Capítulo 24

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Não dava para saber quem estava rindo mais alto, mas elas correram pela casa até chegar no quarto de Valentina. Pingando, completamente encharcadas, entraram juntas no quarto e se encararam. As mãos dadas, os sorrisos se buscando. Juliana respirou fundo, sentindo o frio correr por seu corpo, e Valentina se aproximou mais ainda.

– Acho que vamos precisar tomar um banho.

– Sim. – Tremendo de frio, Valentina se encostou em Juliana em busca do calor. – Você precisa tirar essas roupas.

– Você também. Você está encharcada.

Juliana vestia a mesma roupa desde o café–da–manhã, então foi fácil começar tirando o casaco que ela usava. Como se o ar tivesse mudado dentro do quarto, a respiração da morena se tornou suave e ofegante, a de Valentina seguiu o mesmo caminho. Juliana também tirou o casaco que Valentina usava.

– Não quero que você fique doente. – Juliana disse, baixinho. Mas seu tom de voz estava diferente, nervoso, mais rouco. E aqueles olhos... Valentina suspirou. – Você é tão linda, Val.

– Você é linda demais, Juls. – Passando a língua pelo lábio inferior, Valentina ficou encarando aqueles olhos castanhos lindos. Estava nervosa; começou a descer a alça da blusa que Juliana usava, bem devagar, como se estivesse testando o espaço. – O que acha de... Tomarmos um banho juntas?

Juliana engoliu em seco, ficou paralisada no começo. Óbvio que sabia que esse momento chegaria, mas não achou que seria assim tão rápido. Bom achou sim, e queria também, só não sabia como reagir. Ora, não queria Valentina? Lá estava sua chance.

– Acho... Ótimo.

– Então vamos.

Como se fosse a coisa mais natural do mundo, Valentina começou a se desfazer das roupas no caminho para o banheiro, Juliana a seguiu, primeiro fascinada, e depois lembrando que também deveria tirar suas roupas. A questão era que Valentina estava ficando apenas de biquíni na sua frente, e não tinha como reagir de outra forma que não babar. Aquele biquíni preto ficava um espetáculo em sua pele branquinha.

Uma banheira enorme as esperava. Valentina começou a enchê–la de agua quente. Juliana engoliu em seco. Tirou a blusa de uma vez só. Suas mãos estavam trêmulas. Nunca tinha tomado banho com ninguém antes, era algo tão íntimo. Lógico que já havia dado banho em Valentina, mas elas estavam vestidas na ocasião. Ali, Valentina a estava encarando, com fome nos olhos.

E ela precisava tirar o short.

Valentina mal conseguia respirar enquanto observava Juliana tirar o short; aquele biquíni branco combinava tanto com seu tom moreno de pele, era de tirar o fôlego. Quando a morena deu um passo em sua direção, Valentina testou a temperatura da água.

– Acho que está quente o suficiente. – Valentina tentou agir com a maior naturalidade do mundo ao virar de costas para Juliana. – Consegue soltar para mim?

Juliana respirou fundo. Colou seu corpo ao de Valentina e soltou o nó do biquíni, mas suas mãos passearam pelas costas macias da garota; era impossível não tocá–la, não querer Valentina cada segundo mais perto. Aproveitou que Valentina terminava de tirar a parte de cima do biquíni, e tirou a sua também. Ficaram paradas, apenas respirando perto uma da outra, quase abraçadas. Juliana ficou com medo de agir errado e estragar tudo.

Afinal, a experiente ali era Valentina.

– Você está tão nervosa quanto eu? – Valentina perguntou.

– Sim. Muito.

– Quer deixar para outra hora? Podemos parar...

– Não. Não quero. É só um banho.

Eso És Amor | JuliantinaOnde histórias criam vida. Descubra agora