Antes

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PDV. Ariel

Uma vez quando eu tinha 6 anos perguntei pra mamãe quem era meu papai e o porque de nunca ter visto ele.

- Ele não merece ser chamado de pai - sua voz sem foi triste.

No começo eu não entendi era criança não sabia das coisas e só queria brincar.

Até que uma dia minha mãe sumiu, onde a gente morava não era grande uma casa com mais 6 pessoas.

Procurei mamãe em todos os lugares até em baixo da cama mesmo com medo do bicho papão eu olhei lá em baixo.

Se mamãe tivesse visto teria me chamado de corajosa.

Mamãe sempre saia as vezes passava dois ou três dias longe mais sempre voltava.

- Ela não vai voltar - tia Mia fala da porta do nosso quarto.

- Como a senhora sabe? - cruzei os braços, não pode ser verdade mamãe voltaria por mim.

Ela sempre voltava.

- Seu pai levou ela - mamãe não gostava de falar sobre meu pai.

- Meu pai não faria isso com ela - mamãe contava histórias sobre princesas e foi assim que recebi meu nome.

Ariel uma princesa sereia de cabelos vermelhos que fez um trato com uma bruxa má pra virar humana pra casar com o príncipe, mas ficou sem voz no final ela venceu a bruxa e se casou com o príncipe e recuperava sua voz.

Sempre imaginei meu pai como um príncipe encantado e que viria nos busca assim como na história da Rapunzel.

- Seu pai faria muitas coisas Ariel - tia saiu do quarto me deixando sozinha.

2 ANO DEPOIS

- Quero todo mundo reunido AGORA - um homem mau sempre aparecia aqui a noite é levava minhas tias.

Quando ele aparecia aqui tia Mia mandava eu me esconder e só aparecer quando ela me chamasse

- Vamos usar Mia como exemplo - eu estava escondia em baixo da cama. - Diga o que você tentou fazer?- tia Mia tava certa mamãe nunca mais voltou, será que ela cansou de mim?

- Eu tentei ligar pra polícia - minha tia tinha me explicado que existe pessoas boas e ruins e que as aparências enganam muitas vezes e o principal "nem tudo é o que parece".

Naquele dia eu entendi o que minha tia queria dizer com isso.

- Tudo pra ajudar a pirralha - não era a primeira vez que ela me chamava assim. - ACHEM A MENINA - passos pesados e uma gritaria começa lá da sala.

Coloco minha mão na boca tentado não fazer barulho mais sou puxada pelo pé por um homem barbudo e que fedia.

- SOLTE ELA - minha tia estava deitada no chão muito machucada

Ela nunca me disse o porque aparecia assim em casa mais não era a primera vez que isso acontecia.

- Ariel - olho pro homem que segurava alguma coisa na mão.

- Tia?- ela olhou pra mim e sorriu triste.

- Vai ficar tudo bem meu amor - um barulho alto e uma gritaria olho pra minha tia que não se mexia.

- Não vai dizer oi pro seu pai menina - ele não era feio e agora eu sabia porque meu cabelo é vermelho o cabelo da minha mãe eram vermelhos como os meus.

- Tia?- me ajoelho ficando do lado dela.

- Antes que alguém possa assumir o lugar de tia - ele me segura pelo braço me tirando de perto dela. - Vou vender ela e quem sabe não recebo um bom dinheiro. - meu vestido azul tava manchado de vermelho.

Vender o que era isso?

Eu nunca sai lá fora, mas sempre ouvia as histórias da minha mãe de como era lindo as árvores e flores.

- Por favor Dentinho deixe ela - tia Branca pedi.

Esse homem era meu papai?

Ela não parecia nada com os
príncipes encantados que mamãe falava.

- Ela é MINHA FILHA faço com ela o que eu quiser. - o mesmo homem que me achou pega tia Mia no braço.

- Por favor - tentei ficar com elas não queria ficar com ele - TIIIIAAA - mais ela não respondia.

- ELA ESTÁ MORRA ASSIM COMO SUA MÃE - minha mãe já tinha minha falado sobre morar com o papai do céu.

Eu queria ter ido morar com ela.

Foi naquele momento que entendi como a vida funcionava e o monstro que meu pai era.

Foi nesse dia que parei de luta.

1 ANO DEPOIS

Eu não fica mais com minhas tias, ficava com várias crianças a noite vinham homens e lavavam algumas crianças, eu já tinha sido levada uma vez.

Os homens que nós levavam eram velhos, barrigudos e careca poucas vezes eles só gostavam de nos ver andar pela casa já outras vezes eles... eles...

Mamãe e tia Mia me ensinaram o que é errado.

"Ele não deve ser chamado de pai"

Mamãe estava certa, ele não era meu pai.

Nunca vai ser e mesmo sabendo que é errado desejava a morte dele como uma pessoa deseja água no deserto.

As coisas que ouvia todas as vezes que era levada, o que faziam comigo me dá nojo e me faz desejar a morte.

Me pergunto se a vidas de outras crianças são assim ou se isso só acontece com a gente.

Queria estar morta assim como mamãe e tia Mia, até mesmo a morte parece ser melhor que vivi essa vida.

Eu não sabia que as coisas iriam mudar tão rápido quando ele apareceu...

🍃🍃🍃

ACHO QUE POR ESSA NINGUÉM ESPERAVA!
É MEU POVO ARIEL É FILHA DE DENTINHO.
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LR

Alemão - Série Bravos [L2]Onde histórias criam vida. Descubra agora