Capítulo 21

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Já fazia uma semana que estavam juntas. Uma semana oficialmente falando desde que resolveram que não havia mais como escapar uma da outra, e que também não queriam escapar. O problema era que o relacionamento delas era completamente baseado a estar no restaurante ao final do dia, ou na casa de Valentina. Então nunca tinham muita privacidade. E estavam desesperadas por privacidade, ainda mais quando ficavam aos beijos no restaurante no meio da noite.

Principalmente quando Valentina trancava o restaurante com Juliana lá dentro, abaixava todas as persianas e tirava a blusa, dançando sensualmente para Juliana babar completamente. Quem diria que Valentina Carvajal, herdeira de uma fortuna, iria dançar descalça e só de calça e sutiã no meio de um restaurante em zona pobre da cidade num show particular para outra garota? Ninguém.

E graças a Deus Juliana era a única que poderia ver, a morena era realmente a garota mais sortuda de todo o México. Do mundo, em sua cabeça. Afinal, só existia uma Valentina Carvajal, e naquele momento, dançando para ela no meio do restaurante, ela era toda sua. Abençoada e sensualmente sua.

A última coisa que esperava de uma sexta feira a noite era que Valentina fosse invadir o restaurante daquela forma, atentar toda a sua loucura e desejo, e deixa-la de pernas bambas. Mas lá estava ela, com aqueles olhos azuis brilhando mais do que o mar em dia de verão, o sorriso iluminando mais do que qualquer coisa. Fazendo Juliana morrer de amor... E de tesão.

- E você disse que não sabia dançar...

- Graças a você, estou aprendendo. Estou indo bem?

Juliana apenas balançou a cabeça, afirmando. Valentina abriu o zíper da calça que usava, e a morena engoliu em seco, o nervosismo a consumiu por inteira. Elas estavam em pleno restaurante, pelo amor de deus.

Mas todos os pensamentos negativos foram apagados quando Valentina começou a rebolar, o jeito que seus quadris iam de um lado para o outro, sua cintura se moviam, as mãos subiam e desciam pelo corpo descoberto. Os seios estava lindos naquele sutiã cor de vinho. Juliana estava ofegante, mesmo estando à passos de distância de Valentina. Iria morrer.

- Treinei bastante para te impressionar.

- Eu ficaria impressionada com você assoviando para me chamar, Val. Qualquer coisa...

- Mas não está impressionada com isso?

Até a voz de Valentina estava diferente, mais sensual, Juliana estava se coçando. Como alguém conseguia ficar parado vendo a mulher que amava dançando daquela forma? Ou fazendo qualquer coisa? Ela tinha vontade de pular em Valentina o tempo inteiro.

- Eu estou muito impressionada. Muito mesmo. Devidamente impressionada.

- Ah sim. Que bom. Fico feliz com isso.

Valentina caminhou até Juliana, que estava sentada em um dos bancos do balcão, e ficou entre suas pernas.

- Da próxima vez, é você quem vai dançar.

- Eu?

- Só estou avisando. – Valentina estava tão mais sensual do que o normal naquela noite; talvez fosse o fato de ambas estarem morrendo de desejo uma pela outra. – Você está de folga amanhã?

- E domingo também.

- Eu quero te ver amanhã.

- Todos os dias, Val.

Com Valentina tão próxima, tão sem roupa daquela forma, Juliana mal conseguia articular qualquer palavra. Tocou-a, puxando a garota para si, mas ela se afastou, fazendo que não com a cabeça e sorrindo. Certo. Ela não podia tocar em Valentina. E Valentina estava dançando de sutiã em sua frente, e fingindo que iria abaixar a calça jeans que usava.

Eso És Amor | JuliantinaOnde histórias criam vida. Descubra agora