oito anos foram insuportáveis para vocês dois.
Connor: obrigado rapazes. Pra comemorar o retorno do meu filho! Surra nos cães e nos carcereiros a vontade hoje a noite!
Todos comemoraram, menos Hiure, que apenas ria olhando para todos.
Salazar: achei que você daria piruetas de alegria, vai poder bater neles! Fala com entusiasmo.
Hiure: seria divertido, mas eu não vou.
Salazar: por que não? Pergunta estranhando.
Hiure: eu amo lutar, bater em quem merece então nem se fala, mas eu amo muito mais o meu filho.
Connor: não seja por isso, eu fico com a ferinha.
Hiure: não Connor, é sua noite com seu filho, não se importe comigo.
Connor: eu já arrebentei mais cães e carcereiros do que eu posso contar, essa será a despedida, vai, eu fico com ele. Fala estendendo os braços para Italo.
O pequeno imediatamente pula para o colo do velho kriegshund, que ria com o gesto do menino. A noite cai e os quatro saem em busca de diversão, andavam fingindo distração pelas ruas, Salazar andava pelos becos, Ryan na área comercial, Kaique na entrada da cidade e Hiure na trilha que ia dar na floresta, logo cada um deles tinha seus alvos, dois cães do inferno do tamanho de uma pantera cercam Salazar, o mesmo arma sua guarda, sua mão direita ele deixava solta, já a esquerda ele saca as garras e une seus dedos alinhando, ergue seu braço formando um "V" na altura do pescoço, um dos cães salta, mas recebe em cheio o golpe de Salazar que cortou seu músculo do ombro o outro tenta morder a parte posterior da cocha, mas o lobo levanta a perna e esmaga o crânio da fera, ainda mantendo um cão de baixo do seu pé ele encara o outro que tinha olhos demoníacos, Ryan estava de frente a uma loja de roupas, um cão se aproxima sorrateiramente, até que ataca, mas o jovem alpha segura o cão pelo pescoço e pelo maxilar, logo ele o lança longe e o olha bem, tinha o tamanho de um lobo cinzento, era muito rápido, Ryan se prepara para ser atacado, a fera investe na altura do abdômen, mas o rapaz esquiva e chuta o abdômen do monstro, ambos então se encaram ferozmente e ele então se transforma na lupina para uma luta animalesca. Kaique amolava um sabre, até que ele ouve sons de respiração.
Kaique: ora, ora, que festa nós teremos! Fala brilhando os olhos vermelhos e guardando a arma.
Um cão tenta o atacar, mas ele acerta uma bofetada que joga o monstro longe, outro tenta um ataque baixo, mas recebe um chute, o terceiro cão salta, mas o jovem alpha o impede rapidamente segurando o pescoço do cão e o joga longe contra uma pedra.
Kaique: isso vai ser divertido! Fala rindo maldoso.
Hiure praticava seu kata, até que um projétil é direcionado a ele , num golpe rápido ele captura o objeto, era uma faca de combate.
Hiure: cães não arremessam facas. Fala jogando a lâmina no chão.
????: vocês são tão espertos. Fala sarcástico saindo das sombras.
O sujeito era um homem atlético magro, vestia equipamentos de proteção no tórax, munhequeiras de fibra.
Hiure: eu nunca vi um carcereiro com esse traje.
????: isso se deve ao fato de eu não ser um carcereiro e sim o diretor do Tártaro, me chamam de Hades.
Hiure: legal, porém cafona.
Hades: algo que uma criança diria.
Hiure: suponho que você tenha um Cérbero não?
Hades: alguém não é tão imbecil quanto parece, sim eu tenho, são meus cães pessoais.
Hiure: você é diretor do Tártaro, tem o Cérbero, você é corno também? Pergunta maldoso.
Hades imediatamente se enfurece e ataca cegamente, numa troca de golpes rápidos, Hiure bloqueou quase todos, deixando passar apenas um, o golpe o acertou em cheio no rosto, o sangue escorreu, mas ele apenas ria.
Salazar estava com um cão morto debaixo do pé, o outro cão ataca, mas o lobo crava suas garras nos globos oculares atingindo o cérebro, Ryan mantinha a luta animalesca, suas presas cravaram no lado direito do pescoço do monstro e suas garras no flanco esquerdo, com um golpe ele destroça as costelas e as veias do cão, Kaique se transforma na glabro avançada, a fera ataca e tenta morder o pescoço, mas o jovem alpha põe o braço direito na frente, o outro cão ataca, as feras seguram o jovem alpha, o terceiro cão salta nas costas de Kaique que cai, os dois continuam atacando, mordidas e arranhões profundos, o que o derrubou da as costas, mas o jovem alpha segura pelo pé e esmaga a pata traseira, ele se levanta e joga o cão que ele fraturou longe, um dos que estava atacando tem seu crânio atravessado pelo sabre, o outro teve o corpo chocado contra uma pedra, o ultimo é pego pela garganta e bate contra uma árvore, logo o rapaz desfere um soco que acerta o focinho e esmaga até mesmo a árvore, Hiure continuava a lutar, o diretor era profissional em kickbox, o mesmo tenta acertar um chute no crânio, mas Hiure bloqueia no alto e desfere um chute rasteiro na perna de apoio do diretor, o jovem lobo da um salto mortal para trás e arma sua postura, uma perna a frente da outra um braço erguido com a palma da mão para baixo e o outro braço na altura da cintura com a palma da mão também voltada para baixo.
Hiure: vamos diretor.
Hades: sabe que se me matar todos os guardas do Tártaro irão caçar vocês!
Hiure: não darão conta, além disso se nos matarem o Loiro vai caçar vocês.
Hades: Loiro? Você não soube? Robert o matou!
Hiure: não, é mentira.
Hades: se não me engano foi por causa dos híbridos, culpa sua eu suponho.
Hiure avança sem pensar e acerta um chute frontal no diretor que desequilibra e bate com as costas numa árvore, Hiure desfere uma sequência de socos diretos que esmagam a caixa torácica e órgãos vitais, o sangue escorria da boca e nariz, Hiure ruge ferozmente, os demais lobos correm na direção do rugido, ao chegarem eles vêem árvores com marcas profundas de garras, algumas tinham buracos feitos por socos outras estavam completamente derrubadas, eles encontram Hiure de joelhos chorando e o cadáver do diretor.
Ryan: o que houve!?
Hiure: o tio Renato. Fala fraco.
Ryan: o que tem ele?
Hiure: o tio Renato... Foi morto! Aquele FILHO DA PUTA!! Grita em fúria.
Ryan: isso não é possível. Fala descrente.
Salazar: ele não foi derrotado. Fala sério.
Kaique: do que está falando?
Salazar: Robert Turner nunca luta de forma justa, usa truques baixos e sujos, sempre foi um covarde.
Hiure: o que isso quer dizer?
Salazar: Robert Turner já foi um guerreiro, mas em algum momento ele abandonou isso, usa artifícios covardes e até mesmo armas de prata ou acônito.
Hiure: vamos pra Lupina! AGORA!!!
Os quatro correm para a mansão, eles são recebidos por Connor sorridente, mas recebe olhares de revolta e raiva, o sorriso do velho kriegshund desaparece imediatamente.
Connor: problema?
Kaique: em casa. Fala rígido.
Hiure: tio Renato foi morto! Fala inconformado.
Connor: o que!? Pergunta abismado.
Salazar: Robert foi covarde é certo.
Connor: impossível eu treinei aquele menino!! Grita em fúria.
Ryan: vamos pra casa velho!
Connor: agora!! Fala rígido.
Os seis então partem rumo a Lupina, sem ter a mínima idéia de todo o problema.
No acampamento quase tudo está indo conforme o plano, o Indomável começou o treino dos lobos, apesar da resistência de alguns o treino era eficaz, mas ele era indiferente com todos, no meio do treino ele decide ver outro grupo, o grupo de Maria.
Indomável: você vai treinar comigo?
Maria: tenho certeza que não. Fala rindo.
Indomável: viu algo engraçado?
Maria: Além da sua arrogância? Não.
Indomável: minha arrogância?
Maria: é, você age como se fosse superior, o melhor no que faz.
Indomável: bom, o Grande veio a mim para pedir ajuda, só estou cumprindo minha parte.
Maria: mandando eles fazerem flexões? Isso qualquer um faz.
Indomável: se é assim, o que você tem feito?
Maria muda de expressão imediatamente e assume um olhar feroz.
Maria: você pode ter sido trazido pelo meu pai, mas saiba que nenhum dos grandes e comandantes confia em você, nem se quer sabemos seu nome ou de onde veio.
Indomável: não sou obrigado a dizer nada sobre mim!
Maria: você nem devia estar aqui, não precisamos de você, logo os três irmãos vão chegar e sua utilidade vai pro inferno.
Indomável: se fossem tão bons estariam aqui e não longe.
Nesse momento Maria investe, sem que o Indomável notasse ela aplica uma chave de braço nele.
Maria: é melhor você lavar sua boca antes de falar deles, são heróis para todos esses lobos e grandes amigos pra mim!
Indomável: e entre eles alguém que é mais do que um amigo. Fala rindo.
Maria: se cuida, se eu sonhar com uma traição sua, vou decepar você ao meio. Fala rígida e o soltando.
Indomável: sabe que não me assusta não é?
Maria: não tenho a intenção de te assustar, só estou deixando claro! Fala se afastando.
Logo depois do seu treino, Maria se encontra com seu irmão e Rodolpho.
Maria: o que estão fazendo?
Rodolpho: treinando a minha mira e a velocidade dele.
Heitor: você está com cara de quem está muito puta da vida.
Maria: aquele merda que o papai trouxe teve a coragem te me desafiar e de falar mal dos três garotos.
Rodolpho: o que exatamente?
Maria: disse que não são bons e que se fossem estariam aqui.
Rodolpho nada respondeu ao contrário de Heitor.
Heitor: foda-se ele, se eles estivessem aqui ele veria só uma coisa.
Rodolpho: concordo, eu vou ver meus velhos.
O jovem alpha segue rumo ao alojamento de seus pais, la o casal estava tendo uma refeição.
Jocimar: como sempre sua lasanha está incrível.
Rosana: nem tanto, faltou queijo.
Jocimar: ele adorava isso. Fala olhando para a massa no garfo.
Rosana: quem?
Jocimar: Daniel.
O olhar de Rosana muda imediatamente, ela se levanta da mesa irritada.
Rosana: por que você tinha que falar disso? Pergunta irritada.
Jocimar: porque mesmo depois de anos eu não me conformei.
Rosana: e você acha que eu me conformei!?
Jocimar: sim! Você aceitou.
Rosana: Pablo é o chefe da família, o que eu podia fazer!?
Jocimar: dava um jeito!
Rosana: não vou falar mais disso, Rodolpho está perto, vamos parar por aqui.
Jocimar: como sempre.
O jovem lobo chega e depois das insistências de Rosana ele come, passou a tarde com eles, falou da situação atual, planos para a estruturação de todos entre outras coisas.
A noite já havia caído, Connor e os outros estavam quase chegando em Lupina, Salazar faz uma ligação em grupo com todos.
Connor: estamos quase, temos planos?
Ryan: primeiro iremos para o sul.
Hiure: acho melhor nos separarmos, cobriremos mais espaço.
Kaique: vou pro leste.
Hiure: oeste.
Connor: farei uma varredura nos arredores da cidade.
Salazar: e o pequeno? Não podemos levar ele.
Hiure: então você faz a varredura e o Connor cuida do Italo pra mim.
Connor: beleza, mais dez quilômetros e nos separamos.
Eles finalmente chegam, Hiure deixa seu filho com o velho kriegshund e cada um vai para seus lugares, no sul Ryan viu dezenas de lobos desconhecidos, eram lobos do Robert, Hiure foi até a mansão do Grande, mas nada achou, o que introduziu a preocupação no lobo, no leste estava tudo vazio, o sobretudo ainda pendia na lança do velho Branco, Kaique então liga para seus irmãos e todos vão para a mansão do Victor.
Kaique: nem um único lobo daqui.
Ryan: o mesmo no sul.
Hiure: oeste também.
Ryan: vi lobos desconhecidos.
Kaique: lobos do Robert!
Hiure: se eles estão todos aqui, onde os nossos estão?
Kaique: boa pergunta.
Ryan: atrás!! Fala em advertência.
Todos se viram rapidamente, das sombras sai o próprio alpha das trevas, seu braço direito estava enrolado por uma longa e grossa corrente que na ponta tinha um gancho afiado.
Robert: bonito, porém cafona. Fala olhando para as lápides.
Kaique: ROBERT!! Como ousa por seus pés nesse lugar!?
Robert: seus moleques idiotas, se rebaixando aos pés de Álvaro Pelo Branco?
Hiure: você não merece falar o nome dele! Fala afrontando.
Robert: não mereço pirralho? Fala girando o gancho.
Ryan: nunca mereceu seu verme!
Robert: por anos eu lutei por ele, eu o amei como a um pai e no fim ele me expulsou! Bom, agora eu vou destruir tudo o que ele criou!! Fala girando o gancho.
Hiure: vamos!! Fala investindo.Continua...
Eu disse que não ia demorar, final intrigante? É só a ponta do iceberg, agora as coisas vão ficar muito mais interessantes.
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Presas e Garras
WerewolfEm uma cidade do Rio de Janeiro chamada Lupina existem quatro alcatéia dominantes, a cidade foi dividida pelos antigos Alphas, na alcatéia do Sul vivem os quatro jovens principais, Rodolpho, Ryan, Kaique e Hiure eram mais do que amigos, verdadeiros...