Bem vindo
Songs & Poems é um livro de one shots (e às vezes two shots) do bangtan, criadas por mim mesma e muitas delas (se não todas) são inspiradas em músicas. Pedidos estão 100% fechados por motivos de que esse livro já está completo.
"Músicas s...
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Situação: YOONGI + YOU
Dinâmica: BAD BOY X GOOD GIRL (adoro)
Pedido de MaviPG inspirado na música Sunflower do filme Sierra Burgess Is a Loser.
Mavi, eu tentei um final feliz sksk
ATENÇÃO: Tô pensando em fazer um livro de sequências, o que acham?
Se tinha uma coisa que eu havia aprendido nos meus dezessete anos de vida era que as pessoas, muitas vezes, eram cruéis. Não estou falando de apenas crianças ou adolescentes, mas sim das pessoas em geral. Crianças, em sua maioria, apenas não sabem ou não tem consciência de que aquilo que falam pode ser extremamente prejudicial à uma outra criança, elas são inocentes demais e, muitas vezes, apenas reproduzem aquilo que vêem e escutam em suas casas. Claro, eu não podia dizer o mesmo de meus antigos colegas de turma. Adolescentes podem ser extremamente malvados quando querem e para isso não tenho uma desculpa, pois meus colegas não eram inocentes, eles sabiam bem o que faziam e os motivos pelo qual faziam – se é que algum dia vai haver um motivo plausível para tamanha raiva.
As pessoas nunca sabem porque odeiam, elas apenas fazem. E não há motivo suficiente para conseguir entender como alguém pode ser tão mau com o próximo. Tudo começa com uma piada sem graça e aos poucos vai se tornando insuportável, os sorrisos sem graça acabam se transformando em gritos silenciosos, eles dizem que você é insuficiente tantas vezes que você mesmo acaba acreditando nisso, eles te convencem de que você nunca será boa o bastante a menos que se molde as suas ideias e padrões, eles criam um bloqueio em sua mente fazendo você acreditar que aquela imagem distorcida no espelho é quem você realmente é, mesmo que não seja.
Aos dezessete anos eu não tinha perspectiva de muita coisa. Minha situação acadêmica era mediana, eu não era a mais inteligente, mas também não tinha notas vermelhas em meu boletim, eu não conseguia fazer nenhum curso, pois todos eram muito longe de casa e alguns eram apenas muito caros, e não podia tentar conseguir um emprego, pois minha mãe não me deixava. Eu apenas ia de casa para a escola e da escola para casa e, raras as vezes, era acompanhada por minha mãe, em seu modesto e odiado carro. A única perspectiva em minha vida era terminar o colegial e me ver livre do inferno que era ter de passar por aqueles corredores todos os dias.
E mesmo que eu pedisse por um dia razoavelmente bom, eles sempre terminavam da mesma maneira: comigo dentro do quarto, os fones de ouvido ligados no último volume para não ter que escutar as reclamações de minha mãe por eu ter, mais uma vez, ganhado peso e todo o trabalho que ela tinha para arrumar calças que me coubessem.
— Você não percebe o esforço que estou fazendo?! Trabalho todos os dias naquele lugar para conseguir comprar comida, mas me diga: como vamos conseguir sobreviver se você come em duas horas o que deveríamos comer em um mês?! — E, se eu estivesse por perto, as suas reclamações vinham acompanhadas de alguns tapas.
