Eso És Amor | Juliantina

Capítulo 17

Enquanto Juliana entrava em casa chorando, Valentina entrava em seu quarto com um Lucho muito irritado e reclamão. Não estava com a menor paciência para o loiro, mas sabia que precisava aguentar um pouco antes de começar a falar. E ele falava tantas besteiras que ela só queria ter tampões para os ouvidos. Foi para o banheiro e tomou um banho, Lucho não pareceu notar que ela não estava mais prestando atenção. Saiu do banheiro, vestiu o pijama e encarou o rapaz, sentado em sua cama.

- Acabou de reclamar?

- Você não se importa mais comigo, é isso?

- Claro que não, Lucho. Eu me importo sim com você.

- Então o que está acontecendo? Você está distante, nunca quer fazer nada comigo, só vive com a Juliana agora... É irritante ao extremo, estou tentando ser paciente...

- Eu quero terminar.

Os olhos verdes dele se iluminaram com tristeza.

- O que?

- É isso o que está acontecendo, Lucho. Eu estou cansada. Não quero mais namorar contigo.

- Como isso?

- Assim, simples. Não sinto mais o que sentia por ti e não acho justo que fiquemos juntos. Não quero mais estar com você.

- Eu estou o dia inteiro te esperando para você me dizer isso?

- Eu falei que não precisava me esperar. Eu já tenho dito a você sobre como não quero esse relacionamento tem tempo demais. Você nunca quer aceitar... Agora estou cansada.

- O que mudou?

Juliana. Juliana mudou tudo em sua vida.

- Eu não quero mais, Lucho. Não precisa ter acontecido nada. Eu não quero mais estar com você.

- Isso é inaceitável. – Como um típico homem babaca das cavernas, o loiro segurou Valentina com força pelos braços. – Você não pode estar falando sério.

- Você está me machucando, Lucho. – Ela disse ao tentar se soltar. – E eu estou falando sério. Acabou. Se quiser, seremos amigos, nada mais.

- Amigos? Amigos? Eu não quero ser seu amigo Valentina, eu queria casar com você.

- Ou seremos amigos, ou não seremos nada, Lucho. Eu não quero mais este relacionamento. Por favor, entenda e respeite minha decisão.

Enquanto ele começava a gritar, sobre como ele era o homem ideal para ela, Valentina só pensou no que estaria acontecendo com Juliana. Se ela estava bem e no que estaria pensando...

Só não fazia ideia de que a morena estava deitada em sua cama, abraçada ao travesseiro e chorando tanto que seu rosto inteiro doía. Chorou tanto que sua mãe entrou em seu quarto.

- Mi hija, o que há?

Agarrando-se ao travesseiro, Juliana apagou a mensagem que havia pensado em mandar para Valentina. Não fazia sentido, depois de tudo, ela mesma havia terminado com todas as suas chances.

- Mama...

Lupita sentou na cama com Juliana e acariciou o ombro da morena, chamando-a para seu colo. Ela repousou a cabeça nas pernas de Lupita e ganhou carinho nos cabelos.

- Quer conversar ou quer apenas chorar?

- Eu quero morrer, mamá.

- Não diga isso, mi hija. O que está acontecendo?

- Eu sou muito idiota. Estou me sentindo terrível, com uma dúvida cruel e uma dor que parece que vai rasgar meu peito.

- Ajudaria se eu soubesse do que se trata.