Half a Heart

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Situação: JUNGKOOK + YOU

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Situação: JUNGKOOK + YOU

Mesmo meses depois de você o ter deixado, Jungkook não consegue superar o término de vocês.

Parte dois de Plum.

MaviPG eu tentei rs

"Apenas metade de um céu azul
Parte lá, mas não inteiramente
Estou andando por aí com só um sapato
Sou metade de um coração sem você"

- E você deixou ela ir?! - Jimin hyung pergunta, seus olhos estavam esbugalhados, algo que não acontecia com frequência, e ele parecia bravo. - Eu não acredito no que acabei de ouvir!

Escorrego na cadeira, afundando meu corpo mais e mais e querendo desesperadamente desaparecer. Ela havia sido meu primeiro amor, minha primeira paixão, a primeira garota capaz de me fazer ficar horas a fio pensando nela, em como conversar com ela, em como seria ter seus sorrisos apenas para mim. Ela foi a primeira capaz de me fazer sentir como se estivesse no céu quando nos beijávamos e a primeira a me mostrar o inferno; que se resumia as nossas brigas. Éramos o completo extremo um do outro e mesmo assim fui capaz de amá-la mais do que a mim mesmo, fui capaz de dar tudo de mim a ela.

- Vai mesmo deixá-la ir assim? Vai mesmo desistir? - Jimin hyung foi o que mais me apoiou em meu relacionamento com ela, porque ele sabia o quanto eu gostava daquela garota. Ele foi o primeiro a perceber que eu estava me apaixonando e foi o primeiro a quem recorri quando, naquela mesma manhã, ela partiu meu coração.

- Não estou desistindo, hyung. - Digo e infelizmente não havia mais lugar para onde ir, meu corpo já quase desaparecia sobre a mesa, mais um pouco e eu estaria no chão. - Foi ela quem desistiu.

Não queria soar dramático ou magoado, mas foi exatamente assim que aquela frase saiu. Nunca pensei que terminar um namoro foi ser algo tão difícil, não pensei que fosse doer tanto e, apesar de saber que gostava dela mais do que de qualquer outra garota que um dia pensei em namorar, não pensei que fosse me apaixonar tanto por alguém e tão rápido quanto aconteceu com ela. Não pensei que fosse sofrer tanto.

- Eu não podia forçá-la a ficar, hyung. Prometi que não a magoaria, mas na primeira oportunidade, foi exatamente isso que fiz. - Eu o conto, mas sem o encarar frente a frente porque isso seria demais para mim. - Prometi que poderíamos conversar sobre qualquer coisa e assim resolveríamos nossos problemas, mas fui o primeiro a brigar por besteira. - Suspiro, me lembrando da nossa primeira briga, causada por mim depois de um ataque de ciúmes. - Acho que acabamos nos desgastando, no final de tudo. Talvez fosse melhor assim, talvez seja melhor para nós dois que fiquemos separados.

Mas não foi melhor, não sei porque acreditei nessa ideia ridícula de que ficaria melhor sem ela. Dois meses se passaram desde a última vez em que nos vimos quando, em uma quinta-feira, ela veio ao meu apartamento, buscar as suas coisas. Vê-la encaixotar suas roupas e pertences doeu mais do que mil facadas em meu peito. Querendo ou não, eram nossas lembranças, era a nossa vida a dois, era metade do meu coração que iria embora junto com ela e isso doía demais.

- Ficaram apenas algumas coisas na máquina de lavar, mas depois passo aqui para pegar. Você pode guardar elas para mim, certo? - balanço a cabeça, mecanicamente; não queria respondê-la, não queria falar com ela porque sabia que iria acabar perguntando mais uma vez porque estávamos terminando e sua resposta seria a mesma:

- Nós não estávamos mais suportando, Jungkook. Você e eu sabemos que já não dava mais, me desculpe. - Eu me perguntei se nossa situação era mesmo assim tão ruim e, se era, porque ela não havia me dito nada antes. Me perguntei se, se talvez... Se fôssemos mais maduros, as coisas seriam diferentes. Mas aos poucos cheguei à conclusão de que se fôssemos mais maduros não teríamos passado por metade das coisas que passamos juntos. Os bons momentos, é sobre esses à que estou me referindo.

Talvez eu esteja apenas me martirizando, mas as vezes pergunto por ela e em algumas dessas vezes, onde soltei, casualmente, que queria saber como ela estava, uma de suas amigas me disse que ela dormia com o meu suéter porque sentia falta do meu cheiro e não pude deixar de sentir meu coração bater acelerado com essa notícia porque comigo acontecia o mesmo: seu suéter amarelo, o seu preferido, continuava lá, guardando dentro de meu closet, afastando das outras peças, onde ninguém, além de mim, poderia vê-lo. A verdade é que sinto sua falta em cada coisa que eu faça em meu dia a dia, tudo me lembra ela, seu cheiro continua impregnado no meu travesseiro e não sei se quero que ele vá embora. Porque sem ela eu sou apenas metade de mim, metade de um homem, metade de um sorriso apagado, metade de um choro contido, metade de um coração.

- Você não acha que precisamos conversar? - Dois meses se passaram e é impressionante como nesse curto período de tempo, ela parece ter mudado tanto. Seus cabelos estavam curtos, suas pontas mais claras, ela tinha o olhar mais maduro, mais decidido e eu me peguei admirado por toda a sua beleza. Mais uma vez.

- Eu acho. - Sua resposta faz meu coração acelerar suas batidas por alguns instantes, até que eu o diga mentalmente para ir com calma.

Estamos na porta do seu novo apartamento, que, descubro logo em seguida, ela divide com uma amiga, ela me pergunta se não quero entrar e por alguns segundos meu corpo parece travar; não sei o que fazer, não sei se quero ver o quão bem ela possa estar sem mim quando estou me afundando mais e mais na merda. E ela percebe minha indecisão.

- Não vai entrar? - Sua pergunta soa quase como um pedido. Um pedido para que não tivéssemos essa conversa ali, no meio do corredor, talvez.

- Acho que podemos conversar aqui mesmo. - Mas talvez eu seja covarde demais para aceitar seu pedido.

- Vai mesmo querer que meus vizinhos escutem nossa conversa, Jungkook? - Suas sobrancelhas se arqueiam levemente, e eu quase sorrio ao notar o quanto aquilo era familiar para mim, porém a situação me pedia um pouco mais de seriedade.

Suspiro, olhando para os dois lados do corredor. Lá no fundo, quase onde ninguém podia ver, havia uma cabeça grisalha, uma senhora que nos observava.

- Entra, Kookie. Por favor.

Então eu balancei a cabeça, bati o pé duas vezes contra o chão, controlei a vontade de roer minhas unhas e entrei em seu apartamento, logo dando de cara com um sofá de cor amarela vibrante, as paredes em uma mistura de branco e vermelho, os quadros na mesinha de centro e a pequena televisão no centro da sala. Era um lugar pequeno e aconchegante, eu podia ver seu toque pessoal em cada parte daquele apartamento e me peguei pensamento que o nosso apartamento não havia nada daquilo, nenhum toque seu, e, olhando por esse lado, comecei a perceber que o lugar era mais "meu" do que "nosso".

Mesmo assim, quando ela fechou a porta atrás de si e colocou sua bolsa em cima do sofá ao meu lado, eu realmente pensei em falar sobre o meu ponto de vista, sobre os meus sentimentos e pensamentos, quando ela me olhou nos olhos e pediu que começasse, eu titubeei e quando comecei a falar, senti minha voz tremer, mas mesmo assim, esperei que ela entendesse de uma vez por todas e verdadeiramente, que a gente possa começar de novo, esperei que entendesse que eu era apenas metade de um coração sem ela, e que eu desejo, real e verdadeiramente, que a gente possa começar de novo.

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