Capítulo 58

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Juliana e Valentina caíram juntas no chão quando o disparo acertou primeiro seus ouvidos com o estrondo; Juliana ficou por cima da namorada, elas estavam ofegantes. Foi o tempo de um segundo tiro ser disparado, deixando o casal estático. Eva caiu sentada no chão, seus olhos arregalados, estava apavorada e sentindo o ombro queimar pela bala que lhe passou de raspão.

Juliana se ergueu só um pouco do chão para encarar Valentina, estava em pânico, e a Carvajal não estava diferente, seguraram-se com firmeza, buscando outros machucados mais graves, mas nenhuma delas havia sido acertada por nenhuma bala. Juliana respirou aliviada e Valentina a abraçou com força.

- Então era aqui que você estava se escondendo.

Ao reconhecer a voz de seu pai, Juliana sentiu o pânico correndo por seu corpo como uma onda, levantou o mais rápido que conseguiu com Valentina e segurou-a atrás de seu corpo. Estava pronta para defender a garota a qualquer custo, mas o alvo de Chino era outro. Sua arma estava apontada para Eva.

- Você achou realmente que eu não iria descobrir essa traição? Você realmente achou que poderia me enganar?

- Não, por favor. Eu posso explicar.

Valentina segurou Juliana pelos ombros, impedindo-a de se aproximar da situação, na verdade, ela foi puxando Juliana cada vez mais para trás. Eva encarou o loiro e ofegou.

- Eu quero uma boa explicação para que eu não te mate agora mesmo por achar que pode me trair e se sair bem dessa.

Com as lágrimas tomando seus olhos, Eva soluçou.

- Eu posso... Eu posso explicar... Espera...

Chino não abaixou a arma, pelo contrário, manteve-a na direção de Eva; sua expressão era de puro ódio enquanto ele encarava a mulher que estava caída no chão, segurando o ombro que sangrava com o corte. Não era nada grave, mas estava doendo, é claro. Francisco, por sua vez, se aproximou de Valentina e Juliana que estavam encarando a cena sem conseguir reagir.

- Precisamos dar um jeito de sairmos daqui. – Valentina disse baixinho apenas para que os dois a escutassem. – Por favor.

- Não vamos conseguir agora. – Juliana disse, mas sua atenção estava inteiramente em Chino e Eva, apesar de manter Valentina atrás de seu corpo. – Calma, meu amor. Vamos conseguir ir para casa.

Desesperada por sua vida, Eva ergueu as mãos para Chino.

- Me deixe explicar meu amor, por favor.

Chino deu um tiro, mas errou propositalmente Eva, foi apenas para assustar quem estava ali. E deu certo, é claro. Seus olhos verdes estavam marcados, as pupilas dilatadas. Poderia esperar qualquer coisa, menos ser traído pela mulher que dizia lhe amar, pela sua parceira e a mulher com quem ele estava envolvido tinham tantos anos. Não que fosse amor, é claro, ele nunca achou que fosse, mas a única coisa que ele valorizava era a lealdade.

O loiro encarou Francisco, que estava perto das meninas.

- Amarre-as Chico. Ainda não terminei com elas.

- Juliana e Valentina?

- Sim. Agora.

Juliana encarou Francisco e sorriu, o homem entendeu o que ela queria dizer. Valentina implorava, sem entender o que estava acontecendo, e foi colocada sentada junto com Juliana; uma do lado da outra, no chão. Francisco deixou as mãos delas amarradas, mas completamente frouxas para que pudessem escapar em algum momento.

- Depois que eu conversar com Eva, minha conversa vai ser com você filhinha.

Juliana engoliu em seco.

Eso És Amor | JuliantinaOnde histórias criam vida. Descubra agora