Capítulo 22

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- Quer me dizer para onde vamos?

- Não. É uma surpresa, bebecita.

- Vou para qualquer lugar com você, então creio que esteja tudo bem. Só preciso estar de volta segunda cedo para o restaurante.

- Cedo? – Valentina perguntou fazendo um biquinho, não gostou nada daquela informação. – Muito cedo?

Juliana puxou o rosto de Valentina para perto do seu e mordeu o biquinho que a garota fez, bem de leve, e então lhe deu um selinho demorado.

- Não. Muito cedo não. Podemos enrolar um pouquinho.

- Ai, que bom.

- Agora por que estamos falando sobre eu ter que ir embora quando mal começamos nosso final de semana? Que eu saiba, você me prometeu um final de semana inesquecível.

- Eu prometi? Bom, eu sempre cumpro minhas promessas, ainda mais as que são feitas para você.

Sorrateiramente, Valentina se aproximou mais de Juliana, até estar sentada em seu colo no banco de trás do carro.

- Sorte a minha, não é? – Abraçando Valentina, Juliana acariciou suas costas; os dedos passeando pela parte que a roupa de Valentina deixava exposta. Deliciosamente exposta. – Estou muito feliz e ansiosa, quase não consegui dormir.

- Eu também. Só pensei em você... A noite inteira.

- Eu também. Muito. Só fiquei louca para te ver.

Valentina segurou o rosto de Juliana entre as mãos.

- Como foi a conversa com Lucía?

- Lucía está morando comigo agora. Eva brigou muito, como te falei por telefone. Mas não há o que fazer, a casa também é de Lucía, apesar de ela ter dito que passaria para o meu nome assim que possível... Eva não ficou nada feliz.

- Eu imagino.

- Mas nada vai me afastar de você. Lembra-se do nosso pacto?

- Lembro. Lembro sim. Estaremos sempre juntas.

- Independente do que aconteça.

O resto da viagem seguiu tranquila, cheia de carinhos, beijinhos, conversas bobas sobre tudo e qualquer coisa. A naturalidade entre elas era incrível, qualquer assunto fluía, mesmo que estivessem falando sobre o céu estar mais azul do que o normal. Tudo entre elas era bom, fácil e seguro.

Estacionando o carro em frente a uma enorme casa de campo, Alírio saiu e abriu a porta para que as meninas saíssem. Valentina foi a primeira a sair e sorriu, puxando Juliana pela mão.

- Vai precisar que eu fique por aqui, senhorita Valentina?

- Não Alírio. Não vamos sair daqui até segunda de manhã. Pode ir descansar se quiser.

- Está certo. Voltarei segunda cedo. Basta me ligar.

- Está bem.

Alírio se despediu das meninas e Valentina entrou com Juliana na casa; parecida com a mansão Carvajal, aquela casa também era iluminada, cheia de portas, paredes de vidro e uma piscina enorme. Juliana adorou cada pedaço do local que viu, logo da entrada.

- Que casa linda. É sua?

- Sim. Vinhamos muito aqui quando eu era menor. Depois que meu pai morreu... As coisas ficaram mais difíceis.

Valentina segurou a mochila de Juliana junto com a sua e colocou as duas no sofá.

- Esse pode ser o nosso local secreto, se quiser. Teremos sempre privacidade aqui.

Eso És Amor | JuliantinaOnde histórias criam vida. Descubra agora