I wanna be yours

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Oi, são uma da manhã rs

Oi, são uma da manhã rs

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Situação: NAMJOON + YOU & UMA LEVE PARTICIPAÇÃO ESPECIAL

BAD BOY X GOOD GIRL (apesar do Namjoon aqui apresentado não aparentar ser tão bad boy assim)

Inspirado na música I Wanna Be Yours do Arctic Monkeys.



Aviso: Dona Bia não dá ponto sem nó (🌚🍷) e dona Bia tá gripada também então me perdoem se houver algum erro.

Lembrete: É, assim, praticamente todas as ones aqui postadas não tem uma ordem cronológica certa sobre os acontecimentos, então tem uns detalhe aí que eu pulo, ok? Só pra lembrar mesmo, beijo ❤️


Se há cinco meses atrás alguém chegasse para mim e me dissesse que eu, em cinco meses depois deste mesmo dia, estaria completamente apaixonado por uma garota que conheci no mercado em meio a um assalto eu diria para essa pessoa que ela estava precisando de uma série de conselhos com um psiquiatra porque ela, com certeza, não estava em posse de suas faculdades mentais. Eu riria em alto e bom sim e diria com todas as letras "isso nunca vai acontecer".

Contudo, foi exatamente isso que aconteceu.

Veja, não temos como saber o que pode ou não acontecer conosco a cada segundo do dia. Isso é, obviamente, impossível, então não foi como se eu soubesse que ao sair da minha cama cedo naquela manhã para ir até o mercado da esquina – porque eu precisava urgentemente de uma série de coisas que já não existiam mais em minha geladeira por causa dos meninos –, eu acabaria na delegacia junto a mais cinco outras vítimas e testemunhas daquele assalto.

— Tem algum plano pra hoje? — Jimin pergunta do outro lado da linha. Antes que saísse de casa, ele havia me ligado, perguntando o que eu faria naquela mesma noite, pois todos estavam pensando em organizar uma pequena festa de boas vindas para Taehyung, que voltaria de viagem naquele mesmo dia. Eu o disse que não tinha nada planejado. — Beleza. Tae me ligou ontem a noite e me disse que chegaria por volta das sete. Hyung, por favor, não se atrase. Lembre-se que é um longo caminho de Ilsan até Seul.

— Não vou. — Respondo, terminando com o pirulito e o jogando no lixo. — Estarei aí no horário combinado.

— Beleza. — Ele repete e ao fundo escuto uma voz dizer "Jimin, fica tranques, ele vai vir", o que me fez franzir o cenho, no mínimo eu estava confuso e curioso. Jimin estaria namorando? — Até mais tarde, hyung.

— Até. — Desligo o telefone, sorrindo. Finalmente parecíamos estar seguindo em frente.

Eu saí de casa animado, Taehyung estava voltando, Jungkook parecia bem com a faculdade, Yoongi tinha conseguido o emprego na gravadora que ele tanto queria, Hoseok parecia feliz com as suas corridas, finalmente parecia que tudo estava entrando nos eixos e pela primeira vez me senti verdadeiramente leve. Cheguei até a pensar que aquele dia correria normalmente, a loja na esquina parecia tão pacata e inofensiva, eu jamais poderia imaginar que seria assaltado naquele mesmo dia ensolarado.

— Kim Namjoon — Poucas horas depois e eu me encontrava na delegacia, era a quarta pessoa a prestar depoimento, e não estava nada feliz com isso. E fiquei mais infeliz ainda ao ouvir meu nome ser chamado. Não precisava ouvir duas vezes para saber quem falava, a ironia em cada traço da voz já me dizia tudo.

— Secretário Oh. — Sento-me na cadeira a sua frente.

O homem sorri e aponta para o distintivo em seu peito. — É delegado agora.

— Meus parabéns. — Cruzo os braços, me deixando encostar na cadeira. — Depois de todos esses anos, é bom saber que conseguiu o que queria. — Eu posso dizer que o sorriso inocente que lancei depois dessa frase não o enganou de nenhuma maneira.

— Não abuse de sua sorte, Kim Namjoon. — Anos se passaram, e poucas coisas haviam mudado de fato entre nós dois. Eu ainda não ia com a cara de Oh Sehun e ele com certeza também não ia com a minha. Apesar de me achar um cara pacifico e fácil de resolver problemas, algumas coisas eram simplesmente complicadas demais para se resolver sem o dialogo certo, e a coisa que eu menos queria fazer era ter esse diálogo com Oh Sehun. — Eu ainda não esqueci do que você e seus amigos fizeram.

— Isso foi há mais de quatro anos. Não acha que está na hora de seguir em frente? — Respondo, tentando me manter calmo. Oh Sehun com certeza sabia onde pisar.

— Sim, claro. — Ele sorri, agora sabendo que havia atingido um ponto certo. Mas logo volta a seriedade de delegado que deveria ter tido desde o começo. — Então está aqui como testemunha.

— Sim.

— Então, vamos lá, me conte a sua versão dos fatos.

÷ ÷ ÷

Uma coisa que as pessoas não sabem sobre erros passados é que nem sempre eles ficam no passado, algumas coisas são simplesmente difíceis demais de serem esquecidas ou perdoadas e talvez eu seja amargo demais por não conseguir esquecer.

— Não posso acreditar nisso. — Ela diz, balançando a cabeça em negação. — Você não é amargo, Namjoon. Você não é um alguém amargo. Você é o cara mais inteligente e legal que eu conheço.

Eu ri, era engraçado pensar que um dia o que eu mais quis foi que alguém me dissesse que eu era legal, que era suficiente, que era importante, mas então, depois de tanto tempo desejando o mesmo e com tantas pessoas me dizendo o contrário... se tornou difícil acreditar quando alguém verdadeiramente o disse.

— Você pode até não acreditar em mim agora — Ela deixa a taça de vinho dentro da cesta e vem em minha direção, senta-se em meu colo e põe os braços em volta do meu pescoço, me fazendo olhar em seus olhos. Estávamos em um parque público, mas eu estava pouco me importando se alguém poderia nos denunciar por atentado ao pudor. Minhas costas estavam apoiadas na árvore e minhas mãos foram parar em sua cintura, ela parecia ainda mais linda tão perto de mim. — Mas vou fazer você acreditar. Eu não sei sobre o que você passou, Namjoon, não sei sobre o seu passado, mas eu vou coletar todas as peças, você vai ver. Quem sabe no final disso tudo você não se apaixone por si mesmo assim como me apaixonei por você.

E ela estava certa, é claro.

Eu posso dizer que muitos de nós temos as nossas feridas, feridas essas que demoram para cicatrizar, posso dizer que também temos essas cicatrizes, cicatrizes essas que dificilmente desaparecem, mas eu também posso dizer que as coisas não se tornam fáceis se você desiste de si mesmo. Por muito tempo, eu desisti de mim. Por muito tempo, mantive as feridas em aberto e sem perceber estava morrendo aos poucos. Deixei que me perdesse aos poucos, mas ela me encontrou.

E é engraçado pensar que há cinco meses atrás, eu jamais pensaria em me apaixonar por alguém, amor  era uma palavra sem significado no meu dicionário, e que agora estou a caminho de Seul, com ela ao meu lado no banco do passageiro, roendo suas unhas em nervosismo por estar indo conhecer com meus amigos.

— Você é uma garota engraçada. — Eu digo rindo.

— O quê? Por quê? — O nervosismo era nítido em sua voz e isso me rir ainda mais.

— Você está agindo como se fosse encontrar a minha família. — Respondo divertido, olho para seu rosto por alguns segundos e seguro em sua mão, que estava um pouco fria, e ela para de roer as unhas no mesmo instante.

— Mas eles são. — É o que ela me responde e eu não tinha percebido a veracidade por trás de suas palavras até então. Um sorriso se alargou em meu rosto quando percebi o quanto ela estava certa, eles eram mesmo a minha família, mas ela também era.

— É, mas agora você também faz parte da família.

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